Questões de Português - Leitura e interpretação de textos - Gêneros textuais - Verbais/Descritivo
“ 23 de maio
Fiz a comida. Achei bonito a gordura frigindo na panela. Que espetaculo deslumbrante! As crianças sorrindo vendo a comida ferver nas panelas. Ainda mais quando é arroz e feijão. É um dia de festa para eles.
22 de julho
- Antigamente eram os pretos que criava os brancos. Hoje São os brancos que criam os pretos. A senhora disse que cria a menina desde os 9 meses e a negrinha dorme com ela e que lhe chama de mãe. [...]. Todas as manhãs eu canto. Sou como as aves, que cantam apenas ao amanhecer. De manhã estou sempre alegre. A primeira coisa que faço é abrir a janela e contemplar o espaço.”
JESUS, Carolina Maria. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10ª ed. São Paulo: Ática, 2014. p. 43 e 24 – 25.
Com base na obra, “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus e, considerando-se os fragmentos citados nesta prova, é correto reconhecer a narrativa como
Maio foi colorido de amarelo, e o foi porque mundialmente amarelo é a cor convencionada para as advertências. No trânsito, essas advertências têm sido fatais. A estimativa, caso nada seja feito, é a de que se atinjam assustadoras 2,4 milhões de mortes no trânsito em 2030 em todo o mundo.
A pressa constante, o sentimento de invencibilidade, a certeza de invulnerabilidade, a necessidade de poder, a falta de civilidade, a certeza de impunidade, a ausência de solidariedade, a inexistência de compaixão e o desrespeito por si próprio são circunstâncias reais que, não raro, concorrem para o comportamento violento no trânsito.
O Maio Amarelo, que preconiza a atenção pela vida, é uma das iniciativas nesse sentido. E é precisamente a atenção pela vida que está esquecida. Essa atenção, por certo, requer menos pressa, mais civilidade, limites assegurados, consciência de vulnerabilidade, solidariedade, compaixão e respeito por si e pelo outro. Reafirmar e praticar esses princípios e valores talvez seja um caminho mais seguro e menos violento, que garanta a vida e não celebre a morte.
Disponível em: http://portaldotransito.com.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
Considerando os procedimentos argumentativos utilizados, infere-se que o objetivo desse texto é
Essa campanha publicitária do Ministério da Saúde visa
“São tantas formas de matar um preto
Que para alguns sua morte é justificada
Devia tá fazendo coisa errada
Se não era bandido, um dia ia ser
Por ser PRETO sua morte é defendida
O PRETO sempre merece morrer”.
A estrofe acima é do poeta e educador social Baticum Proletário, que atua na periferia de Fortaleza, no Ceará, preparando jovens — em quase sua totalidade negros — para enfrentar as dificuldades impostas pelo racismo estrutural no país.
É a partir da arte que Baticum consegue envolver a juventude em um projeto de fortalecimento dessa população ao promover batalhas de rimas, slams e saraus com temáticas que discutem os problemas sociais. Não por acaso, 0 tema mais explorado nas rimas, versos e prosas é a violência. De acordo com o mais recente Atlas da violência, em 2019, os negros representaram 77% das vítimas de homicídios, quase 30 assassinatos por 100 mil habitantes, a maioria deles jovens.
O Atlas revela ainda que um negro tem quase 2,7 vezes mais chance de ser morto do que um branco, o que justifica o movimento de resistência crescente no Brasil.
MENDONÇA, F. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 22 nov. 2021 (adaptado).
O uso de citação e de dados estatísticos nesse texto tem o objetivo de
Uma das atrações turísticas da ilha de São Vicente, no estado de São Paulo, é a Ponte Pênsil localizada entre os morros do Japuí e dos Barbosas. Ela é responsável pela ligação da ilha ao continente e é considerada um marco na construção desse tipo de ponte no Brasil.
Em 1910, a Comissão de Saneamento de Santos, liderada pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito, sugeriu a construção da ponte com o propósito de servir de suporte à instalação de uma tubulação a fim de conduzir o esgoto coletado nas cidades de Santos e de São Vicente para lançamento no Oceano Atlântico, na Ponta de Itaipu, localizada na cidade de Praia Grande. Os canais de Santos também fizeram parte deste plano de saneamento. Boa parte da população da região, no início do século XX, era vítima de doenças ocasionadas pela ausência de saneamento básico, como febre amarela, cólera, leptospirose e peste bubônica.
A ponte foi inaugurada em 21 de maio de 1914.
https://tinyurl.com/2jw6yrhf%20Acesso%20em:%2014.03.2023.%20Adaptado.
De acordo com o texto, é correto afirmar que
Para responder à questão, considere não apenas o fragmento em itálico, mas também a contextualização que o precede.
O fragmento a seguir foi recortado de um texto intitulado “Maternidade especial”, postado em 15 de fevereiro de 2022, em um site pertencente ao domínio “.com” e que pode ser pesquisado pelo nome “garotadatelha”, precedido de http://. A autora identifica-se como “gente, mãe, atuante no mundo jurídico e interessada em coisas legais”. Quanto aos conteúdos do gênero por meio do qual “produz, reproduz e difunde a escrita de maneira interativa” (LORENZI; PÁDUA, 2012, p. 40), ela assim os apresenta: “Viagem, entretenimento, comentários, receitas, festas, dicas para economizar, dicas de locais para sair, de livros, séries, filmes, muitos casos, contos e histórias (por mim escritos) para rir... alguns desabafos... e no fim, o que vier na telha para ajudar”.
Vejamos o fragmento:
Vou escrever sobre uma mãe que conheço. [...] Quando a conheci, ela só tinha tido o melhor amigo do meu filho. E eu sabia da sua existência através do menino. [...] Pois bem, essa mãe passou muita coisa e, hoje, tem três filhos. Apesar de engenheira, de entender de números, probabilidades e estatísticas, em questão de filho ela muda toda a logística matemática, se recusando a aceitar as teorias e fazendo, sempre, dos filhos, o ponto fora da curva. [...] Acorda cedo, cuida do bebê, ajuda o mais velho nas atividades, e trata o filho do meio. [....] Esse segundo filho foi diagnosticado com autismo. Não falava e não fazia contato visual. Se ela ficou baqueada com o diagnóstico? Ficou sim. Deixou as crianças em casa com o marido. Chorou. Comeu doce. Respirou. Tornou a chorar e, no dia seguinte, aquela supermãe já estava tomando providências pra tratar o filho. E disse a mesma coisa que mamãe me falou uma vez: “Ele não precisa de choro; precisa de orientação e tratamento; então... vamo que vamo...” (A parte do “vamo que vamo” é dessa mãe fofa – minha mãe não falava isso). [...]
(Disponível em: http://garotadatelha.[...].com. Acesso em: 23 out. 2022. Com adaptações) [Grifos nossos. Omissão de um detalhe do endereço eletrônico por uma razão óbvia: ocultar informação que favoreça os candidatos]
O parágrafo contextualizador reúne informações sobre um dos diferentes gêneros digitais.
Assinale a alternativa que traz a identificação correta desse gênero e o trecho do texto que sinaliza para sua função social atual.
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