Questões de Literatura - Literatura portuguesa - Escolas Literárias - Barroco
O elemento cristão da Idade Média e o racionalista do Renascimento geraram o dualismo _______, característico de um período em que o homem busca a conciliação do espiritualismo medieval com o humanismo posto em voga pelos renascentistas. A tentativa de conciliar essas tendências provocou a tensão, tão peculiar a esse estilo, e as contradições próprias a uma tendência que ora festeja a razão, ora a fé; ora o sensorial, ora o espiritual.
(Lígia Cademartori. Períodos literários, 1987. Adaptado.)
A lacuna do texto deve ser preenchida por:
Leia o texto para responder à questão.
Bem vejo que me podeis dizer, Senhor, que a propagação de vossa Fé e as obras de vossa glória não dependem de nós, nem de ninguém, e que sois poderoso, quando faltem homens, para fazer das pedras filhos de Abraão. Mas também a vossa sabedoria e a experiência de todos os séculos nos têm ensinado que depois de Adão não criastes homens de novo, que vos servis dos que tendes neste Mundo, e que nunca admitis os menos bons, senão em falta dos melhores. Assim o fizestes na parábola do banquete. Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e porque eles se escusaram e não quiseram vir, então admitistes os cegos e mancos, e os introduzistes em seu lugar: Caecos et claudos introduc huc. E se esta é, Deus meu, a regular disposição de vossa providência divina, como a vemos agora tão trocada em nós e tão diferente conosco? Quais foram estes convidados e quais são estes cegos e mancos? Os convidados fomos nós, a quem primeiro chamastes para estas terras, e nelas nos pusestes a mesa, tão franca e abundante, como de vossa grandeza se podia esperar. Os cegos e mancos são os luteranos e calvinistas, cegos sem fé e mancos sem obras, na reprovação das quais consiste o principal erro da sua heresia. Pois se nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem duvidamos de vir, antes rompemos por muitos inconvenientes em que pudéramos duvidar; se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais fora dela e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares aos hereges? Quando em tudo o mais foram eles tão bons como nós, ou nós tão maus como eles, por que nos não há-de valer pelo menos o privilégio e prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os estilos de vossa providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.
(Padre Antonio Vieira, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda)
Tratando o interlocutor como Você e passando os verbos para o futuro, a passagem “... se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais fora dela e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares aos hereges?” assume a seguinte redação:
Leia o poema "Queixa-se o poeta da plebe ignorante e perseguidora das virtudes", de Gregório de Matos, para responder à questão.
Que me quer o Brasil, que me persegue?
Que me querem pasguates1 que me invejam?
Não veem que os entendidos me cortejam,
E que os nobres é gente que me segue?
Com seu ódio a canalha que consegue?
Com sua inveja os néscios2 que motejam3?
Se quando os néscios por meu mal mourejam4,
Fazem os sábios que a meu mal me entregue.
Isto posto, ignorantes e canalha,
Se ficam por canalha, e ignorantes
No rol das bestas a roerem palha:
E se os senhores nobres e elegantes
Não querem que o soneto vá de valha5.
Não vá, que tem terriveis consoantes6.
(José Miguel Wisnik (org.). Poemas escolhidos, 2010.)
1 pasguate: imbecil.
2 néscio: ignorante.
3 motejar: escarnecer.
4 mourejar: esforçar-se.
5 in de valha: in além do que está registrado.
6 consoantes: rimas em que todos os sons são idênticos.
A classificação desse poema de Gregório de Matos como soneto deve-se
Observe as imagens a seguir:
Imagem 4
Camões
Imagem 5
Boca do Inferno
Imagem 6
Cláudio Manuel da Costa
Imagem 7
Tomás Antônio Gonzaga
Imagem 8
Basílio da Gama
Imagem 9
Santa Rita Durão
Analise as afirmativas abaixo e coloque V nas verdadeiras e F nas falsas.
( ) As imagens 6 e 7 retratam, respectivamente, os autores dos poemas épicos Marília de Dirceu e Vila Rica.
( ) O poeta baiano, retratado na imagem 5, é reconhecido como criador de textos poéticos de temáticas amorosa, religiosa e satírica.
( ) Todas as imagens retratam poetas brasileiros; a imagem 4 apresenta o autor de Os Lusíadas, um dos mais belos sonetos sobre o amor em língua portuguesa.
( ) Santa Rita Durão, retratado na imagem 9, é o autor do poema épico Caramuru, adaptado para o cinema com o título Caramuru – A invenção do Brasil, dirigido por Guel Arraes. Nele, há uma história de amor, vivida pelas índias Moema e Paraguaçu com o português Diogo Álvares Pereira.
( ) O autor retratado na imagem 8 é o criador do poema O Uraguai, no qual se encontra o relato da Guerra dos Sete Povos das Missões e a morte de Lindoia, amada de Cacambo, que prefere a morte a ser obrigada a casar com Baldeta.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
Considerado o mais prolífico poeta do Barroco brasileiro, Gregório de Matos criticou e satirizou tanto os fidalgos “caramurus” quanto os mestiços e as mulatas. No entanto, a sua obra poética não só se compõe de críticas e de sátiras, mas explora também temas como:
1) A devoção religiosa.
2) A crítica ao papado.
3) A fugacidade da vida.
4) A crítica aos senhores de engenho.
5) A defesa de uma República federalista.
Estão corretas, apenas:
Leia o texto para responder à questão.
Bem vejo que me podeis dizer, Senhor, que a propagação de vossa Fé e as obras de vossa glória não dependem de nós, nem de ninguém, e que sois poderoso, quando faltem homens, para fazer das pedras filhos de Abraão. Mas também a vossa sabedoria e a experiência de todos os séculos nos têm ensinado que depois de Adão não criastes homens de novo, que vos servis dos que tendes neste Mundo, e que nunca admitis os menos bons, senão em falta dos melhores. Assim o fizestes na parábola do banquete. Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e porque eles se escusaram e não quiseram vir, então admitistes os cegos e mancos, e os introduzistes em seu lugar: Caecos et claudos introduc huc. E se esta é, Deus meu, a regular disposição de vossa providência divina, como a vemos agora tão trocada em nós e tão diferente conosco? Quais foram estes convidados e quais são estes cegos e mancos? Os convidados fomos nós, a quem primeiro chamastes para estas terras, e nelas nos pusestes a mesa, tão franca e abundante, como de vossa grandeza se podia esperar. Os cegos e mancos são os luteranos e calvinistas, cegos sem fé e mancos sem obras, na reprovação das quais consiste o principal erro da sua heresia. Pois se nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem duvidamos de vir, antes rompemos por muitos inconvenientes em que pudéramos duvidar; se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais fora dela e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares aos hereges? Quando em tudo o mais foram eles tão bons como nós, ou nós tão maus como eles, por que nos não há-de valer pelo menos o privilégio e prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os estilos de vossa providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.
(Padre Antonio Vieira, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda)
Quanto à ideia que encerra, a passagem “Quando em tudo o mais foram eles tão bons como nós, ou nós tão maus como eles, por que nos não há-de valer pelo menos o privilégio e prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os estilos de vossa providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.”
pode ser associada aos seguintes versos de Camões:
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