CESUPA 2013
54 Questões
A retórica não é blá-blá-blá
Na era da internet, com seus “rsrsrs” e as “longas” mensagens de 140 caracteres do Twiter, que lugar haveria para a retórica, a invenção dos gregos clássicos para permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem?
Na semana passada, o julgamento do mensalão no STF pôs em evidência os advogados dos réus. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. Os defensores, com raras exceções, saíram-se muito mal no quesito da retórica – que não é blá-blá-blá.
Quando assumiu o posto de presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, Earl Warren perguntou a um colega mais antigo em quem confiava plenamente o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. O colega de Warren, Hugo Black, respondeu: “Basta ler Retórica, de Aristóteles.”
Sábio conselho. Com a democracia, os gregos criaram esse mecanismo de sustentação oral baseado na lógica e na honestidade de pensamento a que chamaram de retórica. Os cidadãos eram frequentemente obrigados a defender em público não apenas ideias, mas sua propriedade e até a própria liberdade. Aristóteles ensinou que persuadir uma audiência nada tem a ver com eloquência. Isso é sofisma. E o que separa um cidadão grego dotado da retórica de um mero sofista? A retórica vencedora não depende do dom da oratória, mas do valor moral do orador.
(Veja, 15/08/2012, p78)
Verbete
Sofisma s.m. argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.
( Dicionário Houaiss da língua portuguesa)
Segundo o texto, a internet é um obstáculo ao exercício do falar bem, porque
A retórica não é blá-blá-blá
Na era da internet, com seus “rsrsrs” e as “longas” mensagens de 140 caracteres do Twiter, que lugar haveria para a retórica, a invenção dos gregos clássicos para permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem?
Na semana passada, o julgamento do mensalão no STF pôs em evidência os advogados dos réus. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. Os defensores, com raras exceções, saíram-se muito mal no quesito da retórica – que não é blá-blá-blá.
Quando assumiu o posto de presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, Earl Warren perguntou a um colega mais antigo em quem confiava plenamente o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. O colega de Warren, Hugo Black, respondeu: “Basta ler Retórica, de Aristóteles.”
Sábio conselho. Com a democracia, os gregos criaram esse mecanismo de sustentação oral baseado na lógica e na honestidade de pensamento a que chamaram de retórica. Os cidadãos eram frequentemente obrigados a defender em público não apenas ideias, mas sua propriedade e até a própria liberdade. Aristóteles ensinou que persuadir uma audiência nada tem a ver com eloquência. Isso é sofisma. E o que separa um cidadão grego dotado da retórica de um mero sofista? A retórica vencedora não depende do dom da oratória, mas do valor moral do orador.
(Veja, 15/08/2012, p78)
Verbete
Sofisma s.m. argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.
( Dicionário Houaiss da língua portuguesa)
“Os gregos criaram esse mecanismo de sustentação oral baseado na lógica e na honestidade de pensamento a que chamaram retórica”. O caráter de oralidade da retórica é reafirmado no texto em trechos como
I “... a retórica, invenção dos gregos clássicos para permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem...”
II “...Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal.”
III “...o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam...”
IV “... os cidadãos eram obrigados a defender em público não apenas ideias, mas sua propriedade e até a própria liberdade.”
A retórica não é blá-blá-blá
Na era da internet, com seus “rsrsrs” e as “longas” mensagens de 140 caracteres do Twiter, que lugar haveria para a retórica, a invenção dos gregos clássicos para permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem?
Na semana passada, o julgamento do mensalão no STF pôs em evidência os advogados dos réus. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. Os defensores, com raras exceções, saíram-se muito mal no quesito da retórica – que não é blá-blá-blá.
Quando assumiu o posto de presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, Earl Warren perguntou a um colega mais antigo em quem confiava plenamente o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. O colega de Warren, Hugo Black, respondeu: “Basta ler Retórica, de Aristóteles.”
Sábio conselho. Com a democracia, os gregos criaram esse mecanismo de sustentação oral baseado na lógica e na honestidade de pensamento a que chamaram de retórica. Os cidadãos eram frequentemente obrigados a defender em público não apenas ideias, mas sua propriedade e até a própria liberdade. Aristóteles ensinou que persuadir uma audiência nada tem a ver com eloquência. Isso é sofisma. E o que separa um cidadão grego dotado da retórica de um mero sofista? A retórica vencedora não depende do dom da oratória, mas do valor moral do orador.
(Veja, 15/08/2012, p78)
Verbete
Sofisma s.m. argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.
( Dicionário Houaiss da língua portuguesa)
Os elementos textuais permitem inferir que
A retórica não é blá-blá-blá
Na era da internet, com seus “rsrsrs” e as “longas” mensagens de 140 caracteres do Twiter, que lugar haveria para a retórica, a invenção dos gregos clássicos para permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem?
Na semana passada, o julgamento do mensalão no STF pôs em evidência os advogados dos réus. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. Os defensores, com raras exceções, saíram-se muito mal no quesito da retórica – que não é blá-blá-blá.
Quando assumiu o posto de presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, Earl Warren perguntou a um colega mais antigo em quem confiava plenamente o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. O colega de Warren, Hugo Black, respondeu: “Basta ler Retórica, de Aristóteles.”
Sábio conselho. Com a democracia, os gregos criaram esse mecanismo de sustentação oral baseado na lógica e na honestidade de pensamento a que chamaram de retórica. Os cidadãos eram frequentemente obrigados a defender em público não apenas ideias, mas sua propriedade e até a própria liberdade. Aristóteles ensinou que persuadir uma audiência nada tem a ver com eloquência. Isso é sofisma. E o que separa um cidadão grego dotado da retórica de um mero sofista? A retórica vencedora não depende do dom da oratória, mas do valor moral do orador.
(Veja, 15/08/2012, p78)
Verbete
Sofisma s.m. argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.
( Dicionário Houaiss da língua portuguesa)
Ler atentamente um texto permite ao leitor entender o propósito do autor, mesmo que este não esteja explícito. A provável intenção do autor de “A retórica não é blá-blá-blá” seria
Escrever errado
Aos que não entendem a essência da linguagem virtual deturpada, de escrever corretamente a maioria dos usuários é capaz. A deturpação da linguagem é sustentada pela facilidade (abreviações e modificações ortográficas), falta de necessidade (por que diferenciar o porquê do por quê se a mensagem é a mesma?) e a ironia (se posso fazer do jeito que quero, por que fazer nos padrões impostos?).
(Ah Valentino, Galileu, setembro de 2012)
Observando a construção do módulo “de escrever corretamente a maioria dos usuário é capaz”, percebe-se uma inversão na ordem dos elementos constituintes:
Escrever errado
Aos que não entendem a essência da linguagem virtual deturpada, de escrever corretamente a maioria dos usuários é capaz. A deturpação da linguagem é sustentada pela facilidade (abreviações e modificações ortográficas), falta de necessidade (por que diferenciar o porquê do por quê se a mensagem é a mesma?) e a ironia (se posso fazer do jeito que quero, por que fazer nos padrões impostos?).
(Ah Valentino, Galileu, setembro de 2012)
A função da linguagem predominante no texto está inscrita em