Leia o poema de Adélia Prado para responder à questão.
Anímico
Nasceu no meu jardim um pé de mato
que dá flor amarela.
Toda manhã vou lá pra escutar a zoeira
da insetaria na festa.
Tem zoado de todo jeito:
tem do grosso, do fino, de aprendiz e de mestre.
É pata, é asa, é boca, é bico.
é grão de poeira e pólen na fogueira do sol.
Parece que a arvorinha conversa.
(Adélia Prado. Bagagem, 2012.)
Dois trechos do poema que contêm neologismos são:
Leia o excerto de O garimpeiro para responder à questão.
O jovem negociante era de conversação jovial e zombe-
teira. Para se inculcar1 de fina e polida educação, escarnecia
de tudo quanto era do sertão, e naquela ocasião, para dar
mostras de seu espírito, começou pelas cavalhadas.
[5] — Na corte ninguém iria ver cavalhadas senão para
rir-se. É um divertimento do tempo de El-Rei nosso senhor.
Que papel ridículo não fazem esses papalvos2 que ali vão
galopar enfeitados de chapéus armados, bandas, fitas e
ouropéis como figuras de entremez3 !... E a embaixada, Santo
[10] Deus! Há nada mais estúpido! Admira que ainda haja homens
sérios, que assim se atrevam a prestar-se ao debique4 em
público sobre um cavalo dançador, repetindo de boca cheia
umas asneiras que ninguém entende! É espetáculo próprio
só para bobos ou crianças. [...]
[15] — Perdão — replicou Elias com polidez — não lhe acho
razão, meu senhor, e entendo que a cavalhada é um diverti-
mento muito nobre, muito agradável, e muito útil.
— Deveras! E não me fará o favor de dizer em quê?...
— Em quê? Em muita coisa. O senhor bem sabe que
[20] as cavalhadas não são mais do que uma imagem, um simu-
lacro das antigas justas e torneios. Mas esses divertimentos
bárbaros, em que se derramava sangue, e que muitas vezes
custavam a vida aos justadores, não podem compadecer-se
com as luzes e costumes da civilização atual, e admira que,
[25] mesmo nos sanguinários tempos da média idade, fossem
tolerados entre povos cristãos. A cavalhada, porém, ficou
como uma imitação daquelas lutas cavalheirescas, que,
não custando o sangue nem a vida a ninguém, oferece um
brilhante e nobre espetáculo aos olhos do povo. A equitação é
[30] uma arte útil, necessária mesmo; ninguém o pode contestar.
A cavalhada produz estímulo e emulação entre os moços
para se exercerem nesta vantajosa e nobre arte, dando-lhes
ocasião de alardear o seu garbo e destreza em dirigir um
possante e fogoso ginete5 aos olhos do público, e às vezes
[35] também de uma amante querida, que do fundo do seu palan-
que o anima com um olhar, ou com um sorriso.
Dizendo estas últimas palavras, Elias lançou furtivamente
sobre Lúcia um olhar rápido. [...]
— Oh! meu senhor! Já lá se foi o tempo dos D. Quixote e
[40] das Dulcineias — disse o negociante.
(Bernardo Guimarães. O garimpeiro.)
1 inculcar: dar a entender.
2 papalvo: pessoa boba, tola, pateta.
3 entremez: apresentação de jograis ou bufões, realizada nos banquetes da Idade Média.
4 debique: ação ou resultado de debicar, debochar; escárnio, zombaria.
5 ginete: cavalo de boa raça, bem adestrado.
O garimpeiro, publicado em 1872, é considerado um romance regionalista.
Esta classificação pode ser comprovada, no excerto,
Leia o excerto de O garimpeiro para responder à questão.
O jovem negociante era de conversação jovial e zombe-
teira. Para se inculcar1 de fina e polida educação, escarnecia
de tudo quanto era do sertão, e naquela ocasião, para dar
mostras de seu espírito, começou pelas cavalhadas.
[5] — Na corte ninguém iria ver cavalhadas senão para
rir-se. É um divertimento do tempo de El-Rei nosso senhor.
