Questões de Filosofia - Filosofia antiga - Sócrates
Não tinha outra filosofia. Nem eu. Não digo que a Universidade me não tivesse ensinado alguma; mas eu decorei-lhe só as fórmulas, o vocabulário, o esqueleto. Tratei-a como tratei o latim; embolsei três versos de Virgílio, dois de Horácio, uma dúzia de locuções morais e políticas, para as despesas da conversação. Tratei-os como tratei a história e a jurisprudência. Colhi de todas as cousas a fraseologia, a casca, a ornamentação.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
A descrição crítica do personagem de Machado de Assis assemelha-se às características dos sofistas, contestados pelos filósofos gregos da Antiguidade, porque se mostra alinhada à
A obra Teeteto é famosa por ser aquela em que Sócrates se apresenta como parteiro de ideias e por investigar o que é o conhecimento. Uma das definições de conhecimento oferecida no diálogo é aquela segundo a qual o conhecimento é opinião (doxa) verdadeira, sendo esta uma crença que está em conformidade com o modo como a realidade acontece. Sócrates, entretanto, apresenta a seguinte objeção a essa definição:
Sócrates. – Estás então a dizer que persuadir é fazer com que alguém opine?
Teeteto. – Sem dúvida.
Sócrates. – Então, quando os juízes foram justamente persuadidos acerca de assuntos dos quais apenas pode saber aquele que viu e não outro, nesse momento, ao decidir sobre esses assuntos por ouvir dizer e ao adquirir uma opinião verdadeira, ainda que tenham sido corretamente persuadidos, tomaram a sua decisão, sem saber se na realidade julgaram bem, não? [201a].
PLATÃO. Teeteto. 3. ed. Trad. Adriana Manuela Nogueira e Marcelo Boeri. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. p. 302. (Fragmento).
Marque a alternativa que descreve corretamente a objeção apontada por Sócrates no trecho citado.
A obra Teeteto é famosa por ser aquela em que Sócrates se apresenta como parteiro de ideias e por investigar o que é o conhecimento. Uma das definições de conhecimento oferecida no diálogo é aquela segundo a qual o conhecimento é opinião (doxa) verdadeira, sendo esta uma crença que está em conformidade com o modo como a realidade acontece. Sócrates, entretanto, apresenta a seguinte objeção a essa definição:
Sócrates. – Estás então a dizer que persuadir é fazer com que alguém opine?
Teeteto. – Sem dúvida.
Sócrates. – Então, quando os juízes foram justamente persuadidos acerca de assuntos dos quais apenas pode saber aquele que viu e não outro, nesse momento, ao decidir sobre esses assuntos por ouvir dizer e ao adquirir uma opinião verdadeira, ainda que tenham sido corretamente persuadidos, tomaram a sua decisão, sem saber se na realidade julgaram bem, não? [201a].
PLATÃO. Teeteto. 3. ed. Trad. Adriana Manuela Nogueira e Marcelo Boeri. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. p. 302. (Fragmento).
Marque a alternativa que descreve corretamente a objeção apontada por Sócrates no trecho citado.
Observe a tirinha de Mafalda:
Com os Sofistas e com Sócrates, a filosofia passa também a se perguntar sobre as ações humanas. Além de problematizar os modos de vida, a filosofia também propunha, e ainda hoje propõe, modelos ou formas de agir no mundo e nas relações com os outros.
Assinale a alternativa que corresponde à área da filosofia responsável em discutir as ações humanas.
Advento da Polis, nascimento da filosofia: entre as duas ordens de fenômenos, os vínculos são demasiado estreitos para que o pensamento racional não apareça, em suas origens, solidário das estruturas sociais e "mentais próprias da cidade grega. Assim recolocada na “história, a filosofia despoja-se desse caráter de revelação absoluta que às vezes lhe foi atribuído, saudando, na jovem ciência dos jônios, a razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo. A escola de Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu uma Razão, uma primeira forma de racionalidade. Essa razão grega não é a razão experimental da ciência contemporânea.
VERNANT, JP. Origens do pensamento grego. Reo de Janeiro: Difel, 2002.
Os vínculos entre os fenômenos indicados no trecho “foram fortalecidos pelo surgimento de uma categoria de pensadores, a saber:
“Os grandes cientistas de Tales a Demócrito e Anaxágoras costumam ser descritos nos livros de história ou de filosofia como ‘pré-socráticos’, como se sua principal função fosse sustentar a fortaleza filosófica até o advento de Sócrates, Platão e Aristóteles, e talvez influenciá-los um pouco. Na verdade, os antigos jônios representam uma tradição diferente e bastante questionadora, muito mais compatível com a ciência moderna.”
SAGAN, Carl. A espinha dorsal da noite. In: Cosmos. Trad. bras. Paulo Seiger. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
É implícita a essa passagem de Carl Sagan (1934- 1996) acerca do surgimento e da história da filosofia grega a visão de que
Faça seu login GRÁTIS
Minhas Estatísticas Completas
Estude o conteúdo com a Duda
Estude com a Duda
Selecione um conteúdo para aprender mais: