Questões
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Texto
E assim seguimos nosso caminho, por este mar de longo, até que terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, topamos alguns sinais de terra, estando da dita Ilha – segundo os pilotos diziam, obra de 660 ou 670 léguas – os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, e assim mesmo outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam furabuchos. Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra!
(Pero Vaz de Caminha. Carta a El Rei D. Manuel. www.dominiopublico.gov.br.)
Texto
Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra
(Oswald de Andrade. A Descoberta. Pau-Brasil, 2002.)
No início do século XX, Oswald de Andrade escreveu o poema A Descoberta apropriando-se de passagens da Carta a El Rei D. Manuel, de Pero Vaz de Caminha, considerada o primeiro documento histórico escrito sobre o Brasil. A esse procedimento dá-se o nome de
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Texto
E assim seguimos nosso caminho, por este mar de longo, até que terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, topamos alguns sinais de terra, estando da dita Ilha – segundo os pilotos diziam, obra de 660 ou 670 léguas – os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, e assim mesmo outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam furabuchos. Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra!
(Pero Vaz de Caminha. Carta a El Rei D. Manuel. www.dominiopublico.gov.br.)
Texto
Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra
(Oswald de Andrade. A Descoberta. Pau-Brasil, 2002.)
Os dois últimos versos do poema estabelecem entre os fatos relatados um processo sintático de coordenação
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“Café de tucumã” é apresentado em mostra de ciência da SBPC
Produzido com a amêndoa do fruto do tucumã, o café da Amazônia faz sucesso na ExpoT&C, mostra de ciência, tecnologia e inovação da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Segundo a professora de química Alessandra Lopes Guimarães, a descoberta do café ocorreu por acaso, na busca de potencialidades do fruto bastante conhecido na Amazônia Legal:
“Junto com meus alunos do ensino médio, ao pesquisar o fruto, começamos a sentir um cheiro muito forte, semelhante ao do café. Depois de algumas análises, chegamos ao produto”, contou a professora à Agência Brasil.
O pó de café de tucumã tem o mesmo aspecto e odor do tradicional, “com o benefício de ser descafeinado”, relatou a professora. Além dele, a amêndoa do fruto produz óleo, manteiga e azeite. O tucumã é ingrediente de várias receitas amazonenses. Com a polpa é possível fazer sorvete, iogurte, bolo e o X-Caboclinho, sanduíche regional com presunto, queijo de coalho e o fruto. “É o preferido da região”, disse ela.
O fruto do tucumanzeiro, palmeira espinhosa que chega a alcançar 15 metros de altura, é colhido ao cair, quando maduro. A casca também é aproveitada para produção de adubo, e o caroço serve para artesanato. “Nós que vivemos em comunidades rurais e ribeirinhas temos dificuldades de ir até a cidade, muitas vezes por falta de acessibilidade. Para compensar, aproveitamos ao máximo todas as possibilidades que a mata tem a nos oferecer. Ela não deixa nos faltar nada”, ressaltou.
De acordo com Alessandra Lopes, o café de tucumã está em fase experimental e ainda não é produzido comercialmente.
(http://agenciabrasil.ebc.com.br. Adaptado.)
Pode-se inferir da leitura do texto que
Instrução: Leia o texto para responder à questão.
“Café de tucumã” é apresentado em mostra de ciência da SBPC
Produzido com a amêndoa do fruto do tucumã, o café da Amazônia faz sucesso na ExpoT&C, mostra de ciência, tecnologia e inovação da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Segundo a professora de química Alessandra Lopes Guimarães, a descoberta do café ocorreu por acaso, na busca de potencialidades do fruto bastante conhecido na Amazônia Legal:
“Junto com meus alunos do ensino médio, ao pesquisar o fruto, começamos a sentir um cheiro muito forte, semelhante ao do café. Depois de algumas análises, chegamos ao produto”, contou a professora à Agência Brasil.
O pó de café de tucumã tem o mesmo aspecto e odor do tradicional, “com o benefício de ser descafeinado”, relatou a professora. Além dele, a amêndoa do fruto produz óleo, manteiga e azeite. O tucumã é ingrediente de várias receitas amazonenses. Com a polpa é possível fazer sorvete, iogurte, bolo e o X-Caboclinho, sanduíche regional com presunto, queijo de coalho e o fruto. “É o preferido da região”, disse ela.
O fruto do tucumanzeiro, palmeira espinhosa que chega a alcançar 15 metros de altura, é colhido ao cair, quando maduro. A casca também é aproveitada para produção de adubo, e o caroço serve para artesanato. “Nós que vivemos em comunidades rurais e ribeirinhas temos dificuldades de ir até a cidade, muitas vezes por falta de acessibilidade. Para compensar, aproveitamos ao máximo todas as possibilidades que a mata tem a nos oferecer. Ela não deixa nos faltar nada”, ressaltou.
De acordo com Alessandra Lopes, o café de tucumã está em fase experimental e ainda não é produzido comercialmente.
(http://agenciabrasil.ebc.com.br. Adaptado.)
Assinale a alternativa em que a preposição em destaque expressa ideia de finalidade.
O sermão há de ter um só assunto e uma só matéria. Por isso Cristo disse que o lavrador do Evangelho não semeara muitos gêneros de sementes, senão uma só: Exiit, qui seminat, seminare semen1 . Semeou uma só semente, e não muitas, porque o sermão há de ter uma só matéria, e não muitas matérias. Se o lavrador semeara primeiro trigo, e sobre o trigo semeara centeio, e sobre o centeio semeara milho grosso e miúdo, e sobre o milho semeara cevada, que havia de nascer? Uma mata brava, uma confusão verde. Eis aqui o que acontece aos sermões deste gênero. Como semeiam tanta variedade, não podem colher cousa certa. Quem semeia misturas, mal pode colher trigo.
1. Saiu quem semeia a semear a semente.
(Antônio Vieira. Sermão da Sexagésima. Sermões, 1959.)
Nesse trecho do Sermão da Sexagésima, Padre Antônio Vieira afirma que
Instrução: Leia o poema para responder à questão.
Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência, mais se apura.
(Cláudio Manuel da Costa. Soneto XCVIII. Obras, 1996.)
Na primeira estrofe do soneto, é possível identificar um dos mais constantes temas da obra poética de Cláudio Manuel da Costa: