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Sangue nas veias
A mais recente pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2011) vem confirmar que o livro e a leitura continuam ocupando um lugar importante no imaginário nacional. A imensa maioria dos brasileiros os associa a valores positivos e desejáveis. Mas, ao mesmo tempo, os números de leitores permanecem muito baixos. A questão continua tendo aspectos paradoxais, que desafiam o entendimento e sugerem a necessidade de um olhar sutil em sua apreciação
Há muitas décadas já se sabe que as famílias que conseguiram garantir alfabetização para as novas gerações sempre tiveram a perfeita noção de que o estudo podia ser uma ferramenta significativa para o desenvolvimento pessoal, um fator de ascensão social e uma promessa de melhor qualificação profissional, traduzida em melhores salários e uma situação econômica menos sacrificada. As frases que traduzem essa convicção são quase clichês no quadro familiar brasileiro. Muitos de nós as ouvimos de pais e avós: “Trate de estudar. A educação é a única herança que eu tenho para deixar para vocês”. Ou então: “Leia para ficar sendo seu para sempre. O que você lê e aprende ninguém vai poder lhe tirar, nunca”.
Tais máximas foram repetidas, sobretudo no âmbito familiar, ao longo dos anos. Pelo que se percebe, tais conselhos continuam vivos e fortes. Mas esta pesquisa mostra também um dado intrigante. Esse ambiente doméstico está deixando de ser a maior influência que as pessoas recebem para se tornarem leitores. Diferentemente do que se viu em pesquisas anteriores, desta vez o exemplo e os conselhos da mãe não são mais a força dominante para que alguém leia. A sociedade passou-lhe à frente na função de modelar os leitores e propor exemplos. E nela, cumpre destacar o protagonismo exercido pela escola e pelos professores. Esse aspecto vem se somar a outro dado significativo e que chega às raias do espantoso: a quase inexistência de influência da mídia para aproximar alguém dos livros e da leitura. Ambos os traços chamam a atenção no resultado desta pesquisa.
MACHADO, Ana Maria. In: FAILLA, Z. Retratos da leitura no Brasil 3. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Instituto PróLivro, 2012.
Ao comentar a pesquisa, o texto
Sangue nas veias
A mais recente pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2011) vem confirmar que o livro e a leitura continuam ocupando um lugar importante no imaginário nacional. A imensa maioria dos brasileiros os associa a valores positivos e desejáveis. Mas, ao mesmo tempo, os números de leitores permanecem muito baixos. A questão continua tendo aspectos paradoxais, que desafiam o entendimento e sugerem a necessidade de um olhar sutil em sua apreciação
Há muitas décadas já se sabe que as famílias que conseguiram garantir alfabetização para as novas gerações sempre tiveram a perfeita noção de que o estudo podia ser uma ferramenta significativa para o desenvolvimento pessoal, um fator de ascensão social e uma promessa de melhor qualificação profissional, traduzida em melhores salários e uma situação econômica menos sacrificada. As frases que traduzem essa convicção são quase clichês no quadro familiar brasileiro. Muitos de nós as ouvimos de pais e avós: “Trate de estudar. A educação é a única herança que eu tenho para deixar para vocês”. Ou então: “Leia para ficar sendo seu para sempre. O que você lê e aprende ninguém vai poder lhe tirar, nunca”.
Tais máximas foram repetidas, sobretudo no âmbito familiar, ao longo dos anos. Pelo que se percebe, tais conselhos continuam vivos e fortes. Mas esta pesquisa mostra também um dado intrigante. Esse ambiente doméstico está deixando de ser a maior influência que as pessoas recebem para se tornarem leitores. Diferentemente do que se viu em pesquisas anteriores, desta vez o exemplo e os conselhos da mãe não são mais a força dominante para que alguém leia. A sociedade passou-lhe à frente na função de modelar os leitores e propor exemplos. E nela, cumpre destacar o protagonismo exercido pela escola e pelos professores. Esse aspecto vem se somar a outro dado significativo e que chega às raias do espantoso: a quase inexistência de influência da mídia para aproximar alguém dos livros e da leitura. Ambos os traços chamam a atenção no resultado desta pesquisa.
MACHADO, Ana Maria. In: FAILLA, Z. Retratos da leitura no Brasil 3. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Instituto PróLivro, 2012.
A ideia expressa pelos conectivos em destaque está corretamente indicada em
Sangue nas veias
A mais recente pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2011) vem confirmar que o livro e a leitura continuam ocupando um lugar importante no imaginário nacional. A imensa maioria dos brasileiros os associa a valores positivos e desejáveis. Mas, ao mesmo tempo, os números de leitores permanecem muito baixos. A questão continua tendo aspectos paradoxais, que desafiam o entendimento e sugerem a necessidade de um olhar sutil em sua apreciação
Há muitas décadas já se sabe que as famílias que conseguiram garantir alfabetização para as novas gerações sempre tiveram a perfeita noção de que o estudo podia ser uma ferramenta significativa para o desenvolvimento pessoal, um fator de ascensão social e uma promessa de melhor qualificação profissional, traduzida em melhores salários e uma situação econômica menos sacrificada. As frases que traduzem essa convicção são quase clichês no quadro familiar brasileiro. Muitos de nós as ouvimos de pais e avós: “Trate de estudar. A educação é a única herança que eu tenho para deixar para vocês”. Ou então: “Leia para ficar sendo seu para sempre. O que você lê e aprende ninguém vai poder lhe tirar, nunca”.
Tais máximas foram repetidas, sobretudo no âmbito familiar, ao longo dos anos. Pelo que se percebe, tais conselhos continuam vivos e fortes. Mas esta pesquisa mostra também um dado intrigante. Esse ambiente doméstico está deixando de ser a maior influência que as pessoas recebem para se tornarem leitores. Diferentemente do que se viu em pesquisas anteriores, desta vez o exemplo e os conselhos da mãe não são mais a força dominante para que alguém leia. A sociedade passou-lhe à frente na função de modelar os leitores e propor exemplos. E nela, cumpre destacar o protagonismo exercido pela escola e pelos professores. Esse aspecto vem se somar a outro dado significativo e que chega às raias do espantoso: a quase inexistência de influência da mídia para aproximar alguém dos livros e da leitura. Ambos os traços chamam a atenção no resultado desta pesquisa.
MACHADO, Ana Maria. In: FAILLA, Z. Retratos da leitura no Brasil 3. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Instituto PróLivro, 2012.
Os gráficos indicam que
Sangue nas veias
A mais recente pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2011) vem confirmar que o livro e a leitura continuam ocupando um lugar importante no imaginário nacional. A imensa maioria dos brasileiros os associa a valores positivos e desejáveis. Mas, ao mesmo tempo, os números de leitores permanecem muito baixos. A questão continua tendo aspectos paradoxais, que desafiam o entendimento e sugerem a necessidade de um olhar sutil em sua apreciação
Há muitas décadas já se sabe que as famílias que conseguiram garantir alfabetização para as novas gerações sempre tiveram a perfeita noção de que o estudo podia ser uma ferramenta significativa para o desenvolvimento pessoal, um fator de ascensão social e uma promessa de melhor qualificação profissional, traduzida em melhores salários e uma situação econômica menos sacrificada. As frases que traduzem essa convicção são quase clichês no quadro familiar brasileiro. Muitos de nós as ouvimos de pais e avós: “Trate de estudar. A educação é a única herança que eu tenho para deixar para vocês”. Ou então: “Leia para ficar sendo seu para sempre. O que você lê e aprende ninguém vai poder lhe tirar, nunca”.
Tais máximas foram repetidas, sobretudo no âmbito familiar, ao longo dos anos. Pelo que se percebe, tais conselhos continuam vivos e fortes. Mas esta pesquisa mostra também um dado intrigante. Esse ambiente doméstico está deixando de ser a maior influência que as pessoas recebem para se tornarem leitores. Diferentemente do que se viu em pesquisas anteriores, desta vez o exemplo e os conselhos da mãe não são mais a força dominante para que alguém leia. A sociedade passou-lhe à frente na função de modelar os leitores e propor exemplos. E nela, cumpre destacar o protagonismo exercido pela escola e pelos professores. Esse aspecto vem se somar a outro dado significativo e que chega às raias do espantoso: a quase inexistência de influência da mídia para aproximar alguém dos livros e da leitura. Ambos os traços chamam a atenção no resultado desta pesquisa.
MACHADO, Ana Maria. In: FAILLA, Z. Retratos da leitura no Brasil 3. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Instituto PróLivro, 2012.
Entre os gráficos a seguir, assinale o que se relaciona diretamente às informações do texto.
Não precisa trazer nada
Depois da barragem da Pampulha, pegue o caminho de Venda Nova, passe o sinal luminoso e vire a primeira à esquerda. É a rua da sede campestre do Cruzeiro.
Siga em frente, sem se distrair por nada, até quando acabar o asfalto, justamente na esquina com outra rua asfaltada. Vire para a direita.
Logo que você cruzar com outra rua, onde tem uma placa de pare, não pare. Siga sempre em frente, até que esta rua asfaltada se transforme numa rua de paralelepípedos.
Quando isso acontecer, essa rua vai se alargar inexplicavelmente, e então você entra na primeira à esquerda. Não pergunte nada a ninguém.
Mas, para ter certeza se está indo pela rua certa, olhe se à sua esquerda tem, escrito no muro, o seguinte: Mercearia Santa Amélia.
Feito isso, você novamente entra na primeira à esquerda. A rua é de um só quarteirão e também é servida de paralelepípedos. Logo adiante, vire à direita, onde você vai ver uma casa lúgubre bem na esquina. Continue nessa rua e entre outra vez à direita.
Finalmente você está na rua 19, uma rua descalça. A minha casa é a última. Tem um gramado na frente e gerânios em flor na janela, e eu estou lá dentro o dia inteiro à sua espera.
Não deixe de vir. Se não vier, você não faz a menor ideia do que vai perder. Não precisa trazer nada. Só você.
PIROLI, Wander. “Não precisa trazer nada” (conto). São Paulo: Editora Papagaio, 2004. p. 71-74.
Caracteriza a narração do conto
T E X T O I
Caravelas
Quando os peixes dormem
contra o jade da água
e o mar respira fundo
com o vigor das ondas
batendo contra os cascos desfeitos dos navios
(quando então os peixes mais pesados
sonham as sereias, os corais,
as águas-vivas, as enseadas e o sal)
sabemos que as mesmas marés
escondem recifes
e fabricam a espuma —
a regularidade é uma invenção delas:
as caravelas não são livres.
O poema aprende com o mar
a colocar os corpos em perigo.
MARQUES, Ana Martins. A vida submarina. Belo Horizonte: Scriptum, 2009.
T E X T O II
Lição de casa
Se os professores soubessem
dos riscos
não mandavam escolares
escreverem poesia.
Ao contrário
nos livros de poesia
deveria estar escrito:
não tente fazer em casa.
MARQUES, Ana Martins. A vida submarina. Belo Horizonte: Scriptum, 2009. p. 22.
Os textos têm em comum a