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Leia o texto para responder à questão.
Como é mesmo o nome?
[1] Levou o manequim de madeira à festa porque não tinha companhia
e não queria ir sozinho. Gravata bordeaux, seda. Camisa
pregueada, cambraia. Terno riscado, lã. Tudo de bom.
Suas melhores roupas na madeira bem talhada, bem lixada,
[5] bem pintada, melhor corpo. Só as meias um pouco grossas, o
que porém se denunciaria apenas se o manequim cruzasse
as pernas. Para o nariz firmemente obstruído, um lenço no
bolsinho. [...] Sorridentes, os donos da casa se declararam
encantados por ele ter trazido um amigo.
[10] ― Os amigos dos nossos amigos são nossos amigos ― disseram
saboreando a generosidade da sua atitude. E o apresentaram
a outros convidados, amigos e amigos de nossos
amigos. Todos exibiam os dentes em amável sorriso.
Recebeu o copo de uísque, sua senha. E foi colocado no canto
[15] esquerdo da sala, entre a porta e a cômoda inglesa, onde
mais se harmonizaria com a decoração. [...]
A própria dona da casa ocupou-se dele na refrega de gentilezas.
Trocou-lhe o copo ainda cheio e suado por outro de puras
pedras e âmbar. Atirou-se à conversa sem preocupações
[20] de tema, cuidando apenas de mantê-lo entretido. [...].
Um doutor enalteceu-lhe a modéstia. Um senhor acusou-lhe a
empáfia. E o jovem que o segurou pelo braço surpreendeu-se
com sua rígida força viril.
Nenhum suor na testa. Nenhum tremor na mão. Sequer uma
[25] ponta de tédio. Imperturbável, o manequim de madeira varava
a festa em que os outros aos poucos se descompunham.
Já não eram como tinham chegado. As mechas escapavam,
amoleciam os colarinhos, secreções escorriam nas peles pegajosas.
Só os sorrisos se mantinham, agora descorados.
[30] No relógio torneado do pulso rijo a festa estava em tempo de
acabar. [...].
Mais tarde, a dona da casa, tirando a maquilagem na paz final
do banheiro, dedos no pote de creme, comentava a festa com
o marido.
[35] ― Gostei ― concluiu alastrando preto e vermelho no rosto
em nova máscara ― gostei mesmo daquele convidado,
aquele atencioso, de terno riscado, aquele, como é mesmo o
nome?
COLASSANTI, M. O leopardo é um animal delicado. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 131-133.
O boneco adquire durante a festa aspectos da personalidade humana. Essa personificação é construída com base
Leia o texto para responder à questão.
Como é mesmo o nome?
[1] Levou o manequim de madeira à festa porque não tinha companhia
e não queria ir sozinho. Gravata bordeaux, seda. Camisa
pregueada, cambraia. Terno riscado, lã. Tudo de bom.
Suas melhores roupas na madeira bem talhada, bem lixada,
[5] bem pintada, melhor corpo. Só as meias um pouco grossas, o
que porém se denunciaria apenas se o manequim cruzasse
as pernas. Para o nariz firmemente obstruído, um lenço no
bolsinho. [...] Sorridentes, os donos da casa se declararam
encantados por ele ter trazido um amigo.
[10] ― Os amigos dos nossos amigos são nossos amigos ― disseram
saboreando a generosidade da sua atitude. E o apresentaram
a outros convidados, amigos e amigos de nossos
amigos. Todos exibiam os dentes em amável sorriso.
Recebeu o copo de uísque, sua senha. E foi colocado no canto
[15] esquerdo da sala, entre a porta e a cômoda inglesa, onde
mais se harmonizaria com a decoração. [...]
A própria dona da casa ocupou-se dele na refrega de gentilezas.
Trocou-lhe o copo ainda cheio e suado por outro de puras
pedras e âmbar. Atirou-se à conversa sem preocupações
[20] de tema, cuidando apenas de mantê-lo entretido. [...].
Um doutor enalteceu-lhe a modéstia. Um senhor acusou-lhe a
empáfia. E o jovem que o segurou pelo braço surpreendeu-se
com sua rígida força viril.
Nenhum suor na testa. Nenhum tremor na mão. Sequer uma
[25] ponta de tédio. Imperturbável, o manequim de madeira varava
a festa em que os outros aos poucos se descompunham.
Já não eram como tinham chegado. As mechas escapavam,
amoleciam os colarinhos, secreções escorriam nas peles pegajosas.
Só os sorrisos se mantinham, agora descorados.
[30] No relógio torneado do pulso rijo a festa estava em tempo de
acabar. [...].
Mais tarde, a dona da casa, tirando a maquilagem na paz final
do banheiro, dedos no pote de creme, comentava a festa com
o marido.
[35] ― Gostei ― concluiu alastrando preto e vermelho no rosto
em nova máscara ― gostei mesmo daquele convidado,
aquele atencioso, de terno riscado, aquele, como é mesmo o
nome?
COLASSANTI, M. O leopardo é um animal delicado. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 131-133.
O texto tece uma crítica a um comportamento típico da sociedade atual. Que comportamento é esse?
Leia o texto para responder à questão.
Como é mesmo o nome?
[1] Levou o manequim de madeira à festa porque não tinha companhia
e não queria ir sozinho. Gravata bordeaux, seda. Camisa
pregueada, cambraia. Terno riscado, lã. Tudo de bom.
Suas melhores roupas na madeira bem talhada, bem lixada,
[5] bem pintada, melhor corpo. Só as meias um pouco grossas, o
que porém se denunciaria apenas se o manequim cruzasse
as pernas. Para o nariz firmemente obstruído, um lenço no
bolsinho. [...] Sorridentes, os donos da casa se declararam
encantados por ele ter trazido um amigo.
[10] ― Os amigos dos nossos amigos são nossos amigos ― disseram
saboreando a generosidade da sua atitude. E o apresentaram
a outros convidados, amigos e amigos de nossos
amigos. Todos exibiam os dentes em amável sorriso.
Recebeu o copo de uísque, sua senha. E foi colocado no canto
[15] esquerdo da sala, entre a porta e a cômoda inglesa, onde
mais se harmonizaria com a decoração. [...]
A própria dona da casa ocupou-se dele na refrega de gentilezas.
Trocou-lhe o copo ainda cheio e suado por outro de puras
pedras e âmbar. Atirou-se à conversa sem preocupações
[20] de tema, cuidando apenas de mantê-lo entretido. [...].
Um doutor enalteceu-lhe a modéstia. Um senhor acusou-lhe a
empáfia. E o jovem que o segurou pelo braço surpreendeu-se
com sua rígida força viril.
Nenhum suor na testa. Nenhum tremor na mão. Sequer uma
[25] ponta de tédio. Imperturbável, o manequim de madeira varava
a festa em que os outros aos poucos se descompunham.
Já não eram como tinham chegado. As mechas escapavam,
amoleciam os colarinhos, secreções escorriam nas peles pegajosas.
Só os sorrisos se mantinham, agora descorados.
[30] No relógio torneado do pulso rijo a festa estava em tempo de
acabar. [...].
Mais tarde, a dona da casa, tirando a maquilagem na paz final
do banheiro, dedos no pote de creme, comentava a festa com
o marido.
[35] ― Gostei ― concluiu alastrando preto e vermelho no rosto
em nova máscara ― gostei mesmo daquele convidado,
aquele atencioso, de terno riscado, aquele, como é mesmo o
nome?
COLASSANTI, M. O leopardo é um animal delicado. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 131-133.
Na caracterização do manequim de madeira, o termo “Só”, na linha 5, marca uma
Leia a charge para responder à questão.
Analisando as imagens e as falas na charge, conclui-se que a expressão “eu quero” é polissêmica porque seu sentido é estabelecido conforme
Leia a charge para responder à questão.
Observando as falas na charge, é correto afirmar que a mudança de significado dos objetos encomendados se dá pela
Leia a charge para responder à questão.
No primeiro quadro da charge, para demonstrar que tanto o locutor quanto o interlocutor possuem familiaridade com a arte, foi utilizada como recurso a