Texto
Bem no fundo (Paulo Leminski)
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela – silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
Disponível em: http://pauloleminskipoemas.blogspot.com.br/2008/09/bem-no-fundo-paulo-leminski.html . Acesso em: 4 ago. 2015.
Considere as afirmações corretas e incorretas acerca do poema Bem no fundo:
I. Em Bem no fundo há uma intertextualidade entre os gêneros textuais do tipo literário e decreto, assim como em Os estatutos do homem, de Tiago de Melo.
II. Há marcas da oralidade no poema.
III. O eu lírico menciona problemas não identificados.
IV. O leitor está incluso no universo da subjetividade do eu lírico.
V. Em: “/mas problemas não se resolvem,/ problemas têm família grande/”, nota-se uma adversidade justificada por um conectivo elíptico.
VI. Dentre várias sensações humanas: a raiva e a culpa são resolvidas, respectivamente, por extinção e nulidade.
VII. O poema inicia-se por uma gradação decrescente.
VIII. O eu lírico manifesta-se por meio de uma competência que prevê punição a quem for infrator.
IX. Há no final do poema os recursos estilísticos: personificação, eufemismo e ironia.
X. Percebe-se, no poema Bem no fundo, poema contemporâneo, uma manifestação cíclica dos problemas humanos e, também, uma associação semântica com No meio do caminho, de segunda geração modernista, de Carlos Drummond de Andrade, embora este seja mais enfático na aspereza metafórica.
A soma dos números romanos das afirmativas corretas acerca de Bem no fundo é:
Texto
Bem no fundo (Paulo Leminski)
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela – silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
Disponível em: http://pauloleminskipoemas.blogspot.com.br/2008/09/bem-no-fundo-paulo-leminski.html . Acesso em: 4 ago. 2015.
Considere as afirmações corretas e incorretas sobre o poema Bem no fundo:
I. O título ou o nome Bem no fundo é constituído, sequencialmente, de um termo qualificador, um conectivo que estabelece relação de origem, um definidor de gênero e um designador.
II. O termo “lá”, em “bem lá no fundo” exerce uma função circunstancial de espaço.
III. Em “a gente gostaria”, “a gente”, na variante popular, exerce a função de sujeito, correspondente a “nós”, na variante formal, portanto, a flexão do verbo está incorreta em “a gente gostaria”.
IV. O trecho “de ver nossos problemas/ resolvidos por decreto” é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo.
V. Em: “por decreto” e “por lei”, o termo “por” é contração de preposição com artigo, cuja função é estabelecer relação de finalidade.
VI. Em: “a partir desta data”, “partir” exerce função verbal; “desta” é contração da preposição “de” com o pronome demonstrativo “esta”; “de” estabelece relação de procedência; “esta” denota a proximidade do objeto focado, que no caso é o substantivo “data”, em relação à pessoa do discurso: a primeira.
VII. Em “aquela mágoa sem remédio/ é considerada nula” o agente da voz passiva está elíptico.
VIII. Em “aquela mágoa” o pronome demonstrativo denota o distanciamento do objeto focado, que no caso é o substantivo “mágoa”, em relação à terceira pessoa do discurso.
IX. Em “aquela mágoa sem remédio/ é considerada nula/ e sobre ela – silêncio perpétuo.” o travessão exerce função verbal.
X. Em “mas problemas não se resolvem.” a construção frasal é de voz passiva sintética, que aceita a reversão para a voz passiva analítica com omissão do agente da passiva.
A diferença entre a soma dos números romanos das afirmativas corretas e a soma dos números romanos das afirmativas incorretas acerca de Bem no fundo é:
Texto, para a questão.
Ausência (Itamar Assumpção)
(Meu bem,) Bem que você podia
Pintar na sala
Da minha tarde vazia
Como na poesia
Disponível em:http://letras.mus.br/itamar-assumpcao/272403/. Acesso em: 4 ago. 2015.
Examine as afirmações corretas e incorretas acerca da letra de música Ausência:
I. No primeiro verso de Ausência, “bem” apresenta-se com a função primeiro designativa e, segundo, caracterizadora, pois aceita ser substituído, respectivamente, por “amor” e “bom”.
II. Ainda no primeiro verso de Ausência, o primeiro “bem” é termo determinante de posse e essa posse é fragilizada pela ideia de condição, além de uma restrição conotada pelo uso dos parênteses, quanto à incerteza da posse.
III. A musicalidade no poema está expressa por meio de assonância, refletindo possibilidade remota para a realização do significado conotativo do termo “pintar” em um ambiente socialmente formal de recepção, a “sala”, também com sentido figurado.
IV. A leitura de Ausência centra-se em emoção, canal, apelação, código e mensagem.
V. Em: “Como na poesia” há duas preposições ou conectivos, sendo que ambos estabelecem relações de comparação entre um termo anterior e “poesia”.
VI. O ‘eu lírico’ da letra da música manifesta o desejo de solução para o problema da ausência.
VII. A palavra “tarde”, na concepção do ‘eu lírico’, expressa mais de um sentido.
VIII. Em: “sala/ Da minha tarde vazia”, “sala” é um elemento componente do campo semântico de “tarde vazia”.
IX. Os pronomes possessivos do texto denotam ênfase na emotividade e subjetividade.
X. “Como na poesia” é expressão apositiva ou esclarecedora do sentido de “Pintar”.
A soma dos números romanos das afirmativas incorretas acerca de Ausência é:
Texto, para a questão.
Morte e Vida Severina
(auto de natal pernambucano)
NA CASA A QUE O RETIRANTE CHEGA ESTÃO CANTANDO EXCELÊNCIAS PARA UM DEFUNTO, ENQUANTO UM HOMEM, DO LADO DE FORA, VAI PARODIANDO AS PALAVRAS DOS CANTADORES
– Finado Severino,
quando passares em Jordão
e os demônios te atalharem
perguntando o que que levas...
– Dize que levas cera,
capuz e cordão
mais a Virgem da Conceição.
– Finado Severino,
etc...
– Dize que levas somente
coisas de não:
fome, sede, privação.
– Finado Severino,
etc...
– Dize que coisas de não,
ocas, leves:
como o caixão, que ainda deves.
– Uma excelência
dizendo que a hora é hora.
– Ajunta os carregadores
que o corpo quer ir embora.
– Duas excelências...
– ... dizendo é a hora da plantação.
– Ajunta os carreadores...
– ... que a terra vai colher a mão.
MELO NETO, João Cabral de. Morte e Vida Severina (auto de natal pernambucano). In: Morte e Vida Severina e outros poemas para vozes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994, p. 35.
Examine as afirmações acerca de Morte e Vida Severina:
I. No trecho: “– Uma excelência/ dizendo que a hora é hora./ – Ajunta os carregadores / que o corpo quer ir embora. – Duas excelências... / – ... dizendo é a hora da plantação./ – Ajunta os carreadores... – ... que a terra vai colher a mão./”, a morte é vista como fase de um ciclo e o corpo como matéria que se transforma na mesma terra em que se plantam e se colhem alimentos.
II. O imperativos de Morte e Vida Severina, remetem, alternadamente, à 2ª e 3ª pessoas do singular.
III. Em: “ – Finado Severino, / etc... / – Dize que levas somente/ coisas de não:/ fome, sede, privação.” a utilização da vírgula é facultativa no primeiro momento e obrigatória no segundo.
IV. Em: “– Finado Severino, / etc... / – Dize que levas somente/ coisas de não:/ fome, sede, privação.” há subordinação de ideias centradas em verbos, sendo a segunda, um complemento indireto da primeira.
V. Em: “– Uma excelência/ dizendo que a hora é hora.” há elipse de um verbo de ligação; há um período composto por subordinação; há uma conjunção integrante, introdutora de uma oração substantiva; o sujeito da segunda oração é “a hora”; o núcleo do predicativo da segunda oração aceita ser substituído por um pronome demonstrativo ou um advérbio de tempo.
