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TEXTO
E o Brasil Sacudiu!
por João Henrique Santana Stacciarini*
Nos últimos dias, uma onda de protestos vem tomando as ruas do país. Milhares de pessoas saíram mais cedo do trabalho, deixaram o conforto do seu lar e se dirigiram para as praças e avenidas enfrentando situações adversas para poderem, assim, “clamar” por seus direitos. As manifestações — previstas na Constituição Federal — tornaram-se quase um dever, foram postas em prática e se mostram gradativamente maior a cada dia que passa.
Para entender melhor o contexto geral das reivindicações, é necessário voltar aos dias 1 e 2 de junho, dias em que foram reajustadas as tarifas do transporte público da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, passando de R$ 3,00 para R$ 3,20 e de R$ 2,75 para R$ 2,95, respectivamente. A partir de então, movimentos sociais, organizações estudantis e a sociedade em geral se uniram e passaram a protestar, ainda que de forma tímida, contra tal aumento.
As manifestações, encaradas com certo ceticismo e desconfiança, foram marcadas por violência, até então supostamente promovida pelos manifestantes. Além disso, foram duramente criticadas por intelectuais como Rachel Sherazade (SBT) e Arnaldo Jabor (Globo) que, posteriormente, voltaram atrás em suas considerações.
Porém, foi apenas na quinta-feira (13 de junho), que as manifestações tomaram um rumo diferente. Depois de um dia “desastroso”, em uma mobilização que contou com 10 mil pessoas na cidade de São Paulo, o resultado deu-se com centenas delas feridas e detidas devido a um forte conflito entre manifestantes e policiais. Imediatamente, após o protesto, dezenas de vídeos começaram a circular na Internet com conteúdos fortes e que demonstravam imenso despreparo e exagero dos policiais. Isso, sem falar que eles dispararam bombas e tiros por toda a parte, inclusive em vários repórteres — devidamente identificados — que por ali faziam seu trabalho
Com isso, os protestos passaram a ter uma adesão cada vez maior. Em questão de horas, milhares de imagens, vídeos e eventos começaram a ser discutidos nas redes sociais (Facebook e Twitter). Essas figuram como reflexo desse protesto, uma vez que foi por meio delas que se difundiram todas as manifestações, marcaram-se pontos de encontro e desenvolveram-se estratégias para difundir o protesto por todo o Brasil.
Seguindo assim, vimos, na segundafeira, uma gigantesca manifestação que contou com mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, mais de 65 mil em São Paulo, além de milhares de pessoas por vários cantos do país e até mesmo do mundo. O protesto foi marcado por imagens marcantes, tais como as da ocupação do Congresso Nacional por manifestantes na capital nacional — Brasília —; da densa e organizada passeata pela Avenida Paulista em São Paulo; e da chegada dos mais de 100 mil manifestantes ao centro do Rio de Janeiro. Vale lembrar que, em algumas regiões, houve a exaltação de alguns grupos extremistas, representados por uma ínfima minoria, que acabaram depredando patrimônios públicos e privados gerando, em alguns momentos, certo desconforto.
O fato é que, desde a ditadura — Movimento Diretas Já — e do Impeachment do presidente Fernando Collor — Movimento Caras Pintadas — o Brasil vivia uma espécie de estabilidade e tranquilidade política, proporcionada, posteriormente, pela estabilidade da inflação e certa melhoria da qualidade de vida dos brasileiros que passaram, então, a ter um maior poder de consumo.
Todavia, apesar de significativas melhoras na qualidade de vida e na renda do trabalhador brasileiro, velhos fantasmas ainda assombram nosso país. A educação é precária e extremamente desvalorizada, as taxas de impostos e os transportes públicos estão entre os mais caros do mundo, a infraestrutura de dezenas de Estados estão sucateadas e os políticos ganham salários cada vez maiores. Nesse contexto, propostas como a PEC 37 também mostram o quanto o cidadão é desrespeitado e subjugado, assim como os gastos exorbitantes com grandes eventos (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas).
Tudo isso formou um grande coquetel que cresceu e agora explodiu. Os brasileiros, que passaram anos acanhados contra a parede, se rebelaram, unindo-se de forma pacífica e organizada. Assim, os cidadãos estão tomando as ruas e utilizando a Internet para clamar por seus direitos, buscando, então, uma alternativa para os problemas sociais, políticos e econômicos da nação. Por fim, fica difícil dizer qual será o futuro das manifestações no Brasil e só podemos afirmar que muito ainda pode acontecer.
*Estudante de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Disponível em: <http://www.catalaonoticias.com.br/voce-reporter>. Acesso em: 22 jun. 2014. Adaptado para uso nesta avaliação.
A partir da leitura do Texto, é correto afirmar que as manifestações
TEXTO
E o Brasil Sacudiu!
por João Henrique Santana Stacciarini*
Nos últimos dias, uma onda de protestos vem tomando as ruas do país. Milhares de pessoas saíram mais cedo do trabalho, deixaram o conforto do seu lar e se dirigiram para as praças e avenidas enfrentando situações adversas para poderem, assim, “clamar” por seus direitos. As manifestações — previstas na Constituição Federal — tornaram-se quase um dever, foram postas em prática e se mostram gradativamente maior a cada dia que passa.
Para entender melhor o contexto geral das reivindicações, é necessário voltar aos dias 1 e 2 de junho, dias em que foram reajustadas as tarifas do transporte público da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, passando de R$ 3,00 para R$ 3,20 e de R$ 2,75 para R$ 2,95, respectivamente. A partir de então, movimentos sociais, organizações estudantis e a sociedade em geral se uniram e passaram a protestar, ainda que de forma tímida, contra tal aumento.
As manifestações, encaradas com certo ceticismo e desconfiança, foram marcadas por violência, até então supostamente promovida pelos manifestantes. Além disso, foram duramente criticadas por intelectuais como Rachel Sherazade (SBT) e Arnaldo Jabor (Globo) que, posteriormente, voltaram atrás em suas considerações.
Porém, foi apenas na quinta-feira (13 de junho), que as manifestações tomaram um rumo diferente. Depois de um dia “desastroso”, em uma mobilização que contou com 10 mil pessoas na cidade de São Paulo, o resultado deu-se com centenas delas feridas e detidas devido a um forte conflito entre manifestantes e policiais. Imediatamente, após o protesto, dezenas de vídeos começaram a circular na Internet com conteúdos fortes e que demonstravam imenso despreparo e exagero dos policiais. Isso, sem falar que eles dispararam bombas e tiros por toda a parte, inclusive em vários repórteres — devidamente identificados — que por ali faziam seu trabalho
Com isso, os protestos passaram a ter uma adesão cada vez maior. Em questão de horas, milhares de imagens, vídeos e eventos começaram a ser discutidos nas redes sociais (Facebook e Twitter). Essas figuram como reflexo desse protesto, uma vez que foi por meio delas que se difundiram todas as manifestações, marcaram-se pontos de encontro e desenvolveram-se estratégias para difundir o protesto por todo o Brasil.
Seguindo assim, vimos, na segundafeira, uma gigantesca manifestação que contou com mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, mais de 65 mil em São Paulo, além de milhares de pessoas por vários cantos do país e até mesmo do mundo. O protesto foi marcado por imagens marcantes, tais como as da ocupação do Congresso Nacional por manifestantes na capital nacional — Brasília —; da densa e organizada passeata pela Avenida Paulista em São Paulo; e da chegada dos mais de 100 mil manifestantes ao centro do Rio de Janeiro. Vale lembrar que, em algumas regiões, houve a exaltação de alguns grupos extremistas, representados por uma ínfima minoria, que acabaram depredando patrimônios públicos e privados gerando, em alguns momentos, certo desconforto.
O fato é que, desde a ditadura — Movimento Diretas Já — e do Impeachment do presidente Fernando Collor — Movimento Caras Pintadas — o Brasil vivia uma espécie de estabilidade e tranquilidade política, proporcionada, posteriormente, pela estabilidade da inflação e certa melhoria da qualidade de vida dos brasileiros que passaram, então, a ter um maior poder de consumo.
Todavia, apesar de significativas melhoras na qualidade de vida e na renda do trabalhador brasileiro, velhos fantasmas ainda assombram nosso país. A educação é precária e extremamente desvalorizada, as taxas de impostos e os transportes públicos estão entre os mais caros do mundo, a infraestrutura de dezenas de Estados estão sucateadas e os políticos ganham salários cada vez maiores. Nesse contexto, propostas como a PEC 37 também mostram o quanto o cidadão é desrespeitado e subjugado, assim como os gastos exorbitantes com grandes eventos (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas).
Tudo isso formou um grande coquetel que cresceu e agora explodiu. Os brasileiros, que passaram anos acanhados contra a parede, se rebelaram, unindo-se de forma pacífica e organizada. Assim, os cidadãos estão tomando as ruas e utilizando a Internet para clamar por seus direitos, buscando, então, uma alternativa para os problemas sociais, políticos e econômicos da nação. Por fim, fica difícil dizer qual será o futuro das manifestações no Brasil e só podemos afirmar que muito ainda pode acontecer.
*Estudante de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Disponível em: <http://www.catalaonoticias.com.br/voce-reporter>. Acesso em: 22 jun. 2014. Adaptado para uso nesta avaliação.
Observe o trecho a seguir, retirado do primeiro parágrafo do Texto, para responder à questão.
Milhares de pessoas saíram mais cedo do trabalho, deixaram o conforto do seu lar e se dirigiram para as praças e avenidas enfrentando situações adversas para poderem, assim, “clamar” por seus direitos.
O período composto acima apresenta
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E o Brasil Sacudiu!
por João Henrique Santana Stacciarini*
Nos últimos dias, uma onda de protestos vem tomando as ruas do país. Milhares de pessoas saíram mais cedo do trabalho, deixaram o conforto do seu lar e se dirigiram para as praças e avenidas enfrentando situações adversas para poderem, assim, “clamar” por seus direitos. As manifestações — previstas na Constituição Federal — tornaram-se quase um dever, foram postas em prática e se mostram gradativamente maior a cada dia que passa.
Para entender melhor o contexto geral das reivindicações, é necessário voltar aos dias 1 e 2 de junho, dias em que foram reajustadas as tarifas do transporte público da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, passando de R$ 3,00 para R$ 3,20 e de R$ 2,75 para R$ 2,95, respectivamente. A partir de então, movimentos sociais, organizações estudantis e a sociedade em geral se uniram e passaram a protestar, ainda que de forma tímida, contra tal aumento.
As manifestações, encaradas com certo ceticismo e desconfiança, foram marcadas por violência, até então supostamente promovida pelos manifestantes. Além disso, foram duramente criticadas por intelectuais como Rachel Sherazade (SBT) e Arnaldo Jabor (Globo) que, posteriormente, voltaram atrás em suas considerações.
Porém, foi apenas na quinta-feira (13 de junho), que as manifestações tomaram um rumo diferente. Depois de um dia “desastroso”, em uma mobilização que contou com 10 mil pessoas na cidade de São Paulo, o resultado deu-se com centenas delas feridas e detidas devido a um forte conflito entre manifestantes e policiais. Imediatamente, após o protesto, dezenas de vídeos começaram a circular na Internet com conteúdos fortes e que demonstravam imenso despreparo e exagero dos policiais. Isso, sem falar que eles dispararam bombas e tiros por toda a parte, inclusive em vários repórteres — devidamente identificados — que por ali faziam seu trabalho
Com isso, os protestos passaram a ter uma adesão cada vez maior. Em questão de horas, milhares de imagens, vídeos e eventos começaram a ser discutidos nas redes sociais (Facebook e Twitter). Essas figuram como reflexo desse protesto, uma vez que foi por meio delas que se difundiram todas as manifestações, marcaram-se pontos de encontro e desenvolveram-se estratégias para difundir o protesto por todo o Brasil.
Seguindo assim, vimos, na segundafeira, uma gigantesca manifestação que contou com mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, mais de 65 mil em São Paulo, além de milhares de pessoas por vários cantos do país e até mesmo do mundo. O protesto foi marcado por imagens marcantes, tais como as da ocupação do Congresso Nacional por manifestantes na capital nacional — Brasília —; da densa e organizada passeata pela Avenida Paulista em São Paulo; e da chegada dos mais de 100 mil manifestantes ao centro do Rio de Janeiro. Vale lembrar que, em algumas regiões, houve a exaltação de alguns grupos extremistas, representados por uma ínfima minoria, que acabaram depredando patrimônios públicos e privados gerando, em alguns momentos, certo desconforto.
O fato é que, desde a ditadura — Movimento Diretas Já — e do Impeachment do presidente Fernando Collor — Movimento Caras Pintadas — o Brasil vivia uma espécie de estabilidade e tranquilidade política, proporcionada, posteriormente, pela estabilidade da inflação e certa melhoria da qualidade de vida dos brasileiros que passaram, então, a ter um maior poder de consumo.
Todavia, apesar de significativas melhoras na qualidade de vida e na renda do trabalhador brasileiro, velhos fantasmas ainda assombram nosso país. A educação é precária e extremamente desvalorizada, as taxas de impostos e os transportes públicos estão entre os mais caros do mundo, a infraestrutura de dezenas de Estados estão sucateadas e os políticos ganham salários cada vez maiores. Nesse contexto, propostas como a PEC 37 também mostram o quanto o cidadão é desrespeitado e subjugado, assim como os gastos exorbitantes com grandes eventos (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas).
Tudo isso formou um grande coquetel que cresceu e agora explodiu. Os brasileiros, que passaram anos acanhados contra a parede, se rebelaram, unindo-se de forma pacífica e organizada. Assim, os cidadãos estão tomando as ruas e utilizando a Internet para clamar por seus direitos, buscando, então, uma alternativa para os problemas sociais, políticos e econômicos da nação. Por fim, fica difícil dizer qual será o futuro das manifestações no Brasil e só podemos afirmar que muito ainda pode acontecer.
*Estudante de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Disponível em: <http://www.catalaonoticias.com.br/voce-reporter>. Acesso em: 22 jun. 2014. Adaptado para uso nesta avaliação.
Observe o trecho a seguir, retirado do primeiro parágrafo do Texto, para responder à questão.
Milhares de pessoas saíram mais cedo do trabalho, deixaram o conforto do seu lar e se dirigiram para as praças e avenidas enfrentando situações adversas para poderem, assim, “clamar” por seus direitos.
Mantendo-se o seu sentido original no trecho, a palavra “adversas” pode ser substituída por
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E o Brasil Sacudiu!
por João Henrique Santana Stacciarini*
Nos últimos dias, uma onda de protestos vem tomando as ruas do país. Milhares de pessoas saíram mais cedo do trabalho, deixaram o conforto do seu lar e se dirigiram para as praças e avenidas enfrentando situações adversas para poderem, assim, “clamar” por seus direitos. As manifestações — previstas na Constituição Federal — tornaram-se quase um dever, foram postas em prática e se mostram gradativamente maior a cada dia que passa.
Para entender melhor o contexto geral das reivindicações, é necessário voltar aos dias 1 e 2 de junho, dias em que foram reajustadas as tarifas do transporte público da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, passando de R$ 3,00 para R$ 3,20 e de R$ 2,75 para R$ 2,95, respectivamente. A partir de então, movimentos sociais, organizações estudantis e a sociedade em geral se uniram e passaram a protestar, ainda que de forma tímida, contra tal aumento.
As manifestações, encaradas com certo ceticismo e desconfiança, foram marcadas por violência, até então supostamente promovida pelos manifestantes. Além disso, foram duramente criticadas por intelectuais como Rachel Sherazade (SBT) e Arnaldo Jabor (Globo) que, posteriormente, voltaram atrás em suas considerações.
Porém, foi apenas na quinta-feira (13 de junho), que as manifestações tomaram um rumo diferente. Depois de um dia “desastroso”, em uma mobilização que contou com 10 mil pessoas na cidade de São Paulo, o resultado deu-se com centenas delas feridas e detidas devido a um forte conflito entre manifestantes e policiais. Imediatamente, após o protesto, dezenas de vídeos começaram a circular na Internet com conteúdos fortes e que demonstravam imenso despreparo e exagero dos policiais. Isso, sem falar que eles dispararam bombas e tiros por toda a parte, inclusive em vários repórteres — devidamente identificados — que por ali faziam seu trabalho
Com isso, os protestos passaram a ter uma adesão cada vez maior. Em questão de horas, milhares de imagens, vídeos e eventos começaram a ser discutidos nas redes sociais (Facebook e Twitter). Essas figuram como reflexo desse protesto, uma vez que foi por meio delas que se difundiram todas as manifestações, marcaram-se pontos de encontro e desenvolveram-se estratégias para difundir o protesto por todo o Brasil.
Seguindo assim, vimos, na segundafeira, uma gigantesca manifestação que contou com mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, mais de 65 mil em São Paulo, além de milhares de pessoas por vários cantos do país e até mesmo do mundo. O protesto foi marcado por imagens marcantes, tais como as da ocupação do Congresso Nacional por manifestantes na capital nacional — Brasília —; da densa e organizada passeata pela Avenida Paulista em São Paulo; e da chegada dos mais de 100 mil manifestantes ao centro do Rio de Janeiro. Vale lembrar que, em algumas regiões, houve a exaltação de alguns grupos extremistas, representados por uma ínfima minoria, que acabaram depredando patrimônios públicos e privados gerando, em alguns momentos, certo desconforto.
O fato é que, desde a ditadura — Movimento Diretas Já — e do Impeachment do presidente Fernando Collor — Movimento Caras Pintadas — o Brasil vivia uma espécie de estabilidade e tranquilidade política, proporcionada, posteriormente, pela estabilidade da inflação e certa melhoria da qualidade de vida dos brasileiros que passaram, então, a ter um maior poder de consumo.
Todavia, apesar de significativas melhoras na qualidade de vida e na renda do trabalhador brasileiro, velhos fantasmas ainda assombram nosso país. A educação é precária e extremamente desvalorizada, as taxas de impostos e os transportes públicos estão entre os mais caros do mundo, a infraestrutura de dezenas de Estados estão sucateadas e os políticos ganham salários cada vez maiores. Nesse contexto, propostas como a PEC 37 também mostram o quanto o cidadão é desrespeitado e subjugado, assim como os gastos exorbitantes com grandes eventos (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas).
Tudo isso formou um grande coquetel que cresceu e agora explodiu. Os brasileiros, que passaram anos acanhados contra a parede, se rebelaram, unindo-se de forma pacífica e organizada. Assim, os cidadãos estão tomando as ruas e utilizando a Internet para clamar por seus direitos, buscando, então, uma alternativa para os problemas sociais, políticos e econômicos da nação. Por fim, fica difícil dizer qual será o futuro das manifestações no Brasil e só podemos afirmar que muito ainda pode acontecer.
*Estudante de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Disponível em: <http://www.catalaonoticias.com.br/voce-reporter>. Acesso em: 22 jun. 2014. Adaptado para uso nesta avaliação.
Observe o trecho a seguir, retirado do primeiro parágrafo do Texto, para responder à questão.
Milhares de pessoas saíram mais cedo do trabalho, deixaram o conforto do seu lar e se dirigiram para as praças e avenidas enfrentando situações adversas para poderem, assim, “clamar” por seus direitos.
O vocábulo “seus”, em destaque, retoma
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E o Brasil Sacudiu!
por João Henrique Santana Stacciarini*
Nos últimos dias, uma onda de protestos vem tomando as ruas do país. Milhares de pessoas saíram mais cedo do trabalho, deixaram o conforto do seu lar e se dirigiram para as praças e avenidas enfrentando situações adversas para poderem, assim, “clamar” por seus direitos. As manifestações — previstas na Constituição Federal — tornaram-se quase um dever, foram postas em prática e se mostram gradativamente maior a cada dia que passa.
Para entender melhor o contexto geral das reivindicações, é necessário voltar aos dias 1 e 2 de junho, dias em que foram reajustadas as tarifas do transporte público da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, passando de R$ 3,00 para R$ 3,20 e de R$ 2,75 para R$ 2,95, respectivamente. A partir de então, movimentos sociais, organizações estudantis e a sociedade em geral se uniram e passaram a protestar, ainda que de forma tímida, contra tal aumento.
As manifestações, encaradas com certo ceticismo e desconfiança, foram marcadas por violência, até então supostamente promovida pelos manifestantes. Além disso, foram duramente criticadas por intelectuais como Rachel Sherazade (SBT) e Arnaldo Jabor (Globo) que, posteriormente, voltaram atrás em suas considerações.
Porém, foi apenas na quinta-feira (13 de junho), que as manifestações tomaram um rumo diferente. Depois de um dia “desastroso”, em uma mobilização que contou com 10 mil pessoas na cidade de São Paulo, o resultado deu-se com centenas delas feridas e detidas devido a um forte conflito entre manifestantes e policiais. Imediatamente, após o protesto, dezenas de vídeos começaram a circular na Internet com conteúdos fortes e que demonstravam imenso despreparo e exagero dos policiais. Isso, sem falar que eles dispararam bombas e tiros por toda a parte, inclusive em vários repórteres — devidamente identificados — que por ali faziam seu trabalho
Com isso, os protestos passaram a ter uma adesão cada vez maior. Em questão de horas, milhares de imagens, vídeos e eventos começaram a ser discutidos nas redes sociais (Facebook e Twitter). Essas figuram como reflexo desse protesto, uma vez que foi por meio delas que se difundiram todas as manifestações, marcaram-se pontos de encontro e desenvolveram-se estratégias para difundir o protesto por todo o Brasil.
Seguindo assim, vimos, na segundafeira, uma gigantesca manifestação que contou com mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, mais de 65 mil em São Paulo, além de milhares de pessoas por vários cantos do país e até mesmo do mundo. O protesto foi marcado por imagens marcantes, tais como as da ocupação do Congresso Nacional por manifestantes na capital nacional — Brasília —; da densa e organizada passeata pela Avenida Paulista em São Paulo; e da chegada dos mais de 100 mil manifestantes ao centro do Rio de Janeiro. Vale lembrar que, em algumas regiões, houve a exaltação de alguns grupos extremistas, representados por uma ínfima minoria, que acabaram depredando patrimônios públicos e privados gerando, em alguns momentos, certo desconforto.
O fato é que, desde a ditadura — Movimento Diretas Já — e do Impeachment do presidente Fernando Collor — Movimento Caras Pintadas — o Brasil vivia uma espécie de estabilidade e tranquilidade política, proporcionada, posteriormente, pela estabilidade da inflação e certa melhoria da qualidade de vida dos brasileiros que passaram, então, a ter um maior poder de consumo.
Todavia, apesar de significativas melhoras na qualidade de vida e na renda do trabalhador brasileiro, velhos fantasmas ainda assombram nosso país. A educação é precária e extremamente desvalorizada, as taxas de impostos e os transportes públicos estão entre os mais caros do mundo, a infraestrutura de dezenas de Estados estão sucateadas e os políticos ganham salários cada vez maiores. Nesse contexto, propostas como a PEC 37 também mostram o quanto o cidadão é desrespeitado e subjugado, assim como os gastos exorbitantes com grandes eventos (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas).
Tudo isso formou um grande coquetel que cresceu e agora explodiu. Os brasileiros, que passaram anos acanhados contra a parede, se rebelaram, unindo-se de forma pacífica e organizada. Assim, os cidadãos estão tomando as ruas e utilizando a Internet para clamar por seus direitos, buscando, então, uma alternativa para os problemas sociais, políticos e econômicos da nação. Por fim, fica difícil dizer qual será o futuro das manifestações no Brasil e só podemos afirmar que muito ainda pode acontecer.
*Estudante de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Disponível em: <http://www.catalaonoticias.com.br/voce-reporter>. Acesso em: 22 jun. 2014. Adaptado para uso nesta avaliação.
De acordo com o Texto, as manifestações no Brasil, geralmente, têm acontecido de forma
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E o Brasil Sacudiu!
por João Henrique Santana Stacciarini*
Nos últimos dias, uma onda de protestos vem tomando as ruas do país. Milhares de pessoas saíram mais cedo do trabalho, deixaram o conforto do seu lar e se dirigiram para as praças e avenidas enfrentando situações adversas para poderem, assim, “clamar” por seus direitos. As manifestações — previstas na Constituição Federal — tornaram-se quase um dever, foram postas em prática e se mostram gradativamente maior a cada dia que passa.
