Leia o poema a seguir.
– Dizem que não foi atilho
nem punhal atravessado
mas veneno que lhe deram
na comida misturado.
E que chegaram os doutores
e deixaram declarado
que o morto não se matara
mas que fora assassinado.
(MEIRELES, C. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p.872.)
Acerca do poema, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) O poema contesta a versão oficial sobre a morte do poeta Cláudio Manuel da Costa, um dos principais autores do arcadismo brasileiro, que teria sido morto na cadeia, ao contrário do que disseram as autoridades.
( ) Mesmo baseada em um fato histórico, Cecília Meireles usa de sua liberdade criativa e apresenta uma cena fictícia, na qual a verdade aparece e a justiça é feita. A cena, portanto, não expressa a realidade.
( ) Escrito à época da morte do poeta Cláudio Manuel da Costa, o poema foi responsável por deflagrar a revolta dos inconfidentes, que culminaria com a morte e o esquartejamento de Tiradentes e seus colegas.
( ) O primeiro verso faz menção a um dos detratores da Inconfidência Mineira, o alferes Atílio, cujo nome aparece grafado em letra minúscula como metáfora de sua insignificância histórica.
( ) Por conta desse poema, Cecília Meireles se tornaria a musa do Arcadismo Brasileiro, aparecendo inclusive sob o pseudônimo de “Marília”, na obra Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.