VI. Em: “[...] e os demônios te atalharem [...]” a forma verbal está no infinitivo pessoal, cujo sentido correspode ao de “interceptarem” ou “pararem”. VII. O verso: “– Ajunta os carregadores” é linguagem oral da primeira pessoa do discurso que se dirige à terceira, e que em linguagem formal deve ser: “– Ajunte os carregadores”.
VIII. Em: “– Dize que levas cera,/ capuz e cordão/ mais a Virgem da Conceição.”, “mais” exerce a função de conjunção coordenada adversativa, visto que a Santa que proteje a alma do morto é adversa às tentações dos demônios.
IX. A expressão: “[...] coisas de não [...]”, iterada no texto, remete a coisas indesejadas por pessoas vivas.
X. Em: “– Ajunta os carregadores/ que o corpo quer ir embora.” há três formas verbais e três orações, sendo a última reduzida de infinitivo, cujo verbo é intransitivo com sentido modificado por um advérbio indicador de circunstância cumulativa de tempo e deslocamento espacial.
Assinale a alternativa em que há o conjunto dos numerais romanos relativos às afirmações incorretas:
Profundamente (Manuel Bandeira)
Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Estrondos de bombas luzes de Bengala
Vozes, cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.
No meio da noite despertei
Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam, errantes
Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?
– Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente.
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
– Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Manuel Bandeira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 81.
Examine as afirmações acerca dos trechos enumerados de Profundamente e assinale a alternativa em que todas as funções de componentes frasais são mencionadas de forma correta:
1. “Quando ontem adormeci/ Na noite de São João”.
2. “No meio da noite despertei/ Não ouvi mais vozes nem risos”.
3. “Onde estavam os que há pouco/ Dançavam/ Cantavam/ E riam/ Ao pé das fogueiras acesas?”.
4. “Quando eu tinha seis anos/ Não pude ver o fim da festa de São João/ Porque adormeci”.
5. “Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo”.
Texto 6:
Novo algoritmo1 ajuda cientistas a prever casos de psicose (Giuliana Miranda)
Um time internacional de cientistas, com participação brasileira, criou um algoritmo que consegue analisar a fala de pacientes psiquiátricos e prever aqueles que irão desenvolver uma psicose.
A identificação de características que permitam a antecipação do surto é considerada bastante complicada pelos profissionais da área.
"O pródromo [nome técnico para identificação de sinais de uma doença antes que os sintomas mais específicos apareçam] é ainda muito complicado na psicose", avalia Helio Elkis, coordenador do Programa de Esquizofrenia do Instituto de Psiquiatria da USP, que não participou do trabalho.
O experimento teve um número reduzido de participantes, mas funcionou como uma prova de que o método é funcional.
O EXPERIMENTO
Cientistas entrevistaram, uma vez a cada três meses por um período de dois anos e meio, 34 jovens em situação de risco – algum sintoma mais leve de problema psiquiátrico – e que buscaram ajuda especializada. Os cientistas transcreveram as entrevistas e analisaram o discurso dos pacientes levando em consideração critérios sintáticos, como a estrutura e o tamanho das frases, bem como questões semânticas.
1Sequência de raciocínios ou operações que identifica sintomas ou oferece a solução a certos problemas.
Após dois anos e meio de acompanhamento, cinco desses 34 jovens desenvolveram uma psicose, termo amplo que engloba doenças como a esquizofrenia e o transtorno bipolar. O algoritmo conseguiu prever 100% dos casos.
Para o neurocientista Sidarta Ribeiro, diretor do Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e um dos autores do trabalho, a técnica poderia fornecer as bases para criar um método com critérios claros para "prever" os pacientes em risco.
O time de cientistas responsáveis pelo experimento não descarta que o algoritmo possa ser usado, no futuro, para criar um exame ou um aplicativo que identifique rapidamente os pacientes com alto risco. "Ainda é cedo para falar nisso. Mas a ideia é criar parâmetros de referência, como os que existem em outras áreas. Esse método poderia ser o que o raio-X é para a ortopedia, ou o que o hemograma é para a clínica médica", avalia Ribeiro.
ÁREA PROMISSORA
Métodos de análise do discurso têm sido uma área promissora no diagnóstico de transtornos psiquiátricos.
Pacientes com esquizofrenia, uma das psicoses mais conhecidas, têm vários sintomas perceptíveis na fala, inclusive um certo grau de confusão e repetição. O que os algoritmos dos cientistas fazem é automatizar o processo de identificação, que hoje é feito pelos ouvidos atentos dos psiquiatras nos consultórios.
Segundo Sidarta Ribeiro, que participou também de estudos anteriores, um diferencial deste trabalho é que o sistema desenvolvido considera não apenas a forma como os pacientes se expressam, mas também o significado do que eles dizem.
A pesquisa foi feita, em inglês, com pacientes no exterior, mas os cientistas envolvidos dizem que o método funciona em seis línguas ocidentais, incluindo o português e o espanhol.
Cientistas ainda divergem quanto à melhor abordagem para os pacientes identificados com alto risco. Segundo Helio Balkis, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, pesquisadores tanto no Brasil quanto no exterior ainda estão tentando encontrar o melhor método terapêutico para esses casos. Já Sidarta Ribeiro afirma que há benefícios claros na prevenção com um diagnóstico precoce. "A identificação precoce dos pacientes pode ajudar a criar estratégias melhores de tratamento", afirma.
Adaptado de: MIRANDA, Giuliana. Novo algoritmo ajuda cientistas a prever casos de psicose. In.: Folha de São Paulo. 4 set. 2015. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/09/1677637-novo-algoritmo-ajuda-cientistas-a-prever-casosde-psicose.shtml. Acesso em: 9 set. 2015.
Texto 7:
Redes sociais podem favorecer psicopatas do cotidiano (Nilsen Silva)
O chefe obsessivo, a namorada sempre desconfiada, o amigo que só consegue falar de si mesmo. Lembrou de alguém? Basta olhar ao redor para reconhecer diversas pessoas de difícil convívio. Todos nós temos manias, uma lista de coisas que incomodam e dificuldades de adaptação. O problema é quando isso se torna algo frequente, fazendo com que as pessoas mais próximas se sintam abusadas, invadidas e insuficientes.
"Numa linguagem mais popular, parece que nossa energia está sendo sugada. O indivíduo 'morde e assopra' e deixa os outros 'pisando em ovos', com uma incômoda impressão de impotência. Suas relações são marcadas pela existência de um padrão que dificulta a ação de quem está ao redor. A vida gira em torno desse “sequestrador de emoções alheias", resume a psiquiatra Katia Mecler no livro “Psicopatas do Cotidiano".
Pessoas com traços de personalidade patológicos de forma duradoura podem ser consideradas psicopatas do cotidiano.
Pessoas que exibem de forma duradoura, desde a adolescência ou início da vida adulta, um ou mais traços de personalidade patológicos podem ser consideradas psicopatas do cotidiano.
"Não se trata de uma doença mental. Os psicopatas do cotidiano não perdem o juízo da realidade. Tampouco seus sintomas aparecem na forma de surtos, com delírios e alucinações, como em casos de esquizofrenia, transtorno bipolar, e outras psicoses", explica a autora em entrevista à Livraria da Folha.
Em menor ou maior grau, todos podemos apresentar traços de personalidade disfuncionais. Porém, o que caracteriza um traço patológico de personalidade são danos e prejuízos em relacionamentos íntimos, familiares, sociais e profissionais. 13
As redes sociais podem ter um grande papel nisso. Em uma época em que a aparência muitas vezes vale mais do que o conteúdo, o Facebook, por exemplo, facilmente pode se transformar em uma plataforma que favorece psicopatas do cotidiano, sendo um lugar para exacerbar sentimentos diversos.
"É um meio muito facilitador para as pessoas com esses traços [...] O problema é o mau uso que muitos indivíduos fazem das redes. Vivemos num tempo em que se dá mais importância ao que temos ou ao que aparentamos do que ao que somos ou construímos".
Mecler explica que a Associação Americana de Psiquiatria classifica dez transtornos específicos de personalidade, divididos em três grupos. No Grupo A, estão esquizoides, esquizotípicos e paranoides. No B, antissociais, borderlines, histriônicos e narcisistas. No C, dependentes, evitativos e obsessivo-compulsivos.
Psicopatas, por exemplo, são associados aos transtornos de personalidade do Grupo B, especialmente o tipo antissocial. O transtorno que caracteriza um assassino está relacionado com traços patológicos de personalidade como manipulação, ausência de remorso, frieza, mentira, transgressão e sedução. "Mas de forma alguma podemos dizer que todo assassino tem TP antissocial ou que o indivíduo com esses traços cometerá crimes", frisa Mecler.
Ela ainda explica que a prevalência dos transtornos de personalidade na população em geral vem sendo estimada em torno de 10%. Entretanto, o contexto sociocultural pode favorecer a exposição maior de um determinado traço patológico de personalidade.
Existe tratamento?
Transtornos de personalidade podem ser identificados a partir de um comportamento excessivo. Ou seja, pessoas perfeccionistas demais, tímidas demais, muito teatrais ou instáveis em demasia, que causam estranheza pelo excesso. É importante ressaltar que a pessoa se comporta do mesmo jeito com todos e sempre age da mesma maneira em determinadas situações – e, em geral, não reconhece que tem um problema.
É comum se questionar sobre uma cura, mas a psiquiatra afirma que não existe uma. "O melhor caminho é buscar ajuda especializada para aprender a lidar e a se proteger emocionalmente, sem ter sua autoestima e integridade psicológica reduzidas a pó. Entender o problema e evitar confrontos desnecessários é um bom caminho".
Adaptado de: SILVA, Nilsen. Redes sociais podem favorecer psicopatas do cotidiano. In.: Livraria da Folha. 26 ago. 2015. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2015/08/1673779-redes-sociais-podem-favorecer-psicopatas-docotidiano-leia-entrevista.shtml. Acesso em: 9 set. 2015.
Verifique quais afirmativas seguintes estão em plena conformidade com o Texto 6:
I. Um algoritmo criado por um grupo de cientistas internacionais, com participação de brasileiros, tem a fala como elemento determinante de futuras psicoses que podem ser apresentadas, segundo a psiquiatria.
II. A previsão de características da fala que identifiquem um possível surto psicótico ainda é considerada bastante complexa pelos profissionais da área.
III. Helio Elkis afirma que o pródromo é um tipo de psicose identificada antes que os sintomas mais específicos apareçam como manifestação da doença.
IV. O número reduzido de cientistas do grupo que criou o algoritmo não compromete a funcionalidade do método de análise da fala.
V. Todos os jovens participantes do experimento que buscaram ajuda especializada, apesar da atitude preventiva, apresentavam risco iminente de surto psicótico.
VI. Os critérios que identificam a função dos componentes da frase, tais como verbos e substantivos, foram determinantes para a criação do algoritmo.
VII. O algoritmo criado pelos cientistas e aplicado ao experimento de 34 jovens conseguiu identificar cem por cento dos casos dos futuros portadores de surtos psicóticos, sem considerar casos de esquizofrenia e de transtorno bipolar.
VIII. Sidarta Ribeiro afirma que a aplicação do algoritmo criou um método com critérios claros para a identificação de pacientes em risco.
IX. Elkis afirma que a ideia é criar parâmetros de referência, como os que existem em outras áreas e que esse método poderia ser o que o raio-X é para a ortopedia, ou o que o hemograma é para a clínica médica.
X. Os 34 jovens pesquisados apresentavam-se em situação de risco, ou seja, com algum sintoma mais leve de problema psiquiátrico.
A soma dos números romanos das afirmações corretas é: