Questões
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Este material publicitário foi criado com o propósito de sensibilizar as pessoas e de despertar nelas uma atitude de conscientização no que refere à violência contra a criança.
Analisando a estratégia argumentativa utilizada, avalie as afirmativas que seguem sobre os possíveis sentidos movimentados por essa campanha.
I. A presença da cinta, como elemento não verbal, permite que o leitor compreenda que a campanha está fazendo uma associação com a prática de repreender pela violência, ligada a uma cultura relacionada à concepção de que “surrar” não é errado, mas um instrumento de educação para as crianças.
II. No que refere à combinação dos elementos verbais e não verbais, é imprescindível, para que a campanha alcance seu objetivo e coloque em circulação os diferentes sentidos que a compõem, a combinação da palavra “temidos” e da ideia de temor suscitada a partir da imagem de um cão feroz, formada pela cinta.
III. Da afirmação de que “Não há desculpas para os maus tratos contra as crianças”, é possível inferir que o recurso à palavra “desculpa” atribui à justificativa para a violência um caráter de pretexto ou falsidade e revela que um dos objetivos da campanha é defender que mesmo a educação não é desculpa para a violência.
IV. A campanha chama atenção para a ocorrência de “maus tratos” e, portanto, também tem como especificidade a conscientização sobre a gravidade dos crimes de pedofilia e estupro contra crianças, ações marcadas pela violência e pelo temor.
V. Combinada com os elementos não verbais do material, a contradição dos sentidos de “vestir” a cinta e de “temer” a cinta se mostra essencial, uma vez que é a partir da percepção de que essas duas ações são possíveis, mas que uma delas não é apropriada, que o interlocutor compreende o propósito da campanha.
VI. O sentido de campanhas normalmente é enriquecido a partir da combinação de diferentes elementos – como é o caso do verbal e do não verbal –, no entanto, essa combinação não é elemento indispensável, uma vez que a campanha tanto pode ser produzida somente com textos verbais quanto somente com imagens. Disso é possível inferir que os elementos textuais, embora importantes, poderiam, sem comprometimento de sentido, ser suprimidos do material publicitário em questão.
Está correto apenas o que afirma em:
As figuras de linguagem e de pensamento são recursos ou estratégias que podem ser aplicados ao texto.
Tendo por base a campanha publicitária apresentada na Questão 1 e os enunciados “Cintos são para serem vestidos, não temidos” e “Não há desculpas para os maus-tratos contra as crianças”, é correto o que se afirma em:
A questão refere-se ao texto “Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade”
Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade
Suzana Herculano-Houzel
Donald Trump fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer, segundo seus eleitores.
Cheguei aos EUA em 2016 com Obama na Casa Branca e assisti boquiaberta, poucos meses depois, a uma parcela significativa
da nação eleger uma figura no mínimo controversa. Trump parecia imune aos próprios atentados contra os valores americanos. A
razão, louvada por tantos de seus eleitores? “Ele fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer.”
[05] E ainda faz escola. Já ouvi o mesmo argumento de vários que apoiam presidenciáveis brasileiros. Como se dizer o que se pensa
fosse, de fato, sempre algo louvável. Mas não é.
Pensar besteira todo mundo faz, de chegar na mureta do mirante e ponderar que “é só passar a perna por cima e me jogar” ou olhar
para o vizinho e pensar que “se eu o empurrasse, ele teria morte certa”. Evocar associações comuns, como mureta e suicídio, é apenas
natural para o cérebro, consequência inevitável do seu aprendizado por repetição.
[10] Da mesma forma, num ambiente em que racismo, homofobia e liberdades tomadas com a vida dos outros ainda imperam, onde se
cresce ouvindo que negros e índios são isso, gays são aquilo, e onde todo útero grávido é propriedade coletiva, insultar é o impulso
mental fácil, mesmo que por repetição, e não por crença.
Pensamentos também são testes de ações mentais e suas consequências possíveis. Mentalmente, todo mundo um dia xinga a mãe,
esbofeteia o vizinho, esfaqueia o marido ou profere insultos racistas e homofóbicos.
[15] Mas a grande maioria para no pensamento, horrorizada pela consequência que suas ações mentais teriam na vida real se executadas
ou ditas. Pensamentos terríveis têm essa utilidade: primatas que somos, com um córtex pré-frontal expressivo, capaz de reconhecer
más ideias e impedi-las de vir à tona, não precisamos chegar às vias de fato para aprender a não fazer besteira.
Dizer o que “todo mundo pensa mas não ousa dizer”, portanto, não é sinal de coragem, nem de honestidade, mas apenas de falta de controle pré-frontal – ou de mau caráter mesmo.
(Herculano-Houzel, Suzana [bióloga e neurocientista da Universidade Vanderbilt (EUA)]. Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade. Folha de São Paulo, 14/08/2010. Adaptado. Disponível em: http://www.brasilagro.com.br/conteudo/dizer-o-que-se-pensa-nao-e-sempre-uma-qualidade.html. Acesso em 11 ago. 2018)
Com relação a aspectos semântico-sintáticos do texto e aos operadores argumentativos nele presentes, é correto afirmar que
A questão refere-se ao texto “Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade”
Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade
Suzana Herculano-Houzel
Donald Trump fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer, segundo seus eleitores.
Cheguei aos EUA em 2016 com Obama na Casa Branca e assisti boquiaberta, poucos meses depois, a uma parcela significativa
da nação eleger uma figura no mínimo controversa. Trump parecia imune aos próprios atentados contra os valores americanos. A
razão, louvada por tantos de seus eleitores? “Ele fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer.”
[05] E ainda faz escola. Já ouvi o mesmo argumento de vários que apoiam presidenciáveis brasileiros. Como se dizer o que se pensa
fosse, de fato, sempre algo louvável. Mas não é.
Pensar besteira todo mundo faz, de chegar na mureta do mirante e ponderar que “é só passar a perna por cima e me jogar” ou olhar
para o vizinho e pensar que “se eu o empurrasse, ele teria morte certa”. Evocar associações comuns, como mureta e suicídio, é apenas
natural para o cérebro, consequência inevitável do seu aprendizado por repetição.
[10] Da mesma forma, num ambiente em que racismo, homofobia e liberdades tomadas com a vida dos outros ainda imperam, onde se
cresce ouvindo que negros e índios são isso, gays são aquilo, e onde todo útero grávido é propriedade coletiva, insultar é o impulso
mental fácil, mesmo que por repetição, e não por crença.
Pensamentos também são testes de ações mentais e suas consequências possíveis. Mentalmente, todo mundo um dia xinga a mãe,
esbofeteia o vizinho, esfaqueia o marido ou profere insultos racistas e homofóbicos.
[15] Mas a grande maioria para no pensamento, horrorizada pela consequência que suas ações mentais teriam na vida real se executadas
ou ditas. Pensamentos terríveis têm essa utilidade: primatas que somos, com um córtex pré-frontal expressivo, capaz de reconhecer
más ideias e impedi-las de vir à tona, não precisamos chegar às vias de fato para aprender a não fazer besteira.
Dizer o que “todo mundo pensa mas não ousa dizer”, portanto, não é sinal de coragem, nem de honestidade, mas apenas de falta de controle pré-frontal – ou de mau caráter mesmo.
(Herculano-Houzel, Suzana [bióloga e neurocientista da Universidade Vanderbilt (EUA)]. Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade. Folha de São Paulo, 14/08/2010. Adaptado. Disponível em: http://www.brasilagro.com.br/conteudo/dizer-o-que-se-pensa-nao-e-sempre-uma-qualidade.html. Acesso em 11 ago. 2018)
Avalie as informações que seguem, referentes ao uso dos pronomes no texto.
I. A forma pronominal “las” (linha 17) faz referência a “más ideias” (linha 17).
II. Em “Dizer o que ‘todo mundo pensa mas não ousa dizer’” (linha 18), o “o” está sendo empregado como um pronome demonstrativo.
III. Em “onde se cresce ouvindo que negros e índios são isso, gays são aquilo” (linhas 10 e 11), “isso” e “aquilo” são pronomes relativos variáveis.
Está correto o que se afirma em:
A questão refere-se ao texto “Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade”
Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade
Suzana Herculano-Houzel
Donald Trump fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer, segundo seus eleitores.
Cheguei aos EUA em 2016 com Obama na Casa Branca e assisti boquiaberta, poucos meses depois, a uma parcela significativa
da nação eleger uma figura no mínimo controversa. Trump parecia imune aos próprios atentados contra os valores americanos. A
razão, louvada por tantos de seus eleitores? “Ele fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer.”
[05] E ainda faz escola. Já ouvi o mesmo argumento de vários que apoiam presidenciáveis brasileiros. Como se dizer o que se pensa
fosse, de fato, sempre algo louvável. Mas não é.
Pensar besteira todo mundo faz, de chegar na mureta do mirante e ponderar que “é só passar a perna por cima e me jogar” ou olhar
para o vizinho e pensar que “se eu o empurrasse, ele teria morte certa”. Evocar associações comuns, como mureta e suicídio, é apenas
natural para o cérebro, consequência inevitável do seu aprendizado por repetição.
[10] Da mesma forma, num ambiente em que racismo, homofobia e liberdades tomadas com a vida dos outros ainda imperam, onde se
cresce ouvindo que negros e índios são isso, gays são aquilo, e onde todo útero grávido é propriedade coletiva, insultar é o impulso
mental fácil, mesmo que por repetição, e não por crença.
Pensamentos também são testes de ações mentais e suas consequências possíveis. Mentalmente, todo mundo um dia xinga a mãe,
esbofeteia o vizinho, esfaqueia o marido ou profere insultos racistas e homofóbicos.
[15] Mas a grande maioria para no pensamento, horrorizada pela consequência que suas ações mentais teriam na vida real se executadas
ou ditas. Pensamentos terríveis têm essa utilidade: primatas que somos, com um córtex pré-frontal expressivo, capaz de reconhecer
más ideias e impedi-las de vir à tona, não precisamos chegar às vias de fato para aprender a não fazer besteira.
Dizer o que “todo mundo pensa mas não ousa dizer”, portanto, não é sinal de coragem, nem de honestidade, mas apenas de falta de controle pré-frontal – ou de mau caráter mesmo.
(Herculano-Houzel, Suzana [bióloga e neurocientista da Universidade Vanderbilt (EUA)]. Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade. Folha de São Paulo, 14/08/2010. Adaptado. Disponível em: http://www.brasilagro.com.br/conteudo/dizer-o-que-se-pensa-nao-e-sempre-uma-qualidade.html. Acesso em 11 ago. 2018)
No que concerne a aspectos semânticosintáticos do texto, está incorreto o que se afirma em:
A questão refere-se ao texto “Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade”
Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade
Suzana Herculano-Houzel
Donald Trump fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer, segundo seus eleitores.
Cheguei aos EUA em 2016 com Obama na Casa Branca e assisti boquiaberta, poucos meses depois, a uma parcela significativa
da nação eleger uma figura no mínimo controversa. Trump parecia imune aos próprios atentados contra os valores americanos. A
razão, louvada por tantos de seus eleitores? “Ele fala o que muitos pensam e não têm coragem de dizer.”
[05] E ainda faz escola. Já ouvi o mesmo argumento de vários que apoiam presidenciáveis brasileiros. Como se dizer o que se pensa
fosse, de fato, sempre algo louvável. Mas não é.
Pensar besteira todo mundo faz, de chegar na mureta do mirante e ponderar que “é só passar a perna por cima e me jogar” ou olhar
para o vizinho e pensar que “se eu o empurrasse, ele teria morte certa”. Evocar associações comuns, como mureta e suicídio, é apenas
natural para o cérebro, consequência inevitável do seu aprendizado por repetição.
[10] Da mesma forma, num ambiente em que racismo, homofobia e liberdades tomadas com a vida dos outros ainda imperam, onde se
cresce ouvindo que negros e índios são isso, gays são aquilo, e onde todo útero grávido é propriedade coletiva, insultar é o impulso
mental fácil, mesmo que por repetição, e não por crença.
Pensamentos também são testes de ações mentais e suas consequências possíveis. Mentalmente, todo mundo um dia xinga a mãe,
esbofeteia o vizinho, esfaqueia o marido ou profere insultos racistas e homofóbicos.
[15] Mas a grande maioria para no pensamento, horrorizada pela consequência que suas ações mentais teriam na vida real se executadas
ou ditas. Pensamentos terríveis têm essa utilidade: primatas que somos, com um córtex pré-frontal expressivo, capaz de reconhecer
más ideias e impedi-las de vir à tona, não precisamos chegar às vias de fato para aprender a não fazer besteira.
Dizer o que “todo mundo pensa mas não ousa dizer”, portanto, não é sinal de coragem, nem de honestidade, mas apenas de falta de controle pré-frontal – ou de mau caráter mesmo.
(Herculano-Houzel, Suzana [bióloga e neurocientista da Universidade Vanderbilt (EUA)]. Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade. Folha de São Paulo, 14/08/2010. Adaptado. Disponível em: http://www.brasilagro.com.br/conteudo/dizer-o-que-se-pensa-nao-e-sempre-uma-qualidade.html. Acesso em 11 ago. 2018)
Sobre as ideias desenvolvidas no quinto parágrafo do texto (linhas 10 a 12), analise as afirmativas a seguir, julgando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) Ao fazer referência a um “ambiente em que racismo, homofobia e liberdades tomadas com a vida dos outros ainda imperam” (linha 10), Suzana HerculanoHouzel adjetiva Trump como racista e homofóbico.
( ) Ao considerar que “onde se cresce ouvindo que negros e índios são isso, gays são aquilo” (linhas 10 e 11), a neurocientista tece crítica à estigmatização de grupos.
( ) Ao mencionar um lugar “onde todo útero grávido é propriedade coletiva” (linha 11), a bióloga tece uma crítica à não liberação do aborto, sugerindo que essa escolha deve ser um direito individual da mulher.
( ) Ao sugerir que “insultar é o impulso mental fácil, mesmo que por repetição, e não por crença” (linhas 11 e 12), a autora defende que muitas ações discriminatórias e insultantes têm origem cultural, não configurando, necessariamente, um ato consciente e individual de quem as pratica.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: