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Texto II
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Ibid., página 106)
Texto III
4º Motivo da Rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
(Ibid., página 308)
Avalie as seguintes afirmações sobre os textos em questão.
I- Os três textos, embora circunscritos no Modernismo brasileiro, são expressos, em termos formais, segundo padrões ditados pela poética tradicional.
II- Os textos confirmam que a sua autora ultrapassa a fase inicial do período modernista (Geração de 22), cujo momento é marcado, em outras, por características como o nacionalismo e experimentalismo.
III- Os textos em questão podem ser, explicitamente, ser classificados como metapoemas, pois configuram uma poesia de autorreferência, ou seja, uma reflexão do significado do fazer poético.
IV- O texto III é o único que apresenta regularidade métrica; os demais são construídos por meio de versos não isométricos.
V- A transitoriedade da vida ou dos valores do mundo é tema marcante na obra da autora, sendo exemplificado apenas pelos textos II e III.
Textos para as questões.
A autora: Cecília Meireles é colocada na segunda geração do Modernismo brasileiro, ou Geração de 30, da qual também fazem parte, entre outros, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Murilo Mendes e Jorge de Lima. Pela extrema musicalidade, somada à profunda sensibilidade, desde cedo, passou a ser considerada herdeira do Simbolismo. Segundo Antonio Candido e Aderaldo Castelo (“A Presença da literatura brasileira”) sua obra apresenta três constantes fundamentais: o oceano, o espaço e a solidão. Avessa aos radicalismos modernistas, prefere a tradição (herança do lirismo ibérico), revelando sempre uma visão filosófica e universalizante, temperada por doses de pessimismo e desencanto.
Texto I
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
(Cecília Meireles – Obra Poética.Rio de Janeiro, Aguillar, 1967. p.103)
Texto II
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Ibid., página 106)
Texto III
4º Motivo da Rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
(Ibid., página 308)
I- As antíteses presentes na terceira estrofe do texto I evidenciam importante característica da autora, que consiste na polarização entre o efêmero e o eterno.
II- Grande parte da musicalidade do texto II é obtida pela repetição das palavras assim (verso 2); nem (versos 3 e 4) e tão (verso 10),além da expressão anafórica eu não tinha no início de cada verso.
III- É possível viver plenamente a vida quanto ao envelhecimento físico se contrapõe o rejuvenescimento de espírito. Pode-se tirar tal conclusão da leitura do texto III.
Textos para as questões.
A autora: Cecília Meireles é colocada na segunda geração do Modernismo brasileiro, ou Geração de 30, da qual também fazem parte, entre outros, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Murilo Mendes e Jorge de Lima. Pela extrema musicalidade, somada à profunda sensibilidade, desde cedo, passou a ser considerada herdeira do Simbolismo. Segundo Antonio Candido e Aderaldo Castelo (“A Presença da literatura brasileira”) sua obra apresenta três constantes fundamentais: o oceano, o espaço e a solidão. Avessa aos radicalismos modernistas, prefere a tradição (herança do lirismo ibérico), revelando sempre uma visão filosófica e universalizante, temperada por doses de pessimismo e desencanto.
Texto I
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
(Cecília Meireles – Obra Poética.Rio de Janeiro, Aguillar, 1967. p.103)
Texto II
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Ibid., página 106)
Texto III
4º Motivo da Rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
(Ibid., página 308)
I- Na segunda estrofe do texto I, a voz poética, sobretudo nos dois primeiros versos, deixa entrever que, em sua aceitação resignada do efêmero, o início e o fim das coisas não a abalam.
II- No texto III, sobretudo em cada verso final dos dois últimos dísticos, está contida a ideia de que, mesmo com o passar do tempo, ou com a morte, resta ao ser humano o conforto de ser lembrado ou de se perpetuar através de seus descendentes.
III- No texto II, os vocábulos “rosto”, “olhos”, “lábio”, “mãos”, “coração”, “espelho” e “face” foram empregados, sem exceção, em seu sentido literal, denotativo.
Textos para as questões.
A autora: Cecília Meireles é colocada na segunda geração do Modernismo brasileiro, ou Geração de 30, da qual também fazem parte, entre outros, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Murilo Mendes e Jorge de Lima. Pela extrema musicalidade, somada à profunda sensibilidade, desde cedo, passou a ser considerada herdeira do Simbolismo. Segundo Antonio Candido e Aderaldo Castelo (“A Presença da literatura brasileira”) sua obra apresenta três constantes fundamentais: o oceano, o espaço e a solidão. Avessa aos radicalismos modernistas, prefere a tradição (herança do lirismo ibérico), revelando sempre uma visão filosófica e universalizante, temperada por doses de pessimismo e desencanto.
Texto I
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
(Cecília Meireles – Obra Poética.Rio de Janeiro, Aguillar, 1967. p.103)
Texto II
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Ibid., página 106)
Texto III
4º Motivo da Rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
(Ibid., página 308)
Considere as seguintes afirmações sobre certos aspectos presentes nos textos.
I- Em “Eu canto porque o instante existe” (texto I)/ “E a canção é tudo” (texto I)/ “Em que espelho ficou perdida a minha face?” (texto II)/ “Não te aflijas com a pétala que voa” (texto III)/ “Ao longe, o vento vai falando em mim” (texto III), todos os termos destacados exercem a mesma função sintática.
II- Em “se desmorono ou se edifico”/ “Se permaneço ou me desfaço, / - não sei, não sei. Não sei se fico ou passo” (texto I) todos os verbos assinalados são, nestes versos, intransitivos.
III- Em “Atravesso noites e dias/ no vento” (texto I)/ “Eu não tinha este rosto de hoje (texto III)/ “Ao longe, o vento vai falando em mim” (texto III), os temas destacados são modificadores de formas verbais, às quais acrescentam determinadas circunstâncias acessórias de tempo e de lugar.
IV- Em “Eu canto porque o instante existe”, a palavra destacada poderá ser substituída, sem exceção, sem prejuízo de sentido, por qualquer das seguintes: que, porquanto, pois, visto que, já que, uma vez que.
V- Em “Tão simples tão certa, tão fácil” (texto II), o acento gráfico da palavra destacada ocorrerá, pela mesma razão, em todos os seguintes vocábulos: textil, pensil,gracil,flebil, novel,retratil, ignobil,indelevel, decibel.
Texto I
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
(Cecília Meireles – Obra Poética.Rio de Janeiro, Aguillar, 1967. p.103)
Texto II
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Ibid., página 106)
Avalie as seguintes afirmações sobre elementos destacados dos textos em questão.
I- “Que nem se mostra” (texto II) *A forma verbal destacada acima poderá, sem qualquer alteração, preencher todas as seguintes lacunas: Não se ________ao inimigo sinais se fraqueza. / A maioria das pessoas não _______suas vulnerabilidades. / Nenhum de vós _________compaixão com cães de rua. / ______ela e eu simpatia pelos novos vizinhos. / Mais de um estudante _________capacidade para resolver intricadas questões de lógica.
II- “Se desmorono ou se edifico/ se permaneço ou me desfaço/ - não sei/ não sei/ não sei se fico/ ou passo (texto I) *Quanto à estrutura dos vocábulos, nesses versos, foram destacados o mesmo elemento mórfico, no caso, a desinência número-pessoal.
III- “U não tinha este rosto de hoje” (texto II) *A palavra destacada será mantida, sem qualquer alteração, em todas as seguintes ocorrências: ______ século terminará em paz? _____coração me pregou uma grande peça. / _____amuleto que trago no pescoço, trouxe-o da África. / No bolso trago sempre _____canivete. / Guardo sempre _____´provérbio: “Quem casa quer casa”.
Está correto o que se afirma em
Textos para as questões.
A autora: Cecília Meireles é colocada na segunda geração do Modernismo brasileiro, ou Geração de 30, da qual também fazem parte, entre outros, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Murilo Mendes e Jorge de Lima. Pela extrema musicalidade, somada à profunda sensibilidade, desde cedo, passou a ser considerada herdeira do Simbolismo. Segundo Antonio Candido e Aderaldo Castelo (“A Presença da literatura brasileira”) sua obra apresenta três constantes fundamentais: o oceano, o espaço e a solidão. Avessa aos radicalismos modernistas, prefere a tradição (herança do lirismo ibérico), revelando sempre uma visão filosófica e universalizante, temperada por doses de pessimismo e desencanto.
Texto I
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
(Cecília Meireles – Obra Poética.Rio de Janeiro, Aguillar, 1967. p.103)
Texto II
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Ibid., página 106)
Texto III
4º Motivo da Rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
(Ibid., página 308)
Avalie algumas ocorrências presentes nos textos em questão.
I- “Também é ser, deixar de ser assim” (texto III) *Neste verso ocorre uma figura de linguagem (ou figura de pensamento) que também está exemplificada nos seguintes versos do mesmo texto: “Mortas intactas pelo teu jardim” e “por desfolhara-me é que não tenho fim.”
II- “Eu não tinha este coração / que nem se mostra” (texto II) *O termo destacado exerce uma função sintática que também ocorre em todos os seguintes períodos: “Sou um homem que cumpre o seu dever/ Não existe mentira que dure para sempre./ Trazia com ela uma tristeza que não tinha explicação./ Sou generoso com os amigos que me contam seus segredos. / Tudo o que cai na rede é peixe.
III- “Se permaneço ou me desfaço” (texto I) *O vocábulo sublinhado foi formado pelo mesmo processo verificado em todos os seguintes: antever, super-homem, bisavô, percorrer, arquibancada, supercílio, epígrafe, ateu, compadre.
Está correto o que se afirma em