Leia o poema a seguir e responda a questão.
Soneto
Poeta fui e do áspero destino
Senti bem cedo a mão pesada e dura.
Conheci mais tristeza que ventura
E sempre andei errante e peregrino.
Vivi sujeito ao doce desatino
Que tanto engana, mas tão pouco dura;
E ainda choro o rigor da sorte escura,
Se nas dores passadas imagino.
Porém, como me agora vejo isento
Dos sonhos que sonhava noite e dia,
E só com saudades me atormento;
Entendo que não tive outra alegria
Nem nunca outro qualquer contentamento
Senão de ter cantado o que sofria.
(ALBANO, J. Soneto. In: BANDEIRA, M. Apresentação da Poesia Brasileira. Rio de Janeiro: Ediouro, [s.d.]. p. 248.)
José Albano, poeta que nasceu em 1882 e morreu em 1923, teve alguns de seus livros publicados postumamente.
Sobre “Soneto”, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda a questão.
Com medicamentos em falta, hospitais insalubres e o avanço de doenças contagiosas, a Venezuela possui um mercado ativo de pacientes brasileiros em busca de tratamento particular em medicina estética. O fechamento da fronteira com o Brasil pelo presidente Nicolás Maduro atrapalhou os planos de dezenas de pacientes que tentavam voltar por terra a Roraima. O principal destino no país caribenho é Puerto Ordaz, a cerca de 600 quilômetros da fronteira com Pacaraima, em Roraima.
Quatro clínicas privadas comandadas por médicos venezuelanos, cubanos e brasileiros atraem a clientela com preços que chegam a 10% do cobrado no Brasil. A Sociedade Brasileira de Medicina Estética não tem dados sobre a procura. Não raro, brasileiras morrem por realizar cirurgias plásticas em clínicas clandestinas no Brasil.
Alguns brasileiros vão por conta própria à Venezuela, enquanto outros contratam cuidadores para obter facilidades nos trâmites e intermediar o contato com os médicos. Os cuidadores acompanham a viagem e as cirurgias. Perfis nas redes sociais fazem propaganda dos médicos e oferecem os serviços, buscados, principalmente, por moradores de Roraima, Pará e Amazonas.
Com a fronteira fechada, duas mulheres se arriscaram voltando a pé ao Brasil por trilhas abertas por contrabandistas na vegetação de savana. O trajeto mais rápido dura entre uma e duas horas para quem possui bom condicionamento físico, mas é um esforço extenuante para pessoas que passaram por cirurgias. As duas precisaram ser socorridas ao chegar no lado brasileiro – uma delas foi carregada numa maca.
Entre as 70 pessoas que estavam no vice-consulado brasileiro na cidade fronteiriça de Santa Elena do Uairén há duas semanas, quatro mulheres eram recém-operadas – uma passara por operação nos seios, no glúteo e no abdômen de uma só vez, como forma de otimizar a viagem. Não havia morfina para as dores. O grupo atravessou a fronteira após acordo com o regime bolivariano.
O pagamento na Venezuela é arriscado, porque os médicos recebem em dólar ou real, já que o bolívar é desvalorizado. Uma das opções é transferir o dinheiro em reais a uma conta bancária de um intermediador que tenha dupla nacionalidade e contas em bancos brasileiros e venezuelanos. Essa pessoa, que retém parte do valor como pagamento, entrega o cartão de um banco venezuelano para as brasileiras. Os médicos tratam com informalidade as pacientes e fazem ofertas durante as consultas.
(Adaptado de: FRAZÃO, F. Brasileiras correm risco por plásticas na Venezuela. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 5 mar. 2019. Internacional, A7.)
Em relação ao trecho “As duas precisaram ser socorridas ao chegar no lado brasileiro – uma delas foi carregada numa maca”, assinale a alternativa em que a troca do travessão por um conectivo mantém o efeito de sentido original.
Leia o texto a seguir e responda a questão.
Com medicamentos em falta, hospitais insalubres e o avanço de doenças contagiosas, a Venezuela possui um mercado ativo de pacientes brasileiros em busca de tratamento particular em medicina estética. O fechamento da fronteira com o Brasil pelo presidente Nicolás Maduro atrapalhou os planos de dezenas de pacientes que tentavam voltar por terra a Roraima. O principal destino no país caribenho é Puerto Ordaz, a cerca de 600 quilômetros da fronteira com Pacaraima, em Roraima.
Quatro clínicas privadas comandadas por médicos venezuelanos, cubanos e brasileiros atraem a clientela com preços que chegam a 10% do cobrado no Brasil. A Sociedade Brasileira de Medicina Estética não tem dados sobre a procura. Não raro, brasileiras morrem por realizar cirurgias plásticas em clínicas clandestinas no Brasil.
Alguns brasileiros vão por conta própria à Venezuela, enquanto outros contratam cuidadores para obter facilidades nos trâmites e intermediar o contato com os médicos. Os cuidadores acompanham a viagem e as cirurgias. Perfis nas redes sociais fazem propaganda dos médicos e oferecem os serviços, buscados, principalmente, por moradores de Roraima, Pará e Amazonas.
Com a fronteira fechada, duas mulheres se arriscaram voltando a pé ao Brasil por trilhas abertas por contrabandistas na vegetação de savana. O trajeto mais rápido dura entre uma e duas horas para quem possui bom condicionamento físico, mas é um esforço extenuante para pessoas que passaram por cirurgias. As duas precisaram ser socorridas ao chegar no lado brasileiro – uma delas foi carregada numa maca.
Entre as 70 pessoas que estavam no vice-consulado brasileiro na cidade fronteiriça de Santa Elena do Uairén há duas semanas, quatro mulheres eram recém-operadas – uma passara por operação nos seios, no glúteo e no abdômen de uma só vez, como forma de otimizar a viagem. Não havia morfina para as dores. O grupo atravessou a fronteira após acordo com o regime bolivariano.
O pagamento na Venezuela é arriscado, porque os médicos recebem em dólar ou real, já que o bolívar é desvalorizado. Uma das opções é transferir o dinheiro em reais a uma conta bancária de um intermediador que tenha dupla nacionalidade e contas em bancos brasileiros e venezuelanos. Essa pessoa, que retém parte do valor como pagamento, entrega o cartão de um banco venezuelano para as brasileiras. Os médicos tratam com informalidade as pacientes e fazem ofertas durante as consultas.
(Adaptado de: FRAZÃO, F. Brasileiras correm risco por plásticas na Venezuela. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 5 mar. 2019. Internacional, A7.)
Sobre as relações linguístico-semânticas presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. No primeiro parágrafo, a palavra “Venezuela” é retomada na sequência pela expressão nominal “país caribenho”.
II. No texto, pode-se afirmar que os termos “clientela” e “pacientes” foram utilizados como sinônimos.
III. Em “Não raro, brasileiras morrem por realizar cirurgias plásticas em clínicas clandestinas no Brasil”, o trecho é marcado por linguagem metafórica.
IV. No fragmento “... duas mulheres se arriscaram voltando a pé ao Brasil”, há uso de hipérbole para construir o enunciado.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda a questão.
Com medicamentos em falta, hospitais insalubres e o avanço de doenças contagiosas, a Venezuela possui um mercado ativo de pacientes brasileiros em busca de tratamento particular em medicina estética. O fechamento da fronteira com o Brasil pelo presidente Nicolás Maduro atrapalhou os planos de dezenas de pacientes que tentavam voltar por terra a Roraima. O principal destino no país caribenho é Puerto Ordaz, a cerca de 600 quilômetros da fronteira com Pacaraima, em Roraima.
Quatro clínicas privadas comandadas por médicos venezuelanos, cubanos e brasileiros atraem a clientela com preços que chegam a 10% do cobrado no Brasil. A Sociedade Brasileira de Medicina Estética não tem dados sobre a procura. Não raro, brasileiras morrem por realizar cirurgias plásticas em clínicas clandestinas no Brasil.
Alguns brasileiros vão por conta própria à Venezuela, enquanto outros contratam cuidadores para obter facilidades nos trâmites e intermediar o contato com os médicos. Os cuidadores acompanham a viagem e as cirurgias. Perfis nas redes sociais fazem propaganda dos médicos e oferecem os serviços, buscados, principalmente, por moradores de Roraima, Pará e Amazonas.
Com a fronteira fechada, duas mulheres se arriscaram voltando a pé ao Brasil por trilhas abertas por contrabandistas na vegetação de savana. O trajeto mais rápido dura entre uma e duas horas para quem possui bom condicionamento físico, mas é um esforço extenuante para pessoas que passaram por cirurgias. As duas precisaram ser socorridas ao chegar no lado brasileiro – uma delas foi carregada numa maca.
Entre as 70 pessoas que estavam no vice-consulado brasileiro na cidade fronteiriça de Santa Elena do Uairén há duas semanas, quatro mulheres eram recém-operadas – uma passara por operação nos seios, no glúteo e no abdômen de uma só vez, como forma de otimizar a viagem. Não havia morfina para as dores. O grupo atravessou a fronteira após acordo com o regime bolivariano.
O pagamento na Venezuela é arriscado, porque os médicos recebem em dólar ou real, já que o bolívar é desvalorizado. Uma das opções é transferir o dinheiro em reais a uma conta bancária de um intermediador que tenha dupla nacionalidade e contas em bancos brasileiros e venezuelanos. Essa pessoa, que retém parte do valor como pagamento, entrega o cartão de um banco venezuelano para as brasileiras. Os médicos tratam com informalidade as pacientes e fazem ofertas durante as consultas.
(Adaptado de: FRAZÃO, F. Brasileiras correm risco por plásticas na Venezuela. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 5 mar. 2019. Internacional, A7.)
Acerca das informações veiculadas no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Os avanços da medicina estética da Venezuela são o principal motivo para que brasileiras cruzem a fronteira.
II. A procura por cirurgias estéticas no país vizinho ocorre devido à precariedade e à escassez de equipamentos no Brasil.
III. Há evidências no texto de que os obstáculos aos tratamentos podem ser driblados pelos pacientes.
IV. O texto é marcado por uma crítica sutil à clandestinidade de clínicas brasileiras e, como consequência, à morte de pacientes.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda a questão.
Com medicamentos em falta, hospitais insalubres e o avanço de doenças contagiosas, a Venezuela possui um mercado ativo de pacientes brasileiros em busca de tratamento particular em medicina estética. O fechamento da fronteira com o Brasil pelo presidente Nicolás Maduro atrapalhou os planos de dezenas de pacientes que tentavam voltar por terra a Roraima. O principal destino no país caribenho é Puerto Ordaz, a cerca de 600 quilômetros da fronteira com Pacaraima, em Roraima.
Quatro clínicas privadas comandadas por médicos venezuelanos, cubanos e brasileiros atraem a clientela com preços que chegam a 10% do cobrado no Brasil. A Sociedade Brasileira de Medicina Estética não tem dados sobre a procura. Não raro, brasileiras morrem por realizar cirurgias plásticas em clínicas clandestinas no Brasil.
Alguns brasileiros vão por conta própria à Venezuela, enquanto outros contratam cuidadores para obter facilidades nos trâmites e intermediar o contato com os médicos. Os cuidadores acompanham a viagem e as cirurgias. Perfis nas redes sociais fazem propaganda dos médicos e oferecem os serviços, buscados, principalmente, por moradores de Roraima, Pará e Amazonas.
Com a fronteira fechada, duas mulheres se arriscaram voltando a pé ao Brasil por trilhas abertas por contrabandistas na vegetação de savana. O trajeto mais rápido dura entre uma e duas horas para quem possui bom condicionamento físico, mas é um esforço extenuante para pessoas que passaram por cirurgias. As duas precisaram ser socorridas ao chegar no lado brasileiro – uma delas foi carregada numa maca.
Entre as 70 pessoas que estavam no vice-consulado brasileiro na cidade fronteiriça de Santa Elena do Uairén há duas semanas, quatro mulheres eram recém-operadas – uma passara por operação nos seios, no glúteo e no abdômen de uma só vez, como forma de otimizar a viagem. Não havia morfina para as dores. O grupo atravessou a fronteira após acordo com o regime bolivariano.
O pagamento na Venezuela é arriscado, porque os médicos recebem em dólar ou real, já que o bolívar é desvalorizado. Uma das opções é transferir o dinheiro em reais a uma conta bancária de um intermediador que tenha dupla nacionalidade e contas em bancos brasileiros e venezuelanos. Essa pessoa, que retém parte do valor como pagamento, entrega o cartão de um banco venezuelano para as brasileiras. Os médicos tratam com informalidade as pacientes e fazem ofertas durante as consultas.
(Adaptado de: FRAZÃO, F. Brasileiras correm risco por plásticas na Venezuela. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 5 mar. 2019. Internacional, A7.)
Sobre os termos sublinhados no texto, assinale a alternativa correta.