Questões de Sociologia - Cultura - Cultura e Sociedade - Cultura Popular
I.
“É indispensável romper com todas as diplomacias nocivas, mandar pro diabo qualquer forma de hipocrisia, suprimir as políticas literárias e conquistar uma profunda sinceridade pra com os outros e pra consigo mesmo. A convicção dessa urgência foi pra mim a melhor conquista até hoje do movimento que chamam de ‘modernismo’. Foi ela que nos permitiu a intuição de que carecemos, sob pena de morte, de procurar uma arte de expressão nacional”.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. O lado oposto e outros lados, 1926.
II.
“Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, nossas instituições, nossas ideias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra”.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil, 1936.
Os dois excertos do historiador e crítico literário Sérgio Buarque de Holanda salientam que a cultura brasileira somente completará a sua formação quando
Conheço um povo sem poligamia: o povo macua. Este povo deixou as suas raízes e apoligamou-se por influência da religião. Islamizou-se. (...) Conheço um povo de tradição poligâmica: o meu, do sul do meu país. Inspirado no papa, nos padres e nos santos, disse não à poligamia. Cristianizou-se. Jurou deixar os costumes bárbaros de casar com muitas mulheres para tornar-se monógamo ou celibatário. (...) Um dia dizem não aos costumes, sim ao cristianismo e à lei. No momento seguinte, dizem não onde disseram sim, ou sim onde disseram não.
(CHIZIANE, Paulina. Niketche. Uma história de poligamia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 92.)
Baseando-se no excerto e na leitura da obra, é correto afirmar que
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
(Brasil. Constituição Federal, 1988.)
O incêndio que atingiu o acervo da Cinemateca Brasileira na noite de 29.07.21 foi o quinto que atingiu a instituição responsável por guardar, preservar e difundir a produção audiovisual brasileira.
(www.g1.globo.com, 31.07.2021. Adaptado.)
A leitura dos textos permite concluir que
Sobre o conceito de cultura, relacione os conceitos e as expressões, na coluna da esquerda, com sua respectiva caracterização, na coluna da direita.
(A) Caracteriza-se pela tendência em considerar as formas de pensar, agir e sentir que identificam uma determinada cultura a partir de seu contexto sóciohistórico e sua lógica própria.
(B) Expressão que identifica as produções culturais selecionadas, adaptadas e produzidas pela Indústria Cultural.
(C) Caracteriza-se pela tendência em julgar formas de agir, pensar e sentir de culturas diferentes da sua própria cultura como inferiores, exóticas, primitivas ou selvagens.
(D) Identifica bens e expressões culturais tradicionais. É, geralmente, associada a expressões folclóricas.
(E) Identifica costumes e saberes que são socialmente valorizados. É, geralmente, direcionada à elite.
(I) Etnocentrismo
(II) Relativismo
(III) Cultura de massa
(IV) Cultura erudita
(V) Cultura popular
Assinale a alternativa que contém a associação correta.
O ‘blues’ é um gênero musical que surgiu nos Estados Unidos da América no século XVII, quando os escravos negros da região sul faziam canções relacionadas à sua fé religiosa (spirituals) durante o trabalho nas plantações de algodão. O conceito de "blues" só se tornou conhecido depois do término da Guerra Civil Americana, período em que passou a representar a essência do espírito da população afro-americana.
Fazendo uma analogia com a cultura brasileira, que gênero musical tem também como origem a fé religiosa de trabalhadores marginalizados?
Considere a seguinte afirmação do pensador indígena Ailton Krenak: “Nas narrativas tradicionais do nosso povo, das nossas tribos, não tem data, é quando foi criado o fogo, é quando foi criada a lua, quando nasceram as estrelas, quando nasceram as montanhas, quando nasceram os rios. Antes, antes, já existia uma memória puxando o sentido das coisas, relacionando o sentido dessa fundação do mundo com a vida, com o comportamento nosso, como aquilo que pode ser entendido como o jeito de viver”.
Krenak, Ailton. Antes o mundo não existia. In: Novaes, Adauto (org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
A afirmação, acima apresentada, se baseia em uma concepção de narrativas tradicionais, segundo a qual elas
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