Para responder a questão, leia o trecho do romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, escrito entre 1852 e 1853.
Era no tempo do rei
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo – O canto dos meirinhos1 –; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda2 era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores3. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
(Memórias de um sargento de milícias, 2003.)
1 meirinho: espécie de oficial de justiça daquela época.
2 demanda: ação judicial.
3 desembargador: magistrado maior, que despacha as causas e processos.
Em “todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo” existe um erro gramatical.
Assinale a alternativa em que o trecho reescrito está em conformidade com a norma-padrão da língua e com o sentido geral do texto.