Observe como se fez a regência verbal do seguinte trecho: “Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos sobre os quais não pesem questionamentos”.
Assinale, em seguida, a alternativa em que esse componente da sintaxe está também corretamente formulado.
TEXTO
Questões de linguagem médica
A linguagem é livre. Essencial é a comunicação. Quando se sabe disso, os conceitos de "certo" e "errado" são substituídos pelos conceitos de escolhas verbais - entre todas as formas existentes da língua, em suas variedades de linguagem popular e culta - "adequadas" e "não adequadas".
Mesmo os termos mais chulos calham em situações emotivas extremas. Para exercício desta liberdade de linguagem, precisa-se conhecer o patrimônio do idioma. É mister saber que as transformações pelas quais uma língua passa determinam-se pelos seus usuários, seus verdadeiros autores, pelas necessidades culturais e históricas de uso. Mais ainda, que o alcance das metas de comunicação daquela situação específica - a efetividade do que se vai falar ou escrever - tem de guiar nossas decisões gramaticais.
No entanto, quando se trata de linguagem científica, por sua seriedade e seu rigor, convém ter domínio do padrão gramatical culto, normativo, descrito e organizado, ao longo de séculos, pelos profissionais de Letras. A linguagem científica formal tem características próprias, apregoadas - em todos os tempos - por bons orientadores médicos; se a precisão da linguagem é necessária a todos, ela é imprescindível aos pesquisadores e cientistas, já que a imprecisão é incompatível com a ciência. A idade de um erro não lhe confere exatidão, e desconhecer e teimar em usar termos impróprios não é sinal de independência e nacionalidade.
Palavras homógrafas com significados diferentes devem ser evitadas na linguagem científica. O ideal é que cada coisa seja designada por um só termo e que cada termo designe uma só coisa. Creio que já é tempo de os professores das nossas faculdades de medicina interessarem-se pela terminologia. Sou mesmo de parecer que, nos concursos,mesmo os de livre docência, dever-se-ia fazer questão cerrada da uniformidade e do rigor terminológico.
De fato, é claro que quem se propõe a ensinar deve saber rigorosamente o que vai ensinar e, se não conhecer o nome dos elementos das ciências que se propõe a lecionar, como poderá fazê-lo cabalmente?
Na linguagem científica, o ideal é nunca usar duas palavras para exprimir a mesma coisa, nem dar o mesmo nome a duas coisas diferentes. Tendo em vista o que se leu e outras tantas considerações de igual teor, convém conhecer os termos que, embora muito frequentes na linguagem médica, ensejam controvérsias quanto a seu uso em padrão formal, mesmo no âmbito médico.
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos sobre os quais não pesem questionamentos ou sobre os quais haja menor possibilidade de questionamentos, o que é possível em quase todos os casos. É recomendável, portanto - a fim de que se possa falar e escrever, principalmente no exercício profissional, com clareza, precisão e efetividade - prestar cuidados para que termos científicos não sejam oficializados com formas ou sentidos inadequados por influência da soberania da "lei do uso", assim como é de boa norma sempre promover esforços para que a linguagem médica tenha também certo "padrão-ouro", como aqueles estabelecidos em outros aspectos da Medicina.
(Simônides Bacelar; Elaine Alves; Wânia de Aragão-Costa; Paulo Tubino. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912009000100017. Acesso em 10/05/15. Adaptado).
O que o Texto defende, em sua globalidade:
TEXTO
Questões de linguagem médica
A linguagem é livre. Essencial é a comunicação. Quando se sabe disso, os conceitos de "certo" e "errado" são substituídos pelos conceitos de escolhas verbais - entre todas as formas existentes da língua, em suas variedades de linguagem popular e culta - "adequadas" e "não adequadas".
Mesmo os termos mais chulos calham em situações emotivas extremas. Para exercício desta liberdade de linguagem, precisa-se conhecer o patrimônio do idioma. É mister saber que as transformações pelas quais uma língua passa determinam-se pelos seus usuários, seus verdadeiros autores, pelas necessidades culturais e históricas de uso. Mais ainda, que o alcance das metas de comunicação daquela situação específica - a efetividade do que se vai falar ou escrever - tem de guiar nossas decisões gramaticais.
