Na era do uso massivo das redes sociais e de aplicativos de comunicação que facilitam espalhar informações a centenas de usuários com apenas um dedo na tela ou clique no mouse, nada tem se espalhado mais rápido do que as notícias falsas.
O tema foi inclusive alvo de um alerta em carta escrita pelo físico britânico Tim Berners-Lee, que idealizou e inventou a World Wide Web há 28 anos. Para ele, o hábito de se informar pela internet e o uso de algoritmos acabam favorecendo a desinformação. “O resultado é que esses sites nos mostram conteúdo que acreditam que nós vamos querer clicar – o que significa que desinformação ou “notícias falsas” (as chamadas fake news), que têm títulos surpreendentes, chocantes, criados para apelar aos nossos preconceitos, podem se espalhar como fogo.” [...] Uma parte do trabalho de checagem da veracidade das notícias que pode atrair a atenção e facilitar a vida dos alunos diz respeito à identificação do alto grau de adjetivação em títulos e textos. Os manuais de jornalismo têm diretrizes para não adjetivar absolutamente nada. Se existe uma quantidade de exageros como “o maior escândalo de corrupção da face da Terra”, é um sinal claro que o compromisso com a exatidão das informações não é exatamente uma prioridade.
Vinicius de Oliveira Disponível em: www.porvir.org/como-sala-de-aula-pode-enfrentar-onda-de-noticias-falsas/. Acesso em: mar. 2017. Adaptado.
A fim de alcançar seus objetivos comunicativos, o autor escreveu esse texto para