Questões de Sociologia - Movimentos Sociais - Movimento Feminista, LGBT e Negro
No texto a seguir, Djamila Ribeiro faz referências à constituição de um importante movimento político cultural de busca pela transformação da vida de parcela da sociedade:
No Brasil, o [...] teve início no século XIX com o que chamamos de primeira onda. Nela, que tem como grande nome Nísia Floresta, as reivindicações eram voltadas a assuntos como o direito ao voto e à vida pública. Assim, em 1922 nasceu a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que tinha como objetivo lutar pelo sufrágio feminino e pelo direito ao trabalho sem necessidade de autorização do marido.
A segunda onda teve início nos anos 1970, num momento de crise da democracia. Além de lutar pela valorização do trabalho da mulher, pelo direito ao prazer e contra a violência sexual, essa segunda geração combateu a ditadura militar. O primeiro grupo de que se tem notícia foi formado em 1972, sobretudo por professoras universitárias. Em 1975, [...] surgiu o jornal Brasil Mulher, que circulou até 1980, editado primeiramente no Paraná e depois transferido para a capital paulista.
Desde a década de 1970, militantes negras estadunidenses como Beverly Fisher denunciavam a invisibilidade das mulheres negras dentro da pauta de reivindicação do movimento. No Brasil, o feminismo negro começou a ganhar força no fim da mesma década e no começo da seguinte, lutando para que as mulheres negras fossem sujeitos políticos.
Na terceira onda, que teve início da década de 1990 e foi alavancada por Judith Butler, começou-se a discutir os paradigmas estabelecidos nos períodos anteriores, colocando-se em discussão a micropolítica.
Fonte: RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
O movimento ao qual a autora se refere pode ser denominado, genericamente, de:
Durante os anos 1950 e 1960, a conjuntura sociopolítica vivenciada pela população negra norte-americana, especialmente no sul dos Estados Unidos, resultou em grandes mobilizações sociais e no confronto direto com o aparelho repressor do Estado.
Nessa época, as reivindicações majoritárias objetivavam:
WAR (TRADUÇÃO)
GUERRA
Bob Marley
Até que a filosofia
Que entende uma raça como superior
E outra
Inferior
Seja final
E permanentemente
Desacreditada
E abandonada
Em todo lugar haverá guerra
(...)
Guerra
Até que o regime ignóbil e infeliz
Que aprisiona nossos irmãos na Angola
Em Moçambique
África do Sul
Em condições subumanas
Seja derrubado
Inteiramente destruído
Bem, em todo lugar haverá guerra
Eu disse guerra
Guerra no leste
Guerra no oeste
Guerra no norte
Guerra no sul
(...)
Guerra, guerra
Rumores de guerra
Até esse dia
O continente africano
Não conhecerá a paz
Nós africanos lutaremos
Achamos isso necessário
E sabemos que vamos vencer
Porque estamos confiantes
Na vitória
Do bem sobre o mal
Do bem sobre o mal, sim
Do bem sobre o mal
Do bem sobre o mal, sim
Disponível em: https://www.vagalume.com.br/bob-marley/war-traducao.html. Acesso em: 20 jun. 2020.
A canção, de 1976, reflete e reforça uma concepção viva em nossa memória acerca
O texto a seguir é referência para a questão.
No livro Mulheres, raça e classe, Angela Davis perfaz um caminho histórico e social da luta das mulheres nos Estados Unidos e como diferentes movimentos e campanhas possibilitaram a construção dos direitos e das pautas políticas de gênero naquele país. Numa das passagens da obra, em que aborda as campanhas pelo direito ao aborto, Davis afirma que “o controle de natalidade – escolha individual, métodos contraceptivos seguros, bem como abortos, quando necessário – é um pré-requisito fundamental para a emancipação das mulheres. [...] E se a campanha pelo direito ao aborto do início dos anos 1970 precisava ser lembrada de que mulheres de minorias étnicas queriam desesperadamente escapar dos charlatões de fundo de quintal, também deveria ter percebido que essas mesmas mulheres não estavam dispostas a expressar sentimentos pró-aborto. Elas eram a favor do direito ao aborto, o que não significava que fossem defensoras do aborto. Quando números tão grandes de mulheres negras e latinas recorrem a abortos, as histórias que relatam não são tanto sobre o desejo de ficar livres da gravidez, mas sobre as condições sociais miseráveis que as levam a desistir de trazer novas vidas ao mundo”.
(DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016, p. 219-220.)
Com base no texto, é correto concluir que:
As desigualdades sociais, étnicas e culturais existentes no Brasil fazem com que exista uma mobilização de grupos, exigindo atendimento às necessidades humanas básicas, garantia de direitos e de deveres iguais. O movimento negro, após anos de debate e de luta por seu reconhecimento e por sua história, passou a ter uma data, 20 de novembro, para que esse debate fosse realizado e para mostrar a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. Contudo, o movimento negro ainda possui algumas bandeiras e pautas para realizar.
Assinale a alternativa que contém somente reivindicações e pautas desse movimento.
Observe a imagem a seguir:
As principais reivindicações do movimento sociopolítico apontado pela imagem foram
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