Para entender melhor o contexto geral das reivindicações, é necessário voltar aos dias 1 e 2 de junho, dias em que foram reajustadas as tarifas do transporte público da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro, passando de R$ 3,00 para R$ 3,20 e de R$ 2,75 para R$ 2,95, respectivamente. A partir de então, movimentos sociais, organizações estudantis e a sociedade em geral se uniram e passaram a protestar, ainda que de forma tímida, contra tal aumento.
As manifestações, encaradas com certo ceticismo e desconfiança, foram marcadas por violência, até então supostamente promovida pelos manifestantes. Além disso, foram duramente criticadas por intelectuais como Rachel Sherazade (SBT) e Arnaldo Jabor (Globo) que, posteriormente, voltaram atrás em suas considerações.
Porém, foi apenas na quinta-feira (13 de junho), que as manifestações tomaram um rumo diferente. Depois de um dia “desastroso”, em uma mobilização que contou com 10 mil pessoas na cidade de São Paulo, o resultado deu-se com centenas delas feridas e detidas devido a um forte conflito entre manifestantes e policiais. Imediatamente, após o protesto, dezenas de vídeos começaram a circular na Internet com conteúdos fortes e que demonstravam imenso despreparo e exagero dos policiais. Isso, sem falar que eles dispararam bombas e tiros por toda a parte, inclusive em vários repórteres — devidamente identificados — que por ali faziam seu trabalho
Com isso, os protestos passaram a ter uma adesão cada vez maior. Em questão de horas, milhares de imagens, vídeos e eventos começaram a ser discutidos nas redes sociais (Facebook e Twitter). Essas figuram como reflexo desse protesto, uma vez que foi por meio delas que se difundiram todas as manifestações, marcaram-se pontos de encontro e desenvolveram-se estratégias para difundir o protesto por todo o Brasil.
Seguindo assim, vimos, na segundafeira, uma gigantesca manifestação que contou com mais de 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, mais de 65 mil em São Paulo, além de milhares de pessoas por vários cantos do país e até mesmo do mundo. O protesto foi marcado por imagens marcantes, tais como as da ocupação do Congresso Nacional por manifestantes na capital nacional — Brasília —; da densa e organizada passeata pela Avenida Paulista em São Paulo; e da chegada dos mais de 100 mil manifestantes ao centro do Rio de Janeiro. Vale lembrar que, em algumas regiões, houve a exaltação de alguns grupos extremistas, representados por uma ínfima minoria, que acabaram depredando patrimônios públicos e privados gerando, em alguns momentos, certo desconforto.
O fato é que, desde a ditadura — Movimento Diretas Já — e do Impeachment do presidente Fernando Collor — Movimento Caras Pintadas — o Brasil vivia uma espécie de estabilidade e tranquilidade política, proporcionada, posteriormente, pela estabilidade da inflação e certa melhoria da qualidade de vida dos brasileiros que passaram, então, a ter um maior poder de consumo.
Todavia, apesar de significativas melhoras na qualidade de vida e na renda do trabalhador brasileiro, velhos fantasmas ainda assombram nosso país. A educação é precária e extremamente desvalorizada, as taxas de impostos e os transportes públicos estão entre os mais caros do mundo, a infraestrutura de dezenas de Estados estão sucateadas e os políticos ganham salários cada vez maiores. Nesse contexto, propostas como a PEC 37 também mostram o quanto o cidadão é desrespeitado e subjugado, assim como os gastos exorbitantes com grandes eventos (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas).
Tudo isso formou um grande coquetel que cresceu e agora explodiu. Os brasileiros, que passaram anos acanhados contra a parede, se rebelaram, unindo-se de forma pacífica e organizada. Assim, os cidadãos estão tomando as ruas e utilizando a Internet para clamar por seus direitos, buscando, então, uma alternativa para os problemas sociais, políticos e econômicos da nação. Por fim, fica difícil dizer qual será o futuro das manifestações no Brasil e só podemos afirmar que muito ainda pode acontecer.
*Estudante de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Disponível em: <http://www.catalaonoticias.com.br/voce-reporter>. Acesso em: 22 jun. 2014. Adaptado para uso nesta avaliação.
No quarto parágrafo do Texto, predomina a