“Foi no século XVII, na Inglaterra, que se deu a primeira Revolução Burguesa da Civilização Ocidental. Em 1640, teve início a Revolução Puritana. Em 1688 teve lugar a Resolução Gloriosa. Ambas, contudo, fazem parte do mesmo processo revolucionário, o que nos leva a optar pela denominação Revolução Inglesa e não Revoluções Inglesas, considerando-se que a verdadeira revolução se deu no transcurso da Revolução Puritana, entre 1640 e 1649, e que a Revolução Gloriosa de 1688 foi apenas seu complemento natural".
(ARRUDA, Jobson. A Revolução Inglesa. 3. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 8).
Sobre o processo da revolução inglesa do século XVII é correto afirmar que
Trabalho escravo contemporâneo: a barbárie institucionalizada
A escravidão no Brasil nunca desapareceu completamente como um fenômeno social, econômico e das relações sociais de trabalho. Na sua expressão contemporânea, sofisticou e aprimorou o sistema exploratório, bem como o processo de dominação psicológica do indivíduo ao ambiente de trabalho, fazendo homens, mulheres e crianças irem muito além do aprisionamento físico, requintando e redimensionando as sanções aplicadas, redefinindo o valor do trabalhador para o seu patrão. Dessa maneira, podemos qualificar o atual sistema de exploração escravista como mais degradante do que sua versão colonial e imperial. O trabalhador, hoje, é mais descartável, mais fácil de ser aliciado, deixou de ser uma mercadoria valorizada e difícil de se conseguir.
O escravo contemporâneo não é socialmente reconhecido, existe à margem da sociedade e das leis, e o combate à sua exploração, em grande medida, limita-se à atuação de alguns órgãos estatais e de organismos não governamentais e de defesa dos direitos humanos. Frequentemente, as pessoas submetidas a esse sistema de exploração desconhecem sua própria condição e acreditam que existe um contrato, ao menos moral, entre elas e o tomador do serviço, que as obriga a cumprir o seu trabalho até a quitação dos débitos involuntariamente contraídos. Essa é a mais nua e crua realidade da atual escravidão brasileira: ilegal, abscôndita, degradante, imoral e guiada sem freios para o lucro.
A relação que difere a condição de trabalho escravo hoje com as condições de trabalho escravo há dois séculos é fundamentalmente a condição de descartabilidade, o tipo da degradação e o tipo de necessidade econômica. A escravidão de hoje é uma forma extrema de exploração econômica, que se adaptou à globalização econômica e às novas formas de espoliação no mundo, podendo manifestar-se desde a escravidão por dívida até os mais atuais tipos de escravidão, como a originária da imigração, do tráfico de drogas e da exploração sexual. Mas há uma unidade em todas essas formas de escravidão contemporânea: a miséria e a necessidade de sobrevivência.
A realidade social brasileira e a permanência do trabalho escravo contemporâneo nos apontam que o homem pobre, sem acesso a políticas públicas fundamentais como educação e qualificação profissional, muitas vezes, por mais que trabalhe, pode ser rebaixado à condição de coisa ou de animal, segundo a vontade do seu "senhor".
Erradicar o trabalho escravo é muito mais complicado que simplesmente tirar os trabalhadores da escravidão e punir o infrator. É importante mudar o rumo do modelo de desenvolvimento econômico, que vem consumindo e transformando vidas humanas em meros acessórios produtivos de um padrão de exploração muito amplo, que envolve uma concepção de Estado totalmente pró-capital, voltada para a exploração dos recursos minerais, ambientais e sociais do país.
O trabalho escravo só chegará efetivamente a um fim quando houver de fato compromisso com os direitos humanos e com a construção de um país desenvolvido, não subordinado aos ditames externos; quando de fato houver plena disposição de estruturação de uma nação que tenha um alto nível de desenvolvimento econômico e social, que seja plenamente industrializada, com renda per capita alta, com alto índice de desenvolvimento humano (IDH), que aponte acesso à riqueza, à educação e à saúde, com esperança média de vida e bem-estar acessível a toda a população.
(Paulo Henrique Costa Mattos. Universidade e Sociedade, n. 62, junho de 2018, pp. 90-105 [versão reduzida e adaptada].)
Abaixo você tem fragmentos extraídos do texto, seguidos de uma explicação, ou de uma "leitura" capaz de elucidar o seu conteúdo.
Assinale a alternativa em que essa leitura está correta, sem perda do sentido original.
"A independência das 13 colônias da América do Norte foi influenciada por muitos autores do Iluminismo, movimento filosófico de crítica ao poder dos reis e à exploração das colônias por meio de monopólios. Na verdade, as 13 colônias não se uniram por um sentimento nacional, mas por um sentimento antibritânico. Era o crescente ódio à Inglaterra, não o amor aos Estados Unidos (que nem existiam ainda) que tornava forte o movimento pela independência".
(KARNAL, Leandro. História dos Estados Unidos – das origens ao século XXI. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 82).
Sobre a guerra de independência das 13 colônias da América do Norte é correto afirmar que
"A lei da Anistia foi aprovada em 1979. Era uma anistia pela metade, que atendia os propósitos do governo de permitir o retorno ao Brasil de antigos líderes políticos visando implodir a frente oposicionista, sem que fossem necessariamente anistiados antigos integrantes da luta armada. Os cassados por atos institucionais, demitidos de sindicatos e processados pela Lei de Segurança Nacional – mesmo ainda não julgados – continuavam inelegíveis porque o governo não revogava a lei das inelegibilidades" (KUCINSKI, Bernardo. O fim da ditadura militar. São Paulo: Contexto, 2001, p. 106).
Sobre a Lei nº 6.683, de 28 de agosto de 1979, ou Lei da Anistia e o contexto histórico da ditadura militar brasileira, julgue as considerações a seguir.
I. O general-presidente Ernesto Geisel reforçou seu compromisso com a transição democrática e com o processo de distensão política ao aprovar e promulgar a Lei da Anistia.
II. A lei da Anistia, de 1979, foi aprovada não da maneira que a sociedade civil e os movimentos organizados contra a ditadura exigiam, pois esta beneficiou todos os suspeitos de tortura e assassinato que atuavam nos aparelhos de repressão.
III . A luta pela Anistia ( ampla, geral e irrestrita) apoiada por diversos setores da sociedade brasileira, foi desencadeada, em 1975, pelo Movimento Feminino pela Anistia (MFPA), com o lançamento do Manifesto da Mulher Brasileira, que rapidamente ganhou a adesão de outros setores sociais.
IV. Foi a partir do enfraquecimento da ditadura civil-militar brasileira e da mobilização da sociedade civil que foi possível o retorno dos exilados e a paulatina libertação dos presos políticos, por meio da Lei da Anistia.
É correto apenas o que se afirma em
Texto 1: "Em 1949, depois de 28 anos de luta armada, os comunistas liderados por Mao Tsé-Tung tomaram o poder. O regime comunista foi respaldado no triângulo ―Exército – Partido – Estado‖.
(SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Impérios na História. Rio de Janeiro: Campus, 2009, p. 348).
Texto 2: "No último dia 1º de outubro, a China comemorou os 70 anos de sua revolução comunista, que alçou ao poder o líder Mao Tsé Tung e mudou para sempre a geopolítica mundial. Em meio a toda celebração e às manifestações libertárias em Hong Kong, o governo chinês de Xi Jinping reafirmou sua força. Mas não é só no campo político que a China tem força. Ao longo de sete décadas, o país saiu de uma realidade pobre e agrária para ser a segunda economia mundial, enfrentando de igual para igual os Estados Unidos".
(Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/revolucao-chinesa-70-anos-de-transformacoes-politicas-eeconomicas/ Acesso em 5 out. 2019).
A partir da leitura dos textos, julgue as considerações abaixo concernentes ao processo da Revolução Chinesa e ao seu desenvolvimento econômico.
I. Na China, o Partido Comunista Chinês é um corpo político, funcional e governante, ou seja, é o responsável pela definição e controle de todas as metas econômicas, politicas e sociais, inclusive pelos valores morais da sociedade chinesa.
II. O governo de Mao Tsé-tung com sua política econômica "Grande salto para frente" permitiu o surgimento de pequenas empresas e autorizou a constituição de empresas mistas (joint ventures), atraindo, assim, o capital estrangeiro.
III . A partir do governo de Deng Xiaoping, a República Popular da China tornou-se um país onde se pratica a "economia socialista de mercado", isto é, a combinação de abertura econômica e a manutenção do domínio do Partido Comunista.
IV. No governo Ho Chi Minh, em 1989, ocorreu o Massacre da Praça da Paz Celestial, em Pequim, em que o governo chinês reprimiu com violência uma revolta estudantil que lutava por democracia no país.
É correto apenas o que se afirma em
"Uma revolução industrial é caracterizada por mudanças abruptas e radicais, motivadas pela incorporação de tecnologias, tendo desdobramentos nos âmbitos econômico, social e político". (CUNHA, Carolina. Tecnologia: o que é a 4ª Revolução Industrial? Disponível em https://vestibular.uol.com.br/resumo-dasdisciplinas/atualidades/tecnologia-o-que-e-a-4-revolucao-industrial.htm Acesso em 5 out. 2019). Sobre as revoluções industriais, julgue as considerações a seguir.
I. A Terceira Revolução Industrial não se define por cada uma das tecnologias isoladamente, mas pela convergência e sinergia entre os mundos digital, físico e biológico e é caracterizada pela velocidade, profundidade e impacto sistêmico que a conduz.
II. A Primeira Revolução Industrial foi marcada pela mecanização da produção de bens de consumo, basicamente têxteis.
III. A Segunda Revolução teve como inovações o uso da energia elétrica e do petróleo como fontes de energia e a criação da linha de montagem fordista, que se tornou símbolo da produção em larga escala.
IV. A Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0 é impulsionada por um conjunto de tecnologias disruptivas, sendo a Internet of Things, uma das tecnologias responsáveis por este avanço.
V. A Primeira Revolução Industrial ocorreu no Reino Unido e foi precedida por uma Revolução Agrícola com um grande aumento da produtividade nos campos, devido às medidas dos enclosures que liberaram a força de trabalho para a descolagem industrial da Inglaterra.
É correto apenas o que se afirma em