Questões de Sociologia - Cultura - Diversidade Cultural / Antropologia - Identidade
O espaço urbano é onde proliferavam a pobreza e certa autonomia dos desqualificados sociais, bastante incômoda para as autoridades. Era justamente este o espaço social das mulheres pobres, livres, forras e escravizadas. Circulavam pelas fontes públicas, tanques, lavadouros, pontes, ruas e praças da cidade, onde era jogado o lixo das casas e o mato crescia a ponto de ocultar escravizados fugidos: o seu espaço social era justamente o ponto de interseção onde se alternavam e se sobrepunham as áreas de convívio das vizinhanças e dos forasteiros; a do fisco municipal e a do pequeno comércio clandestino; as margens da escravidão e do trabalho livre, o espaço do trabalho doméstico e o de sua extensão ou comercialização pelas ruas…
(Maria Odila Leite da Silva Dias. “Mulheres sem história”. In: Revista de História, 1983. Adaptado.)
Ao tratar de São Paulo do século XVIII, o excerto estabelece um paralelo entre a condição das mulheres no espaço urbano e
Observe as imagens. A da esquerda é intitulada “Plantas do Orquidário Moderno” (1845). A da direita intitula-se “Madame Professora” (1846).
(In: Peter Gay. A experiência burguesa da Rainha Vitória a Freud: a educação dos sentidos, 1988.)
As duas imagens referem-se a algumas sociedades europeias do século XIX e
“Cultura é um conjunto de valores, crenças, costumes, hábitos e fatores históricos materiais e imateriais que permeiam, de forma dinâmica, a vida social. Ou seja, a cultura é construída ao longo de processos históricos e materiais de um povo, através de suas inter-relações e modos de vida.”(LARAIA, 1997).
O Estado do Maranhão é rico em manifestações culturais. Entre elas estão o tambor de crioula, os blocos tradicionais, a festa do divino e o bumba meu boi.
Em 2019, a UNESCO concedeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade ao bumba-meuboi maranhense, cuja celebração congrega fé, religião, música, dança, artesanato, entre outros aspectos. Os grupos são divididos em sotaques, que se distinguem por características como personagens, instrumentos e coreografia.
Cada gravura, identificada pelos numerais 1, 2, 3 e 4, corresponde a uma manifestação cultural do Estado do Maranhão.
LARAIA, Roque de barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
A sequência das figuras representa, respectivamente, as seguintes manifestações culturais maranhenses:
“Gênero, por exemplo, tem dimensões político-econômicas por ser um princípio básico e estruturante da economia política. Por um lado, o gênero estrutura a divisão fundamental entre trabalho remunerado e “produtivo” e trabalho não remunerado, “reprodutivo” e doméstico, atribuindo às mulheres a responsabilidade primária por este último. Por outro lado, o gênero também estrutura a divisão no interior do trabalho remunerado entre ocupações industriais e profissionais, mais bem remuneradas e dominadas por homens, e ocupações relacionadas ao serviço doméstico e ao “colarinho rosa”, mal remuneradas e dominadas por mulheres. O resultado é uma estrutura político-econômica que gera modos de exploração, marginalização e privação específicos de gênero. Essa estrutura constitui o gênero como uma diferenciação político-econômica dotada de características semelhantes às de classe. Entendida sob essa perspectiva, a injustiça de gênero aparece como uma espécie de injustiça distributiva que exige correção redistributiva. A justiça de gênero, como a de classe, exige a transformação da economia política de modo que se elimine a sua estrutura de gênero. Eliminar a exploração, a marginalização e a privação específicas de gênero requer a abolição da divisão do trabalho baseada no gênero – tanto a divisão marcada por gênero entre trabalho remunerado e não remunerado quanto a divisão por gênero no interior do próprio trabalho remunerado.”
(FRASER, Nancy. Justiça interrompida: Reflexões críticas sobre a condição “póssocialista”. São Paulo: Boitempo, 2022, p. 39-40.)
Considerando a perspectiva de eliminação da exploração baseada no gênero, pode-se afirmar:
Leia atentamente o seguinte trecho:
[Falar em gênero é colocar a questão de que] não há natureza, há desde sempre criação cultural (...) é assumir o poder de escolha para nós humanos, como sujeitos da história. Não é do além-mundo que os sentidos e destinos serão criados. É da vida na história.
DUARTE, C. TELLES, C. “Entrevista: Professora Débora Diniz”. Revista Publicum. Rio de Janeiro, Número 2, 2016, p. 1-12.
Agora, considere as seguintes afirmações:
I A compreensão acerca do que é natureza é a mesma para todas as culturas.
II A antropologia é a disciplina acadêmica responsável por registrar e distinguir as diferentes maneiras de organizar simbolicamente o mundo.
III O reconhecimento das mais diversas expressões humanas é importante para a construção de um mundo mais tolerante e sem discriminação.
IV Os estudos de gênero fundamentam a luta contra a restrição de direitos sexuais e reprodutivos e contra a violação da igualdade entre homens e mulheres.
Assinale a alternativa que indica quais das afirmações são CORRETAS.
Examine os gráficos que mostram os resultados de um estudo sobre estatísticas de gênero, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2018.
Desigualdade de gênero no Brasil
Considerando os dados apresentados e conhecimentos sobre a população brasileira, verifica-se que
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