O futuro é dos robôs?
Em 17 de março deste ano, o Los Angeles Times deu um furo graças ao trabalho de um robôjornalista. A notícia relatava a ocorrência de um terremoto de magnitude 4,7 e oferecia informações sobre horário, epicentro, profundidade e abrangência geográfica do evento geológico. O jornalista e programador Ken Schwencke criou um algoritmo capaz de, em três minutos, gerar automaticamente e colocar no site do Times uma notícia sempre que um terremoto ocorre, usando como fonte o US Geological Survey.
Vários veículos jornalísticos americanos e europeus têm usado robôs para escrever notícias simples, em especial nas editorias de esportes e de polícia. Já existem até trabalhos acadêmicos que investigam a reação de leitores a essas notícias feitas por computadores. Christer Clerwall, da Karstad University (Suécia), submeteu textos jornalísticos sobre jogos de futebol escritos por seres humanos e por robôs: a maioria absoluta dos leitores foi incapaz de distinguir uns dos outros.
Em artigo publicado pela revista Journalism Practice, Clerwall diz que os resultados do trabalho podem indicar que os robôs estão fazendo um bom trabalho ou que os jornalistas estão fazendo um mau trabalho ou que ambos estão fazendo um bom (ou mau) trabalho. Ele pergunta: “Se uma notícia feita por robô não pode ser distinguida de outra feita por jornalista, por que um veículo deve contratar pessoas?”.
Mas, no Times, Schwencke diz que o trabalho do robô, embora poupe tempo e dinheiro, não substitui o do jornalista.
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed798_mundo_do_trabalho_muda. Acesso em: 21/07/14. Adaptado.
O Texto 2 organiza-se, predominantemente, em torno de estruturas narrativas; entretanto, um segmento de conteúdo eminentemente argumentativo pode ser verificado em:
Profissões de futuro
Esse tema sempre nos traz reflexões e incertezas, seja para orientar investimentos, seja para
orientar os nossos filhos. Nunca houve consenso a respeito do futuro das profissões, porque as
informações se renovam a cada três meses, fazendo de nós um novo ser completamente
diferente, a cada seis meses, tornando-nos “velhos” e ultrapassados em um curto espaço de
tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
As profissões fundamentais nos dias de hoje não existirão daqui a dez anos, e as que se tornarão
de primeira necessidade nem foram inventadas ainda. Não mudarão apenas as profissões, mas a
maneira de se trabalhar, criando-se nichos e subnichos de empregos, sub, super e
ultraespecialidades de uma mesma área, gerando megaprofissionais altamente qualificados, mas
absolutamente carentes de uma formação mais completa, seja científica, seja cultural.
O médico oftalmologista, que é um especialista, já divide sua área com subespecialidades (o de
retina, o de catarata, o de glaucoma e outras patologias, o de cirurgia) a tal ponto que um dos
melhores especialistas chegará a tratar de qualquer distúrbio ocular com muita facilidade, mas
será incapaz de prescrever uns óculos ou o colírio corretos. Assim vai acontecer com a
engenharia, odontologia, direito e outras. E mais: quando um jovem ingressava na faculdade de
direito, sabia se seria advogado. Hoje em dia entram para descobrirem a que carreira abraçarão,
seja policial, diplomática, fiscal, e quem sabe, a de advogado mesmo, na essência jurídica. Com a
revolução da inteligência artificial, muitas áreas tenderão a se fundir, como, por exemplo, a
medicina, a engenharia e a informática, nascendo a engenharia de tecidos, engenharia genética,
programadores de genes.
Com a mesma velocidade que se formarão, esses novos profissionais também deverão continuar
estudando, fazendo pós-graduação, tornando-se polivalentes, profissionais híbridos e preparados
para exercerem várias e múltiplas atividades dentro do seu campo de ação. Os cursos mais
concorridos nem sempre são os de melhores perspectivas futuras e podem fazer com que esses
jovens saiam das faculdades para aumentarem o número de desempregados.
O certo é que, na velocidade com que anda esse planeta, as informações se renovam a cada três
meses, fazendo de nós um novo ser completamente diferente, a cada seis meses, tornando-nos
“velhos” e ultrapassados em um curto espaço de tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
KASSIS, Elias Naim. Disponível em: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Opiniao/Artigos/9287/ Profissoes+de+futuro+.aspx. Acesso em: 10/07/14. Adaptado.
O Texto 1 defende, fundamentalmente, a ideia de que
Profissões de futuro
Esse tema sempre nos traz reflexões e incertezas, seja para orientar investimentos, seja para
orientar os nossos filhos. Nunca houve consenso a respeito do futuro das profissões, porque as
informações se renovam a cada três meses, fazendo de nós um novo ser completamente
diferente, a cada seis meses, tornando-nos “velhos” e ultrapassados em um curto espaço de
tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
As profissões fundamentais nos dias de hoje não existirão daqui a dez anos, e as que se tornarão
de primeira necessidade nem foram inventadas ainda. Não mudarão apenas as profissões, mas a
maneira de se trabalhar, criando-se nichos e subnichos de empregos, sub, super e
ultraespecialidades de uma mesma área, gerando megaprofissionais altamente qualificados, mas
absolutamente carentes de uma formação mais completa, seja científica, seja cultural.
O médico oftalmologista, que é um especialista, já divide sua área com subespecialidades (o de
retina, o de catarata, o de glaucoma e outras patologias, o de cirurgia) a tal ponto que um dos
melhores especialistas chegará a tratar de qualquer distúrbio ocular com muita facilidade, mas
será incapaz de prescrever uns óculos ou o colírio corretos. Assim vai acontecer com a
engenharia, odontologia, direito e outras. E mais: quando um jovem ingressava na faculdade de
direito, sabia se seria advogado. Hoje em dia entram para descobrirem a que carreira abraçarão,
seja policial, diplomática, fiscal, e quem sabe, a de advogado mesmo, na essência jurídica. Com a
revolução da inteligência artificial, muitas áreas tenderão a se fundir, como, por exemplo, a
medicina, a engenharia e a informática, nascendo a engenharia de tecidos, engenharia genética,
programadores de genes.
Com a mesma velocidade que se formarão, esses novos profissionais também deverão continuar
estudando, fazendo pós-graduação, tornando-se polivalentes, profissionais híbridos e preparados
para exercerem várias e múltiplas atividades dentro do seu campo de ação. Os cursos mais
concorridos nem sempre são os de melhores perspectivas futuras e podem fazer com que esses
jovens saiam das faculdades para aumentarem o número de desempregados.
O certo é que, na velocidade com que anda esse planeta, as informações se renovam a cada três
meses, fazendo de nós um novo ser completamente diferente, a cada seis meses, tornando-nos
“velhos” e ultrapassados em um curto espaço de tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
KASSIS, Elias Naim. Disponível em: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Opiniao/Artigos/9287/ Profissoes+de+futuro+.aspx. Acesso em: 10/07/14. Adaptado.
O Texto 1 apresenta algumas perspectivas sobre o futuro das profissões. Assinale a alternativa que sintetiza adequadamente sua ideia principal sobre esse tema.
Profissões de futuro
Esse tema sempre nos traz reflexões e incertezas, seja para orientar investimentos, seja para
orientar os nossos filhos. Nunca houve consenso a respeito do futuro das profissões, porque as
informações se renovam a cada três meses, fazendo de nós um novo ser completamente
diferente, a cada seis meses, tornando-nos “velhos” e ultrapassados em um curto espaço de
tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
As profissões fundamentais nos dias de hoje não existirão daqui a dez anos, e as que se tornarão
de primeira necessidade nem foram inventadas ainda. Não mudarão apenas as profissões, mas a
maneira de se trabalhar, criando-se nichos e subnichos de empregos, sub, super e
ultraespecialidades de uma mesma área, gerando megaprofissionais altamente qualificados, mas
absolutamente carentes de uma formação mais completa, seja científica, seja cultural.
O médico oftalmologista, que é um especialista, já divide sua área com subespecialidades (o de
retina, o de catarata, o de glaucoma e outras patologias, o de cirurgia) a tal ponto que um dos
melhores especialistas chegará a tratar de qualquer distúrbio ocular com muita facilidade, mas
será incapaz de prescrever uns óculos ou o colírio corretos. Assim vai acontecer com a
engenharia, odontologia, direito e outras. E mais: quando um jovem ingressava na faculdade de
direito, sabia se seria advogado. Hoje em dia entram para descobrirem a que carreira abraçarão,
seja policial, diplomática, fiscal, e quem sabe, a de advogado mesmo, na essência jurídica. Com a
revolução da inteligência artificial, muitas áreas tenderão a se fundir, como, por exemplo, a
medicina, a engenharia e a informática, nascendo a engenharia de tecidos, engenharia genética,
programadores de genes.
