Questões de Sociologia - Temática - Ciências Sociais - Ciência Política
Sobre o tema do racismo na sociedade brasileira, considere o excerto a seguir:
A visão de convívio harmonioso entre as raças foi desconstruída pelos estudos de Florestan Fernandes, que participou com Roger Bastide das pesquisas financiadas pela Unesco, e redundaram no livro A integração do negro na sociedade de classes (1965).
(SILVA, Afrânio et. al. Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016. p. 121.)
Qual é, dentre as afirmativas a seguir, a que sintetiza a contribuição do sociólogo Florestan Fernandes para os estudos das relações raciais no Brasil?
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, nos últimos anos, houve uma reversão da tendência de desarmamento da população civil iniciada com a edição do Estatuto do Desarmamento, em 2003, e a quantidade de armas de fogo nas mãos de civis ultrapassou, em muito, a quantidade de armas dos órgãos de segurança pública.
Sobre essa circunstância, é correto afirmar que ela:
Para essa corrente demográfica, haveria uma total incompatibilidade entre a capacidade de reprodução humana e a possibilidade de produção dos meios de subsistência, uma vez que a população, quando não controlada, tende a crescer em progressão geométrica, enquanto os meios de subsistência aumentam em progressão aritmética (Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011).
O texto está referindo-se à seguinte corrente da demografia:
TEXTO
As mulheres são vítimas de violência porque são mulheres
Wânia Pasinato
Nos últimos anos, a violência contra as
mulheres no Brasil vem se tornando assunto público e
reconhecido como problema ao qual qualquer mulher,
independentemente de raça, cor, etnia, idade ou classe
[05] social pode estar sujeita. Trata-se de reconhecer que a
violência não é um infortúnio pessoal, mas tem origem
na constituição desigual dos lugares de homens e
mulheres nas sociedades – a desigualdade de gênero -,
que tem implicações não apenas nos papéis sociais do
[10]masculino e feminino e nos comportamentos sexuais,
mas também em uma relação de poder. Em outras
palavras, significa dizer que a desigualdade é estrutural.
Ou seja, social, histórica e culturalmente a sociedade
designa às mulheres um lugar de submissão e menor
[15] poder em relação aos homens. Qualquer outro fator – o
desemprego, o alcoolismo, o ciúme, o comportamento
da mulher, seu jeito de vestir ou exercer sua
sexualidade – não são causas, mas justificativas
socialmente aceitas para que as mulheres continuem a
[20] sofrer violência.
(...) Em anos recentes, esse reconhecimento foi
acompanhado por mudanças na forma como devemos
responder a essa violência, atacando não as
justificativas, mas as causas. O país tornou-se
[25] referência internacional com a Lei 11.340/2006 – a Lei
Maria da Penha, cujo diferencial é a forma de abordar o
problema, propondo a criminalização e a aplicação de
penas para os agressores, mas também medidas que
são dirigidas às mulheres para a proteção de sua
[30] integridade física e de seus direitos, além de medidas
de prevenção destinadas a modificar as relações entre
homens e mulheres na sociedade, campo no qual a
educação desempenha papel estratégico. Apesar de
tudo, o Brasil segue sendo um país violento para as
[35] mulheres. Anualmente são registradas centenas de
ocorrências de violência doméstica, de violência sexual,
além das elevadas taxas de homicídios de mulheres
que, quando motivadas pelas razões de gênero, são
tipificadas como feminicídios. Esses números
[40] expressam uma parte do problema e comumente
dizemos que a subnotificação é uma característica
dessas situações.
O medo, a dúvida, a vergonha são algumas
explicações para esse silêncio, mas novamente nos
[45] contentamos em olhar para as justificativas e não para
as causas. (...)
De modo geral, mudamos as leis, mas não a
forma como as instituições funcionam. O Sistema de
Justiça segue atuando de forma seletiva e distribuindo
[50] de forma desigual o acesso à Justiça. Existem poucos
serviços especializados para atender as mulheres em
situação de violência. Faltam protocolos que orientem o
atendimento. Falta capacitação para os profissionais
cuja atuação é muitas vezes balizada por convicções
[55] pessoais e julgamentos de valor que nada têm a ver
com os direitos humanos. (...)
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/notícia/2018/02/ violencia-contra-mulher-wania-pasinato.html - Acesso em 30/06/2020
Após a leitura e análise do texto, é correto afirmar que
Sobre as relações entre instituições políticas e desenvolvimento econômico, assinale o que for correto.
01) O desenvolvimento econômico depende de alto grau de centralização administrativa nos governos, pois eleva a previsibilidade dos agentes e favorece o investimento de longo prazo.
02) Maior desenvolvimento econômico está associado a uma maior inclusividade de instituições políticas e econômicas.
04) Instituições políticas extrativas, usadas para privatizar benefícios coletivos, tendem a gerar crescimento econômico de curto prazo, mas a longo prazo geram estagnação por concentrar a riqueza produzida nas mãos de uma elite.
08) Desenvolvimento econômico desigual favorece a formação de elites econômicas fortes que podem controlar as instituições políticas, limitando a competição eleitoral e também de mercado.
16) A inclusão de minorias políticas na disputa democrática por poder gera efeitos negativos para o desenvolvimento econômico ao ampliar as demandas redistributivas.
O Equador foi o primeiro país do mundo a introduzir os direitos da natureza numa constituição. O movimento indígena-camponês-ambientalista rejeitou a exploração do petróleo nos contrafortes andino-amazônicos (Parque Nacional de Yasuny). A reivindicação foi acatada pelo governo de Rafael Correa e esta é a primeira proposta concreta que não se faz como compensação dos países ricos a algum país pobre, enquanto continuam explorando e lançando gases do efeito estufa na atmosfera.
PORTO-GONÇALVES, C. W.; QUENTAL, P. América Latina e colonialidade do poder. In: HAESBAERT, R. (Org.). Globalização e fragmentação no mundo contemporâneo. Niterói: Eduff, 2013 (adaptado).
A ação do governo equatoriano foi resultado de uma mobilização marcada pelo(a)