Questões
Você receberá a resposta de cada questão assim que responder, e NÃO terá estatísticas ao finalizar sua prova.
Responda essa prova como se fosse um simulado, e veja suas estatísticas no final, clique em Modo Prova
Leia o haicai de Mário Quintana para responder à questão.
Hai-kai
No meio da ossaria
Uma caveira piscava-me...
Havia um vaga-lume dentro dela.
(Da preguiça como método de trabalho, 2013.)
No haicai, o poeta expressa
Leia o haicai de Mário Quintana para responder à questão.
Hai-kai
No meio da ossaria
Uma caveira piscava-me...
Havia um vaga-lume dentro dela.
(Da preguiça como método de trabalho, 2013.)
Os dois últimos versos do haicai foram corretamente articulados em um único período, sem alteração do sentido original, em:
Leia a tira.
Em conformidade com a norma-padrão e o sentido geral da tira, o balão do primeiro quadrinho é corretamente preenchido com:
Leia o texto para responder à questão.
Último vaqueiro relembra a expedição que inspirou
Grande Sertão: Veredas
Na viagem que fez pelo sertão de Minas Gerais em 1952, João Guimarães Rosa era conhecido pelos vaqueiros apenas como Joãozito. Hoje, ainda é assim que o último remanes cente da expedição se refere ao diplomata e escritor.
“Joãozito era meio caladão, mas engraçado. Contava ca sos e gostava também de ouvir a gente contar para ele. Sempre [estava] com uma cadernetinha pendurada no pescoço. E, nela, escrevia as coisas de qualquer jeito”, relembra Francisco
Guimarães Moreira Filho, 81, mais conhecido como Criolo.
A viagem é histórica porque serviu de subsídio para parte da obra de Guimarães Rosa: o conjunto de sete novelas Corpo
de Baile e para o romance e obra-prima Grande Sertão: Veredas – que seria inicialmente uma das histórias de Corpo de Baile. Ambos os livros foram lançados em 1956, há 60 anos.
(José Marques. http://folha.uol.com.br. Adaptado.)
O objetivo do texto é
Leia o texto para responder à questão.
Último vaqueiro relembra a expedição que inspirou
Grande Sertão: Veredas
Na viagem que fez pelo sertão de Minas Gerais em 1952, João Guimarães Rosa era conhecido pelos vaqueiros apenas como Joãozito. Hoje, ainda é assim que o último remanes cente da expedição se refere ao diplomata e escritor.
“Joãozito era meio caladão, mas engraçado. Contava ca sos e gostava também de ouvir a gente contar para ele. Sempre [estava] com uma cadernetinha pendurada no pescoço. E, nela, escrevia as coisas de qualquer jeito”, relembra Francisco
Guimarães Moreira Filho, 81, mais conhecido como Criolo.
A viagem é histórica porque serviu de subsídio para parte da obra de Guimarães Rosa: o conjunto de sete novelas Corpo
de Baile e para o romance e obra-prima Grande Sertão: Veredas – que seria inicialmente uma das histórias de Corpo de Baile. Ambos os livros foram lançados em 1956, há 60 anos.
(José Marques. http://folha.uol.com.br. Adaptado.)
No segundo parágrafo, o emprego do diminutivo em “Joãozito” e o emprego do diminutivo em “cadernetinha” expressam, respectivamente,
Leia o trecho do conto “As margens da alegria”, de João Guimarães Rosa, para responder à questão.
Esta é a estória. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente. Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia, especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não-sabido, ao mais. Assim, um crescer e desconter-se – certo como o ato de respirar – o de fugir para o espaço em branco. O Menino.
E as coisas vinham docemente de repente, seguindo harmonia prévia, benfazeja, em movimentos concordantes: as satisfações antes da consciência das necessidades. Davam- -lhe balas, chicles, à escolha. Solícito de bem-humorado, o Tio ensinava-lhe como era reclinável o assento – bastando a gente premer manivela. Seu lugar era o da janelinha, para o móvel mundo. Entregavam-lhe revistas, de folhear, quantas quisesse, até um mapa, nele mostravam os pontos em que ora e ora se estava, por cima de onde. O Menino deixava-as, fartamente, sobre os joelhos, e espiava: as nuvens de amontoada amabilidade, o azul de só ar, aquela claridade à larga, o chão plano em visão cartográfica, repartindo de roças e campos, o verde que se ia a amarelos e vermelhos e a pardo e a verde; e, além, baixa, a montanha. Se homens, meninos, cavalos e bois – assim insetos? Voavam supremamente. O Menino, agora, vivia; sua alegria despedindo todos os raios. Sentava-se, inteiro, dentro do macio rumor do avião: o bom brinquedo trabalhoso. Ainda nem notara que, de fato, teria vontade de comer, quando a Tia já lhe oferecia sanduíches. E prometia-lhe o Tio as muitas coisas que ia brincar e ver, e fazer e passear, tanto que chegassem. O Menino tinha tudo de uma vez, e nada, ante a mente. A luz e a longa-longa-longa nuvem. Chegavam.
(Primeiras estórias, 2005.)
Com a frase “Esta é a estória.”, que inicia o conto, o narrador recorre