Leia o texto a seguir e responda a questão.
Segurança privada em supermercados reproduz racismo no Brasil
A morte de João Alberto Silveira Freitas, espancado por seguranças prestadores de serviço do Carrefour, em novembro de 2020, levantou o debate sobre a existência de racismo estrutural no funcionamento do setor de segurança privada no país. Na avaliação de José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, há um olhar seletivo dos vigilantes, quase automático, que se volta contra a população negra. "Ele se sente como sendo o responsável por manter a ordem. No entanto, este conceito de ’ordem’ exclui a pele negra. A reação é o olhar de suspeita, a perseguição pelos corredores, a postura intimidadora e o constrangimento. Isso acontece mesmo se o vigilante for negro, por conta do racismo enraizado na sociedade contra os corpos negros", explica.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública e com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há aproximadamente 687 mil policiais e bombeiros e 99 mil guardas municipais no Brasil em exercício da função. Logo, o percentual de profissionais que fazem ’bico’ equivale a pelo menos 47 mil policiais, bombeiros e guardas municipais que também trabalham de maneira informal. Dados compilados pela Fenavist (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores) e publicados na 15ª. Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que o setor formal de segurança privada tem reduzido a quantidade de pessoas contratadas nos últimos anos. Em 2018, havia no país 604.746 seguranças privados aptos a exercer a profissão na ativa. Em 2020, esse número foi reduzido para 526.108.
(Texto de Caroline Nunes e Juca Guimarães, disponível em https://ojoioeotrigo.com.br/2022/03/seguranca-privada-emsupermercados-reproduz-racismo-no-brasil/. Adaptado.)
Na frase "Ele se sente como sendo o responsável por manter a ’ordem’.
No entanto, este conceito de ’ordem’ exclui a pele negra.", observa-se uma figura de linguagem conhecida como: