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INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda à questão, que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida.
Adolescência agora vai até os 24 anos de idade, e não só até os 19, defendem cientistas
(Katie Silver, da BBC News)
Aquela fase odiada pela maioria das pessoas, a adolescência, ganhou uma sobrevida de cinco anos. Em vez
de terminar aos 19, idade considerada na maioria dos países, um grupo de cientistas defende que a
adolescência se estende dos 10 até os 24 anos.
O fato de jovens estarem optando por estudar por um período de tempo mais longo, não só até a faculdade,
[5] assim como a decisão cada vez mais frequente de adiar casamento e maternidade/paternidade, estariam
mudando a percepção das pessoas de quando a vida adulta começa, dizem pesquisadores australianos em
um artigo publicado nesta semana na revista científica Lancet Child & Adolescent Health. Para eles, a
redefinição da duração da adolescência seria essencial para assegurar que as leis que dizem respeito a esses
jovens continuassem sendo asseguradas.
[10] Outros especialistas, no entanto, dizem que postergar o fim da adolescência pode, mais adiante, infantilizar
os jovens.
Puberdade
A duração da adolescência já chegou a ser alterada antes, quando se concluiu que, com os avanços da saúde
e da nutrição, a puberdade se iniciava antes dos 14 anos, como se convencionava.
[15] Essa fase tem início quando uma parte do cérebro, o hipotálamo, ativa as glândulas hipófise e gônadas, que,
entre outras coisas, liberam hormônios sexuais.
Ela costumava acontecer por volta dos 14 anos, mas caiu gradualmente no mundo desenvolvido nas últimas
décadas até o patamar de 10 anos.
Como consequência, em países industrializados como o Reino Unido, a idade média para a primeira
[20] menstruação de uma garota caiu quatro anos nos últimos 150 anos.
Metade das mulheres agora fica menstruada pela primeira vez entre 12 e 13 anos.
A biologia também é usada como argumento por aqueles que defendem que a adolescência termina mais
tarde – e que dizem, por exemplo, que o corpo continua a se desenvolver.
O cérebro continua se desenvolvendo depois dos 20 anos, trabalhando de maneira mais rápida e eficiente. E,
[25] para muitos, os dentes do siso não nascem até que completem 25 anos.
Adiando planos familiares
Os mais jovens também estão adiando o casamento e a maternidade/paternidade. De acordo com o
Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido, a idade média para o primeiro casamento de um homem
era de 32,5 anos, em 2013, e de 30,6 para as mulheres, na Inglaterra e no País de Gales. Isso significa um
[30] aumento de 8 anos desde 1973.
No artigo que explica os motivos para o aumento da duração da adolescência, Susan Sawyer, diretora do
Centro para a Saúde do Adolescente do Hospital Royal Children’s em Melbourne, na Austrália, escreve:
“Apesar de muitos privilégios legais da vida adulta começarem aos 18 anos, a adoção das responsabilidades
e do papel de adulto geralmente acontece mais tarde”.
[35] Ela diz que postergar o casamento, o momento de ter filhos e a independência financeira significa
“semidependência”, o que caracteriza que a adolescência foi estendida.
No Brasil, a permanência por cada vez mais tempo dos jovens na casa dos pais é uma marca da chamada
“geração canguru”, nome dado pelo IBGE, em 2013, ao fenômeno que engloba pessoas de 25 a 34 anos e
que vem crescendo no país. Os dados foram divulgados na Síntese de Indicadores Sociais – uma análise das
[40] condições de vida da população brasileira, com dados referentes ao intervalo entre 2002 e 2012.
Mudança nas leis
Essa mudança, pondera Sawyer, precisa ser levada em consideração pelos políticos, para que as leis e os
benefícios voltados a esse público sejam alterados.
“Definições de idade são sempre arbitrárias, mas nossa atual definição de adolescência está excessivamente
[45] restrita”, diz a cientista.
Russell Viner, presidente da Associação Royal College de Pediatria e Saúde Infantil, diz que, no Reino
Unido, a idade média para um jovem sair de casa é aos 25 anos. Ele apoia a ideia de que a adolescência seja
estendida até os 24 anos e diz que os serviços no Reino Unido já levam isso em conta. [...]
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-42747453. Publicado em: 19 jan. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018. Adaptado.
Para os pesquisadores australianos, redefinir a idade considerada “a adolescência” é uma necessidade para que
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda à questão, que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida.
Adolescência agora vai até os 24 anos de idade, e não só até os 19, defendem cientistas
(Katie Silver, da BBC News)
Aquela fase odiada pela maioria das pessoas, a adolescência, ganhou uma sobrevida de cinco anos. Em vez
de terminar aos 19, idade considerada na maioria dos países, um grupo de cientistas defende que a
adolescência se estende dos 10 até os 24 anos.
O fato de jovens estarem optando por estudar por um período de tempo mais longo, não só até a faculdade,
[5] assim como a decisão cada vez mais frequente de adiar casamento e maternidade/paternidade, estariam
mudando a percepção das pessoas de quando a vida adulta começa, dizem pesquisadores australianos em
um artigo publicado nesta semana na revista científica Lancet Child & Adolescent Health. Para eles, a
redefinição da duração da adolescência seria essencial para assegurar que as leis que dizem respeito a esses
jovens continuassem sendo asseguradas.
[10] Outros especialistas, no entanto, dizem que postergar o fim da adolescência pode, mais adiante, infantilizar
os jovens.
Puberdade
A duração da adolescência já chegou a ser alterada antes, quando se concluiu que, com os avanços da saúde
e da nutrição, a puberdade se iniciava antes dos 14 anos, como se convencionava.
[15] Essa fase tem início quando uma parte do cérebro, o hipotálamo, ativa as glândulas hipófise e gônadas, que,
entre outras coisas, liberam hormônios sexuais.
Ela costumava acontecer por volta dos 14 anos, mas caiu gradualmente no mundo desenvolvido nas últimas
décadas até o patamar de 10 anos.
Como consequência, em países industrializados como o Reino Unido, a idade média para a primeira
[20] menstruação de uma garota caiu quatro anos nos últimos 150 anos.
Metade das mulheres agora fica menstruada pela primeira vez entre 12 e 13 anos.
A biologia também é usada como argumento por aqueles que defendem que a adolescência termina mais
tarde – e que dizem, por exemplo, que o corpo continua a se desenvolver.
O cérebro continua se desenvolvendo depois dos 20 anos, trabalhando de maneira mais rápida e eficiente. E,
[25] para muitos, os dentes do siso não nascem até que completem 25 anos.
Adiando planos familiares
Os mais jovens também estão adiando o casamento e a maternidade/paternidade. De acordo com o
Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido, a idade média para o primeiro casamento de um homem
era de 32,5 anos, em 2013, e de 30,6 para as mulheres, na Inglaterra e no País de Gales. Isso significa um
[30] aumento de 8 anos desde 1973.
No artigo que explica os motivos para o aumento da duração da adolescência, Susan Sawyer, diretora do
Centro para a Saúde do Adolescente do Hospital Royal Children’s em Melbourne, na Austrália, escreve:
“Apesar de muitos privilégios legais da vida adulta começarem aos 18 anos, a adoção das responsabilidades
e do papel de adulto geralmente acontece mais tarde”.
[35] Ela diz que postergar o casamento, o momento de ter filhos e a independência financeira significa
“semidependência”, o que caracteriza que a adolescência foi estendida.
No Brasil, a permanência por cada vez mais tempo dos jovens na casa dos pais é uma marca da chamada
“geração canguru”, nome dado pelo IBGE, em 2013, ao fenômeno que engloba pessoas de 25 a 34 anos e
que vem crescendo no país. Os dados foram divulgados na Síntese de Indicadores Sociais – uma análise das
[40] condições de vida da população brasileira, com dados referentes ao intervalo entre 2002 e 2012.
Mudança nas leis
Essa mudança, pondera Sawyer, precisa ser levada em consideração pelos políticos, para que as leis e os
benefícios voltados a esse público sejam alterados.
“Definições de idade são sempre arbitrárias, mas nossa atual definição de adolescência está excessivamente
[45] restrita”, diz a cientista.
Russell Viner, presidente da Associação Royal College de Pediatria e Saúde Infantil, diz que, no Reino
Unido, a idade média para um jovem sair de casa é aos 25 anos. Ele apoia a ideia de que a adolescência seja
estendida até os 24 anos e diz que os serviços no Reino Unido já levam isso em conta. [...]
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-42747453. Publicado em: 19 jan. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018. Adaptado.
Observe o enunciado extraído do texto, em sua relação com os enunciados dos parágrafos anteriores: “Outros especialistas, no entanto, dizem que postergar o fim da adolescência pode, mais adiante, infantilizar os jovens.” (Linhas 10-11)
Esse enunciado
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda à questão, que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida.
