“No mês de maio, os negros celebram a festa de Nossa Senhora do Rosário. É nesta ocasião que tem por costume eleger o Rei do Congo(...). permitem aos negros do Congo eleger um rei e uma rainha de sua nação, e essa escolha tanto pode recair num escravo como num negro livre. Este príncipe tem, sobre os seus súditos, uma espécie de poder que os brancos ridicularizam e que se manifesta principalmente nas festas religiosas dos negros(...). Às onze horas fui à igreja com o capelão e, não demorou muito, vimos chegar uma multidão de negros, ao som de seus tambores. Homens e mulheres usavam vestimentas das mais vivas cores que haviam encontrado. Quando se aproximaram, distinguimos o Rei, a Rainha, o Ministro de Estado. (...) As despesas da cerimônia deviam ser pagas pelos negros, por isso haviam colocado na igreja uma pequena mesa à qual estavam sentados o tesoureiro e outros membros da irmandade dos negros(...)”
(RUGENDAS, J. Moritz. Viagem pitoresca através do Brasil. Paris: Engelmann, 1835. Adaptado)
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