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A salvação da lavoura
Conciliar preservação com pujança agrícola implica superar polarização e investir em tecnologia para tornar a agropecuária brasileira mais sustentável.
A pior praga a afligir o agronegócio brasileiro tem raiz ideológica: a polarização entre ambientalistas e ruralistas. Ela envenena o debate público e enseja que os pontos de vista mais atrasados prevaleçam.
O Brasil ocupa posição única no cenário mundial. E o segundo maior exportador de grãos. Com tecnologia própria, expandiu a produção ao ritmo de 4,1% ao ano, desde a década de 1970, com alta menor da área plantada (1,2% por ano).
Folha de S. Paulo, Editorial, p. A2, 09 set. 2018.
O título do texto, “A salvação da lavoura”, é construído a partir do seguinte recurso de linguagem:
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O desafio da complexidade
Há uma inadequação cada vez mais ampla e grave entre os saberes separados entre disciplinas, e, por outro lado, a) realidades ou problemas cada vez mais transversais, multidimensionais, globais e planetários.
Em tal situação, tornam-se invisíveis: os conjuntos complexos, as interações e retroações entre partes e todo, as entidades multidimensionais, os problemas essenciais.
Os saberes estão cada vez mais hiperespecializados, ou seja, cada vez mais fechados em si mesmos sem permitir a integração em uma problemática global ou numa concepção de conjunto do objeto, considerando-se apenas um aspecto ou uma parte. De fato, essa hiperespecialização nos impede de ver o global (que é fragmentado em parcelas), bem como o essencial (que é diluído). Ora, os problemas essenciais nunca são parceláveis, e os problemas globais são cada vez mais essenciais. Além disso, todos os problemas particulares só podem ser posicionados e pensados corretamente em seus contextos; e o próprio contexto desses problemas deve ser posicionado, cada vez mais, no contexto planetário.
Os desenvolvimentos próprios do nosso século e de nossa era planetária nos confrontam, inevitavelmente e com mais e mais frequência, com os desafios da complexidade. Ela só é, de fato, considerada quando os componentes que constituem um todo (como o econômico, o político, o sociológico, o psicológico, o afetivo, o mitológico) são vistos de modo inseparável — considerando-se a interdependência e interatividade entre as partes eo todo, e entre o todo e as partes.
Efetivamente, a inteligência — que só sabe separar — fragmenta o complexo do mundo em pedaços, fraciona os problemas, unidimensionaliza o multidimensional. Atrofia as possibilidades de compreensão e de reflexão, eliminando assim as oportunidades de um julgamento corretivo ou de uma visão de longo prazo. Sua insuficiência para tratar nossos problemas mais profundos constitui um dos mais graves problemas que enfrentamos. Desse modo, quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior é a incapacidade de pensar sua multidimensionalidade; quanto mais a crise progride, mais progride a incapacidade de pensar a crise; quanto mais os problemas se tornam planetários, mais eles ficam impensáveis. Uma inteligência incapaz de perceber o contexto e o complexo planetário fica cega, inconsciente e irresponsável. Como disseram Aurelio Peccei e Daisaku Ikeda: "O paradigma reducionista, que consiste em recorrer a uma série de fatores para regular a totalidade dos problemas levantados pela crise multiforme, que atravessamos atualmente, é tão problemático quanto o próprio problema que se pretende analisar”.
Assim, os desenvolvimentos disciplinares das ciências não
só trouxeram as vantagens da divisão do trabalho, mas também os inconvenientes da superespecialização, do confinamento e do despedaçamento do saber. Não só produziram o conhecimento e as novas elucidações, mas também a ignorância e a cegueira.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. p. 13-15. (Adaptado).
Em “Em tal situação, tornam-se invisíveis: os conjuntos complexos, as interações e retroações entre partes e todo, as entidades multidimensionais, os problemas essenciais” o sinal de dois pontos (:) tem como função introduzir uma
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O desafio da complexidade
Há uma inadequação cada vez mais ampla e grave entre os saberes separados entre disciplinas, e, por outro lado, a) realidades ou problemas cada vez mais transversais, multidimensionais, globais e planetários.
Em tal situação, tornam-se invisíveis: os conjuntos complexos, as interações e retroações entre partes e todo, as entidades multidimensionais, os problemas essenciais.
Os saberes estão cada vez mais hiperespecializados, ou seja, cada vez mais fechados em si mesmos sem permitir a integração em uma problemática global ou numa concepção de conjunto do objeto, considerando-se apenas um aspecto ou uma parte. De fato, essa hiperespecialização nos impede de ver o global (que é fragmentado em parcelas), bem como o essencial (que é diluído). Ora, os problemas essenciais nunca são parceláveis, e os problemas globais são cada vez mais essenciais. Além disso, todos os problemas particulares só podem ser posicionados e pensados corretamente em seus contextos; e o próprio contexto desses problemas deve ser posicionado, cada vez mais, no contexto planetário.
Os desenvolvimentos próprios do nosso século e de nossa era planetária nos confrontam, inevitavelmente e com mais e mais frequência, com os desafios da complexidade. Ela só é, de fato, considerada quando os componentes que constituem um todo (como o econômico, o político, o sociológico, o psicológico, o afetivo, o mitológico) são vistos de modo inseparável — considerando-se a interdependência e interatividade entre as partes eo todo, e entre o todo e as partes.
Efetivamente, a inteligência — que só sabe separar — fragmenta o complexo do mundo em pedaços, fraciona os problemas, unidimensionaliza o multidimensional. Atrofia as possibilidades de compreensão e de reflexão, eliminando assim as oportunidades de um julgamento corretivo ou de uma visão de longo prazo. Sua insuficiência para tratar nossos problemas mais profundos constitui um dos mais graves problemas que enfrentamos. Desse modo, quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior é a incapacidade de pensar sua multidimensionalidade; quanto mais a crise progride, mais progride a incapacidade de pensar a crise; quanto mais os problemas se tornam planetários, mais eles ficam impensáveis. Uma inteligência incapaz de perceber o contexto e o complexo planetário fica cega, inconsciente e irresponsável. Como disseram Aurelio Peccei e Daisaku Ikeda: "O paradigma reducionista, que consiste em recorrer a uma série de fatores para regular a totalidade dos problemas levantados pela crise multiforme, que atravessamos atualmente, é tão problemático quanto o próprio problema que se pretende analisar”.
Assim, os desenvolvimentos disciplinares das ciências não
só trouxeram as vantagens da divisão do trabalho, mas também os inconvenientes da superespecialização, do confinamento e do despedaçamento do saber. Não só produziram o conhecimento e as novas elucidações, mas também a ignorância e a cegueira.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. p. 13-15. (Adaptado).
Os textos apresentam diversos elementos de articulação, que servem para ligar suas partes internas. No fragmento “Sua insuficiência para tratar nossos problemas mais profundos constitui um dos mais graves problemas que enfrentamos” (5º parágrafo), o pronome “sua” se articula a um termo anterior.
Portanto, faz uma retomada possessiva de
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O desafio da complexidade
Há uma inadequação cada vez mais ampla e grave entre os saberes separados entre disciplinas, e, por outro lado, a) realidades ou problemas cada vez mais transversais, multidimensionais, globais e planetários.
Em tal situação, tornam-se invisíveis: os conjuntos complexos, as interações e retroações entre partes e todo, as entidades multidimensionais, os problemas essenciais.
Os saberes estão cada vez mais hiperespecializados, ou seja, cada vez mais fechados em si mesmos sem permitir a integração em uma problemática global ou numa concepção de conjunto do objeto, considerando-se apenas um aspecto ou uma parte. De fato, essa hiperespecialização nos impede de ver o global (que é fragmentado em parcelas), bem como o essencial (que é diluído). Ora, os problemas essenciais nunca são parceláveis, e os problemas globais são cada vez mais essenciais. Além disso, todos os problemas particulares só podem ser posicionados e pensados corretamente em seus contextos; e o próprio contexto desses problemas deve ser posicionado, cada vez mais, no contexto planetário.
Os desenvolvimentos próprios do nosso século e de nossa era planetária nos confrontam, inevitavelmente e com mais e mais frequência, com os desafios da complexidade. Ela só é, de fato, considerada quando os componentes que constituem um todo (como o econômico, o político, o sociológico, o psicológico, o afetivo, o mitológico) são vistos de modo inseparável — considerando-se a interdependência e interatividade entre as partes eo todo, e entre o todo e as partes.
Efetivamente, a inteligência — que só sabe separar — fragmenta o complexo do mundo em pedaços, fraciona os problemas, unidimensionaliza o multidimensional. Atrofia as possibilidades de compreensão e de reflexão, eliminando assim as oportunidades de um julgamento corretivo ou de uma visão de longo prazo. Sua insuficiência para tratar nossos problemas mais profundos constitui um dos mais graves problemas que enfrentamos. Desse modo, quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior é a incapacidade de pensar sua multidimensionalidade; quanto mais a crise progride, mais progride a incapacidade de pensar a crise; quanto mais os problemas se tornam planetários, mais eles ficam impensáveis. Uma inteligência incapaz de perceber o contexto e o complexo planetário fica cega, inconsciente e irresponsável. Como disseram Aurelio Peccei e Daisaku Ikeda: "O paradigma reducionista, que consiste em recorrer a uma série de fatores para regular a totalidade dos problemas levantados pela crise multiforme, que atravessamos atualmente, é tão problemático quanto o próprio problema que se pretende analisar”.