Com a mesma velocidade que se formarão, esses novos profissionais também deverão continuar
estudando, fazendo pós-graduação, tornando-se polivalentes, profissionais híbridos e preparados
para exercerem várias e múltiplas atividades dentro do seu campo de ação. Os cursos mais
concorridos nem sempre são os de melhores perspectivas futuras e podem fazer com que esses
jovens saiam das faculdades para aumentarem o número de desempregados.
O certo é que, na velocidade com que anda esse planeta, as informações se renovam a cada três
meses, fazendo de nós um novo ser completamente diferente, a cada seis meses, tornando-nos
“velhos” e ultrapassados em um curto espaço de tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
KASSIS, Elias Naim. Disponível em: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Opiniao/Artigos/9287/ Profissoes+de+futuro+.aspx. Acesso em: 10/07/14. Adaptado.
Sobre algumas das estratégias utilizadas pelo autor para alcançar os efeitos pretendidos, analise as afirmativas a seguir.
I. A fiel repetição de um trecho do primeiro parágrafo no último indica que o autor reafirma e ao mesmo tempo dá importância ao conteúdo desse trecho.
II. Para angariar a atenção do leitor, o autor opta por fazer uma afirmação categórica e surpreendente em “As profissões fundamentais nos dias de hoje não existirão daqui a dez anos” (2º parágrafo).
III. No trecho: “criando-se nichos e subnichos de empregos, sub, super e ultraespecialidades de uma mesma área, gerando megaprofissionais” (2º parágrafo), o emprego recorrente de prefixos selecionados amplia os sentidos da ideia veiculada.
IV. No trecho: “Hoje em dia entram para descobrirem a que carreira abraçarão, seja policial, diplomática, fiscal” (3º parágrafo), o emprego de metáfora e de algumas elipses promove, ao mesmo tempo, expressividade e concisão.
Estão CORRETAS:
Profissões de futuro
Esse tema sempre nos traz reflexões e incertezas, seja para orientar investimentos, seja para
orientar os nossos filhos. Nunca houve consenso a respeito do futuro das profissões, porque as
informações se renovam a cada três meses, fazendo de nós um novo ser completamente
diferente, a cada seis meses, tornando-nos “velhos” e ultrapassados em um curto espaço de
tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
As profissões fundamentais nos dias de hoje não existirão daqui a dez anos, e as que se tornarão
de primeira necessidade nem foram inventadas ainda. Não mudarão apenas as profissões, mas a
maneira de se trabalhar, criando-se nichos e subnichos de empregos, sub, super e
ultraespecialidades de uma mesma área, gerando megaprofissionais altamente qualificados, mas
absolutamente carentes de uma formação mais completa, seja científica, seja cultural.
O médico oftalmologista, que é um especialista, já divide sua área com subespecialidades (o de
retina, o de catarata, o de glaucoma e outras patologias, o de cirurgia) a tal ponto que um dos
melhores especialistas chegará a tratar de qualquer distúrbio ocular com muita facilidade, mas
será incapaz de prescrever uns óculos ou o colírio corretos. Assim vai acontecer com a
engenharia, odontologia, direito e outras. E mais: quando um jovem ingressava na faculdade de
direito, sabia se seria advogado. Hoje em dia entram para descobrirem a que carreira abraçarão,
seja policial, diplomática, fiscal, e quem sabe, a de advogado mesmo, na essência jurídica. Com a
revolução da inteligência artificial, muitas áreas tenderão a se fundir, como, por exemplo, a
medicina, a engenharia e a informática, nascendo a engenharia de tecidos, engenharia genética,
programadores de genes.
Com a mesma velocidade que se formarão, esses novos profissionais também deverão continuar
estudando, fazendo pós-graduação, tornando-se polivalentes, profissionais híbridos e preparados
para exercerem várias e múltiplas atividades dentro do seu campo de ação. Os cursos mais
concorridos nem sempre são os de melhores perspectivas futuras e podem fazer com que esses
jovens saiam das faculdades para aumentarem o número de desempregados.
