A leitura dos quadrinhos permite inferir que
TEXTO:
[1] A TV e os demais produtos da cultura de massa
são fenômenos, sem dúvida, controversos e complexos.
Ora manipulam, ora servem como resistência frente a
uma cultura do status quo. Ora educam, segundo uma
[5] lógica hedonista, ora educam para a emancipação. Os
usos das mensagens desses veículos são heterogêneos
e circunstanciados. Estão estreitamente influenciados
pela trajetória e apropriação de um capital cultural
oriundo da família e das instituições educativas as quais
[10] quase todos experimentam ao longo de suas vidas.
Concordando com as colocações de Edgar Morin,
apoio a ideia de que a cultura de massa pode ser
considerada uma terceira cultura, ou seja, uma cultura
que se alimenta a partir de uma relação de
[15] interdependência com outras culturas, seja esta escolar,
seja nacional, seja religiosa.
Creio que, para que se possa analisar a cultura de
massa ou, em uma versão mais moderna, para se
analisar a cultura das mídias, é necessário empreender
[20] uma análise interdisciplinar. Creio que, dessa forma,
posso compreender o processo comunicativo proposto
pela TV e demais mídias como um processo de interação,
um diálogo contínuo entre criação (produtor) e consumo
(receptor). Diferente de grande parte das leituras que
[25] se faz sobre o fenômeno, acredito que o receptor da
mensagem midiática, televisiva ou não, não é passivo,
não apreende as mensagens tal como foram propostas.
A recepção não é o estágio final do processo
comunicativo. Ao contrário, a recepção é uma fase que
[30] dá início a etapas criativas de apropriação e novas
produções de sentido. Saliento que existe uma margem
de liberdade no processo de apreensão dos conteúdos
por parte dos indivíduos. A etapa da interiorização é
essencialmente particular e singular, derivada,
[35] sobretudo, da trajetória anterior de cada um.
Dessa forma, é preciso explicitar que não considero
os produtos e/ou conteúdos das mídias em sua
totalidade como ideológicos. Apoiando-me em Thompson
(1995), creio que são ideológicas apenas as mensagens
[40] que reforçam relações de dominação, ou seja, toda
explicitação de sentido que sustenta hierarquias e
relações de poder.
SETTON, Maria da Graça Jacintho. A educação popular no Brasil: a cultura de massa. Disponível em: <file:///C:/Users/Ana%20Paula/ Documents/Scanned%20Documents/06-maria-graca.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2014. Adaptado.
O fragmento do texto que explicita a contra-argumentação de um discurso já consolidado sobre as culturas de massa está presente em
TEXTO:
[1] A TV e os demais produtos da cultura de massa
são fenômenos, sem dúvida, controversos e complexos.
Ora manipulam, ora servem como resistência frente a
uma cultura do status quo. Ora educam, segundo uma
[5] lógica hedonista, ora educam para a emancipação. Os
usos das mensagens desses veículos são heterogêneos
e circunstanciados. Estão estreitamente influenciados
pela trajetória e apropriação de um capital cultural
oriundo da família e das instituições educativas as quais
[10] quase todos experimentam ao longo de suas vidas.
Concordando com as colocações de Edgar Morin,
apoio a ideia de que a cultura de massa pode ser
considerada uma terceira cultura, ou seja, uma cultura
que se alimenta a partir de uma relação de
[15] interdependência com outras culturas, seja esta escolar,
seja nacional, seja religiosa.
Creio que, para que se possa analisar a cultura de
massa ou, em uma versão mais moderna, para se
analisar a cultura das mídias, é necessário empreender
[20] uma análise interdisciplinar. Creio que, dessa forma,
posso compreender o processo comunicativo proposto
pela TV e demais mídias como um processo de interação,
um diálogo contínuo entre criação (produtor) e consumo
(receptor). Diferente de grande parte das leituras que
[25] se faz sobre o fenômeno, acredito que o receptor da
mensagem midiática, televisiva ou não, não é passivo,
não apreende as mensagens tal como foram propostas.
A recepção não é o estágio final do processo
comunicativo. Ao contrário, a recepção é uma fase que
[30] dá início a etapas criativas de apropriação e novas
produções de sentido. Saliento que existe uma margem
de liberdade no processo de apreensão dos conteúdos
por parte dos indivíduos. A etapa da interiorização é
essencialmente particular e singular, derivada,
[35] sobretudo, da trajetória anterior de cada um.
Dessa forma, é preciso explicitar que não considero
os produtos e/ou conteúdos das mídias em sua
totalidade como ideológicos. Apoiando-me em Thompson
(1995), creio que são ideológicas apenas as mensagens
[40] que reforçam relações de dominação, ou seja, toda
explicitação de sentido que sustenta hierarquias e
relações de poder.
SETTON, Maria da Graça Jacintho. A educação popular no Brasil: a cultura de massa. Disponível em: <file:///C:/Users/Ana%20Paula/ Documents/Scanned%20Documents/06-maria-graca.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2014. Adaptado.
A análise dos elementos presentes no fragmento retirado do texto está correta na alternativa
TEXTO:
[1] A TV e os demais produtos da cultura de massa
são fenômenos, sem dúvida, controversos e complexos.
Ora manipulam, ora servem como resistência frente a
uma cultura do status quo. Ora educam, segundo uma
[5] lógica hedonista, ora educam para a emancipação. Os
usos das mensagens desses veículos são heterogêneos
e circunstanciados. Estão estreitamente influenciados
pela trajetória e apropriação de um capital cultural
oriundo da família e das instituições educativas as quais
[10] quase todos experimentam ao longo de suas vidas.
Concordando com as colocações de Edgar Morin,
apoio a ideia de que a cultura de massa pode ser
considerada uma terceira cultura, ou seja, uma cultura
que se alimenta a partir de uma relação de
[15] interdependência com outras culturas, seja esta escolar,
seja nacional, seja religiosa.
Creio que, para que se possa analisar a cultura de
massa ou, em uma versão mais moderna, para se
analisar a cultura das mídias, é necessário empreender
[20] uma análise interdisciplinar. Creio que, dessa forma,
posso compreender o processo comunicativo proposto
pela TV e demais mídias como um processo de interação,
um diálogo contínuo entre criação (produtor) e consumo
(receptor). Diferente de grande parte das leituras que
[25] se faz sobre o fenômeno, acredito que o receptor da
mensagem midiática, televisiva ou não, não é passivo,
não apreende as mensagens tal como foram propostas.
A recepção não é o estágio final do processo
comunicativo. Ao contrário, a recepção é uma fase que
[30] dá início a etapas criativas de apropriação e novas
produções de sentido. Saliento que existe uma margem
de liberdade no processo de apreensão dos conteúdos
por parte dos indivíduos. A etapa da interiorização é
essencialmente particular e singular, derivada,
[35] sobretudo, da trajetória anterior de cada um.
Dessa forma, é preciso explicitar que não considero
os produtos e/ou conteúdos das mídias em sua
totalidade como ideológicos. Apoiando-me em Thompson
(1995), creio que são ideológicas apenas as mensagens
[40] que reforçam relações de dominação, ou seja, toda
explicitação de sentido que sustenta hierarquias e
relações de poder.
SETTON, Maria da Graça Jacintho. A educação popular no Brasil: a cultura de massa. Disponível em: <file:///C:/Users/Ana%20Paula/ Documents/Scanned%20Documents/06-maria-graca.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2014. Adaptado.
Sobre os aspectos linguísticos do texto, é correto afirmar:
TEXTO:
[1] A abrangência que o conceito de patrimônio adquiriu
pode ser explicada pela dicotomia na relação entre o
global e o local. De um lado, o avanço do fenômeno da
globalização e do sistema capitalista nas cidades como
[5] discurso homogeneizante de valores e modos de vida
ameaçou as culturas e tradições locais. Por outro lado,
o “contramovimento” de revalorização da tradição e da
cultura que surge no âmbito das microrregiões do
planeta. Ou seja, a relação dialética entre tradição e
[10] transformação. Assim, o conceito de patrimônio passa
por uma considerável ampliação de seu sentido,
sobretudo diante das contribuições da reformulação do
olhar acadêmico das Ciências Sociais, o qual despertou
o interesse por novos objetos, sujeitos sociais e
[15] temáticas culturais antes mantidos à margem da
sociedade.
Nessa perspectiva, foram lançados pela UNESCO
os projetos Recomendação sobre a Salvaguarda da
Cultura Tradicional Popular (1989) e Convenção para a
[20] Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2003), com
diretrizes que orientavam e atribuíam ao conceito de
patrimônio a categoria de imaterial ou intangível.
Desde então, foi possível elevar à categoria de
patrimônio cultural da humanidade ou da nação
[25] elementos que — na visão mais tradicional do conceito
de patrimônio — eram descartados, como danças típicas,
ritos, expressões religiosas, além de práticas cotidianas
de reprodução da cultura e da vida.
Assim, de um discurso patrimonial baseado na
[30] ideia do “monumento histórico e artístico”, que se referia
aos grandes monumentos do passado, passou-se, em
nossa era, para uma concepção do patrimônio entendido
como o conjunto de “bens culturais” referentes às
diversas identidades coletivas.
BLACH, Mateus. Patrimônio Cultural, parte II: a contemporaneidade. Disponível em:<http://www.sobrehistoria.org/conceito-de-patrimoniocultural/>. Acesso em: 9 nov. 2014.
Entre as ideias desenvolvidas no último parágrafo do texto, ocorre o que está devidamente identificado em
TEXTO:
[1] A abrangência que o conceito de patrimônio adquiriu
pode ser explicada pela dicotomia na relação entre o
global e o local. De um lado, o avanço do fenômeno da
globalização e do sistema capitalista nas cidades como
[5] discurso homogeneizante de valores e modos de vida
ameaçou as culturas e tradições locais. Por outro lado,
o “contramovimento” de revalorização da tradição e da
cultura que surge no âmbito das microrregiões do
planeta. Ou seja, a relação dialética entre tradição e
[10] transformação. Assim, o conceito de patrimônio passa
por uma considerável ampliação de seu sentido,
sobretudo diante das contribuições da reformulação do
olhar acadêmico das Ciências Sociais, o qual despertou
o interesse por novos objetos, sujeitos sociais e
[15] temáticas culturais antes mantidos à margem da
sociedade.
Nessa perspectiva, foram lançados pela UNESCO
os projetos Recomendação sobre a Salvaguarda da
Cultura Tradicional Popular (1989) e Convenção para a
[20] Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2003), com
diretrizes que orientavam e atribuíam ao conceito de
patrimônio a categoria de imaterial ou intangível.
Desde então, foi possível elevar à categoria de
patrimônio cultural da humanidade ou da nação
[25] elementos que — na visão mais tradicional do conceito
de patrimônio — eram descartados, como danças típicas,
ritos, expressões religiosas, além de práticas cotidianas
de reprodução da cultura e da vida.
Assim, de um discurso patrimonial baseado na
[30] ideia do “monumento histórico e artístico”, que se referia
aos grandes monumentos do passado, passou-se, em
nossa era, para uma concepção do patrimônio entendido
como o conjunto de “bens culturais” referentes às
diversas identidades coletivas.
BLACH, Mateus. Patrimônio Cultural, parte II: a contemporaneidade. Disponível em:<http://www.sobrehistoria.org/conceito-de-patrimoniocultural/>. Acesso em: 9 nov. 2014.
É exemplo de linguagem conotativa o fragmento apresentado na alternativa