“Atualmente, muitos são os abusos e os crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral. Os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso a caso”.
Carlos Heitor Cony. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult505u246.shtml>. Acesso em nov. de 2016. Adaptado.
A expressão em destaque no texto não pode ser apresentada com o acento indicativo de crase. Isso porqu
“A indústria da informação tem se autopromovido como isenta de conteúdos ideológicos e interesses particulares na divulgação das notícias: para seus consumidores, fornece o mais fiel relato dos acontecimentos ao utilizar uma linguagem objetiva e uma técnica aprimorada, que interdita usos ambíguos e tendenciosos da linguagem. Em outras palavras, na prática discursiva do jornalismo são divulgados princípios jornalísticos que, em tese, garantiriam, pela técnica aprimorada da escrita na imprensa, a informação como um bem de consumo capaz de refletir os fatos do mundo real do modo mais isento possível, nos diversos meios de comunicação de referência. Dentre esses princípios, recebe papel de destaque uma pretensa neutralidade da imprensa, defendida, a rigor, pelo relato mais objetivo, e considerado imparcial, dos fatos jornalísticos [...]. Importa compreender como é construído o efeito ideológico de neutralidade da informação jornalística na formulação dos predicados do jornalismo noticioso. Tal compreensão objetiva não apenas apontar a imprensa como um veículo de comunicação parcial, mas apresentar como a construção da imagem da linguagem jornalística é fundamental para o reconhecimento da imprensa como algo indispensável na vida do cidadão moderno”.
Disponível em: http://linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/linguagem-emdiscurso/0501/050102.pdf. Acesso em nov. de 2016. Adaptado.
Em relação ao texto, leia as afirmativas a seguir.
I. A indústria jornalística, por produzir informação objetiva e sem usos ambíguos e tendenciosos da linguagem, afasta-se de usos linguísticos ideológicos.
II. A ideia de isenção promovida pela indústria da linguagem pretende colocar neutralidade e objetividade como características sinônimas.
III. Os princípios jornalísticos, por serem elaborados a partir do compromisso com o relato o mais real possível da sociedade, são a base da ineutralidade da linguagem jornalística.
IV. Compreender a neutralidade da linguagem como efeito ideológico é indispensável para reconhecer a imparcialidade da linguagem jornalística.
Está CORRETO o que se afirma em
“A indústria da informação tem se autopromovido como isenta de conteúdos ideológicos e interesses particulares na divulgação das notícias: para seus consumidores, fornece o mais fiel relato dos acontecimentos ao utilizar uma linguagem objetiva e uma técnica aprimorada, que interdita usos ambíguos e tendenciosos da linguagem. Em outras palavras, na prática discursiva do jornalismo são divulgados princípios jornalísticos que, em tese, garantiriam, pela técnica aprimorada da escrita na imprensa, a informação como um bem de consumo capaz de refletir os fatos do mundo real do modo mais isento possível, nos diversos meios de comunicação de referência. Dentre esses princípios, recebe papel de destaque uma pretensa neutralidade da imprensa, defendida, a rigor, pelo relato mais objetivo, e considerado imparcial, dos fatos jornalísticos [...]. Importa compreender como é construído o efeito ideológico de neutralidade da informação jornalística na formulação dos predicados do jornalismo noticioso. Tal compreensão objetiva não apenas apontar a imprensa como um veículo de comunicação parcial, mas apresentar como a construção da imagem da linguagem jornalística é fundamental para o reconhecimento da imprensa como algo indispensável na vida do cidadão moderno”.
Disponível em: http://linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/linguagem-emdiscurso/0501/050102.pdf. Acesso em nov. de 2016. Adaptado.
Leia o trecho apresentado a seguir, retirado do texto em questão, observando o uso dos dois pontos.
“[...] na divulgação de notícias: para seus consumidores, fornece o mais fiel relato dos acontecimentos ao utilizar uma linguagem objetiva e uma técnica aprimorada, que interdita usos ambíguos e tendenciosos da linguagem”.
Sobre o uso desse sinal de pontuação no contexto do texto, é CORRETO afirmar:
Leia os textos I e II para responder a questão
Texto I
“Em relação ao feminismo, muitos homens, inexplicavelmente, são contrários ao protagonismo das mulheres, dizendo que esta é uma luta de todos. Há uma confusão nesse ponto: a luta até poderia – e deveria – ser de todos, mas um gênero é oprimido, enquanto o outro é privilegiado. Inútil apontar qual ocupa esses grupos. Como falar em igualdade se ela, de fato, não existe? Partiríamos, mulheres e homens, de lugares diferentes! Costumo responder à insistência pelo "protagonismo compartilhado" com algumas perguntas simples: já não bastam as 90% cadeiras no Congresso Nacional que são ocupadas pelos homens? E as de CEO de empresas, cuja participação feminina é irrisória? Os homens mandam no mundo e detêm o poderio econômico. Querem ser protagonistas em mais um movimento, movimento esse que deseja justamente revolucionar as estruturas que permitiram a opressão das mulheres através dos séculos? Não parece contraditório, mimado, na melhor das hipóteses, e manipulador, na pior?”
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/blogs/feminismo-praque/o-papel-dos-homens-no-feminismo-4622.html. Acesso em nov. de 2016. Adaptado.
A leitura do texto I e do texto II NÃO suporta a seguinte interpretação:
Leia os textos I e II para responder a questão
Texto I
“Em relação ao feminismo, muitos homens, inexplicavelmente, são contrários ao protagonismo das mulheres, dizendo que esta é uma luta de todos. Há uma confusão nesse ponto: a luta até poderia – e deveria – ser de todos, mas um gênero é oprimido, enquanto o outro é privilegiado. Inútil apontar qual ocupa esses grupos. Como falar em igualdade se ela, de fato, não existe? Partiríamos, mulheres e homens, de lugares diferentes! Costumo responder à insistência pelo "protagonismo compartilhado" com algumas perguntas simples: já não bastam as 90% cadeiras no Congresso Nacional que são ocupadas pelos homens? E as de CEO de empresas, cuja participação feminina é irrisória? Os homens mandam no mundo e detêm o poderio econômico. Querem ser protagonistas em mais um movimento, movimento esse que deseja justamente revolucionar as estruturas que permitiram a opressão das mulheres através dos séculos? Não parece contraditório, mimado, na melhor das hipóteses, e manipulador, na pior?”
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/blogs/feminismo-praque/o-papel-dos-homens-no-feminismo-4622.html. Acesso em nov. de 2016. Adaptado.
Em relação aos usos da vírgula no trecho “Não parece contraditório, mimado, na melhor das hipóteses, e manipulador, na pior?”, retirado do texto I, assinale a alternativa CORRETA.
“De tempos em tempos, os movimentos sociais urbanos e rurais, geralmente de uma forma mais amiúde nas grandes cidades, ocupam as praças e avenidas centrais e realizam protestos. São ações políticas que, apropriando-se da plenitude da palavra público, buscam a dimensão da cidade, acreditando que suas ideias não podem ficar guardadas ou reservadas para os espaços privados da vida social. As manifestações fazem parte da modernidade. Diversos momentos significativos da história foram contados e cantados a plenos pulmões nas praças das cidades.
MAGALHÃES, F. R. As manifestações no espaço público: a rua como lugar da expressão política. Pensamento Plural | Pelotas [12]: 7 - 35, janeiro/junho, 2013.
O termo “amiúde”, em destaque no texto, pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por