Assim, os desenvolvimentos disciplinares das ciências não
só trouxeram as vantagens da divisão do trabalho, mas também os inconvenientes da superespecialização, do confinamento e do despedaçamento do saber. Não só produziram o conhecimento e as novas elucidações, mas também a ignorância e a cegueira.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. p. 13-15. (Adaptado).
No enunciado “Além disso, todos os problemas particulares só podem ser posicionados e pensados corretamente em seus contextos”, o elemento “além disso” funciona, do ponto de vista retórico, como um elemento introdutor de um(a)
Considere o seguinte fragmento:
“Desse modo, quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior é a incapacidade de pensar sua multidimensionalidade; quanto mais a crise progride, mais progride a incapacidade de pensar a crise; quanto mais os problemas se tornam planetários, mais eles ficam impensáveis”.
Esse função trecho busca construir uma ideia de comparação.
As três cláusulas aí presentes mostram que há, entre as partes comparadas, uma relação de
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O desafio da complexidade
Há uma inadequação cada vez mais ampla e grave entre os saberes separados entre disciplinas, e, por outro lado, a) realidades ou problemas cada vez mais transversais, multidimensionais, globais e planetários.
Em tal situação, tornam-se invisíveis: os conjuntos complexos, as interações e retroações entre partes e todo, as entidades multidimensionais, os problemas essenciais.
Os saberes estão cada vez mais hiperespecializados, ou seja, cada vez mais fechados em si mesmos sem permitir a integração em uma problemática global ou numa concepção de conjunto do objeto, considerando-se apenas um aspecto ou uma parte. De fato, essa hiperespecialização nos impede de ver o global (que é fragmentado em parcelas), bem como o essencial (que é diluído). Ora, os problemas essenciais nunca são parceláveis, e os problemas globais são cada vez mais essenciais. Além disso, todos os problemas particulares só podem ser posicionados e pensados corretamente em seus contextos; e o próprio contexto desses problemas deve ser posicionado, cada vez mais, no contexto planetário.
Os desenvolvimentos próprios do nosso século e de nossa era planetária nos confrontam, inevitavelmente e com mais e mais frequência, com os desafios da complexidade. Ela só é, de fato, considerada quando os componentes que constituem um todo (como o econômico, o político, o sociológico, o psicológico, o afetivo, o mitológico) são vistos de modo inseparável — considerando-se a interdependência e interatividade entre as partes eo todo, e entre o todo e as partes.
Efetivamente, a inteligência — que só sabe separar — fragmenta o complexo do mundo em pedaços, fraciona os problemas, unidimensionaliza o multidimensional. Atrofia as possibilidades de compreensão e de reflexão, eliminando assim as oportunidades de um julgamento corretivo ou de uma visão de longo prazo. Sua insuficiência para tratar nossos problemas mais profundos constitui um dos mais graves problemas que enfrentamos. Desse modo, quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior é a incapacidade de pensar sua multidimensionalidade; quanto mais a crise progride, mais progride a incapacidade de pensar a crise; quanto mais os problemas se tornam planetários, mais eles ficam impensáveis. Uma inteligência incapaz de perceber o contexto e o complexo planetário fica cega, inconsciente e irresponsável. Como disseram Aurelio Peccei e Daisaku Ikeda: "O paradigma reducionista, que consiste em recorrer a uma série de fatores para regular a totalidade dos problemas levantados pela crise multiforme, que atravessamos atualmente, é tão problemático quanto o próprio problema que se pretende analisar”.
Assim, os desenvolvimentos disciplinares das ciências não
só trouxeram as vantagens da divisão do trabalho, mas também os inconvenientes da superespecialização, do confinamento e do despedaçamento do saber. Não só produziram o conhecimento e as novas elucidações, mas também a ignorância e a cegueira.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. p. 13-15. (Adaptado).
No enunciado, “Efetivamente, a inteligência — que só sabe separar — fragmenta o complexo do mundo em pedaços separados, fraciona os problemas, unidimensionaliza o multidimensional” (5º parágrafo), o advérbio “efetivamente” expressa