Questões de História - Temática - Sociedade
Em 2017, a campanha de [Marine] Le Pen havia focado principalmente no combate à imigração e na defesa de um “Frexif”.
Agora, [...] as agendas anti-imigração, anti-União Europeia e anti-islã, bandeiras tradicionais de Le Pen, passaram a ser abordadas com um vocabulário menos explícito, em alguns casos adotando a linguagem dos defensores do Estado laico e até do feminismo. Com o choque causado pela guerra na Ucrânia, ela ainda tratou de minimizar sua admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin, embora seu partido, o Reagrupamento Nacional, tenha por anos cultivado laços próximos com o Kremlin. [...]
Críticos de Le Pen apontam que a forma pode ter mudado, mas o conteúdo permanece o mesmo. “Seus fundamentos não mudaram: é um programa racista que visa dividir a sociedade e é muito brutal. É um programa de saída da Europa, embora ela não o diga claramente”, afirmou [Emmanuel] Macron recentemente.
(Jean-Philip Struck. “França terá segundo turno entre Macron e Le Pen”. www.dw.com, 11.04.2022.)
Ao apresentar as discordâncias entre as duas candidaturas à presidência francesa nas eleições de 2022, o excerto associa a candidatura de
A ascensão de movimentos de ultradireita na Europa e a eleição de líderes políticos como Donald Trump parecem resultar do crescimento de um mal-estar gerado pela globalização. Acrescentem-se, como fator desse mal-estar, as transferências de fábricas de metrópoles norte-americanas e europeias a países asiáticos e africanos, em que a exploração de trabalhadores é maior. A acumulação de vacinas em 10 países centrais é um escândalo que contradiz a lógica da globalização.
(Néstor G. Canclini. “Antropólogo da Contemporaneidade.” Revista Pesquisa FAPESP, julho de 2021. Adaptado.)
O excerto refere-se à história do tempo presente e
Jogado em um campo com formato de T ou de I, com dois aros dispostos nas laterais da cancha e disputado normalmente por cinco jogadores de cada lado. O objetivo? Meter a bola no aro do adversário. Simples, não? Não, absolutamente. Feita de látex, a redonda podia pesar até 5 quilos e, para piorar, os atletas só podiam golpeá-la com os joelhos, o cotovelo ou parte do dorso, nada de utilizar pés ou mãos.
Esse é o Tlachtli, uma mistura de basquete com futebol praticada pelos povos que habitavam a Mesoamérica até que europeus chegassem à região. Encarado como um momento ritualístico, ao fim dos jogos era comum que o capitão da equipe derrotada — ou até mesmo toda a equipe derrotada — fosse sacrificado.
(Rodrigo Casarin. https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br. Adaptado.)
O ritual ao qual os vencidos eram submetidos revela que para os astecas
O governo Vargas, principalmente durante o Estado Novo (1937-1945), pretendeu construir um Estado capaz de criar uma nova sociedade. Uma dimensão-chave desse projeto tinha no território seu foco principal. Não por acaso, foram criadas então instituições encarregadas de fornecer dados confiáveis para a ação do governo, como o Conselho Nacional de Geografia, o Conselho Nacional de Cartografia, o Conselho Nacional de Estatística e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este de 1938.
LIPPI L. A conquista de Oeste Deponivel em http fcpdoc fgv be Acesso em 7 rov 2014 (adaptado)
A criação dessas instituições pelo governo Vargas representava uma estratégia politica de
Texto para a pergunta.
Bênção paterna
(...)
0 período orgânico da literatura nacional conta já três fases.
A primitiva, que se pode chamar aborígene, são as lendas e mitos da terra
selvagem e conquistada; são as tradições que embalaram a infância do povo,
e ele escutava como o filho a quem a mãe acalenta no berço com as canções
da pátria, que abandonou.
Iracema pertence a essa literatura primitiva, cheia de santidade e enlevo,
para aqueles que veneram na terra da pátria a mãe fecunda — alma mater,
e não enxergam nela apenas o chão onde pisam.
0 segundo período é histórico: representa o consórcio do povo invasor com
a terra americana, que dele recebia a cultura, e lhe retribuía nos eflúvios de
sua natureza virgem e nas reverberações de um solo esplêndido.
(...)
É a gestação lenta do povo americano, que devia sair da estirpe lusa, para
continuar no novo mundo as gloriosas tradições de seu progenitor. Esse
período colonial terminou com a independência.
A ele pertencem O guarani e As minas de prata. Há aí muita e boa
messe a colher para o nosso romance histórico; mas não exótico e raquítico
como se propôs a ensiná-lo a nós beócios, um escritor português.
A terceira fase, a infância de nossa literatura, começada com a
independência política, ainda não terminou; espera escritores que lhe deem os
últimos traços, e formem o verdadeiro gosto nacional, fazendo calar as
pretensões hoje tão acesas, de nos colonizarem pela alma e pelo coração, já
que não o podem pelo braço.
Neste período a poesia brasileira, embora balbuciante ainda, ressoa, não
já somente nos rumores da brisa e nos ecos da floresta, senão também nas
singelas cantigas do povo e nos íntimos serões da família.
(...)
0 tronco do ipê, o Til e O gaúcho, vieram dali; embora, no primeiro
sobretudo, se note já, devido à proximidade da corte, e à data mais recente, a
influência da nova cidade, que de dia em dia se modifica, e se repassa do
espírito forasteiro.
Nos grandes focos, especialmente na corte, a sociedade tem a fisionomia
indecisa, vaga e múltipla, tão natural à idade da adolescência. É o efeito da
transição que se opera; e também do amálgama de elementos diversos.
A importação contínua de ideias e costumes estranhos, que dia por dia nos
trazem todos os povos do mundo, devem por força de comover uma sociedade
nascente, naturalmente inclinada a receber o influxo de mais adiantada
civilização.
(...)
Desta luta entre o espírito conterrâneo e a invasão estrangeira, são
reflexos Lucíola, Diva, A pata da gazela, e tu, livrinho, que aí vais correr
mundo com o rótulo de Sonhos d’ouro.
José de Alencar, Sonhos d’ouro. “Bênção paterna” é o título do prefácio de José de Alencar a seu romance Sonhos d’ouro (1872). Adaptado.
Depreende-se do texto que o Romantismo, no Brasil,
Em abril de 1924, o presidente do Vasco da Gama, José Augusto Prestes, escreveu uma carta à Associação Metropolitana de Esportes Atléticos informando que o clube se recusava a excluir atletas negros, assalariados e analfabetos de sua equipe, condições exigidas para participar do campeonato carioca promovido por aquela associação.
A carta ficou conhecida como Resposta Histórica e revela que
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