Os avanços da ciência, muitas vezes, se fazem anunciar por aqueles que a conhecem mais a fundo ou por ela se interessam particularmente. Os fragmentos de texto a seguir, obtidos da 1ª edição da revista O Cruzeiro, de 1928, mostram um pouco da intuição do prof. F. Labouriau, em um ensaio sobre como seria o “distante” ano 2000.
A população do Brasil atingiu 200 milhões de pessoas a precisarem de energia para as suas múltiplas atividades: compreende-se como essa necessidade levou ao aproveitamento das forças hidráulicas.
São 50 milhões de cavalos-vapor (CV) de energia hidrelétrica utilizados no Brasil no ano 2000.
Todas as atividades industriais foram avassaladas pela energia elétrica. São as indústrias eletroquímicas, em um desdobramento maravilhoso; é a eletrometalurgia; é, ainda, a energia para tudo.
As distâncias desapareceram, por assim dizer, desde que se resolveu o problema de irradiação da energia. Não há necessidade de sair para fazer compras: vê-se, escolhe-se, encomenda-se tudo pelo telefone-televisor automático.
Na era da eletricidade, o rei dos metais é o alumínio, retirado das argilas pela energia elétrica. O alumínio suplantou, com as suas ligas, o ferro, pesado demais e facilmente oxidável.
A era da eletricidade se caracteriza, essencialmente, pelo emprego da eletricidade em todas as formas de energia. Energia luminosa: tudo se ilumina eletricamente. Energia química: tudo deriva da eletricidade. Energia térmica: tudo se aquece ou se resfria pela eletricidade. Energia mecânica: tudo se movimenta pela eletricidade.
O ouro e as suas representações são formas obsoletas de medir valores. A moeda, no ano 2000, é, também, a energia elétrica. Pagam-se as compras em kilowatts. Paga-se o trabalho em kilowatts.
Internet: (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e assumindo que 1 CV = 735 W, julgue:
O Brasil da atualidade desponta no cenário internacional pela grandeza de seus recursos hídricos como fontes de energia primária, entretanto, notam-se restrições no seu aproveitamento, devido às características climáticas reinantes no país, que fazem que a ocorrência das chuvas se concentre em determinado período do ano.