Que papel ridículo não fazem esses papalvos2 que ali vão
galopar enfeitados de chapéus armados, bandas, fitas e
ouropéis como figuras de entremez3 !... E a embaixada, Santo
[10] Deus! Há nada mais estúpido! Admira que ainda haja homens
sérios, que assim se atrevam a prestar-se ao debique4 em
público sobre um cavalo dançador, repetindo de boca cheia
umas asneiras que ninguém entende! É espetáculo próprio
só para bobos ou crianças. [...]
[15] — Perdão — replicou Elias com polidez — não lhe acho
razão, meu senhor, e entendo que a cavalhada é um diverti-
mento muito nobre, muito agradável, e muito útil.
— Deveras! E não me fará o favor de dizer em quê?...
— Em quê? Em muita coisa. O senhor bem sabe que
[20] as cavalhadas não são mais do que uma imagem, um simu-
lacro das antigas justas e torneios. Mas esses divertimentos
bárbaros, em que se derramava sangue, e que muitas vezes
custavam a vida aos justadores, não podem compadecer-se
com as luzes e costumes da civilização atual, e admira que,
[25] mesmo nos sanguinários tempos da média idade, fossem
tolerados entre povos cristãos. A cavalhada, porém, ficou
como uma imitação daquelas lutas cavalheirescas, que,
não custando o sangue nem a vida a ninguém, oferece um
brilhante e nobre espetáculo aos olhos do povo. A equitação é
[30] uma arte útil, necessária mesmo; ninguém o pode contestar.
A cavalhada produz estímulo e emulação entre os moços
para se exercerem nesta vantajosa e nobre arte, dando-lhes
ocasião de alardear o seu garbo e destreza em dirigir um
possante e fogoso ginete5 aos olhos do público, e às vezes
[35] também de uma amante querida, que do fundo do seu palan-
que o anima com um olhar, ou com um sorriso.
Dizendo estas últimas palavras, Elias lançou furtivamente
sobre Lúcia um olhar rápido. [...]
— Oh! meu senhor! Já lá se foi o tempo dos D. Quixote e
[40] das Dulcineias — disse o negociante.
(Bernardo Guimarães. O garimpeiro.)
1 inculcar: dar a entender.
2 papalvo: pessoa boba, tola, pateta.
3 entremez: apresentação de jograis ou bufões, realizada nos banquetes da Idade Média.
4 debique: ação ou resultado de debicar, debochar; escárnio, zombaria.
5 ginete: cavalo de boa raça, bem adestrado.
Nos trechos “Há nada mais estúpido!” (2º parágrafo) e “não lhe acho razão, meu senhor” (3º parágrafo), o sujeito de cada oração é, respectivamente,
Leia o excerto de O garimpeiro para responder à questão.
O jovem negociante era de conversação jovial e zombe-
teira. Para se inculcar1 de fina e polida educação, escarnecia
de tudo quanto era do sertão, e naquela ocasião, para dar
mostras de seu espírito, começou pelas cavalhadas.
[5] — Na corte ninguém iria ver cavalhadas senão para
rir-se. É um divertimento do tempo de El-Rei nosso senhor.
Que papel ridículo não fazem esses papalvos2 que ali vão
galopar enfeitados de chapéus armados, bandas, fitas e
ouropéis como figuras de entremez3 !... E a embaixada, Santo
[10] Deus! Há nada mais estúpido! Admira que ainda haja homens
sérios, que assim se atrevam a prestar-se ao debique4 em
público sobre um cavalo dançador, repetindo de boca cheia
umas asneiras que ninguém entende! É espetáculo próprio
só para bobos ou crianças. [...]
[15] — Perdão — replicou Elias com polidez — não lhe acho
razão, meu senhor, e entendo que a cavalhada é um diverti-
mento muito nobre, muito agradável, e muito útil.
— Deveras! E não me fará o favor de dizer em quê?...
— Em quê? Em muita coisa. O senhor bem sabe que
[20] as cavalhadas não são mais do que uma imagem, um simu-
lacro das antigas justas e torneios. Mas esses divertimentos
bárbaros, em que se derramava sangue, e que muitas vezes
custavam a vida aos justadores, não podem compadecer-se
com as luzes e costumes da civilização atual, e admira que,
[25] mesmo nos sanguinários tempos da média idade, fossem
tolerados entre povos cristãos. A cavalhada, porém, ficou
como uma imitação daquelas lutas cavalheirescas, que,
não custando o sangue nem a vida a ninguém, oferece um
brilhante e nobre espetáculo aos olhos do povo. A equitação é
[30] uma arte útil, necessária mesmo; ninguém o pode contestar.
A cavalhada produz estímulo e emulação entre os moços
para se exercerem nesta vantajosa e nobre arte, dando-lhes
ocasião de alardear o seu garbo e destreza em dirigir um
possante e fogoso ginete5 aos olhos do público, e às vezes
[35] também de uma amante querida, que do fundo do seu palan-
que o anima com um olhar, ou com um sorriso.
Dizendo estas últimas palavras, Elias lançou furtivamente
sobre Lúcia um olhar rápido. [...]
— Oh! meu senhor! Já lá se foi o tempo dos D. Quixote e
[40] das Dulcineias — disse o negociante.
(Bernardo Guimarães. O garimpeiro.)
1 inculcar: dar a entender.
2 papalvo: pessoa boba, tola, pateta.
3 entremez: apresentação de jograis ou bufões, realizada nos banquetes da Idade Média.
4 debique: ação ou resultado de debicar, debochar; escárnio, zombaria.
5 ginete: cavalo de boa raça, bem adestrado.
“Para se inculcar de fina e polida educação, escarnecia de tudo quanto era do sertão” (1º parágrafo)
No excerto, a conjunção sublinhada expressa a ideia de
Leia o excerto de O garimpeiro para responder à questão.
O jovem negociante era de conversação jovial e zombe-
teira. Para se inculcar1 de fina e polida educação, escarnecia
de tudo quanto era do sertão, e naquela ocasião, para dar
mostras de seu espírito, começou pelas cavalhadas.
[5] — Na corte ninguém iria ver cavalhadas senão para
rir-se. É um divertimento do tempo de El-Rei nosso senhor.
Que papel ridículo não fazem esses papalvos2 que ali vão
galopar enfeitados de chapéus armados, bandas, fitas e
ouropéis como figuras de entremez3 !... E a embaixada, Santo
[10] Deus! Há nada mais estúpido! Admira que ainda haja homens
sérios, que assim se atrevam a prestar-se ao debique4 em
público sobre um cavalo dançador, repetindo de boca cheia
umas asneiras que ninguém entende! É espetáculo próprio
só para bobos ou crianças. [...]
[15] — Perdão — replicou Elias com polidez — não lhe acho
razão, meu senhor, e entendo que a cavalhada é um diverti-
mento muito nobre, muito agradável, e muito útil.
— Deveras! E não me fará o favor de dizer em quê?...
— Em quê? Em muita coisa. O senhor bem sabe que
[20] as cavalhadas não são mais do que uma imagem, um simu-
lacro das antigas justas e torneios. Mas esses divertimentos
bárbaros, em que se derramava sangue, e que muitas vezes
custavam a vida aos justadores, não podem compadecer-se
com as luzes e costumes da civilização atual, e admira que,
[25] mesmo nos sanguinários tempos da média idade, fossem
tolerados entre povos cristãos. A cavalhada, porém, ficou
como uma imitação daquelas lutas cavalheirescas, que,
não custando o sangue nem a vida a ninguém, oferece um
brilhante e nobre espetáculo aos olhos do povo. A equitação é
[30] uma arte útil, necessária mesmo; ninguém o pode contestar.
A cavalhada produz estímulo e emulação entre os moços
para se exercerem nesta vantajosa e nobre arte, dando-lhes
ocasião de alardear o seu garbo e destreza em dirigir um
possante e fogoso ginete5 aos olhos do público, e às vezes
[35] também de uma amante querida, que do fundo do seu palan-
que o anima com um olhar, ou com um sorriso.
Dizendo estas últimas palavras, Elias lançou furtivamente
sobre Lúcia um olhar rápido. [...]
— Oh! meu senhor! Já lá se foi o tempo dos D. Quixote e
[40] das Dulcineias — disse o negociante.
(Bernardo Guimarães. O garimpeiro.)
1 inculcar: dar a entender.
2 papalvo: pessoa boba, tola, pateta.
3 entremez: apresentação de jograis ou bufões, realizada nos banquetes da Idade Média.
4 debique: ação ou resultado de debicar, debochar; escárnio, zombaria.
5 ginete: cavalo de boa raça, bem adestrado.
A intertextualidade presente no trecho “Já lá se foi o tempo dos D. Quixote e das Dulcineias” (7º parágrafo) tem como objetivo
Leia o excerto de O garimpeiro para responder à questão.
O jovem negociante era de conversação jovial e zombe-
teira. Para se inculcar1 de fina e polida educação, escarnecia
de tudo quanto era do sertão, e naquela ocasião, para dar
mostras de seu espírito, começou pelas cavalhadas.
[5] — Na corte ninguém iria ver cavalhadas senão para
rir-se. É um divertimento do tempo de El-Rei nosso senhor.
Que papel ridículo não fazem esses papalvos2 que ali vão
galopar enfeitados de chapéus armados, bandas, fitas e
ouropéis como figuras de entremez3 !... E a embaixada, Santo
[10] Deus! Há nada mais estúpido! Admira que ainda haja homens
sérios, que assim se atrevam a prestar-se ao debique4 em
público sobre um cavalo dançador, repetindo de boca cheia
umas asneiras que ninguém entende! É espetáculo próprio
só para bobos ou crianças. [...]
[15] — Perdão — replicou Elias com polidez — não lhe acho
razão, meu senhor, e entendo que a cavalhada é um diverti-
mento muito nobre, muito agradável, e muito útil.
— Deveras! E não me fará o favor de dizer em quê?...
— Em quê? Em muita coisa. O senhor bem sabe que
[20] as cavalhadas não são mais do que uma imagem, um simu-
lacro das antigas justas e torneios. Mas esses divertimentos
bárbaros, em que se derramava sangue, e que muitas vezes
custavam a vida aos justadores, não podem compadecer-se
com as luzes e costumes da civilização atual, e admira que,
[25] mesmo nos sanguinários tempos da média idade, fossem
tolerados entre povos cristãos. A cavalhada, porém, ficou
como uma imitação daquelas lutas cavalheirescas, que,
não custando o sangue nem a vida a ninguém, oferece um
brilhante e nobre espetáculo aos olhos do povo. A equitação é
[30] uma arte útil, necessária mesmo; ninguém o pode contestar.
A cavalhada produz estímulo e emulação entre os moços
para se exercerem nesta vantajosa e nobre arte, dando-lhes
ocasião de alardear o seu garbo e destreza em dirigir um
possante e fogoso ginete5 aos olhos do público, e às vezes
[35] também de uma amante querida, que do fundo do seu palan-
que o anima com um olhar, ou com um sorriso.
Dizendo estas últimas palavras, Elias lançou furtivamente
sobre Lúcia um olhar rápido. [...]
— Oh! meu senhor! Já lá se foi o tempo dos D. Quixote e
[40] das Dulcineias — disse o negociante.
(Bernardo Guimarães. O garimpeiro.)
1 inculcar: dar a entender.
2 papalvo: pessoa boba, tola, pateta.
3 entremez: apresentação de jograis ou bufões, realizada nos banquetes da Idade Média.
4 debique: ação ou resultado de debicar, debochar; escárnio, zombaria.
5 ginete: cavalo de boa raça, bem adestrado.
No excerto “repetindo de boca cheia umas asneiras que ninguém entende!” (2º parágrafo), a expressão sublinhada possui um sentido conotativo.
A ideia comunicada por ela também pode ser expressa pelo advérbio