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Acesse GrátisQuestões de Literatura - Vanguardas europeias
Questão 24 1252895
ENEM 1° Dia 20191. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.
2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.
5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
6. E preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
MARINETTI, F. T. Manifesto futurista. In: TELES, G. M. Vanguardas europeias e Modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985.
O documento de Marinetti, de 1909, propõe os referenciais estéticos do Futurismo, que valorizam a
Questão 46 281364
UNIFOR Medicina 2018A pintura do artista brasileiro utiliza elementos
de estética de uma das Vanguardas Europeias,
a saber o
Questão 15 1058572
UFMS 2018Leia o texto a seguir.
[...]
Coração, portal vermelho
Pedra, com plumagem de ave
Cobra, coral que arranha
E alisa
E é pele de sal
Delírio ao olhar pras Cagarras
Pupila, kajal tão verde
Esmeralda, manchada de som
Onda, dedilhar que afoga
E desaba
O meu temporal
Arrepio ao cantar das cigarras
Cabelo, silêncio da noite
Negrume, cintura de raio
Bicho, seu dançar me engole
E desabotoa
O meu ato final
Deslizo ao chorar das guitarras
(E ao cantar das cigarras)
Fumaça!
Manchada de som
Fumaça!
Na pista a luz de cigarros
Eu sou do tipo que também passa mal
Com ciúmes do sabor da fumaça
Que penetra sua boca
Esse amor marginal
[...]
NOPORN. Fumaça. In: NOPORN. Boca. São Paulo: Tratore Distribuidora dos Independentes, 2016. 1 CD. Faixa 3 (4’48”).
A canção “Fumaça”, do duo NoPorn, composto por Liana Padilha e Luca Lauri, emprega dois recursos caros a duas poéticas da virada do século XIX para o século XX: primeiro, a aproximação de elementos distantes, criando novas realidades, por vezes oníricas, como a imagem de uma “pedra, com plumagem de ave”; segundo, a sinestesia, que promove o cruzamento de sensações, perceptível em construções como “manchada de som” e “sabor da fumaça”. O primeiro e o segundo recursos criativos expostos podem ser associados, respectivamente, ao:
Questão 18 136790
ESPM 2017/1Centrando-se, assim, no moderno, [...] faziam apologia da velocidade, da máquina, do automóvel (“um automóvel é mais belo que a Vitória de Samotrácia”, dizia Marinetti no seu primeiro manifesto), da agressividade, do esporte, da guerra, do patriotismo, do militarismo, das fábricas, das estações ferroviárias, das multidões, das locomotivas, dos aviões, enfim, de tudo quanto exprimisse o moderno nas suas formas avançadas e imprevistas.
(Massaud Moisés, Dicionário de Termos Literários, Cultrix, p.234)
O texto acima define um dos primeiros “ismos” das vanguardas artísticas europeias que sacudiram o século XX. Trata-se do:
Questão 13 153259
UEG 2017/2Notícias de Espanha
Aos navios que regressam
marcados de negra viagem,
aos homens que neles voltam
com cicatrizes no corpo
ou de corpo mutilado,
peço notícias de Espanha.
[...]
Ninguém as dá. O silêncio
sobe mil braças e fecha-se
entre as substâncias mais duras.
Hirto silêncio de muro,
de pano abafando boca,
de pedra esmagando ramos,
é seco e sujo silêncio
em que se escuta vazar
como no fundo da mina
um caldo grosso e vermelho.
[...]
cansado de vã pergunta,
farto de contemplação,
quisera fazer do poema
não uma flor: uma bomba
e com essa bomba romper
o muro que envolve Espanha.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://trabalhohistoriagce.blogspot.com.br/p/poesias.html>. Acesso em: 24 mar. 2017.
Tanto o poema quanto a pintura
Questão 11 153257
UEG 2017/2Um sonho
Eu tive um sonho esta noite que não quero esquecer,
por isso o escrevo tal qual se deu:
era que me arrumava para uma festa onde eu ia falar.
O meu cabelo limpo refletia vermelhos,
o meu vestido era num tom de azul, cheio de panos, lindo,
o meu corpo era jovem, as minhas pernas gostavam
do contato da seda. Falava-se, ria-se, preparava-se.
Todo movimento era de espera e aguardos, sendo
que depois de vestida, vesti por cima um casaco
e colhi do próprio sonho, pois de parte alguma
eu a vira brotar, uma sempre-viva amarela,
que me encantou por seu miolo azul, um azul
de céu limpo sem as reverberações, de um azul
sem o ‘z’, que o ‘z’ nesta palavra tisna.
Não digo azul, digo bleu, a ideia exata
de sua seca maciez. Pus a flor no casaco
que só para isto existiu, assim como o sonho inteiro.
Eu sonhei uma cor.
Agora, sei.
PRADO, Adélia. Bagagem. 26. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 75.
O poema de Adélia Prado é modernista, ao passo que a pintura de Salvador Dalí é