Cronologia
1500 Cabral encontra os Tupiniquim, da grande família Tupinambá (tronco tupi-guarani) que ocupava quase toda a costa, do Pará ao R.G. do Sul.
1502 Instalação das primeiras feitorias portuguesas no Brasil (Cabo Frio, Bahia, Pernambuco) para o tráfico do pau-de-tinta e escravos.
1511 Em Cabo Frio, a nau “Bretoa” embarca 35 escravos índios para a metrópole. Incursões de corsários franceses interessados em pau-brasil.
1531 Expedição de Martim Afonso de Souza e Pero Lopes de Souza de reconhecimento e posse da terra.
− Endurecimento dos termos de intercâmbio (escambo) de produtos nativos por manufaturas européias.
− Contingenciamento da mão-de-obra indígena para todo tipo de trabalho, ainda através do escambo.
− Mais embarque de escravos para Portugal.
1534 Implantação do regime de donatarias hereditárias. Aumenta a imigração de colonos, atentando contra a mulher indígena, a posse da terra e a liberdade dos índios.
1537 Breve papal de Paulo III proclamando os índios “verdadeiros homens e livres”, isto é, criaturas de Deus iguais a todos.
1540 Reações dos tupi à conquista: 12 mil índios emigram da Bahia ou Pernambuco; somente 300 chegam a Chachapoya, no Peru.
− Sessenta mil Tupinambá fogem da opressão portuguesa, exaurindo-se pelo caminho, até atingir a foz do rio Madeira (1530/1612)
1547 Os Carijó, grupo guarani da capitania de S. Vicente, são assaltados por predadores de escravos e vendidos em várias capitanias. Para escapar à escravização, tribos guerreiam mutuamente, arrebanhando escravos para a nascente indústria canavieira.
1549 Chega a primeira missão jesuítica, chefiada por Manuel da Nóbrega: oito missionários, entre os quais, José de Anchieta.
− Dissolve-se o regime de capitanias.
− É estabelecido o governo-geral.
− Tomé de Souza, primeiro governador-geral, reimplanta o escambo para obter alimentos e trabalho dos índios, mas não impede de todo a escravidão.
(RIBEIRO, Berta Gleizer. O índio na história do Brasil. São Paulo: Global, 1983, p. 119-120)
É correto afirmar sobre o acima transcrito: