Questões de EFAF Português - Leitura e Interpretação de Texto -
A tevê ligada, a sala mergulhada no silêncio de luzes e de vozes de gente-gente (só chegavam as dos de dentro da tevê), nós dois juntos e tão distantes. Os olhos dele nas imagens de algum programa de humor qualquer; os meus, no seu rosto vincado de rugas. Éramos dois emudecidos. Um, talvez, esperando que o outro proferisse palavra que fosse ponte.
Eu tentei (acho que tentei) algumas vezes quebrar o muro. Mas minha marreta era frágil.
RITER, Caio. Eu e o silêncio do meu pai. São Paulo: Biruta, 2011, p. 18.
Tendo em vista a temática central da obra, as metáforas da ponte e do muro têm por objetivo
Leia a música de Marcelo Jeneci e responda à questão.
Dar-te-ei
[...] Não te darei papéis, não te darei, esses rasgam,
esses borram
Não te darei discos, não, eles repetem, eles arranham
Não te darei casacos, não te darei, nem essas coisas
que te resguardam e que se vão
Dar-te-ei finalmente os beijos meus
Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus
Esses embalam, esses secam, mas esses ficam.
Não te darei bombons, não te darei, eles acabam,
eles derretem
Não te darei festas, não te darei, elas terminam, elas
choram, elas se vão [...]
<https://tinyurl.com/ybf22rpl> Acesso em: 10.11.2017.
O autor da música enumera e destaca todas as coisas que dará e o que não dará a(o) sua(seu) amada(o), enfocando que prefere as coisas que “ficam”. Para isso, ele faz uso da linguagem em seu sentido denotativo e conotativo.
Assinale a alternativa em que há o exemplo e a explicação corretos dos tipos de linguagens utilizadas na música.
Leia o texto para responder à questão.
Consumo Sustentável
O Consumo Sustentável envolve a escolha de produtos que utilizaram menos recursos naturais em sua produção, que garantiram o emprego decente aos que os produziram, e que serão facilmente reaproveitados ou reciclados. Significa comprar aquilo que é realmente necessário, estendendo a vida útil dos produtos tanto quanto possível. Consumimos de maneira sustentável quando nossas escolhas de compra são conscientes, responsáveis, com a compreensão de que terão consequências ambientais e sociais – positivas ou negativas.
Mudança de comportamento é algo que leva tempo e amadurecimento do ser humano, mas é acelerada quando toda a sociedade adota novos valores. O termo “sociedade de consumo” foi cunhado para denominar a sociedade global baseada no valor do “ter”. No entanto, o que observamos agora são os valores de sustentabilidade e justiça social fazendo parte da consciência coletiva, no mundo e também no Brasil. Este novo olhar sobre o que deve ser buscado por cada um promove a mudança de comportamento, o abandono de práticas nocivas de alto consumo e o desperdício e a adoção de práticas conscientes de consumo.
Consumo consciente, consumo verde, consumo responsável são nuances do Consumo Sustentável, cada um focando uma dimensão do consumo. O consumo consciente é o conceito mais amplo e simples de aplicar no dia a dia: basta estar atento à forma como consumimos – diminuindo o desperdício de água e energia, por exemplo – e às nossas escolhas de compra – privilegiando produtos e empresas responsáveis. A partir do consumo consciente, a sociedade envia um recado ao setor produtivo de que quer que lhe sejam ofertados produtos e serviços que tragam impactos positivos ou reduzam significativamente os impactos negativos no acumulado do consumo de todos os cidadãos.
Acesso em: 12.04.2018. Adaptado.
O texto analisado é dissertativo e tem por objetivo informar o leitor sobre o consumo sustentável.
Tendo em mente esse objetivo, identificam-se corretamente a função de linguagem e suas características como
Leia a crônica “Neide” para responder à questão.
Neide
O céu está limpo, não há nenhuma nuvem acima de nós. O avião, entretanto, começa a dar
saltos, e temos de pôr os cintos para evitar uma cabeçada na poltrona da frente. Olho pela janela: é
que estamos sobrevoando de perto um grande tumulto de montanhas. As montanhas são belas,
cobertas de florestas; no verde-escuro há manchas de ferrugem de palmeiras, algum ouro de ipê,
[5] alguma prata de embaúba – e de súbito uma cidade linda e um rio estreito. Dizem-me que é
Petrópolis.
É fácil explicar que o vento nas montanhas faz corrente para baixo e para cima, como
também o ar é mais frio debaixo da leve nuvem. A um passageiro assustado, o comissário diz que
“isso é natural”. Mas o avião, com o tranquilo conforto imóvel com que nos faz vencer milhas em
[10] segundos, havia nos tirado o sentimento do natural. Somos hóspedes da máquina. Os motores foram
revistos, estão perfeitos, funcionam bem, e temos nossas passagens no bolso; tudo está em ordem.
Os solavancos nos lembram de que a natureza insiste em existir, e ainda nos precipita além dela,
para os reinos azuis da Metafísica. Pode o avião vencer a montanha, e desprezar as passagens
antigas que a humanidade sempre trilhou. Mas sua vitória não pode ser saboreada de perto: mesmo
[15] debaixo, a montanha ainda fez sentir que existe e à menor imprudência da máquina o gigante
vencido a sorverá de um hausto, e a destruirá. Assim a humilde lagoa, assim a pequena nuvem: a
tudo isso somos sensíveis dentro de nosso monstro de metal.
A menina disse que era mentira, que não se via anjo nenhum nas nuvens. O homem, porém,
explicou que sim, e pediu que eu confirmasse. Eu disse:
[20] – Tem anjo sim. Mas tem muito pouco. Até agora desde que saímos eu só vi um, e assim
mesmo de longe. Hoje em dia há muito poucos anjos no céu. Parece que eles se assustam com os
aviões. Nessas nuvens maiores nunca se encontra nenhum. Você deve procurar nas nuvenzinhas
pequenas, que ficam separadas uma das outras; é nelas que os anjos gostam de brincar. Eles voam
de uma para outra.
[25] A menina queria saber de que cor eram as asas dos anjos, e de que tamanho eles eram. O
homem explicou que os anjos tinham as asas da mesma cor daquele vestidinho da menina; e eram
de seu tamanho. Ela começou a duvidar novamente, mas chamamos o comissário de bordo. Ele
confirmou a existência dos anjos com a autoridade de seu ofício; era impossível duvidar da palavra
do comissário de bordo, que usa uniforme e voa todo dia para um lado e outro, e além disso ele
[30] tinha um argumento impressionante: “Então você não sabia que tem anjos no céu? ” E perguntou se
ela tinha vontade de ser anjo.
– Não.
– Que é que você quer ser?
– Aeromoça!
[35] E começou a nos servir biscoitos; dois passageiros que estavam cochilando acordaram
assustados porque ela apertou o botão que faz descer as costas das poltronas; mas depois riram e
aceitaram os biscoitos.
– A Baía de Guanabara!
Começamos a descer. E quando o avião tocava o solo, naquele instante de leve tensão
[40] nervosa, ela se libertou do cinto e gritou alegremente:
– Agora tudo vai explodir!
E disse que queria sair primeiro porque estava com muita pressa, para ver as horas na torre
do edifício ali perto: pois já sabia ver as horas.
Não deviam ter-lhe ensinado isso. Ela já sabe tanta coisa! As horas se juntam, fazem os dias,
[45] fazem os anos, e tudo vai passando, e os anjos depois não existem mais, nem no céu, nem na terra.
BRAGA, Rubem. Neide. In: ANDRADE, Carlos Drummond et al. Para gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 1980. p. 40-42. Adaptado.
Releia o fragmento a seguir: “Pode o avião vencer a montanha, e desprezar as passagens antigas que a humanidade sempre trilhou. Mas sua vitória não pode ser saboreada de perto: mesmo debaixo, a montanha ainda fez sentir que existe e à menor imprudência da máquina o gigante vencido a sorverá de um hausto, e a destruirá” (linhas 13, 14, 15 e 16). A figura de estilo que personifica o avião e a montanha, destinando-lhes reações típicas dos seres humanos, chama-se:
Leia a charge para responder à questão.
Aliando as linguagens não verbal (informações visuais) e verbal (recursos linguísticos), o gênero charge tem por finalidade expressar, graficamente, uma crítica às diversas situações que compõem a contemporaneidade. A partir dessa proposição e observando a charge exposta, a frase existente na tabuleta recorre:
Leia o fragmento da letra da música “Encontros e despedidas”, de Milton Nascimento.
“E assim chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar (...)
É a vida...”
<http://tinyurl.com/p7qwjr6> Acesso em: 27.03.2015. Adaptado.
A figura de linguagem predominante nesse trecho da letra da música é
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