Texto III
“Driblar a censura foi um aprendizado para todos os artistas e intelectuais que, a partir de 1964, se engajaram na resistência ao regime militar. Os que estavam vinculados à música popular encontraram nas letras das canções uma forma de protesto, quase sempre se valendo de metáforas, na tentativa de despistar o olhar vigilante da ditadura. Houve também uma mudança de foco da produção cultural brasileira, que antes do golpe buscava, como se dizia à época, ‘despertar a visão crítica e promover o protagonismo’ das classes populares.”
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-03/artistas-precisaram-usar-metaforas-paracriticar-o-regime-militar. (Trecho do texto) Acesso em: 15 de abril de 2014.
Esse texto apresenta a metáfora como um artifício usado pelos intelectuais, durante o regime militar, como forma de protesto ao abuso de poder instaurado.
A metáfora é uma figura de linguagem que tem como marca
Texto I
50 anos do golpe militar brasileiro, uma reflexão.
Ney Iared Reynaldo, doutor em História da América, docente dos cursos de História e Ciências Econômicas/ICHS/CUR/UFMT
Caros leitores, o golpe civil-militar desfechado em 1º de abril de 1964 inaugurou um dos períodos sangrentos e violentos de nossa história. Longos 21 anos para que as instituições políticas brasileiras fossem redemocratizadas, ainda assim tendo que engolir a derrota do movimento pelas diretas e o dissabor da anistia negociada, por um partido de “oposição consentida” responsável pelo fenômeno do terrorismo de Estado contra o qual se mobilizaram diferentes segmentos da sociedade como: intelectuais, artistas, ligas camponesas, o movimento operário, estudantil, a guerrilha urbana e tantos outros atores sociais.
Cabe ressaltar que distante de criar uma dicotomia entre o “bem”, civil, e o “mal”, militar, é sempre bom termo lembrar o período autoritário, como suporte âncora das elites nacionais e de setores das classes médias e populares, é alertar para o fato de que a ruptura da democracia é causada, por vezes, por aqueles que alegam lutar em sua defesa. Não por acaso que setores das Forças Armadas e da sociedade ainda denominam o golpe de 1964 como “revolução”, que teria impedido de alguma forma a tomada do Estado pelo comunismo e o seu alinhamento ao socialismo subversivo.
O golpe ditatorial de 64 foi macabro, sinistro e de longa duração. O transcurso de seus 50 anos exige dessa nova geração um acerto de contas com o passado, para que se estabeleça a verdade, a justiça e a memória dos que foram brutalmente assassinados, perseguidos, exilados e torturados. Em nome dos que tiveram os direitos políticos, civis, sindicais e sociais cassados, também multidões de trabalhadores que sofreram o desemprego, o confisco, o arrocho salarial e os ritmos deprimentes do trabalho.
Tudo a favor da riqueza e do poder que, através dos altos oficiais militares, impuseram a dependência crescente ao grande capital mundial e jogaram o país em um endividamento externo sem precedentes que deu início à sequência da “década perdida”, dos anos 1980. Todavia, precisamos ir além, pois são evidentes as mazelas e heranças da ditadura militar até os dias atuais. O monumental aparato repressivo que se ergue em prol da Copa, completa o pacote de seus negócios e repressão às manifestações populares, com leis de exceção e criminalização aprovadas em diversos níveis legislativos, nos servem de alerta.
Enquanto a Comissão da Verdade instalada pelo Governo Federal vem caminhando para encerrar seus trabalhos, após dois anos de pesquisas e investigações que buscam elucidar alguns aspectos obscuros da ditadura, movimentos sociais e grupos organizados fazem intervenções artísticas em diversas cidades, renomeando praças, ruas, avenidas e pontes com nomes de desaparecidos e mortos pela repressão no lugar daqueles militares, policiais e civis apoiadores do aparato sociopolítico que cerceou a liberdade e a democracia nesse país.
Enfim, a sociedade brasileira necessita romper com as heranças malditas do golpe de 64, que ainda contaminam nossas instituições. Creio ser este o verdadeiro sentido de lembrarmos desta data. Assim, espera-se que esse texto permita ao público olhar para o período de governo autoritário vivido pelo Brasil entre 1964 e 1985, como um exercício de suma importância para a manutenção da democracia que reerguemos após estes 21 anos, à custa de centenas de vidas perdidas, destruídas, de famílias desfeitas e destroçadas.
Fonte: http://www.atribunamt.com.br/2014/04/50-anos-dogolpe-militar-brasileiro-uma-reflexao/ Acesso em: 15 de abril de 2014. Adaptado.
No texto I NÃO é intenção do autor
Texto I
50 anos do golpe militar brasileiro, uma reflexão.
Ney Iared Reynaldo, doutor em História da América, docente dos cursos de História e Ciências Econômicas/ICHS/CUR/UFMT
Caros leitores, o golpe civil-militar desfechado em 1º de abril de 1964 inaugurou um dos períodos sangrentos e violentos de nossa história. Longos 21 anos para que as instituições políticas brasileiras fossem redemocratizadas, ainda assim tendo que engolir a derrota do movimento pelas diretas e o dissabor da anistia negociada, por um partido de “oposição consentida” responsável pelo fenômeno do terrorismo de Estado contra o qual se mobilizaram diferentes segmentos da sociedade como: intelectuais, artistas, ligas camponesas, o movimento operário, estudantil, a guerrilha urbana e tantos outros atores sociais.
Cabe ressaltar que distante de criar uma dicotomia entre o “bem”, civil, e o “mal”, militar, é sempre bom termo lembrar o período autoritário, como suporte âncora das elites nacionais e de setores das classes médias e populares, é alertar para o fato de que a ruptura da democracia é causada, por vezes, por aqueles que alegam lutar em sua defesa. Não por acaso que setores das Forças Armadas e da sociedade ainda denominam o golpe de 1964 como “revolução”, que teria impedido de alguma forma a tomada do Estado pelo comunismo e o seu alinhamento ao socialismo subversivo.
O golpe ditatorial de 64 foi macabro, sinistro e de longa duração. O transcurso de seus 50 anos exige dessa nova geração um acerto de contas com o passado, para que se estabeleça a verdade, a justiça e a memória dos que foram brutalmente assassinados, perseguidos, exilados e torturados. Em nome dos que tiveram os direitos políticos, civis, sindicais e sociais cassados, também multidões de trabalhadores que sofreram o desemprego, o confisco, o arrocho salarial e os ritmos deprimentes do trabalho.
Tudo a favor da riqueza e do poder que, através dos altos oficiais militares, impuseram a dependência crescente ao grande capital mundial e jogaram o país em um endividamento externo sem precedentes que deu início à sequência da “década perdida”, dos anos 1980. Todavia, precisamos ir além, pois são evidentes as mazelas e heranças da ditadura militar até os dias atuais. O monumental aparato repressivo que se ergue em prol da Copa, completa o pacote de seus negócios e repressão às manifestações populares, com leis de exceção e criminalização aprovadas em diversos níveis legislativos, nos servem de alerta.
Enquanto a Comissão da Verdade instalada pelo Governo Federal vem caminhando para encerrar seus trabalhos, após dois anos de pesquisas e investigações que buscam elucidar alguns aspectos obscuros da ditadura, movimentos sociais e grupos organizados fazem intervenções artísticas em diversas cidades, renomeando praças, ruas, avenidas e pontes com nomes de desaparecidos e mortos pela repressão no lugar daqueles militares, policiais e civis apoiadores do aparato sociopolítico que cerceou a liberdade e a democracia nesse país.
Enfim, a sociedade brasileira necessita romper com as heranças malditas do golpe de 64, que ainda contaminam nossas instituições. Creio ser este o verdadeiro sentido de lembrarmos desta data. Assim, espera-se que esse texto permita ao público olhar para o período de governo autoritário vivido pelo Brasil entre 1964 e 1985, como um exercício de suma importância para a manutenção da democracia que reerguemos após estes 21 anos, à custa de centenas de vidas perdidas, destruídas, de famílias desfeitas e destroçadas.
Fonte: http://www.atribunamt.com.br/2014/04/50-anos-dogolpe-militar-brasileiro-uma-reflexao/ Acesso em: 15 de abril de 2014. Adaptado.
ASSINALE a alternativa em que a mudança da pontuação do título desse texto acarreta alteração do sentido inicial.
Texto I
50 anos do golpe militar brasileiro, uma reflexão.
Ney Iared Reynaldo, doutor em História da América, docente dos cursos de História e Ciências Econômicas/ICHS/CUR/UFMT
Caros leitores, o golpe civil-militar desfechado em 1º de abril de 1964 inaugurou um dos períodos sangrentos e violentos de nossa história. Longos 21 anos para que as instituições políticas brasileiras fossem redemocratizadas, ainda assim tendo que engolir a derrota do movimento pelas diretas e o dissabor da anistia negociada, por um partido de “oposição consentida” responsável pelo fenômeno do terrorismo de Estado contra o qual se mobilizaram diferentes segmentos da sociedade como: intelectuais, artistas, ligas camponesas, o movimento operário, estudantil, a guerrilha urbana e tantos outros atores sociais.
Cabe ressaltar que distante de criar uma dicotomia entre o “bem”, civil, e o “mal”, militar, é sempre bom termo lembrar o período autoritário, como suporte âncora das elites nacionais e de setores das classes médias e populares, é alertar para o fato de que a ruptura da democracia é causada, por vezes, por aqueles que alegam lutar em sua defesa. Não por acaso que setores das Forças Armadas e da sociedade ainda denominam o golpe de 1964 como “revolução”, que teria impedido de alguma forma a tomada do Estado pelo comunismo e o seu alinhamento ao socialismo subversivo.
O golpe ditatorial de 64 foi macabro, sinistro e de longa duração. O transcurso de seus 50 anos exige dessa nova geração um acerto de contas com o passado, para que se estabeleça a verdade, a justiça e a memória dos que foram brutalmente assassinados, perseguidos, exilados e torturados. Em nome dos que tiveram os direitos políticos, civis, sindicais e sociais cassados, também multidões de trabalhadores que sofreram o desemprego, o confisco, o arrocho salarial e os ritmos deprimentes do trabalho.
Tudo a favor da riqueza e do poder que, através dos altos oficiais militares, impuseram a dependência crescente ao grande capital mundial e jogaram o país em um endividamento externo sem precedentes que deu início à sequência da “década perdida”, dos anos 1980. Todavia, precisamos ir além, pois são evidentes as mazelas e heranças da ditadura militar até os dias atuais. O monumental aparato repressivo que se ergue em prol da Copa, completa o pacote de seus negócios e repressão às manifestações populares, com leis de exceção e criminalização aprovadas em diversos níveis legislativos, nos servem de alerta.
Enquanto a Comissão da Verdade instalada pelo Governo Federal vem caminhando para encerrar seus trabalhos, após dois anos de pesquisas e investigações que buscam elucidar alguns aspectos obscuros da ditadura, movimentos sociais e grupos organizados fazem intervenções artísticas em diversas cidades, renomeando praças, ruas, avenidas e pontes com nomes de desaparecidos e mortos pela repressão no lugar daqueles militares, policiais e civis apoiadores do aparato sociopolítico que cerceou a liberdade e a democracia nesse país.
Enfim, a sociedade brasileira necessita romper com as heranças malditas do golpe de 64, que ainda contaminam nossas instituições. Creio ser este o verdadeiro sentido de lembrarmos desta data. Assim, espera-se que esse texto permita ao público olhar para o período de governo autoritário vivido pelo Brasil entre 1964 e 1985, como um exercício de suma importância para a manutenção da democracia que reerguemos após estes 21 anos, à custa de centenas de vidas perdidas, destruídas, de famílias desfeitas e destroçadas.
Fonte: http://www.atribunamt.com.br/2014/04/50-anos-dogolpe-militar-brasileiro-uma-reflexao/ Acesso em: 15 de abril de 2014. Adaptado.
O texto I apresenta características do gênero textual:
Este samba-enredo da Mangueira, 1994, composto por Davi Correa, Paulinho, Carlos Sena e Bira do Porto, ilustra poeticamente o tropicalismo, movimento de efervescência cultural no Brasil, que buscou, por meio da arte, protestar contra o regime ditatorial instaurado.
Texto IV
“Bahia é luz
De poeta ao luar
Misticismo de um povo
Salve todos orixás
Quem me mandou
Estrelas de lá
Foi são salvador
Pra noite brilhar
Mangueira!
Jogando flores pelo mar
Se encantou com a musa
Que a Bahia dá
Obá berimbau ganzá
Ô capoeira bis
Joga um verso pra iaiá
Caetano e Gil ôô
Com a tropicália no olhar
Doces bárbaros ensinando
A brisa a bailar
A meiguice de uma voz
Uma canção
No Teatro Opinião
Bethânia explode coração
Domingo no parque amor
Alegria alegria eu vou
A flor na festa do interior
Seu nome é Gal
Aplausos ao cancioneiro
É carnaval é Rio de Janeiro
Me leva que eu vou
Sonho meu bis
Atrás da verde-e-rosa
Só não vai quem já morreu”
Fonte: http://www.vagalume.com.br/mangueira/samba-enredo-1994.html#ixzz2z2zGbJhQ Acesso em: 15/04/14.
Com base nesse texto, ASSINALE a alternativa em que a análise sintática do termo destacado está correta.
Observe e analise esta charge.
ASSINALE a alternativa que apresenta a interpretação correta da charge.