Leia o poema de Álvares de Azevedo para responder à questão.
Meu anjo
Meu anjo tem o encanto, a maravilha
Da espontânea canção dos passarinhos;
Tem os seios tão alvos, tão macios
Como o pelo sedoso dos arminhos1.
Triste de noite na janela a vejo
E de seus lábios o gemido escuto.
É leve a criatura vaporosa
Como a froixa fumaça de um charuto.
Parece até que sobre a fronte angélica
Um anjo lhe depôs coroa e nimbo…
Formosa a vejo assim entre meus sonhos
Mais bela no vapor do meu cachimbo.
Como o vinho espanhol, um beijo dela
Entorna ao sangue a luz do paraíso.
Dá morte num desdém, num beijo vida,
E celestes desmaios num sorriso!
Mas quis a minha sina que seu peito
Não batesse por mim nem um minuto,
E que ela fosse leviana e bela
Como a leve fumaça de um charuto!
(Os melhores poemas, 1994.)
1arminho: mamífero euroasiático de pelagem macia.
“de noite na janela a vejo” (2a estrofe)
Mantendo o sentido original, passada para a voz passiva, a oração transforma-se em:
Leia o texto de Mario Cesar Carvalho para responder à questão.
O cigarro provoca vinte e seis enfermidades fatais (onze tipos de câncer, seis doenças cardiovasculares, cinco respiratórias e quatro pediátricas), encurta em cinco anos a vida de quem consome quinze unidades por dia e causa uma dependência tão grave quanto a da heroína. Por que, então, um quinto do planeta fuma?
A resposta mais frequente atribui o vício à propaganda maciça. É claro que a publicidade ajudou o fumo a alastrar-se pelo mundo, e a indústria do cigarro é das que mais investem em propaganda. Mas acreditar que o fumante é um autômato movido a impulsos externos de desejo seria subestimar em demasia a inteligência humana.
Exatamente como ocorre com os detratores das drogas, os inimigos do fumo tentam esconder o óbvio − que o cigarro é prazeroso para quem fuma. Desvendar esse prazer é, talvez, o melhor atalho para entender por que o cigarro conquistou o mundo.
A sensação de prazer é verdadeira, mas a impressão de que o cigarro acalma, relaxa e funciona como estabilizador do humor é tão falsa quanto uma nota de R$ 3,00. Na verdade, a sensação de relaxamento ocorre porque a nicotina agiu sobre um mecanismo que ela própria criou − o da dependência.
Ao tragar um cigarro, o fumante acalma-se porque estava em crise de abstinência. A nicotina que ele consumira já se dissipou no organismo. Aí, começam os sintomas da falta de nicotina − uma ansiedade que parece saltar pela boca, como se fosse sólida, acompanhada de irritação, nervosismo e incapacidade de concentrar-se. Quando se aspira o cigarro, a crise de abstinência é interrompida, e tem-se a sensação de relaxamento. Estritamente falando, a nicotina não acalma nem estabiliza o humor. Ela só alivia os sintomas provocados por sua própria falta; é a cura para um mal que ela própria criou. É uma platitude1 , mas quem nunca fumou não tem crise de abstinência.
(O cigarro, 2001. Adaptado.)
1platitude: obviedade.
Segundo o texto,
Leia o texto de Mario Cesar Carvalho para responder à questão.
O cigarro provoca vinte e seis enfermidades fatais (onze tipos de câncer, seis doenças cardiovasculares, cinco respiratórias e quatro pediátricas), encurta em cinco anos a vida de quem consome quinze unidades por dia e causa uma dependência tão grave quanto a da heroína. Por que, então, um quinto do planeta fuma?
A resposta mais frequente atribui o vício à propaganda maciça. É claro que a publicidade ajudou o fumo a alastrar-se pelo mundo, e a indústria do cigarro é das que mais investem em propaganda. Mas acreditar que o fumante é um autômato movido a impulsos externos de desejo seria subestimar em demasia a inteligência humana.
Exatamente como ocorre com os detratores das drogas, os inimigos do fumo tentam esconder o óbvio − que o cigarro é prazeroso para quem fuma. Desvendar esse prazer é, talvez, o melhor atalho para entender por que o cigarro conquistou o mundo.
A sensação de prazer é verdadeira, mas a impressão de que o cigarro acalma, relaxa e funciona como estabilizador do humor é tão falsa quanto uma nota de R$ 3,00. Na verdade, a sensação de relaxamento ocorre porque a nicotina agiu sobre um mecanismo que ela própria criou − o da dependência.
Ao tragar um cigarro, o fumante acalma-se porque estava em crise de abstinência. A nicotina que ele consumira já se dissipou no organismo. Aí, começam os sintomas da falta de nicotina − uma ansiedade que parece saltar pela boca, como se fosse sólida, acompanhada de irritação, nervosismo e incapacidade de concentrar-se. Quando se aspira o cigarro, a crise de abstinência é interrompida, e tem-se a sensação de relaxamento. Estritamente falando, a nicotina não acalma nem estabiliza o humor. Ela só alivia os sintomas provocados por sua própria falta; é a cura para um mal que ela própria criou. É uma platitude1 , mas quem nunca fumou não tem crise de abstinência.
(O cigarro, 2001. Adaptado.)
1platitude: obviedade.
No contexto em que está inserida, a palavra “autômato” (2° parágrafo) significa:
Leia o texto de Mario Cesar Carvalho para responder à questão.
O cigarro provoca vinte e seis enfermidades fatais (onze tipos de câncer, seis doenças cardiovasculares, cinco respiratórias e quatro pediátricas), encurta em cinco anos a vida de quem consome quinze unidades por dia e causa uma dependência tão grave quanto a da heroína. Por que, então, um quinto do planeta fuma?
A resposta mais frequente atribui o vício à propaganda maciça. É claro que a publicidade ajudou o fumo a alastrar-se pelo mundo, e a indústria do cigarro é das que mais investem em propaganda. Mas acreditar que o fumante é um autômato movido a impulsos externos de desejo seria subestimar em demasia a inteligência humana.
Exatamente como ocorre com os detratores das drogas, os inimigos do fumo tentam esconder o óbvio − que o cigarro é prazeroso para quem fuma. Desvendar esse prazer é, talvez, o melhor atalho para entender por que o cigarro conquistou o mundo.
A sensação de prazer é verdadeira, mas a impressão de que o cigarro acalma, relaxa e funciona como estabilizador do humor é tão falsa quanto uma nota de R$ 3,00. Na verdade, a sensação de relaxamento ocorre porque a nicotina agiu sobre um mecanismo que ela própria criou − o da dependência.
Ao tragar um cigarro, o fumante acalma-se porque estava em crise de abstinência. A nicotina que ele consumira já se dissipou no organismo. Aí, começam os sintomas da falta de nicotina − uma ansiedade que parece saltar pela boca, como se fosse sólida, acompanhada de irritação, nervosismo e incapacidade de concentrar-se. Quando se aspira o cigarro, a crise de abstinência é interrompida, e tem-se a sensação de relaxamento. Estritamente falando, a nicotina não acalma nem estabiliza o humor. Ela só alivia os sintomas provocados por sua própria falta; é a cura para um mal que ela própria criou. É uma platitude1 , mas quem nunca fumou não tem crise de abstinência.
(O cigarro, 2001. Adaptado.)
1platitude: obviedade.
Conforme o texto, a “crise de abstinência” é
Leia o texto de Mario Cesar Carvalho para responder à questão.
O cigarro provoca vinte e seis enfermidades fatais (onze tipos de câncer, seis doenças cardiovasculares, cinco respiratórias e quatro pediátricas), encurta em cinco anos a vida de quem consome quinze unidades por dia e causa uma dependência tão grave quanto a da heroína. Por que, então, um quinto do planeta fuma?
A resposta mais frequente atribui o vício à propaganda maciça. É claro que a publicidade ajudou o fumo a alastrar-se pelo mundo, e a indústria do cigarro é das que mais investem em propaganda. Mas acreditar que o fumante é um autômato movido a impulsos externos de desejo seria subestimar em demasia a inteligência humana.
Exatamente como ocorre com os detratores das drogas, os inimigos do fumo tentam esconder o óbvio − que o cigarro é prazeroso para quem fuma. Desvendar esse prazer é, talvez, o melhor atalho para entender por que o cigarro conquistou o mundo.
A sensação de prazer é verdadeira, mas a impressão de que o cigarro acalma, relaxa e funciona como estabilizador do humor é tão falsa quanto uma nota de R$ 3,00. Na verdade, a sensação de relaxamento ocorre porque a nicotina agiu sobre um mecanismo que ela própria criou − o da dependência.
Ao tragar um cigarro, o fumante acalma-se porque estava em crise de abstinência. A nicotina que ele consumira já se dissipou no organismo. Aí, começam os sintomas da falta de nicotina − uma ansiedade que parece saltar pela boca, como se fosse sólida, acompanhada de irritação, nervosismo e incapacidade de concentrar-se. Quando se aspira o cigarro, a crise de abstinência é interrompida, e tem-se a sensação de relaxamento. Estritamente falando, a nicotina não acalma nem estabiliza o humor. Ela só alivia os sintomas provocados por sua própria falta; é a cura para um mal que ela própria criou. É uma platitude1 , mas quem nunca fumou não tem crise de abstinência.
(O cigarro, 2001. Adaptado.)
1platitude: obviedade.
“Ao tragar um cigarro, o fumante acalma-se porque estava em crise de abstinência. A nicotina que ele consumira já se dissipou no organismo. Aí, começam os sintomas da falta de nicotina” (5° parágrafo)
O verbo destacado foi utilizado no
Leia o texto de Oliver Sacks para responder à questão.
No meu tempo de estudante de medicina na Londres dos anos 1950, vi no Hospital de Middlesex muitos pacientes com delírio, estados de flutuação da consciência causados, às vezes, por infecções com febre alta ou por problemas como insuficiência dos rins ou do fígado, doença pulmonar ou diabetes mal controlado; todas essas condições podem produzir mudanças drásticas na química do sangue. Alguns pacientes deliravam em consequência de medicação, especialmente os que recebiam morfina ou outros opiáceos para aliviar a dor. Os pacientes com delírio estavam quase sempre nas alas médicas ou cirúrgicas, e não nas neurológicas ou psiquiátricas, pois em geral o delírio indica um problema médico, uma consequência de algo que afeta o corpo como um todo, inclusive o cérebro, e desaparece assim que o problema médico é sanado.
É possível que a idade, mesmo com um funcionamento intelectual pleno, aumente o risco de alucinação ou delírio em resposta a problemas médicos e medicação, ainda mais com a polifarmácia tão frequentemente praticada na medicina atual. Como trabalho em vários lares para idosos, de vez em quando vejo pacientes tratados com muitas medicações, as quais podem interagir umas com as outras de modos complexos, e, não raro, empurrar o paciente para o delírio.
(A mente assombrada, 2013. Adaptado.)
O texto descreve situações em que