Texto II
A Fantasia gera uma espécie de hipnose que impede
a percepção de que algo tem que mudar. Parece
com um sonho de vida, mas é carregada de um
lirismo que aumenta a inércia e corrói as forças de
mudança. Debaixo da mentira da Fantasia, nada de
concreto acontece.
Na Fantasia, planos são feitos com grandiosidade,
mas, na hora de agir, são adiados. O prazer de
criar imagens e sensações positivas para o futuro é
muito maior do que a dor e o desconforto de pagar o
preço de transformar sonhos em realidades.
Custa muito caro fazer com que discursos e
promessas se transformem em atos, mas esse é o
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preço que poderia quebrar o encantamento da Fantasia.
Como viver fora do muro da indefinição? Como
assumir os anos perdidos e os erros das escolhas
impensadas?
AYLMER , Roberto. Escolhas. Niterói: Impetus, 2008. p.102. Adaptado.
O “encantamento da Fantasia” (L. 14-15), no Texto II, é concebido como algo