Questões de Português - Gramática - Sintaxe - Regência verbal
Leia o conto de Marina Colasanti.
“Atrás do espesso véu”
“Disse adeus aos pais e, montada no camelo, partiu com a longa caravana na qual seguiam seus bens e as grandes arcas do dote. Atravessaram deserto, atravessaram montanhas. Chegando afinal à terra do futuro esposo, eis que ele saiu de casa e veio andando ao seu encontro (1). “Este é aquele com quem viverás para sempre”, disse o chefe da caravana à mulher. Então ela pegou a ponta do espesso véu que trazia enrolado na cabeça, e com ele cobriu o rosto, sem que nem se visse os olhos. Assim permaneceria dali em diante. Para que jamais, soubesse o que havia escolhido (2), aquele que a escolhera sem conhecê-la (3).”
(COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 47)
Como são classificadas as formas verbais em destaque no texto, respectivamente?
O Brasil, de acordo com Moraes, é o segundo maior consumidor de hidrogéis para agricultura do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos da América, onde o produto é usado também em jardins. “Aqui, a principal aplicação dos géis superabsorventes é em plantações de eucalipto, que exigem muita água. Estimamos que a demanda do produto pela agricultura gire em torno de 500 toneladas por ano. Em uma plantação de eucalipto, por exemplo, com cerca de 1.200 pés, são utilizados 1,5 quilo por hectare”.
Yuri Vasconcelos. Combate à terra seca. In: Revista FAPESP, edição 248, out./2016 (com adaptações).
Segundo o texto Combate à terra seca, de Yuri Vasconcelos, uma partícula do gel comercial distribuído pela Hydroplan-EB, após absorver água, pode ficar com seu volume até 100 vezes maior que o volume original. Além disso, o texto indica que, em um terreno de 1 hectare (1 ha = 10.000 m2), é possível plantar 1.200 pés de eucalipto.
A partir desses textos, julgue o item.
Mantendo-se os sentidos do primeiro texto, o seu primeiro período poderia ser reescrito corretamente da seguinte forma: De acordo com Moraes, o Brasil é o segundo maior consumidor de hidrogéis para a agricultura, atrás dos Estados Unidos da América apenas, onde o produto é usado também em jardins.
COMERCIANTE
(a seus dois acompanhantes, ao guia e ao cule que vai levando as bagagens) Depressa, seus moleirões! Precisamos chegar ao posto de Han dentro de dois dias, pois temos de levar um dia de vantagem, custe o que custar.
(ao público) Eu sou o comerciante Karl Langmann, e vou de viagem para a cidade de Urga, onde espero fechar o negócio de uma concessão. Meus concorrentes vêm aí, atrás de mim. O negócio é de quem chegar primeiro. Graças à minha esperteza, e à minha disposição para vencer quaisquer dificuldades, e à dureza com que sempre tratei todo o meu pessoal, até aqui a viagem foi feita quase que na metade do tempo que costuma levar. Por azar, meus concorrentes parecem ter alcançado também uma rapidez igual.
(olha para trás, com o binóculo) Lá vêm eles de novo, vejam só: sempre nos meus calcanhares!
(ao guia) Por que não dá em cima desse cule? Foi para isso que contratei você! Mas, pelo visto, o que querem fazer é turismo às minhas custas. Vocês nem podem fazer ideia de quanto custa uma viagem destas: porque o dinheiro não é de vocês! Se vai continuar me sabotando, eu faço queixa de você na Agência, assim que chegarmos em Urga!
GUIA
(ao cule) Veja se pode apertar mais o passo!
COMERCIANTE
Sua garganta não dá o tom certo: nunca há de ser um guia de verdade. Eu devia ter chamado um mais caro. Os outros estão cada vez mais perto. Bata nesse rapaz, para ele andar! Vamos, o que está esperando? Eu não sou favorável à pancada, mas há umas horas em que só batendo! Se eu não chego primeiro, estou falido! Para o transporte da minha bagagem, você foi chamar logo o seu irmão. Foi ou não foi? Confesse! Não bate nele porque é seu parente. Eu sei muito bem como vocês são: não é que lhes falte brutalidade. Ou você bate nele, ou está despedido! Depois pode ir queixar-se na Justiça, por causa do salário. Meu Deus do céu, eles estão nos alcançando!
Bertold Brecht. A exceção e a regra.
Considerando o trecho precedente, da peça A exceção e a regra, de Bertold Brecht, julgue o item subsequente.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam mantidas caso o período “Por azar, meus concorrentes parecem ter alcançado também uma rapidez igual” fosse reescrito da seguinte forma: Por azar, parece que meus concorrentes alcançaram também uma rapidez igual.
Texto 1
SOBRE DIREITOS
O Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 trata das garantias e direitos fundamentais de que cada cidadão dispõe. Segundo a Lei: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...”.
Há importantes órgãos e poderes de controle interno e externo definidos na Constituição Federal, como o Conselho Tutelar, o Ministério Público, as Varas de Infância e Juventude, as políticas e centros de Assistência Social, como os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), os Centros da Criança e Adolescente (CCAs), e as Secretarias Municipais, Estaduais e Federais de Educação, Assistência Social, Saúde e Direitos Humanos.
(Adaptado de: https://educacaointegral.org.br/glossario/ sistema-de-garantia-de-direitos/ )
Texto 2
SOBRE AUTONOMIA E CONTROLE
(Luiz Nascimento)
Todo ser humano apresenta melhor desenvolvimento e bem estar quando faz parte de um contexto promotor de autonomia e pode exercer seu poder de escolha. Se olhamos atentamente ao nosso redor, não é difícil perceber o predomínio de ambientes de certa forma controladores. Isso se dá tanto na vida infantil quanto adulta, em família, na escola ou em circunstâncias diversas, profissional, esportiva ou religiosa.
Muitos profissionais mergulham tanto em suas tarefas que acabam envolvidos em ardilosos engenhos da convivência humana e nem os percebem. De fato, nem sempre é fácil notar ações que se distanciam do bom senso, que podem se transformar em ações controladoras. Tais ações podem se impor a crenças, a traços culturais, a comportamentos individuais.
É importante saber respeitar o jeito de ser e o ritmo de quem convive conosco, família, colegas ou a quem prestamos serviços. Sobretudo, estar atento aos níveis presentes de controle ou de promoção de autonomia nas relações. Por isso, devemos nos esforçar para compreender em que circunstâncias é possível obter uma predominância de atos que possam mais promover a autonomia do que cerceá-la.
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=25825636353742 58&id=1530088800621752
Respeitando a regência da mesma expressão “inviolabilidade do direitos...”, ela continuaria correta se fosse completada com:
No Brasil, a última grande reforma da grafia da língua portuguesa foi realizada em 1971, quando foi abolido o acento diferencial em alguns vocábulos, bem como o acento grave ou circunflexo em palavras derivadas de outras acentuadas.
Com a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, o acento diferencial continua a ser empregado em
O medo das vacinas não é novo no Brasil. É até mais antigo que a emblemática Revolta da Vacina, de 1904. O país viveu um drama sanitário do mesmo tipo no decorrer do século XIX. A doença em questão era a varíola — hoje erradicada do mundo. Apesar de os governos de Dom João VI, Dom Pedro I e Dom Pedro II terem oferecido a vacina gratuitamente aos súditos, muitos fugiam dos vacinadores, o que contribuía para que as epidemias de varíola fossem recorrentes e devastadoras.
Documentos históricos guardados no Arquivo do Senado, em Brasília, mostram que a baixa adesão às campanhas de vacinação foi um problema que atormentou os senadores do início ao fim do Império. “Em Santa Catarina, têm morrido para cima de 2.000 pessoas”, discursou em 1826 o senador João Rodrigues de Carvalho (CE), citando a província da qual fora presidente (governador): “Eu estabeleci ali a vacina, deixando-a encarregada a um cirurgião hábil, mas quase ninguém compareceu. Os povos estão no erro de que a vacina não faz efeito. Quando o interesse público não se identifica com o interesse particular, nada se consegue”.
Ricardo Westin. Fake News sabotaram campanhas de vacinação na época do Império no Brasil. In: El País, 25/12/2020 (com adaptações).
Considerando o assunto do texto anterior e os vários aspectos a ele relacionados, julgue o item.
A correção gramatical e os sentidos do último período do texto seriam preservados se a oração ‘nada se consegue’ fosse reescrita da seguinte forma: não se consegue nada.
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