Unit-AL 2020 Medicina 1° Dia
65 Questões
TEXTO
A formação exclusivamente técnica e a
hierarquia da relação médico-paciente ficaram para
trás. A crescente disseminação do conhecimento e a
importância do respeito à autonomia do paciente
[5] passaram a surgir como fatores principais na
estruturação da prática de saúde. O acesso à
informação transforma o paciente em um desafio
para o médico. Perdeu-se a relação de subversão e
do figural paterno, necessitando-se de novos meios,
[10] para criação de uma relação médico-paciente eficaz.
O papel do médico no século XXI está relacionado
a uma atuação intersetorial. Considerando-se o
panorama da medicina atual, o profissional médico
necessita ser consciente de suas potencialidades,
[15] detentor de conhecimento tecnológico e biológico,
ciente da importância de figurar nas várias instâncias
gestoras e decisórias na macro e micropolítica social,
bem como assumir papéis de cuidador, comunicador
e educador na prática cotidiana.
[20] A eficiência dos resultados passa a depender
não apenas da técnica e da experiência, mas de
um entendimento pleno entre o doente e o médico,
valorizando não somente o restabelecimento da
saúde física e mental, mas o encaixe social de
[25] ambos dentro de suas funções.
Outro fator contribuinte para esse processo é
a alteração do centro do cuidado em estratégicas
de promoção e prevenção de saúde, não mais
apenas curativas, mas de presença de médico de
[30] família no contexto social local, na possibilidade de
transformação dos processos de adoecimento e de
assistência à saúde.
Somados aos fatores técnicos, outro problema
perceptível é que a quebra ou a relação médico35
[35] paciente mal estruturada implicará resultados
terapêuticos diferentes. Entre os fatores que
contribuem para o processo de desgaste da
profissão médica, podem ser citados a criminalização
do ato médico, a “judicialização da medicina”, o
[40] sensacionalismo dos meios de comunicação, a livre
opinião nas redes sociais, os precários sistemas
de saúde, os defeitos na formação acadêmica e a má
prática de alguns profissionais. A criminalização do
ato médico, ou seja, a possibilidade de o paciente,
[45] ao se sentir insatisfeito com determinada conduta
ou complicação em seu tratamento, denunciar o
profissional em decorrência daquilo que identifica
como erro médico, muitas vezes, errônea e de máfé.
A isso, associa-se o processo de “judicialização”,
[50] em que possíveis erros ou insatisfações se tornem
processos jurídicos com cunho não apenas moral,
mas financeiro. O sensacionalismo, antes mesmo
do julgamento, realizado pela mídia, contribui para a
difamação não apenas de determinado profissional,
[55] mas com ampliação para toda a classe. Isso se
verifica também em redes sociais, quando cada
paciente se sente no direito de expressar sua opinião,
de maneira leviana. Por fim, a dificuldade de abordar
esses fatores durante a graduação médica, aliados
[60] à deficiência de alguns profissionais, acaba por dar
voz ao processo de desgaste da figura do médico.
O médico da atualidade deve estar consciente
da sua vulnerabilidade e do papel dinâmico que
apresenta na sociedade atual. Devem entender
[65] que são agentes positivos de mudança em qualquer
situação, imbuídos dos elementos potenciais que
lhe são prerrogativas, transformando dor em alívio,
sofrimento em consolo, doença em reparação,
limitação em reabilitação, iniquidade em justiça,
[70] injustiça em acerto, ausência em presença
fraterna, dúvida em verdade. O médico transforma
a sociedade quando faz de seus papéis atos de
mudança positiva, individual e coletiva.
Paralelamente, a demanda complexa de
[75] práxis cotidiana da medicina, de pressões políticas,
mercadológicas e classistas, de condições de trabalho
e de remuneração, a inadequada formação dos
médicos nos cursos de graduação e a inabilidade ou
a falta de recursos pessoais e subjetivos podem gerar
[80] situação de adoecimento ao profissional, impedindo-o
de exercer a contento seu papel de transformador
social.
SOUZA, Rodrigo Diego de et al. O papel do médico na visão da sociedade do século XXI: o que realmente importa ao paciente? Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2019. Adaptado.
De acordo com o artigo, o exercício da medicina, embora enaltecedor e mítico, apresenta-se mais vulnerável que as demais profissões, por variados motivos, excetuando-se uma
TEXTO
A formação exclusivamente técnica e a
hierarquia da relação médico-paciente ficaram para
trás. A crescente disseminação do conhecimento e a
importância do respeito à autonomia do paciente
[5] passaram a surgir como fatores principais na
estruturação da prática de saúde. O acesso à
informação transforma o paciente em um desafio
para o médico. Perdeu-se a relação de subversão e
do figural paterno, necessitando-se de novos meios,
[10] para criação de uma relação médico-paciente eficaz.
O papel do médico no século XXI está relacionado
a uma atuação intersetorial. Considerando-se o
panorama da medicina atual, o profissional médico
necessita ser consciente de suas potencialidades,
[15] detentor de conhecimento tecnológico e biológico,
ciente da importância de figurar nas várias instâncias
gestoras e decisórias na macro e micropolítica social,
bem como assumir papéis de cuidador, comunicador
e educador na prática cotidiana.
[20] A eficiência dos resultados passa a depender
não apenas da técnica e da experiência, mas de
um entendimento pleno entre o doente e o médico,
valorizando não somente o restabelecimento da
saúde física e mental, mas o encaixe social de
[25] ambos dentro de suas funções.
Outro fator contribuinte para esse processo é
a alteração do centro do cuidado em estratégicas
de promoção e prevenção de saúde, não mais
apenas curativas, mas de presença de médico de
[30] família no contexto social local, na possibilidade de
transformação dos processos de adoecimento e de
assistência à saúde.
Somados aos fatores técnicos, outro problema
perceptível é que a quebra ou a relação médico35
[35] paciente mal estruturada implicará resultados
terapêuticos diferentes. Entre os fatores que
contribuem para o processo de desgaste da
profissão médica, podem ser citados a criminalização
do ato médico, a “judicialização da medicina”, o
[40] sensacionalismo dos meios de comunicação, a livre
opinião nas redes sociais, os precários sistemas
de saúde, os defeitos na formação acadêmica e a má
prática de alguns profissionais. A criminalização do
ato médico, ou seja, a possibilidade de o paciente,
[45] ao se sentir insatisfeito com determinada conduta
ou complicação em seu tratamento, denunciar o
profissional em decorrência daquilo que identifica
como erro médico, muitas vezes, errônea e de máfé.
A isso, associa-se o processo de “judicialização”,
[50] em que possíveis erros ou insatisfações se tornem
processos jurídicos com cunho não apenas moral,
mas financeiro. O sensacionalismo, antes mesmo
do julgamento, realizado pela mídia, contribui para a
difamação não apenas de determinado profissional,
[55] mas com ampliação para toda a classe. Isso se
verifica também em redes sociais, quando cada
paciente se sente no direito de expressar sua opinião,
de maneira leviana. Por fim, a dificuldade de abordar
esses fatores durante a graduação médica, aliados
[60] à deficiência de alguns profissionais, acaba por dar
voz ao processo de desgaste da figura do médico.
O médico da atualidade deve estar consciente
da sua vulnerabilidade e do papel dinâmico que
apresenta na sociedade atual. Devem entender
[65] que são agentes positivos de mudança em qualquer
situação, imbuídos dos elementos potenciais que
lhe são prerrogativas, transformando dor em alívio,
sofrimento em consolo, doença em reparação,
limitação em reabilitação, iniquidade em justiça,
[70] injustiça em acerto, ausência em presença
fraterna, dúvida em verdade. O médico transforma
a sociedade quando faz de seus papéis atos de
mudança positiva, individual e coletiva.
Paralelamente, a demanda complexa de
[75] práxis cotidiana da medicina, de pressões políticas,
mercadológicas e classistas, de condições de trabalho
e de remuneração, a inadequada formação dos
médicos nos cursos de graduação e a inabilidade ou
a falta de recursos pessoais e subjetivos podem gerar
[80] situação de adoecimento ao profissional, impedindo-o
de exercer a contento seu papel de transformador
social.
SOUZA, Rodrigo Diego de et al. O papel do médico na visão da sociedade do século XXI: o que realmente importa ao paciente? Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2019. Adaptado.
Considerando-se as informações do segundo parágrafo, é uma assertiva o que se afirma em
TEXTO
A formação exclusivamente técnica e a
hierarquia da relação médico-paciente ficaram para
trás. A crescente disseminação do conhecimento e a
importância do respeito à autonomia do paciente
[5] passaram a surgir como fatores principais na
estruturação da prática de saúde. O acesso à
informação transforma o paciente em um desafio
para o médico. Perdeu-se a relação de subversão e
do figural paterno, necessitando-se de novos meios,
[10] para criação de uma relação médico-paciente eficaz.
O papel do médico no século XXI está relacionado
a uma atuação intersetorial. Considerando-se o
panorama da medicina atual, o profissional médico
necessita ser consciente de suas potencialidades,
[15] detentor de conhecimento tecnológico e biológico,
ciente da importância de figurar nas várias instâncias
gestoras e decisórias na macro e micropolítica social,
bem como assumir papéis de cuidador, comunicador
e educador na prática cotidiana.
[20] A eficiência dos resultados passa a depender
não apenas da técnica e da experiência, mas de
um entendimento pleno entre o doente e o médico,
valorizando não somente o restabelecimento da
saúde física e mental, mas o encaixe social de
[25] ambos dentro de suas funções.
Outro fator contribuinte para esse processo é
a alteração do centro do cuidado em estratégicas
de promoção e prevenção de saúde, não mais
apenas curativas, mas de presença de médico de
[30] família no contexto social local, na possibilidade de
transformação dos processos de adoecimento e de
assistência à saúde.
Somados aos fatores técnicos, outro problema
perceptível é que a quebra ou a relação médico35
[35] paciente mal estruturada implicará resultados
terapêuticos diferentes. Entre os fatores que
contribuem para o processo de desgaste da
profissão médica, podem ser citados a criminalização
do ato médico, a “judicialização da medicina”, o
[40] sensacionalismo dos meios de comunicação, a livre
opinião nas redes sociais, os precários sistemas
de saúde, os defeitos na formação acadêmica e a má
prática de alguns profissionais. A criminalização do
ato médico, ou seja, a possibilidade de o paciente,
[45] ao se sentir insatisfeito com determinada conduta
ou complicação em seu tratamento, denunciar o
profissional em decorrência daquilo que identifica
como erro médico, muitas vezes, errônea e de máfé.
A isso, associa-se o processo de “judicialização”,
[50] em que possíveis erros ou insatisfações se tornem
processos jurídicos com cunho não apenas moral,
mas financeiro. O sensacionalismo, antes mesmo
do julgamento, realizado pela mídia, contribui para a
difamação não apenas de determinado profissional,
[55] mas com ampliação para toda a classe. Isso se
verifica também em redes sociais, quando cada
paciente se sente no direito de expressar sua opinião,
de maneira leviana. Por fim, a dificuldade de abordar
esses fatores durante a graduação médica, aliados
[60] à deficiência de alguns profissionais, acaba por dar
voz ao processo de desgaste da figura do médico.
O médico da atualidade deve estar consciente
da sua vulnerabilidade e do papel dinâmico que
apresenta na sociedade atual. Devem entender
[65] que são agentes positivos de mudança em qualquer
situação, imbuídos dos elementos potenciais que
lhe são prerrogativas, transformando dor em alívio,
sofrimento em consolo, doença em reparação,
limitação em reabilitação, iniquidade em justiça,
[70] injustiça em acerto, ausência em presença
fraterna, dúvida em verdade. O médico transforma
a sociedade quando faz de seus papéis atos de
mudança positiva, individual e coletiva.
Paralelamente, a demanda complexa de
[75] práxis cotidiana da medicina, de pressões políticas,
mercadológicas e classistas, de condições de trabalho
e de remuneração, a inadequada formação dos
médicos nos cursos de graduação e a inabilidade ou
a falta de recursos pessoais e subjetivos podem gerar
[80] situação de adoecimento ao profissional, impedindo-o
de exercer a contento seu papel de transformador
social.
SOUZA, Rodrigo Diego de et al. O papel do médico na visão da sociedade do século XXI: o que realmente importa ao paciente? Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2019. Adaptado.
Uma das estratégias de bem-estar e saúde da Medicina neste século é a presença do médico de família.
A inserção desse profissional na estrutura de atendimento tem como propósito maior
TEXTO
A formação exclusivamente técnica e a
hierarquia da relação médico-paciente ficaram para
trás. A crescente disseminação do conhecimento e a
importância do respeito à autonomia do paciente
[5] passaram a surgir como fatores principais na
estruturação da prática de saúde. O acesso à
informação transforma o paciente em um desafio
para o médico. Perdeu-se a relação de subversão e
do figural paterno, necessitando-se de novos meios,
[10] para criação de uma relação médico-paciente eficaz.
O papel do médico no século XXI está relacionado
a uma atuação intersetorial. Considerando-se o
panorama da medicina atual, o profissional médico
necessita ser consciente de suas potencialidades,
[15] detentor de conhecimento tecnológico e biológico,
ciente da importância de figurar nas várias instâncias
gestoras e decisórias na macro e micropolítica social,
bem como assumir papéis de cuidador, comunicador
e educador na prática cotidiana.
[20] A eficiência dos resultados passa a depender
não apenas da técnica e da experiência, mas de
um entendimento pleno entre o doente e o médico,
valorizando não somente o restabelecimento da
saúde física e mental, mas o encaixe social de
[25] ambos dentro de suas funções.
Outro fator contribuinte para esse processo é
a alteração do centro do cuidado em estratégicas
de promoção e prevenção de saúde, não mais
apenas curativas, mas de presença de médico de
[30] família no contexto social local, na possibilidade de
transformação dos processos de adoecimento e de
assistência à saúde.
Somados aos fatores técnicos, outro problema
perceptível é que a quebra ou a relação médico35
[35] paciente mal estruturada implicará resultados
terapêuticos diferentes. Entre os fatores que
contribuem para o processo de desgaste da
profissão médica, podem ser citados a criminalização
do ato médico, a “judicialização da medicina”, o
[40] sensacionalismo dos meios de comunicação, a livre
opinião nas redes sociais, os precários sistemas
de saúde, os defeitos na formação acadêmica e a má
prática de alguns profissionais. A criminalização do
ato médico, ou seja, a possibilidade de o paciente,
[45] ao se sentir insatisfeito com determinada conduta
ou complicação em seu tratamento, denunciar o
profissional em decorrência daquilo que identifica
como erro médico, muitas vezes, errônea e de máfé.
A isso, associa-se o processo de “judicialização”,
[50] em que possíveis erros ou insatisfações se tornem
processos jurídicos com cunho não apenas moral,
mas financeiro. O sensacionalismo, antes mesmo
do julgamento, realizado pela mídia, contribui para a
difamação não apenas de determinado profissional,
[55] mas com ampliação para toda a classe. Isso se
verifica também em redes sociais, quando cada
paciente se sente no direito de expressar sua opinião,
de maneira leviana. Por fim, a dificuldade de abordar
esses fatores durante a graduação médica, aliados
[60] à deficiência de alguns profissionais, acaba por dar
voz ao processo de desgaste da figura do médico.
O médico da atualidade deve estar consciente
da sua vulnerabilidade e do papel dinâmico que
apresenta na sociedade atual. Devem entender
[65] que são agentes positivos de mudança em qualquer
situação, imbuídos dos elementos potenciais que
lhe são prerrogativas, transformando dor em alívio,
sofrimento em consolo, doença em reparação,
limitação em reabilitação, iniquidade em justiça,
[70] injustiça em acerto, ausência em presença
fraterna, dúvida em verdade. O médico transforma
a sociedade quando faz de seus papéis atos de
mudança positiva, individual e coletiva.
Paralelamente, a demanda complexa de
[75] práxis cotidiana da medicina, de pressões políticas,
mercadológicas e classistas, de condições de trabalho
e de remuneração, a inadequada formação dos
médicos nos cursos de graduação e a inabilidade ou
a falta de recursos pessoais e subjetivos podem gerar
[80] situação de adoecimento ao profissional, impedindo-o
de exercer a contento seu papel de transformador
social.
SOUZA, Rodrigo Diego de et al. O papel do médico na visão da sociedade do século XXI: o que realmente importa ao paciente? Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2019. Adaptado.
O conector ‘que’, nas orações a seguir, exerce função diferenciada dos demais em
TEXTO
A formação exclusivamente técnica e a
hierarquia da relação médico-paciente ficaram para
trás. A crescente disseminação do conhecimento e a
importância do respeito à autonomia do paciente
[5] passaram a surgir como fatores principais na
estruturação da prática de saúde. O acesso à
informação transforma o paciente em um desafio
para o médico. Perdeu-se a relação de subversão e
do figural paterno, necessitando-se de novos meios,
[10] para criação de uma relação médico-paciente eficaz.
O papel do médico no século XXI está relacionado
a uma atuação intersetorial. Considerando-se o
panorama da medicina atual, o profissional médico
necessita ser consciente de suas potencialidades,
[15] detentor de conhecimento tecnológico e biológico,
ciente da importância de figurar nas várias instâncias
gestoras e decisórias na macro e micropolítica social,
bem como assumir papéis de cuidador, comunicador
e educador na prática cotidiana.
[20] A eficiência dos resultados passa a depender
não apenas da técnica e da experiência, mas de
um entendimento pleno entre o doente e o médico,
valorizando não somente o restabelecimento da
saúde física e mental, mas o encaixe social de
[25] ambos dentro de suas funções.
Outro fator contribuinte para esse processo é
a alteração do centro do cuidado em estratégicas
de promoção e prevenção de saúde, não mais
apenas curativas, mas de presença de médico de
[30] família no contexto social local, na possibilidade de
transformação dos processos de adoecimento e de
assistência à saúde.
Somados aos fatores técnicos, outro problema
perceptível é que a quebra ou a relação médico35
[35] paciente mal estruturada implicará resultados
terapêuticos diferentes. Entre os fatores que
contribuem para o processo de desgaste da
profissão médica, podem ser citados a criminalização
do ato médico, a “judicialização da medicina”, o
[40] sensacionalismo dos meios de comunicação, a livre
opinião nas redes sociais, os precários sistemas
de saúde, os defeitos na formação acadêmica e a má
prática de alguns profissionais. A criminalização do
ato médico, ou seja, a possibilidade de o paciente,
[45] ao se sentir insatisfeito com determinada conduta
ou complicação em seu tratamento, denunciar o
profissional em decorrência daquilo que identifica
como erro médico, muitas vezes, errônea e de máfé.
A isso, associa-se o processo de “judicialização”,
[50] em que possíveis erros ou insatisfações se tornem
processos jurídicos com cunho não apenas moral,
mas financeiro. O sensacionalismo, antes mesmo
do julgamento, realizado pela mídia, contribui para a
difamação não apenas de determinado profissional,
[55] mas com ampliação para toda a classe. Isso se
verifica também em redes sociais, quando cada
paciente se sente no direito de expressar sua opinião,
de maneira leviana. Por fim, a dificuldade de abordar
esses fatores durante a graduação médica, aliados
[60] à deficiência de alguns profissionais, acaba por dar
voz ao processo de desgaste da figura do médico.
O médico da atualidade deve estar consciente
da sua vulnerabilidade e do papel dinâmico que
apresenta na sociedade atual. Devem entender
[65] que são agentes positivos de mudança em qualquer
situação, imbuídos dos elementos potenciais que
lhe são prerrogativas, transformando dor em alívio,
sofrimento em consolo, doença em reparação,
limitação em reabilitação, iniquidade em justiça,
[70] injustiça em acerto, ausência em presença
fraterna, dúvida em verdade. O médico transforma
a sociedade quando faz de seus papéis atos de
mudança positiva, individual e coletiva.
Paralelamente, a demanda complexa de
[75] práxis cotidiana da medicina, de pressões políticas,
mercadológicas e classistas, de condições de trabalho
e de remuneração, a inadequada formação dos
médicos nos cursos de graduação e a inabilidade ou
a falta de recursos pessoais e subjetivos podem gerar
[80] situação de adoecimento ao profissional, impedindo-o
de exercer a contento seu papel de transformador
social.
SOUZA, Rodrigo Diego de et al. O papel do médico na visão da sociedade do século XXI: o que realmente importa ao paciente? Disponível em: . Acesso em: 13 nov. 2019. Adaptado.
TEXTO:
Estabelecendo-se um diálogo entre o conteúdo que a charge veicula e o texto em questão, a passagem destacada é uma proposição ao que se afirma em
TEXTO:
Analisando-se os aspectos linguísticos da fala do médico, é correto afirmar: