Questões de Português - Gramática - Linguagem - Linguagem oral
Leia o texto para responder à questão.
Os povos africanos que foram trazidos pro Brasil trouxeram consigo suas tecnologias. E isso tá marcado já nas chegadas dos primeiros, lá no século XVI: eram povos que vinham de sociedades que já desenvolviam a pecuária, por exemplo, ou então sistemas agrícolas complexos. Nos engenhos, muitos africanos chegavam e já eram colocados como mestres-de-açúcar, que era a principal função na parte do beneficiamento do açúcar.
No ciclo do ouro, os exploradores eram basicamente catadores, encontrando aqui e ali as pepitas. Mas uma ferramenta trazida pelos africanos mudou esse jogo: a bateia, que servia pra tirar o ouro vindo no curso da água. Porque era uma atividade que eles já desempenhavam no continente africano, e que acabaram trazendo pra cá.
Tem um alemão, o Barão de Eschwege, ele fundou a primeira siderúrgica do Brasil, em 1812. E quem trabalhava, claro, eram os escravizados. E o Barão se apropriou de um instrumento trazido por esses africanos: o cadinho, que é um tipo de recipiente com formato de pote que é usado pra fundir metais. O alemão fez lá uma pequena adaptação no cadinho e isso potencializou a capacidade de produção dos fornos. Foi uma revolução tecnológica na época. Hoje, tem um monte de livro e de faculdade de Engenharia que homenageia o Barão. Dos africanos que ensinaram isso a ele, não se sabe nem o nome.
Projeto Querino, Transcrição do episódio 05: Os Piores Patrões.
https://tinyurl.com/yacpau7w%20Acesso%20em:%2028.10.2022.%20Adaptado.
O texto apresentado, levando em conta seu canal de divulgação e seu gênero, caracteriza-se pelo uso de
TEXTO
Sobre o TEXTO, analise as assertivas:
I. O texto é composto por linguagem verbal e não-verbal.
II. A vestimenta da personagem não tem relação com a linguagem utilizada por ela.
III. A vestimenta da personagem em cada quadrinho está relacionada à linguagem utilizada por ela.
Marque a alternativa correta.
Leia o trecho a seguir para responder à questão.
[...]
— Mãe, quem que leva nossa casa pra outra banda do rio no banhado, quem que leva? Pergunta assim!
A velha fez. Macunaíma pediu pra ela ficar com os olhos fechados e carregou todos os carregos, tudo, pro lugar em que estavam de já-hoje no mondongo imundado. Quando a velha abriu os olhos tudo estava no lugar de dantes, vizinhando com os tejupares de mano Maanape e de mano Jiguê com a linda Iriqui. E todos ficaram roncando de fome outra vez.
Então a velha teve uma raiva malvada. Carregou o herói na cintura e partiu. Atravessou o mato e chegou no capoeirão chamado Cafundó do Judas. Andou légua e meia nele, nem se enxergava mato mais, era um coberto plano apenas movimentado com o pulinho dos cajueiros.
Nem guaxe animava a solidão. A velha botou o curumim no campo onde ele podia crescer mais não e falou:
— Agora vossa mãe vai embora. Tu ficas perdido no coberto e podes crescer mais não.
Andrade, M. Macunaíma. Porto Alegre: L&PM, 2018
Em Macunaíma, Mário de Andrade inova nos padrões linguísticos, nos níveis lexical, morfológico e sintático, ao empregar a linguagem coloquial popular falada como marca de identidade nacional.
No trecho acima, essa brasilidade está presente no(a).
Com relação à história em quadrinhos apresentada e a aspectos a ela relacionados, julgue o item e assinale a opção correta.
As expressões “pra” e “todo trabalhado na fotossíntese” empregadas no segundo quadrinho são exemplos de uso da variedade informal da língua.
Leia os TEXTOS para responder à questão.
TEXTO 1
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
(...)
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
(...)
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
(...)
VANDRÉ, Geraldo. Pra não dizer que não falei das flores. Disponível em: . Acesso em: 25 maio 2019 (adaptado).
TEXTO 2
CAMINHANDO & CANTANDO
GOMES, Clara. Caminhando & Cantando. Disponível em:http://bichinhosdejardim.com/caminhandocantando/. Acesso em: 25 maio 2019 (adaptado).
Considerando questões de variação linguística, contexto e interlocução presentes nos TEXTOS 1 e 2, assinale a alternativa CORRETA.
Asa branca
Quando oiei a terra ardendo
Quá fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Pru farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus oios
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Qui eu vortarei, viu
Meu coração
GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Asa branca toada. São Paulo: RCA Victor, 1947.
Qual aspecto da identidade nordestina mais se destaca nessa canção gravada por Luiz Gonzaga”?
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