Questões de Filosofia - Temática - Antropologia Filosófica
A Cavalgada de Sant'Ana é uma expressão da devoção dos vaqueiros à padroeira de Caicó (RN). Nas décadas de 1950 a 1970, esse evento, então denominado Cavalaria, era celebrado pelas pessoas que residiam na zona rural do município de Caicó. Essas pessoas usavam os animais (jegues, mulas e cavalos) como único meio de transporte, sobretudo para se dirigirem à cidade nos dias de feiras, trazendo seus produtos para comercializarem. Estando em Caicó no período da Festa de Sant'Ana, esses agricultores se organizavam em cavalgada até o pátio da Catedral de Sant'Ana para louvar a santa e receber bênção para seus animais. Por volta da década de 1970, com a chegada do automóvel à zona rural do município, essa expressão cultural foi extinta. O meio de transporte utilizando os animais passou a ser substituído por carros, sobretudo caminhonetes e caminhões, que transportavam os camponeses para a cidade em dias de feiras e festas. Desde 2002, um grupo de caicoenses retomou essa expressão cultural e, em conjunto com a associação dos vaqueiros, realiza no primeiro. domingo da Festa a Cavalgada de Sant'Ana. O evento, além. de contar com a participação dos cavaleiros que residem nas zonas rurais, atrai também pessoas que residem em Caicó, cidades vizinhas e amantes das vaquejadas.
FESTA DE SANT'ANA. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br.Acesso em: 12 out. 2021 (adaptado).
As mudanças culturas mencionadas no texto caracterizam-se pela presença de
Leia o excerto, baseado num documento maia do século XVI.
Este é o princípio da concepção dos humanos, de quando se buscou o que devia compor a carne do homem. [...]
De Paxil (Lugar da Fenda), Cayalá (de Água Amarga), esse é seu nome, vieram as espigas de milho amarelo e as espigas de milho branco.
E estes são os nomes dos animais, dos que trouxeram a comida: Yac (Raposa Cinzenta), Utiú (Coiote), Quel (Pe- riquito) e Hoh (Corvo). Esses quatro animais lhes deram a notícia das espigas de milho amarelo e das espigas de milho branco. [...]
Foi assim que eles encontraram o milho — milho que compôs a carne da gente criada, da gente formada —, e a água, que se tornou o sangue, a linfa do ser humano. [...]
E então puseram em palavras a criação, a formação de nossas primeiras mães, de nossos primeiros pais. De milho amarelo e de milho branco se fez sua carne; apenas de ali- mento se fizeram os braços e as pernas do ser humano.
(Popol Vuh, 2019.)
O excerto expõe
Quem se mete pelo caminho do pedido de perdão deve estar pronto a escutar uma palavra de recusa. Entrar na atmosfera do perdão é aceitar medir-se com a possibilidade sempre aberta do imperdoável. Perdão pedido não é perdão a que se tem direito [devido]. E com o preço destas reservas que a grandeza do perdão se manifesta.
RICOEUR, P. O perdão pode curar. Disponível em: www.lusosofia.net. Acesso em: 14 out. 2019.
A reflexão sobre o perdão apresentada no texto encontra fundamento na(s)
[Para Leonardo da Vinci,] a Pintura é um meio de analisar a Natureza, de produzir uma visão especulativa de suas formas regulares e inteligíveis, sujeitas às mesmas leis gerais que as ciências começariam, depois, a identificar e a traduzir em linguagem matemática. Essa análise que a visão do artista realiza e que a sua atividade transforma em obra, completa- -se na síntese do quadro, da tela pintada, que permite ver, em sua beleza intrínseca, graças à perspectiva geométrica, um pedaço da realidade natural. A Natureza revela-se aos olhos dos que sabem vê-la e, através desse meio privilegiado que é a Pintura, torna-se visível e inteligível para os outros.
NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte.
O trecho acima exemplifica uma concepção segundo a qual a função da obra de arte...
“Se as coisas são indiferentes, imensuráveis e indiscerníveis e se, por consequência, sentido e razão não podem dizer nem verdade nem falsidade, a única atitude correta que o homem pode ter é a de não conceder nenhuma confiança aos sentidos nem à razão, mas permanecer adoxastos, vale dizer, sem opinião, ou seja, abster-se do juízo (o opinar é sempre um julgar), e, consequentemente, permanecer sem qualquer inclinação (não inclinar-se para uma coisa mais do que para outra), e permanecer sem agitação, ou seja, não deixar-se abalar por qualquer coisa, vale dizer, ficar indiferente.”
(REALE, Giovanni. História da filosofia antiga vol. III. São Paulo: Loyola, 1994, p. 409.)
A elucidação descreve uma famosa corrente filosófica da antiguidade clássica: o ceticismo. Então, para os céticos:
O consumidor em uma sociedade de consumo é uma criatura acentuadamente diferente dos consumidores de quaisquer outras sociedades até aqui. Se os nossos ancestrais filósofos, poetas e pregadores morais refletiram se o homem trabalha para viver ou vive para trabalhar, o dilema sobre o qual mais se cogita hoje em dia é se é necessário consumir para viver ou se o homem vive para poder consumir. Isto é, se ainda somos capazes e sentimos a necessidade de distinguir aquele que vive daquele que consome.
(Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas, 1999.)
De acordo com o excerto, a sociedade atual, chamada por Bauman de pós-moderna, diferencia-se das suas predecessoras, pois
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