No entanto, quando se trata de linguagem científica, por sua seriedade e seu rigor, convém ter domínio do padrão gramatical culto, normativo, descrito e organizado, ao longo de séculos, pelos profissionais de Letras. A linguagem científica formal tem características próprias, apregoadas - em todos os tempos - por bons orientadores médicos; se a precisão da linguagem é necessária a todos, ela é imprescindível aos pesquisadores e cientistas, já que a imprecisão é incompatível com a ciência. A idade de um erro não lhe confere exatidão, e desconhecer e teimar em usar termos impróprios não é sinal de independência e nacionalidade.
Palavras homógrafas com significados diferentes devem ser evitadas na linguagem científica. O ideal é que cada coisa seja designada por um só termo e que cada termo designe uma só coisa. Creio que já é tempo de os professores das nossas faculdades de medicina interessarem-se pela terminologia. Sou mesmo de parecer que, nos concursos,mesmo os de livre docência, dever-se-ia fazer questão cerrada da uniformidade e do rigor terminológico.
De fato, é claro que quem se propõe a ensinar deve saber rigorosamente o que vai ensinar e, se não conhecer o nome dos elementos das ciências que se propõe a lecionar, como poderá fazê-lo cabalmente?
Na linguagem científica, o ideal é nunca usar duas palavras para exprimir a mesma coisa, nem dar o mesmo nome a duas coisas diferentes. Tendo em vista o que se leu e outras tantas considerações de igual teor, convém conhecer os termos que, embora muito frequentes na linguagem médica, ensejam controvérsias quanto a seu uso em padrão formal, mesmo no âmbito médico.
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos sobre os quais não pesem questionamentos ou sobre os quais haja menor possibilidade de questionamentos, o que é possível em quase todos os casos. É recomendável, portanto - a fim de que se possa falar e escrever, principalmente no exercício profissional, com clareza, precisão e efetividade - prestar cuidados para que termos científicos não sejam oficializados com formas ou sentidos inadequados por influência da soberania da "lei do uso", assim como é de boa norma sempre promover esforços para que a linguagem médica tenha também certo "padrão-ouro", como aqueles estabelecidos em outros aspectos da Medicina.
(Simônides Bacelar; Elaine Alves; Wânia de Aragão-Costa; Paulo Tubino. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912009000100017. Acesso em 10/05/15. Adaptado).
No Texto, e considerando sua ideia central, é de inteira relevância o seguinte fragmento:
TEXTO
Questões de linguagem médica
A linguagem é livre. Essencial é a comunicação. Quando se sabe disso, os conceitos de "certo" e "errado" são substituídos pelos conceitos de escolhas verbais - entre todas as formas existentes da língua, em suas variedades de linguagem popular e culta - "adequadas" e "não adequadas".
Mesmo os termos mais chulos calham em situações emotivas extremas. Para exercício desta liberdade de linguagem, precisa-se conhecer o patrimônio do idioma. É mister saber que as transformações pelas quais uma língua passa determinam-se pelos seus usuários, seus verdadeiros autores, pelas necessidades culturais e históricas de uso. Mais ainda, que o alcance das metas de comunicação daquela situação específica - a efetividade do que se vai falar ou escrever - tem de guiar nossas decisões gramaticais.
No entanto, quando se trata de linguagem científica, por sua seriedade e seu rigor, convém ter domínio do padrão gramatical culto, normativo, descrito e organizado, ao longo de séculos, pelos profissionais de Letras. A linguagem científica formal tem características próprias, apregoadas - em todos os tempos - por bons orientadores médicos; se a precisão da linguagem é necessária a todos, ela é imprescindível aos pesquisadores e cientistas, já que a imprecisão é incompatível com a ciência. A idade de um erro não lhe confere exatidão, e desconhecer e teimar em usar termos impróprios não é sinal de independência e nacionalidade.
Palavras homógrafas com significados diferentes devem ser evitadas na linguagem científica. O ideal é que cada coisa seja designada por um só termo e que cada termo designe uma só coisa. Creio que já é tempo de os professores das nossas faculdades de medicina interessarem-se pela terminologia. Sou mesmo de parecer que, nos concursos,mesmo os de livre docência, dever-se-ia fazer questão cerrada da uniformidade e do rigor terminológico.