Adolescência agora vai até os 24 anos de idade, e não só até os 19, defendem cientistas
(Katie Silver, da BBC News)
Aquela fase odiada pela maioria das pessoas, a adolescência, ganhou uma sobrevida de cinco anos. Em vez
de terminar aos 19, idade considerada na maioria dos países, um grupo de cientistas defende que a
adolescência se estende dos 10 até os 24 anos.
O fato de jovens estarem optando por estudar por um período de tempo mais longo, não só até a faculdade,
[5] assim como a decisão cada vez mais frequente de adiar casamento e maternidade/paternidade, estariam
mudando a percepção das pessoas de quando a vida adulta começa, dizem pesquisadores australianos em
um artigo publicado nesta semana na revista científica Lancet Child & Adolescent Health. Para eles, a
redefinição da duração da adolescência seria essencial para assegurar que as leis que dizem respeito a esses
jovens continuassem sendo asseguradas.
[10] Outros especialistas, no entanto, dizem que postergar o fim da adolescência pode, mais adiante, infantilizar
os jovens.
Puberdade
A duração da adolescência já chegou a ser alterada antes, quando se concluiu que, com os avanços da saúde
e da nutrição, a puberdade se iniciava antes dos 14 anos, como se convencionava.
[15] Essa fase tem início quando uma parte do cérebro, o hipotálamo, ativa as glândulas hipófise e gônadas, que,
entre outras coisas, liberam hormônios sexuais.
Ela costumava acontecer por volta dos 14 anos, mas caiu gradualmente no mundo desenvolvido nas últimas
décadas até o patamar de 10 anos.
Como consequência, em países industrializados como o Reino Unido, a idade média para a primeira
[20] menstruação de uma garota caiu quatro anos nos últimos 150 anos.
Metade das mulheres agora fica menstruada pela primeira vez entre 12 e 13 anos.
A biologia também é usada como argumento por aqueles que defendem que a adolescência termina mais
tarde – e que dizem, por exemplo, que o corpo continua a se desenvolver.
O cérebro continua se desenvolvendo depois dos 20 anos, trabalhando de maneira mais rápida e eficiente. E,
[25] para muitos, os dentes do siso não nascem até que completem 25 anos.
Adiando planos familiares
Os mais jovens também estão adiando o casamento e a maternidade/paternidade. De acordo com o
Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido, a idade média para o primeiro casamento de um homem
era de 32,5 anos, em 2013, e de 30,6 para as mulheres, na Inglaterra e no País de Gales. Isso significa um
[30] aumento de 8 anos desde 1973.
No artigo que explica os motivos para o aumento da duração da adolescência, Susan Sawyer, diretora do
Centro para a Saúde do Adolescente do Hospital Royal Children’s em Melbourne, na Austrália, escreve:
“Apesar de muitos privilégios legais da vida adulta começarem aos 18 anos, a adoção das responsabilidades
e do papel de adulto geralmente acontece mais tarde”.
[35] Ela diz que postergar o casamento, o momento de ter filhos e a independência financeira significa
“semidependência”, o que caracteriza que a adolescência foi estendida.
No Brasil, a permanência por cada vez mais tempo dos jovens na casa dos pais é uma marca da chamada
“geração canguru”, nome dado pelo IBGE, em 2013, ao fenômeno que engloba pessoas de 25 a 34 anos e
que vem crescendo no país. Os dados foram divulgados na Síntese de Indicadores Sociais – uma análise das
[40] condições de vida da população brasileira, com dados referentes ao intervalo entre 2002 e 2012.
Mudança nas leis
Essa mudança, pondera Sawyer, precisa ser levada em consideração pelos políticos, para que as leis e os
benefícios voltados a esse público sejam alterados.
“Definições de idade são sempre arbitrárias, mas nossa atual definição de adolescência está excessivamente
[45] restrita”, diz a cientista.
Russell Viner, presidente da Associação Royal College de Pediatria e Saúde Infantil, diz que, no Reino
Unido, a idade média para um jovem sair de casa é aos 25 anos. Ele apoia a ideia de que a adolescência seja
estendida até os 24 anos e diz que os serviços no Reino Unido já levam isso em conta. [...]
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-42747453. Publicado em: 19 jan. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018. Adaptado.
O nascimento dos dentes do siso representa simbolicamente
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda à questão, que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida.
Adolescência agora vai até os 24 anos de idade, e não só até os 19, defendem cientistas
(Katie Silver, da BBC News)
Aquela fase odiada pela maioria das pessoas, a adolescência, ganhou uma sobrevida de cinco anos. Em vez
de terminar aos 19, idade considerada na maioria dos países, um grupo de cientistas defende que a
adolescência se estende dos 10 até os 24 anos.
O fato de jovens estarem optando por estudar por um período de tempo mais longo, não só até a faculdade,
[5] assim como a decisão cada vez mais frequente de adiar casamento e maternidade/paternidade, estariam
mudando a percepção das pessoas de quando a vida adulta começa, dizem pesquisadores australianos em
um artigo publicado nesta semana na revista científica Lancet Child & Adolescent Health. Para eles, a
redefinição da duração da adolescência seria essencial para assegurar que as leis que dizem respeito a esses
jovens continuassem sendo asseguradas.
[10] Outros especialistas, no entanto, dizem que postergar o fim da adolescência pode, mais adiante, infantilizar
os jovens.
Puberdade
A duração da adolescência já chegou a ser alterada antes, quando se concluiu que, com os avanços da saúde
e da nutrição, a puberdade se iniciava antes dos 14 anos, como se convencionava.
[15] Essa fase tem início quando uma parte do cérebro, o hipotálamo, ativa as glândulas hipófise e gônadas, que,
entre outras coisas, liberam hormônios sexuais.
Ela costumava acontecer por volta dos 14 anos, mas caiu gradualmente no mundo desenvolvido nas últimas
décadas até o patamar de 10 anos.
Como consequência, em países industrializados como o Reino Unido, a idade média para a primeira
[20] menstruação de uma garota caiu quatro anos nos últimos 150 anos.
Metade das mulheres agora fica menstruada pela primeira vez entre 12 e 13 anos.
A biologia também é usada como argumento por aqueles que defendem que a adolescência termina mais
tarde – e que dizem, por exemplo, que o corpo continua a se desenvolver.
O cérebro continua se desenvolvendo depois dos 20 anos, trabalhando de maneira mais rápida e eficiente. E,
[25] para muitos, os dentes do siso não nascem até que completem 25 anos.
Adiando planos familiares
Os mais jovens também estão adiando o casamento e a maternidade/paternidade. De acordo com o
Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido, a idade média para o primeiro casamento de um homem
era de 32,5 anos, em 2013, e de 30,6 para as mulheres, na Inglaterra e no País de Gales. Isso significa um
[30] aumento de 8 anos desde 1973.
No artigo que explica os motivos para o aumento da duração da adolescência, Susan Sawyer, diretora do
Centro para a Saúde do Adolescente do Hospital Royal Children’s em Melbourne, na Austrália, escreve:
“Apesar de muitos privilégios legais da vida adulta começarem aos 18 anos, a adoção das responsabilidades
e do papel de adulto geralmente acontece mais tarde”.
[35] Ela diz que postergar o casamento, o momento de ter filhos e a independência financeira significa
“semidependência”, o que caracteriza que a adolescência foi estendida.
No Brasil, a permanência por cada vez mais tempo dos jovens na casa dos pais é uma marca da chamada
“geração canguru”, nome dado pelo IBGE, em 2013, ao fenômeno que engloba pessoas de 25 a 34 anos e
que vem crescendo no país. Os dados foram divulgados na Síntese de Indicadores Sociais – uma análise das
[40] condições de vida da população brasileira, com dados referentes ao intervalo entre 2002 e 2012.
Mudança nas leis
Essa mudança, pondera Sawyer, precisa ser levada em consideração pelos políticos, para que as leis e os
benefícios voltados a esse público sejam alterados.
“Definições de idade são sempre arbitrárias, mas nossa atual definição de adolescência está excessivamente
[45] restrita”, diz a cientista.
Russell Viner, presidente da Associação Royal College de Pediatria e Saúde Infantil, diz que, no Reino
Unido, a idade média para um jovem sair de casa é aos 25 anos. Ele apoia a ideia de que a adolescência seja
estendida até os 24 anos e diz que os serviços no Reino Unido já levam isso em conta. [...]
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-42747453. Publicado em: 19 jan. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018. Adaptado.
Assinale a alternativa CORRETA a respeito da “geração canguru” de que fala o texto.
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda à questão, que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida.
Adolescência agora vai até os 24 anos de idade, e não só até os 19, defendem cientistas
(Katie Silver, da BBC News)
Aquela fase odiada pela maioria das pessoas, a adolescência, ganhou uma sobrevida de cinco anos. Em vez
de terminar aos 19, idade considerada na maioria dos países, um grupo de cientistas defende que a
adolescência se estende dos 10 até os 24 anos.
O fato de jovens estarem optando por estudar por um período de tempo mais longo, não só até a faculdade,
[5] assim como a decisão cada vez mais frequente de adiar casamento e maternidade/paternidade, estariam
mudando a percepção das pessoas de quando a vida adulta começa, dizem pesquisadores australianos em
um artigo publicado nesta semana na revista científica Lancet Child & Adolescent Health. Para eles, a
redefinição da duração da adolescência seria essencial para assegurar que as leis que dizem respeito a esses
jovens continuassem sendo asseguradas.
[10] Outros especialistas, no entanto, dizem que postergar o fim da adolescência pode, mais adiante, infantilizar
os jovens.
Puberdade
A duração da adolescência já chegou a ser alterada antes, quando se concluiu que, com os avanços da saúde
e da nutrição, a puberdade se iniciava antes dos 14 anos, como se convencionava.
[15] Essa fase tem início quando uma parte do cérebro, o hipotálamo, ativa as glândulas hipófise e gônadas, que,
entre outras coisas, liberam hormônios sexuais.
Ela costumava acontecer por volta dos 14 anos, mas caiu gradualmente no mundo desenvolvido nas últimas
décadas até o patamar de 10 anos.
Como consequência, em países industrializados como o Reino Unido, a idade média para a primeira
[20] menstruação de uma garota caiu quatro anos nos últimos 150 anos.
Metade das mulheres agora fica menstruada pela primeira vez entre 12 e 13 anos.
A biologia também é usada como argumento por aqueles que defendem que a adolescência termina mais
tarde – e que dizem, por exemplo, que o corpo continua a se desenvolver.
O cérebro continua se desenvolvendo depois dos 20 anos, trabalhando de maneira mais rápida e eficiente. E,
[25] para muitos, os dentes do siso não nascem até que completem 25 anos.
Adiando planos familiares
Os mais jovens também estão adiando o casamento e a maternidade/paternidade. De acordo com o
Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido, a idade média para o primeiro casamento de um homem
era de 32,5 anos, em 2013, e de 30,6 para as mulheres, na Inglaterra e no País de Gales. Isso significa um
[30] aumento de 8 anos desde 1973.
No artigo que explica os motivos para o aumento da duração da adolescência, Susan Sawyer, diretora do
Centro para a Saúde do Adolescente do Hospital Royal Children’s em Melbourne, na Austrália, escreve:
“Apesar de muitos privilégios legais da vida adulta começarem aos 18 anos, a adoção das responsabilidades
e do papel de adulto geralmente acontece mais tarde”.
[35] Ela diz que postergar o casamento, o momento de ter filhos e a independência financeira significa
“semidependência”, o que caracteriza que a adolescência foi estendida.
No Brasil, a permanência por cada vez mais tempo dos jovens na casa dos pais é uma marca da chamada
“geração canguru”, nome dado pelo IBGE, em 2013, ao fenômeno que engloba pessoas de 25 a 34 anos e
que vem crescendo no país. Os dados foram divulgados na Síntese de Indicadores Sociais – uma análise das
[40] condições de vida da população brasileira, com dados referentes ao intervalo entre 2002 e 2012.
Mudança nas leis
Essa mudança, pondera Sawyer, precisa ser levada em consideração pelos políticos, para que as leis e os
benefícios voltados a esse público sejam alterados.
“Definições de idade são sempre arbitrárias, mas nossa atual definição de adolescência está excessivamente
[45] restrita”, diz a cientista.
Russell Viner, presidente da Associação Royal College de Pediatria e Saúde Infantil, diz que, no Reino
Unido, a idade média para um jovem sair de casa é aos 25 anos. Ele apoia a ideia de que a adolescência seja
estendida até os 24 anos e diz que os serviços no Reino Unido já levam isso em conta. [...]
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-42747453. Publicado em: 19 jan. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018. Adaptado.
Uma marca linguística que indica uma postura não assertiva do locutor desse texto diante do que diz encontra-se no uso de
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda à questão, que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida.
Adolescência agora vai até os 24 anos de idade, e não só até os 19, defendem cientistas
(Katie Silver, da BBC News)
Aquela fase odiada pela maioria das pessoas, a adolescência, ganhou uma sobrevida de cinco anos. Em vez
de terminar aos 19, idade considerada na maioria dos países, um grupo de cientistas defende que a
adolescência se estende dos 10 até os 24 anos.
O fato de jovens estarem optando por estudar por um período de tempo mais longo, não só até a faculdade,
[5] assim como a decisão cada vez mais frequente de adiar casamento e maternidade/paternidade, estariam
mudando a percepção das pessoas de quando a vida adulta começa, dizem pesquisadores australianos em
um artigo publicado nesta semana na revista científica Lancet Child & Adolescent Health. Para eles, a
redefinição da duração da adolescência seria essencial para assegurar que as leis que dizem respeito a esses
jovens continuassem sendo asseguradas.
[10] Outros especialistas, no entanto, dizem que postergar o fim da adolescência pode, mais adiante, infantilizar
os jovens.
Puberdade
A duração da adolescência já chegou a ser alterada antes, quando se concluiu que, com os avanços da saúde
e da nutrição, a puberdade se iniciava antes dos 14 anos, como se convencionava.
[15] Essa fase tem início quando uma parte do cérebro, o hipotálamo, ativa as glândulas hipófise e gônadas, que,
entre outras coisas, liberam hormônios sexuais.
Ela costumava acontecer por volta dos 14 anos, mas caiu gradualmente no mundo desenvolvido nas últimas
décadas até o patamar de 10 anos.
Como consequência, em países industrializados como o Reino Unido, a idade média para a primeira
[20] menstruação de uma garota caiu quatro anos nos últimos 150 anos.
Metade das mulheres agora fica menstruada pela primeira vez entre 12 e 13 anos.
A biologia também é usada como argumento por aqueles que defendem que a adolescência termina mais
tarde – e que dizem, por exemplo, que o corpo continua a se desenvolver.
O cérebro continua se desenvolvendo depois dos 20 anos, trabalhando de maneira mais rápida e eficiente. E,
[25] para muitos, os dentes do siso não nascem até que completem 25 anos.
Adiando planos familiares
Os mais jovens também estão adiando o casamento e a maternidade/paternidade. De acordo com o
Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido, a idade média para o primeiro casamento de um homem
era de 32,5 anos, em 2013, e de 30,6 para as mulheres, na Inglaterra e no País de Gales. Isso significa um
[30] aumento de 8 anos desde 1973.
No artigo que explica os motivos para o aumento da duração da adolescência, Susan Sawyer, diretora do
Centro para a Saúde do Adolescente do Hospital Royal Children’s em Melbourne, na Austrália, escreve:
“Apesar de muitos privilégios legais da vida adulta começarem aos 18 anos, a adoção das responsabilidades
e do papel de adulto geralmente acontece mais tarde”.
[35] Ela diz que postergar o casamento, o momento de ter filhos e a independência financeira significa
“semidependência”, o que caracteriza que a adolescência foi estendida.
No Brasil, a permanência por cada vez mais tempo dos jovens na casa dos pais é uma marca da chamada
“geração canguru”, nome dado pelo IBGE, em 2013, ao fenômeno que engloba pessoas de 25 a 34 anos e
que vem crescendo no país. Os dados foram divulgados na Síntese de Indicadores Sociais – uma análise das
[40] condições de vida da população brasileira, com dados referentes ao intervalo entre 2002 e 2012.
Mudança nas leis
Essa mudança, pondera Sawyer, precisa ser levada em consideração pelos políticos, para que as leis e os
benefícios voltados a esse público sejam alterados.
“Definições de idade são sempre arbitrárias, mas nossa atual definição de adolescência está excessivamente
[45] restrita”, diz a cientista.
Russell Viner, presidente da Associação Royal College de Pediatria e Saúde Infantil, diz que, no Reino
Unido, a idade média para um jovem sair de casa é aos 25 anos. Ele apoia a ideia de que a adolescência seja
estendida até os 24 anos e diz que os serviços no Reino Unido já levam isso em conta. [...]
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-42747453. Publicado em: 19 jan. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018. Adaptado.
Se observarmos esse texto, encontramos nele um cacófato (a seguir, em negrito) em: “[...] a permanência por cada vez mais tempo [...]” (Linha 38).
Sobre a cacofonia, esta é classificada, de acordo com a gramática normativa, como um vício de linguagem, isto é, uma incorreção ou defeito na oralidade ou na escrita, resultante da contiguidade de duas palavras em um texto
(CEGALLA, 2005, p. 634).
No entanto, seu uso, na atualidade, tem sido observado com certa frequência – tal como ocorre nesse texto –, sobretudo com o advento da internet, das mídias online.
Nesse sentido, é importante refletir sobre a presença da cacofonia, ao escrever, fazendo a seguinte consideração: