Leia o texto a seguir.
Terra Fantasma
Uma tragédia de um século ainda assombra Armênia e Turquia.
Um cenotáfio de pedra em Yerevan, capital da Armênia, reverencia esse trágico acontecimento, que o povo armênio chama de Medz Yeghern, ou “Grande Catástrofe”. Toda primavera, em 24 de abril, o dia em que começaram os pogrons, milhares de peregrinos sobem um morro urbano até esse memorial. Passam em fila diante de uma chama perene, símbolo da memória eterna, e deixam ali uma pequena montanha de flores. Cerca de 100 quilômetros a noroeste, a apenas centenas de metros do outro lado da fronteira com a Turquia, jazem as ruínas de um monumento, mais antigo e talvez mais apropriado, aos cruéis padecimentos dos armênios: Ani.
Ani foi a capital medieval de um poderoso reino etnicamente armênio cujo centro ficava na Anatólia Oriental, a vasta península asiática que hoje abrange a maior parte da Turquia. Essa rica metrópole, situada de permeio entre os trechos setentrionais da lendária Rota da Seda, fervilhava com 100 mil habitantes. Seus bazares transbordavam de peles, especiarias, metais preciosos. Uma muralha de pedras claras protegia a urbe de potenciais invasores.
National Geographic, abril/2016, p. 88.
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