Questões de Filosofia - Filosofia contemporânea - Pós-estruturalismo - Outros
O medo é um sentimento conhecido de toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa experiência com os animais. Os estudiosos do comportamento animal descrevem, de modo altamente detalhado, o rico repertório de reações dos animais à presença imediata de uma ameaça que ponha em risco suas vidas. Os humanos, porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de medo de “segundo grau”, um medo, por assim dizer, social e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que orienta seu comportamento, haja ou não uma ameaça imediatamente presente. O medo secundário pode ser visto como um rastro de uma experiência passada de enfrentamento de uma ameaça direta — um resquício que sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na modelagem da conduta humana mesmo que não haja mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.
Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9 (com adaptações).
O “medo de ‘segundo grau’”, conforme as informações do texto, é conhecido apenas pelos seres humanos e tem origem em vivências antigas de confronto com uma ameaça direta à vida ou à integridade.
Em alusão ao dia 4 de outubro deste ano, quando as redes sociais WhatsApp, Facebook e Instagram ficaram fora do ar, o filósofo Leandro Karnal fez essa postagem no seu Instagram, apresentando reflexões sobre o fato e sua repercussão nas relações sociais estabelecidas por meio desses aplicativos.
Sobre essa publicação, um pensamento de Leandro Karnal, nesse texto, encontra respaldo na frase de Zygmunt Bauman transcrita na alternativa
No contexto posterior à II Guerra Mundial cientistas políticos como Ronald Inglehart documentaram a emergência de valores pós-materialistas entre as populações dos países economicamente desenvolvidos.
Sobre esses valores, assinale o que for correto.
01) Opõem-se a valores materialistas, rejeitando a segurança física e material.
02) Valorizam a preservação ambiental e criticam o crescimento econômico desenfreado.
04) Defendem a liberdade e a autonomia individuais.
08) São consequência do período de forte crescimento econômico experimentado por países ocidentais após a II Guerra Mundial.
16) Dependem do contexto vivenciado pelos indivíduos nos seus períodos de socialização primária. Portanto uma pessoa que cresceu em um contexto de insegurança física e material dificilmente desenvolverá valores pósmaterialistas.
[...] Se concordamos em considerar a proposição como um nome, é evidente que todo nome que designa um objeto pode se tornar objeto de um novo nome que designa seu sentido: n1 sendo dado remete a n2 que designa o sentido de n1, n2 a n3 etc. para cada um de seus nomes, a linguagem deve conter um nome para o sentido deste nome. Esta proliferação infinita das entidades verbais é conhecida como paradoxo de Frege. Mas é também o paradoxo de Lewis Carroll. Ele aparece rigorosamente do outro lado do espelho, no encontro de Alice com o cavaleiro. O cavaleiro anuncia o título da canção que vai cantar ''O nome da canção é Olhos esbugalhados'' – ''Oh, é o nome da canção?'', diz Alice – ''Não, você não compreendeu, diz o cavaleiro. É como o nome é chamado. O Verdadeiro nome é: O Velho, o velho homem'' – ''Então eu deveria ter dito: é assim que a canção é chamada?'' corrigiu Alice, - ''Não, não deveria: trata-se de coisa bem diferente. A canção é chamada Vias e meios. Mas isto é somente como ela é chamada, compreendeu?'' – ''Mas então, o que é que ela é?'' – ''Já chego aí, diz o cavaleiro, a canção é na realidade Sentado sobre uma barreira''.
(DELEUZE, Gilles. Lógica do Sentido. Editora Perspectiva: São Paulo, 1974. P. 32).
Levando em consideração a leitura do texto acima, selecione a alternativa correta.
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