O certo é que, na velocidade com que anda esse planeta, as informações se renovam a cada três
meses, fazendo de nós um novo ser completamente diferente, a cada seis meses, tornando-nos
“velhos” e ultrapassados em um curto espaço de tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
KASSIS, Elias Naim. Disponível em: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Opiniao/Artigos/9287/ Profissoes+de+futuro+.aspx. Acesso em: 10/07/14. Adaptado.
Observe: “O médico oftalmologista, que é um especialista, já divide sua área com subespecialidades (...) a tal ponto que um dos melhores especialistas chegará a tratar de qualquer distúrbio ocular com muita facilidade, mas será incapaz de prescrever uns óculos ou o colírio corretos.” (3º parágrafo). Nesse trecho, o segmento destacado tem valor semântico
Profissões de futuro
[1] Esse tema sempre nos traz reflexões e incertezas, seja para orientar investimentos, seja para orientar os nossos filhos. Nunca houve consenso a respeito do futuro das profissões, porque as informações se renovam a cada três meses, fazendo de nós um novo ser completamente diferente, a cada seis meses, tornando-nos “velhos” e ultrapassados em um curto espaço de tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
[2] As profissões fundamentais nos dias de hoje não existirão daqui a dez anos, e as que se tornarão de primeira necessidade nem foram inventadas ainda. Não mudarão apenas as profissões, mas a maneira de se trabalhar, criando-se nichos e subnichos de empregos, sub, super e ultraespecialidades de uma mesma área, gerando megaprofissionais altamente qualificados, mas absolutamente carentes de uma formação mais completa, seja científica, seja cultural.
[3] O médico oftalmologista, que é um especialista, já divide sua área com subespecialidades (o de retina, o de catarata, o de glaucoma e outras patologias, o de cirurgia) a tal ponto que um dos melhores especialistas chegará a tratar de qualquer distúrbio ocular com muita facilidade, mas será incapaz de prescrever uns óculos ou o colírio corretos. Assim vai acontecer com a engenharia, odontologia, direito e outras. E mais: quando um jovem ingressava na faculdade de direito, sabia se seria advogado. Hoje em dia entram para descobrirem a que carreira abraçarão, seja policial, diplomática, fiscal, e quem sabe, a de advogado mesmo, na essência jurídica. Com a revolução da inteligência artificial, muitas áreas tenderão a se fundir, como, por exemplo, a medicina, a engenharia e a informática, nascendo a engenharia de tecidos, engenharia genética, programadores de genes.
[4] Com a mesma velocidade que se formarão, esses novos profissionais também deverão continuar estudando, fazendo pós-graduação, tornando-se polivalentes, profissionais híbridos e preparados para exercerem várias e múltiplas atividades dentro do seu campo de ação. Os cursos mais concorridos nem sempre são os de melhores perspectivas futuras e podem fazer com que esses jovens saiam das faculdades para aumentarem o número de desempregados.
[5] O certo é que, na velocidade com que anda esse planeta, as informações se renovam a cada três meses, fazendo de nós um novo ser completamente diferente, a cada seis meses, tornando-nos “velhos” e ultrapassados em um curto espaço de tempo, se não nos atualizarmos constantemente.
KASSIS, Elias Naim. Disponível em: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Opiniao/Artigos/9287/ Profissoes+de+futuro+.aspx. Acesso em: 10/07/14. Adaptado.
Acerca dos aspectos formais do uso da língua no Texto 1, analise as proposições que se seguem.
I. O emprego da forma sublinhada em “daqui a dez anos” (2º parágrafo) configura-se como o mesmo caso de “não o vejo a dez anos”, justificando, assim, a mesma grafia.
II. Em: “As profissões fundamentais nos dias de hoje não existirão daqui a dez anos” (2º parágrafo), a substituição da forma verbal destacada por “haverão” estaria em conformidade com a norma-padrão, desde que a reformulação contemplasse também uma inversão sintática: “Daqui a dez anos, não haverão as profissões fundamentais nos dias de hoje.”.
III. No trecho: “quando um jovem ingressava na faculdade de direito, sabia se seria advogado. Hoje em dia entram para descobrirem a que carreira abraçarão” (3º parágrafo), a pluralização da forma verbal em destaque está associada a uma ideia que inclui mais de um jovem.
IV. No trecho: “Com a mesma velocidade que se formarão, esses novos profissionais também deverão continuar estudando”, as formas verbais destacadas sinalizam o teor de previsão que tem o texto.
Estão CORRETAS, apenas: