UFAL 2011
45 Questões
TEXTO
Entrevista com Evanildo Bechara
Jornalista. É fato que o português está sendo invadido por expressões inglesas ou americanizadas – como background, playground, delivery, fastfood, dowload... Isso o preocupa?
Bechara. Não. É preciso diferenciar língua e cultura. O sistema da língua não sofre nada com a introdução de termos estrangeiros. Pelo contrário, quando esses termos entram no sistema têm de se submeter às regras de funcionamento da língua, no caso, o português. Um exemplo: nós recebemos a palavra xerox. Ao entrar na língua, ela acabou por se submeter a uma série de normas. Daí surgiram xerocar, xerocopiar, xerografar, enfim, nasceu uma constelação de palavras dentro do sistema da língua portuguesa.
Jornalista. Então esse processo não é ruim?
Bechara. É até enriquecedor, pois incorpora palavras. Não há língua que tenha seu léxico livre dos estrangeirismos. A língua que mais os recebe, curiosamente, é o inglês, por ser um idioma voltado para o mundo.
Hoje, fala-se “delivery”, mas poderíamos dizer “entrega a domicílio”. E há quem diga que o correto é “entrega em domicílio”. Será? Na dúvida, há quem fique com o “delivery”.
A palavra inglesa delivery não chegou a entrar nos sistemas da nossa língua, pois dela não resultam outras palavras. Apenas entrou no vocabulário do dia a dia no contexto dos alimentos. Agora deram de falar que “entrega em domicílio” é melhor do que “entrega a domicílio”. Não sei de onde isso saiu, porque o verbo entregar normalmente se constrói com a preposição a. Fulano entregou a alma a Deus. De qualquer modo, a língua se enriquece quando você tem dois modos de dizer a mesma coisa.
Jornalista. E por que usar “delivery”, se temos uma expressão própria em português? Não é mais um badulaque desnecessário?
Bechara. Não sei se é badulaque, o fato é que a língua, que não tem vida independente, também admite modismos, além de refletir todas as qualidades e os defeitos do povo que a fala. Estrangeirismos aparecem, somem e podem ser substituídos por termos nossos. Foi o que aconteceu com a terminologia clássica e introdutória do futebol no Brasil, quando se falava em goalkeeper, off side e corner. Com a passar do tempo, e sem nenhuma atitude controladora, os termos estrangeiros do futebol foram dando lugar a expressões feitas no Brasil, como goleiro, impedimento, escanteio.
(Entrevista de Evanildo Bechara. Disponível em http.//www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=. Acesso em 30 de março de 2008. Adaptado).
Considerando alguns aspectos que, globalmente, caracterizam o Texto, analise as seguintes observações.
1) No texto predomina a função referencial, uma função centrada no contexto de produção e de circulação do texto.
2) Do ponto de vista da tipologia textual, podemos reconhecer no Texto um exemplar dos textos narrativos.
3) Por se tratar de uma entrevista, o texto apresenta, entre outras, formulações próprias do diálogo oral.
4) O fato de não se tratar de um texto literário leva a que o entrevistado não use palavras em sentido figurado.
5) O professor entrevistado apresenta seus argumentos, mas se omite quanto à apresentação de exemplos que pudessem reforçá-los.
Estão corretas:
TEXTO
Entrevista com Evanildo Bechara
Jornalista. É fato que o português está sendo invadido por expressões inglesas ou americanizadas – como background, playground, delivery, fastfood, dowload... Isso o preocupa?
Bechara. Não. É preciso diferenciar língua e cultura. O sistema da língua não sofre nada com a introdução de termos estrangeiros. Pelo contrário, quando esses termos entram no sistema têm de se submeter às regras de funcionamento da língua, no caso, o português. Um exemplo: nós recebemos a palavra xerox. Ao entrar na língua, ela acabou por se submeter a uma série de normas. Daí surgiram xerocar, xerocopiar, xerografar, enfim, nasceu uma constelação de palavras dentro do sistema da língua portuguesa.
Jornalista. Então esse processo não é ruim?
Bechara. É até enriquecedor, pois incorpora palavras. Não há língua que tenha seu léxico livre dos estrangeirismos. A língua que mais os recebe, curiosamente, é o inglês, por ser um idioma voltado para o mundo.
Hoje, fala-se “delivery”, mas poderíamos dizer “entrega a domicílio”. E há quem diga que o correto é “entrega em domicílio”. Será? Na dúvida, há quem fique com o “delivery”.
A palavra inglesa delivery não chegou a entrar nos sistemas da nossa língua, pois dela não resultam outras palavras. Apenas entrou no vocabulário do dia a dia no contexto dos alimentos. Agora deram de falar que “entrega em domicílio” é melhor do que “entrega a domicílio”. Não sei de onde isso saiu, porque o verbo entregar normalmente se constrói com a preposição a. Fulano entregou a alma a Deus. De qualquer modo, a língua se enriquece quando você tem dois modos de dizer a mesma coisa.
Jornalista. E por que usar “delivery”, se temos uma expressão própria em português? Não é mais um badulaque desnecessário?
Bechara. Não sei se é badulaque, o fato é que a língua, que não tem vida independente, também admite modismos, além de refletir todas as qualidades e os defeitos do povo que a fala. Estrangeirismos aparecem, somem e podem ser substituídos por termos nossos. Foi o que aconteceu com a terminologia clássica e introdutória do futebol no Brasil, quando se falava em goalkeeper, off side e corner. Com a passar do tempo, e sem nenhuma atitude controladora, os termos estrangeiros do futebol foram dando lugar a expressões feitas no Brasil, como goleiro, impedimento, escanteio.
(Entrevista de Evanildo Bechara. Disponível em http.//www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=. Acesso em 30 de março de 2008. Adaptado).
A compreensão global do Texto – que resulta da articulação entre os elementos contextuais e o material linguístico presente – nos leva a reconhecer como afirmações principais do texto as seguintes:
1) “o português está sendo invadido por expressões inglesas ou americanizadas”.
2) “Não há língua que tenha seu léxico livre dos estrangeirismos”.
3) “a língua se enriquece quando você tem dois modos de dizer a mesma coisa”.
4) “O sistema da língua não sofre nada com a introdução de termos estrangeiros”.
5) “os termos estrangeiros do futebol foram dando lugar a expressões feitas no Brasil”.
Estão corretas:
TEXTO
Entrevista com Evanildo Bechara
Jornalista. É fato que o português está sendo invadido por expressões inglesas ou americanizadas – como background, playground, delivery, fastfood, dowload... Isso o preocupa?
Bechara. Não. É preciso diferenciar língua e cultura. O sistema da língua não sofre nada com a introdução de termos estrangeiros. Pelo contrário, quando esses termos entram no sistema têm de se submeter às regras de funcionamento da língua, no caso, o português. Um exemplo: nós recebemos a palavra xerox. Ao entrar na língua, ela acabou por se submeter a uma série de normas. Daí surgiram xerocar, xerocopiar, xerografar, enfim, nasceu uma constelação de palavras dentro do sistema da língua portuguesa.
Jornalista. Então esse processo não é ruim?
Bechara. É até enriquecedor, pois incorpora palavras. Não há língua que tenha seu léxico livre dos estrangeirismos. A língua que mais os recebe, curiosamente, é o inglês, por ser um idioma voltado para o mundo.
Hoje, fala-se “delivery”, mas poderíamos dizer “entrega a domicílio”. E há quem diga que o correto é “entrega em domicílio”. Será? Na dúvida, há quem fique com o “delivery”.
A palavra inglesa delivery não chegou a entrar nos sistemas da nossa língua, pois dela não resultam outras palavras. Apenas entrou no vocabulário do dia a dia no contexto dos alimentos. Agora deram de falar que “entrega em domicílio” é melhor do que “entrega a domicílio”. Não sei de onde isso saiu, porque o verbo entregar normalmente se constrói com a preposição a. Fulano entregou a alma a Deus. De qualquer modo, a língua se enriquece quando você tem dois modos de dizer a mesma coisa.
Jornalista. E por que usar “delivery”, se temos uma expressão própria em português? Não é mais um badulaque desnecessário?
Bechara. Não sei se é badulaque, o fato é que a língua, que não tem vida independente, também admite modismos, além de refletir todas as qualidades e os defeitos do povo que a fala. Estrangeirismos aparecem, somem e podem ser substituídos por termos nossos. Foi o que aconteceu com a terminologia clássica e introdutória do futebol no Brasil, quando se falava em goalkeeper, off side e corner. Com a passar do tempo, e sem nenhuma atitude controladora, os termos estrangeiros do futebol foram dando lugar a expressões feitas no Brasil, como goleiro, impedimento, escanteio.
(Entrevista de Evanildo Bechara. Disponível em http.//www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=. Acesso em 30 de março de 2008. Adaptado).
Segundo o texto, a entrada na língua de palavras estrangeiras:
TEXTO
Entrevista com Evanildo Bechara
Jornalista. É fato que o português está sendo invadido por expressões inglesas ou americanizadas – como background, playground, delivery, fastfood, dowload... Isso o preocupa?
Bechara. Não. É preciso diferenciar língua e cultura. O sistema da língua não sofre nada com a introdução de termos estrangeiros. Pelo contrário, quando esses termos entram no sistema têm de se submeter às regras de funcionamento da língua, no caso, o português. Um exemplo: nós recebemos a palavra xerox. Ao entrar na língua, ela acabou por se submeter a uma série de normas. Daí surgiram xerocar, xerocopiar, xerografar, enfim, nasceu uma constelação de palavras dentro do sistema da língua portuguesa.
Jornalista. Então esse processo não é ruim?
Bechara. É até enriquecedor, pois incorpora palavras. Não há língua que tenha seu léxico livre dos estrangeirismos. A língua que mais os recebe, curiosamente, é o inglês, por ser um idioma voltado para o mundo.
Hoje, fala-se “delivery”, mas poderíamos dizer “entrega a domicílio”. E há quem diga que o correto é “entrega em domicílio”. Será? Na dúvida, há quem fique com o “delivery”.
A palavra inglesa delivery não chegou a entrar nos sistemas da nossa língua, pois dela não resultam outras palavras. Apenas entrou no vocabulário do dia a dia no contexto dos alimentos. Agora deram de falar que “entrega em domicílio” é melhor do que “entrega a domicílio”. Não sei de onde isso saiu, porque o verbo entregar normalmente se constrói com a preposição a. Fulano entregou a alma a Deus. De qualquer modo, a língua se enriquece quando você tem dois modos de dizer a mesma coisa.
Jornalista. E por que usar “delivery”, se temos uma expressão própria em português? Não é mais um badulaque desnecessário?
Bechara. Não sei se é badulaque, o fato é que a língua, que não tem vida independente, também admite modismos, além de refletir todas as qualidades e os defeitos do povo que a fala. Estrangeirismos aparecem, somem e podem ser substituídos por termos nossos. Foi o que aconteceu com a terminologia clássica e introdutória do futebol no Brasil, quando se falava em goalkeeper, off side e corner. Com a passar do tempo, e sem nenhuma atitude controladora, os termos estrangeiros do futebol foram dando lugar a expressões feitas no Brasil, como goleiro, impedimento, escanteio.
(Entrevista de Evanildo Bechara. Disponível em http.//www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=. Acesso em 30 de março de 2008. Adaptado).
Com base na coerência linguística requerida para os enunciados seguintes, identifique aquele em que as observações feitas entre parênteses estão corretas.
1) Ao entrar na língua, ela acabou por se submeter a uma série de normas. (O segmento sublinhado expressa um sentido de causalidade).
2) A língua que mais recebe os estrangeirismos, curiosamente, é o inglês, por ser um idioma voltado para o mundo. (O segmento em destaque exprime um sentido de causalidade).
3) A palavra inglesa delivery não chegou a entrar nos sistemas da nossa língua, pois dela não resultam outras palavras. (O segmento sublinhado estabelece com o outro anterior uma relação de explicação).
4) a língua, que não tem vida independente, também admite modismos. (O segmento entre vírgulas corresponde a uma oração restritiva. Por isso, o uso das vírgulas).
5) Estrangeirismos aparecem, somem e podem ser substituídos por termos nossos. (O segmento sublinhado apresenta uma adição de informações).
Estão corretas:
TEXTO
Entrevista com Evanildo Bechara
Jornalista. É fato que o português está sendo invadido por expressões inglesas ou americanizadas – como background, playground, delivery, fastfood, dowload... Isso o preocupa?
Bechara. Não. É preciso diferenciar língua e cultura. O sistema da língua não sofre nada com a introdução de termos estrangeiros. Pelo contrário, quando esses termos entram no sistema têm de se submeter às regras de funcionamento da língua, no caso, o português. Um exemplo: nós recebemos a palavra xerox. Ao entrar na língua, ela acabou por se submeter a uma série de normas. Daí surgiram xerocar, xerocopiar, xerografar, enfim, nasceu uma constelação de palavras dentro do sistema da língua portuguesa.
Jornalista. Então esse processo não é ruim?
Bechara. É até enriquecedor, pois incorpora palavras. Não há língua que tenha seu léxico livre dos estrangeirismos. A língua que mais os recebe, curiosamente, é o inglês, por ser um idioma voltado para o mundo.
Hoje, fala-se “delivery”, mas poderíamos dizer “entrega a domicílio”. E há quem diga que o correto é “entrega em domicílio”. Será? Na dúvida, há quem fique com o “delivery”.
A palavra inglesa delivery não chegou a entrar nos sistemas da nossa língua, pois dela não resultam outras palavras. Apenas entrou no vocabulário do dia a dia no contexto dos alimentos. Agora deram de falar que “entrega em domicílio” é melhor do que “entrega a domicílio”. Não sei de onde isso saiu, porque o verbo entregar normalmente se constrói com a preposição a. Fulano entregou a alma a Deus. De qualquer modo, a língua se enriquece quando você tem dois modos de dizer a mesma coisa.
Jornalista. E por que usar “delivery”, se temos uma expressão própria em português? Não é mais um badulaque desnecessário?
Bechara. Não sei se é badulaque, o fato é que a língua, que não tem vida independente, também admite modismos, além de refletir todas as qualidades e os defeitos do povo que a fala. Estrangeirismos aparecem, somem e podem ser substituídos por termos nossos. Foi o que aconteceu com a terminologia clássica e introdutória do futebol no Brasil, quando se falava em goalkeeper, off side e corner. Com a passar do tempo, e sem nenhuma atitude controladora, os termos estrangeiros do futebol foram dando lugar a expressões feitas no Brasil, como goleiro, impedimento, escanteio.
(Entrevista de Evanildo Bechara. Disponível em http.//www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=. Acesso em 30 de março de 2008. Adaptado).
As normas da concordância verbal e nominal são prestigiadas socialmente quanto ao desempenho comunicativo das pessoas.
Segundo tais normas, a alternativa inteiramente correta é:
Associe aos gráficos a seguir, enumerados de 1 a 4, as funções correspondentes, que têm como domínio e contradomínio o conjunto dos números reais, e assinale a sequência obtida, de cima para baixo.
( )
( )
( )
( )
A sequência correta é: