Questões de EFAF Português - Morfologia -
Analise a charge para responder à questão.
Observe as passagens:
I “Candidato, me ajuda a comer, candidato!”
II “Mas é claro que te ajudo! Tem aí um sanduíche para a gente dividir?”
Assinale a alternativa que apresenta a análise correta da função morfológica dos termos destacados nas passagens.
A questão refere-se ao texto a seguir.
O rolezinho da juventude nas ruas do consumo e do protesto
por Renato Souza de Almeida
Os jovens têm criado formas cada vez mais interessantes de manifestação. Desde as jornadas de junho de 2013 – que levou às ruas milhares de brasileiros – até os chamados “rolezinhos” – que também vêm colocando centenas em circulação – se instalou uma crise na análise daqueles que insistiam em afirmar uma possível apatia dessa geração juvenil.
“Sair de rolê...” significa dar uma circulada despretensiosa pela vila ou pela cidade. É possível dar um rolê de trem, de ônibus ou a pé. Geralmente, o rolê está ligado ao lazer ou a alguma prática cultural. Sai de rolê o pichador, o skatista, o caminhante... O que vem chamando a atenção de muita gente é como um simples gesto de sair e circular de forma livre tem ocupado um papel central nas principais mobilizações juvenis na cidade de São Paulo nos últimos tempos.
[...] Quem não é mais jovem e sempre morou nas periferias de São Paulo, com raras exceções, vai se recordar que a rua era o espaço por excelência da sociabilidade, do lazer e da convivência. Com a chegada do asfalto, vieram também muitos carros e se instituiu como verdade o discurso de que a rua é lugar perigoso e violento. Para muitos adultos, as políticas culturais só se justificam se for para “tirar os jovens das ruas”. Para os jovens, ao contrário, suas ações culturais só têm força e sentido quando acontecem na rua, no espaço público.
A condenação da rua como espaço da violência veio acompanhada da chegada dos shopping centers também às periferias. Muita gente vai ao shopping tentar encontrar um vazio deixado pelo “fim” das ruas. Para além do consumo, busca-se num shopping um passeio mais livre, solto, e a possibilidade de encontro com pessoas de fora do círculo mais próximo, familiar. No entanto, esse encontro não acontece. Tampouco a livre circulação. As pessoas só encontram uma multidão “sem rosto e coração” – nos dizeres dos Racionais MC’s –, e a circulação no interior do shopping não pode ocorrer de forma livre e espontânea. Ela tem regras claras e rígidas: os pobres podem circular pelo shopping, contanto que finjam pertencer a outra classe social. Mesmo que circulem no shopping sem recursos para consumir, eles devem desejar consumir. Da mesma forma, os negros podem circular pelo shopping tranquilamente, desde que finjam ser brancos nas vestimentas, nos cabelos, no comportamento etc.
Os rolezinhos em shoppings – da periferia ou das áreas abastadas –, que se tornaram um fenômeno neste verão, têm características muito semelhantes com os pancadões de rua realizados de forma espontânea e congregam um número significativo de jovens que se reúnem, sobretudo, em torno da expressão cultural do funk. O polêmico e famigerado funk é um dos principais mobilizadores dos jovens na metrópole paulistana. E um dos segredos da sua força não está necessariamente no apelo sexual de algumas músicas ou na sua batida envolvente, mas na forma como ressignificou as ruas para esses jovens. “No dia em que tem pancadão, a rua é nossa!” E se a rua é “nossa”, pode-se fazer qualquer coisa, inclusive não fazer nada... E, se o “som é de preto, de favelado e, quando toca, ninguém fica parado”, não há necessidade de fingir ser outra coisa, como exigem os shoppings centers. Ao contrário, é um momento de afirmação dessa mesma identidade periférica.
Nesse sentido, estar no shopping – no local que a sociedade estabeleceu para substituir a rua – é bastante provocador. Os rolezinhos levaram para dentro do paraíso do consumo a afirmação daquilo que esse mesmo espaço lhes nega: sua identidade periférica. Se quando o jovem vai ao shopping namorar ou consumir com alguns amigos ele deve fingir algo que não é, com os rolezinhos ele afirma aquilo que é! E quando faz essa afirmação ele revela a contradição na lógica dos shopping centers. Ou seja, os rolezinhos põem por terra a aparente circulação livre e o espaço aberto que os shoppings dizem proporcionar. Quando o jovem afirma, por meio do rolezinho, sua identidade de negro e pobre, a contradição se evidencia e a polícia é acionada, e tão logo o paraíso do consumo e do prazer se revela como o inferno do preconceito racial e da violência.
Esses jovens que hoje mobilizam os rolezinhos são intitulados “geração shopping center”, consumista, por parte dos mais velhos. Porém a prática dos rolezinhos nos shoppings está revelando a contradição mais aguda desse espaço que tentou tomar o locus simbólico da rua. Nos rolezinhos, os jovens não são consumidores, mas produtores. Produzem um novo jeito de circular pelo shopping. Produzem uma prática cultural que se contradiz com esse lugar. Produzem contradição e desordem no sistema. E produzem uma nova gramática política ao afirmar sua classe num espaço que existe para negá-la. [...]
Disponível em: < http://www.diplomatique.org.br>. Acesso em: 29 ago. 2014 - Artigo publicadoem 03 fev. 2014 (fragmento de texto)
No trecho, “...os pobres podem circular pelo shopping, contanto que finjam pertencer a outra classe social”, a locução em destaque tem sentido de
A seguir, leia a canção Tanta mentira, do Jota Quest, para responder à questão.
Tanta mentira (Jota Quest)
Infantil meu pedido
Que me esperassem crescer
Pra ver tanta mentira
É tudo verdade
[5] A gente não aguenta mais tanta mentira!
Quero conversa sincera
Olhar bem pra tua cara e até te agradecer por
isso
É tudo verdade
[10] A gente não aguenta mais tanta mentira
Falta de opção
Falta de oração
Falta de amor
Você não tem noção
[15] É ambição demais
É reação de menos
Poluindo e não punindo
O óleo fica pra depois
Raimundos, pavilhões
[20] Submundos, multidões
Eu só não posso deixar pra depois
Filmes mudos, lados "B"
Lados bons, eu e você
Eu só não vou me deixar pra depois (4X)
[25] Só não vou me deixar...
É tudo verdade
A gente não aguenta mais
Falta de oração
Falta de opção
[30] Tanta falta de amor
Você não tem noção
É ambição demais
É reação de menos
Poluindo e não punindo
[35] O óleo fica pra você
Raimundos, pavilhões
Submundos, multidões
Eu só não posso deixar pra depois
Filmes mudos, lados "B"
[40] Lados bons, eu e você
Eu só não vou te deixar pra depois (4X)
Só não vou te deixar...
Eu só não vou me deixar pra depois
Eu só não vou te deixar pra depois
[45] Eu só não vou me deixar pra depois
Eu só não vou...
Pra depois não
Eu e você, eu e você
Você e eu, eu e você
[50] Nunca mais, pra depois
Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2017.
Pela análise da música Tanta mentira, considere as seguintes afirmações:
I. O advérbio mais (linha 5), indicativo de intensidade, atribui à frase o sentido de veemência.
II. Entende-se pela letra da música que há um cansaço excessivo diante da falta de verdade.
III. O verbo esperassem (linha 2), no pretérito imperfeito do subjuntivo, é utilizado para exprimir um acontecimento que está condicionado a outro.
Assinale a alternativa CORRETA.
Leia o conto “Uma vela para Dario” e responda à questão.
Uma vela para Dario
Uma vela para DarioDario vem apressado, guarda-chuva no braço esquerdo. Assim que dobra a esquina, diminui o
passo até parar, encosta-se a uma parede. Por ela escorrega, senta-se na calçada, ainda úmida de
chuva. Descansa na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes à sua volta indagam se não está bem. Dario abre a boca, move os lábios,
[5] não se ouve resposta. O senhor gordo, de branco, diz que deve sofrer de ataque.
Ele reclina-se mais um pouco, estendido na calçada, e o cachimbo apagou. O rapaz de bigode pede
aos outros se afastem e o deixem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta.
Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgem no canto da boca.
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua
[10] conversam de uma porta a outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete
que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na
parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo a seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da
esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagará a corrida? Concordam
[15] chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o
alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina; a farmácia no
fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de
moscas lhe cobrem o rosto, sem que façam um gesto para espantá-las.
[20] Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo,
gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de
pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e
alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade, sinal de nascença. O endereço na
[25] carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: é
a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas tropeçam no corpo de Dario, pisoteado
dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá-lo - os bolsos vazios. Resta na mão
[30] esquerda a aliança de ouro, que ele próprio - quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A
polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete - Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar. Dario levou duas
horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar
de um defunto.
[35] Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não
consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se
espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar
os cotovelos.
Um menino de cor e descalço vem com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há
[40] muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça
agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas
da chuva, que volta a cair.
TREVISAN, Dalton. “Uma vela para Dario” in Vinte Contos Menores, Rio de Janeiro: Record, 1979. p. 20. Adaptado.
No conto Uma vela para Dario, as expressões “Um grupo” (linha 13), “Um terceiro” (linha 23), “Um senhor piedoso” (linha 35) e “Um menino de cor” (linha 39) revelam as seguintes asserções, EXCETO:
A questão seguinte é baseada em excertos do texto, mas não é questão de interpretação. Sua resolução, porém, deve ser feita considerando os fragmentos no contexto do texto.
Assinale a alternativa em que se identificou INCORRETAMENTE a classe gramatical da palavra destacada:
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