De fato, é claro que quem se propõe a ensinar deve saber rigorosamente o que vai ensinar e, se não conhecer o nome dos elementos das ciências que se propõe a lecionar, como poderá fazê-lo cabalmente?
Na linguagem científica, o ideal é nunca usar duas palavras para exprimir a mesma coisa, nem dar o mesmo nome a duas coisas diferentes. Tendo em vista o que se leu e outras tantas considerações de igual teor, convém conhecer os termos que, embora muito frequentes na linguagem médica, ensejam controvérsias quanto a seu uso em padrão formal, mesmo no âmbito médico.
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos sobre os quais não pesem questionamentos ou sobre os quais haja menor possibilidade de questionamentos, o que é possível em quase todos os casos. É recomendável, portanto - a fim de que se possa falar e escrever, principalmente no exercício profissional, com clareza, precisão e efetividade - prestar cuidados para que termos científicos não sejam oficializados com formas ou sentidos inadequados por influência da soberania da "lei do uso", assim como é de boa norma sempre promover esforços para que a linguagem médica tenha também certo "padrão-ouro", como aqueles estabelecidos em outros aspectos da Medicina.
(Simônides Bacelar; Elaine Alves; Wânia de Aragão-Costa; Paulo Tubino. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912009000100017. Acesso em 10/05/15. Adaptado).
Considerado o tema central do Texto, pode-se reconhecer como ‘palavras-chave’ as que constam na alternativa:
TEXTO
Questões de linguagem médica
A linguagem é livre. Essencial é a comunicação. Quando se sabe disso, os conceitos de "certo" e "errado" são substituídos pelos conceitos de escolhas verbais - entre todas as formas existentes da língua, em suas variedades de linguagem popular e culta - "adequadas" e "não adequadas".
Mesmo os termos mais chulos calham em situações emotivas extremas. Para exercício desta liberdade de linguagem, precisa-se conhecer o patrimônio do idioma. É mister saber que as transformações pelas quais uma língua passa determinam-se pelos seus usuários, seus verdadeiros autores, pelas necessidades culturais e históricas de uso. Mais ainda, que o alcance das metas de comunicação daquela situação específica - a efetividade do que se vai falar ou escrever - tem de guiar nossas decisões gramaticais.
No entanto, quando se trata de linguagem científica, por sua seriedade e seu rigor, convém ter domínio do padrão gramatical culto, normativo, descrito e organizado, ao longo de séculos, pelos profissionais de Letras. A linguagem científica formal tem características próprias, apregoadas - em todos os tempos - por bons orientadores médicos; se a precisão da linguagem é necessária a todos, ela é imprescindível aos pesquisadores e cientistas, já que a imprecisão é incompatível com a ciência. A idade de um erro não lhe confere exatidão, e desconhecer e teimar em usar termos impróprios não é sinal de independência e nacionalidade.
Palavras homógrafas com significados diferentes devem ser evitadas na linguagem científica. O ideal é que cada coisa seja designada por um só termo e que cada termo designe uma só coisa. Creio que já é tempo de os professores das nossas faculdades de medicina interessarem-se pela terminologia. Sou mesmo de parecer que, nos concursos,mesmo os de livre docência, dever-se-ia fazer questão cerrada da uniformidade e do rigor terminológico.
De fato, é claro que quem se propõe a ensinar deve saber rigorosamente o que vai ensinar e, se não conhecer o nome dos elementos das ciências que se propõe a lecionar, como poderá fazê-lo cabalmente?
Na linguagem científica, o ideal é nunca usar duas palavras para exprimir a mesma coisa, nem dar o mesmo nome a duas coisas diferentes. Tendo em vista o que se leu e outras tantas considerações de igual teor, convém conhecer os termos que, embora muito frequentes na linguagem médica, ensejam controvérsias quanto a seu uso em padrão formal, mesmo no âmbito médico.
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos sobre os quais não pesem questionamentos ou sobre os quais haja menor possibilidade de questionamentos, o que é possível em quase todos os casos. É recomendável, portanto - a fim de que se possa falar e escrever, principalmente no exercício profissional, com clareza, precisão e efetividade - prestar cuidados para que termos científicos não sejam oficializados com formas ou sentidos inadequados por influência da soberania da "lei do uso", assim como é de boa norma sempre promover esforços para que a linguagem médica tenha também certo "padrão-ouro", como aqueles estabelecidos em outros aspectos da Medicina.
(Simônides Bacelar; Elaine Alves; Wânia de Aragão-Costa; Paulo Tubino. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912009000100017. Acesso em 10/05/15. Adaptado).
Analise o seguinte trecho: “convém conhecer os termos que, embora muito frequentes na linguagem médica, ensejam controvérsias quanto a seu uso em um padrão formal, mesmo no âmbito médico”. Nesse trecho, pode-se reconhecer:
TEXTO
Questões de linguagem médica
A linguagem é livre. Essencial é a comunicação. Quando se sabe disso, os conceitos de "certo" e "errado" são substituídos pelos conceitos de escolhas verbais - entre todas as formas existentes da língua, em suas variedades de linguagem popular e culta - "adequadas" e "não adequadas".
Mesmo os termos mais chulos calham em situações emotivas extremas. Para exercício desta liberdade de linguagem, precisa-se conhecer o patrimônio do idioma. É mister saber que as transformações pelas quais uma língua passa determinam-se pelos seus usuários, seus verdadeiros autores, pelas necessidades culturais e históricas de uso. Mais ainda, que o alcance das metas de comunicação daquela situação específica - a efetividade do que se vai falar ou escrever - tem de guiar nossas decisões gramaticais.
No entanto, quando se trata de linguagem científica, por sua seriedade e seu rigor, convém ter domínio do padrão gramatical culto, normativo, descrito e organizado, ao longo de séculos, pelos profissionais de Letras. A linguagem científica formal tem características próprias, apregoadas - em todos os tempos - por bons orientadores médicos; se a precisão da linguagem é necessária a todos, ela é imprescindível aos pesquisadores e cientistas, já que a imprecisão é incompatível com a ciência. A idade de um erro não lhe confere exatidão, e desconhecer e teimar em usar termos impróprios não é sinal de independência e nacionalidade.
Palavras homógrafas com significados diferentes devem ser evitadas na linguagem científica. O ideal é que cada coisa seja designada por um só termo e que cada termo designe uma só coisa. Creio que já é tempo de os professores das nossas faculdades de medicina interessarem-se pela terminologia. Sou mesmo de parecer que, nos concursos,mesmo os de livre docência, dever-se-ia fazer questão cerrada da uniformidade e do rigor terminológico.
De fato, é claro que quem se propõe a ensinar deve saber rigorosamente o que vai ensinar e, se não conhecer o nome dos elementos das ciências que se propõe a lecionar, como poderá fazê-lo cabalmente?
Na linguagem científica, o ideal é nunca usar duas palavras para exprimir a mesma coisa, nem dar o mesmo nome a duas coisas diferentes. Tendo em vista o que se leu e outras tantas considerações de igual teor, convém conhecer os termos que, embora muito frequentes na linguagem médica, ensejam controvérsias quanto a seu uso em padrão formal, mesmo no âmbito médico.
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos sobre os quais não pesem questionamentos ou sobre os quais haja menor possibilidade de questionamentos, o que é possível em quase todos os casos. É recomendável, portanto - a fim de que se possa falar e escrever, principalmente no exercício profissional, com clareza, precisão e efetividade - prestar cuidados para que termos científicos não sejam oficializados com formas ou sentidos inadequados por influência da soberania da "lei do uso", assim como é de boa norma sempre promover esforços para que a linguagem médica tenha também certo "padrão-ouro", como aqueles estabelecidos em outros aspectos da Medicina.
(Simônides Bacelar; Elaine Alves; Wânia de Aragão-Costa; Paulo Tubino. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912009000100017. Acesso em 10/05/15. Adaptado).
Como ideia secundária, o Texto admite que:
1) as línguas são flexíveis; mudam por razões históricas e culturais.
2) as metas da comunicação, dentro de uma situação específica, é se mostrar eficaz naquilo que se vai falar ou escrever.
3) vale ter cuidado para que a constância no uso de certos termos não comprometa o rigor da linguagem científica.
4) falta nas ciências médicas um "padrão-ouro", que lhe confira precisão e rigor, como acontece em outros domínios da atividade social.
5) a linguagem, apesar da sua generalidade de função, tem características próprias na dependência da cada contexto de uso.
Estão corretas: