Estudantes utilizam máscaras para ir à escola nos Estados Unidos durante a pandemia de gripe espanhola, em 1916. Foto: Florida Memory State Archives Florida. Disponivel em www.cnnbrasil.com.br/saude/o-que-a-pandermia-de-gripo-espanhola-de-1918-pode-nas-ernainam- sabre-e-covd-19). Acesso em: 11/2021.
Atchin!...Atchin!...: essa era a manchete irônica estampada no jornal O Combate, no início do mês de julho de 1918. A notícia referia-se a um estranho surto de gripe que havia paralisado o esforço de guerra na Alemanha. A Grande Guerra (1914-1918) foi uma luta bárbara pelo poder, na qual entrou em cena uma maneira nova de combater. Quando terminou, entre 20 e 30 milhões de pessoas haviam morrido. E de repente surgiu do nada outra “arma” que arrasou a sociedade alemã em apenas três meses: a gripe. Aquela era, mesmo, uma doença esquisita. Em mais ou menos noventa dias, iria infectar um quinto da população mundial e matar de 20 a 50 milhões de pessoas, ultrapassando o resultado de quatro anos de guerra global ininterrupta. O alerta inicial veio da Espanha, o primeiro país a dar publicidade à virulência e à carnificina características da doença. Por essa razão, a moléstia entrou para a história com o nome de “gripe espanhola”. E havia quem acreditasse em notícias falsas, nos Estados Unidos — e também no Brasil —, de que a gripe era uma arma química, inventada na Alemanha, fabricada pelo laboratório farmacêutico Bayer e espalhada por espiões que desembarcavam de madrugada dos submarinos alemães e destampavam cuidadosamente os tubos de ensaio repletos de germes.
SCHWARCZ, L.; STARLING, H. A bailarina da morte. A gripe espanhola no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020, p. 11-15 (com adaptações).
Considerando-se os contextos relacionados as pandemias de Gripe Espanhola (1918-1920) e da covid-19 (2019-2021), a imagem e o texto apresentados abordam elementos que permitem concluir que