Questões de História - Fundamentos da História e historiografia - Fontes Históricas
Muitos fotógrafos no século XIX registraram obras de engenharia. O francês Édouard Baldus (1813-1889) atuou, primeiro como pintor e depois como fotógrafo, no inventário de monumentos arquitetônicos da Comissão dos Monumentos Históricos (1851) na França. Suas fotografias sobre esses monumentos renderam-lhe fama de fotógrafo de arquitetura. Sob encomenda, Baldus editou um álbum para a Companhia dos Caminhos Férreos do Norte (1855) e registrou estações, instalações ferroviárias, portos e cidades, ao longo desta via entre Paris e a cidade de Boulogne-sur-Mer. A rainha Vitória ganhou um exemplar dessa publicação.
(Adaptado de: OLIVEIRA, E. R. Vistas fotográficas das ferrovias: a produção de registros de obra pública no Brasil do século XIX. Hist cienc saude-Manguinhos [Internet], 25(3), p. 695-723, 2018.)
Tendo em vista seus conhecimentos sobre mundo contemporâneo e considerando o texto, assinale a alternativa correta.
Leia o texto para responder à questão.
Curupira, Saci e Matinta Pereira, entre outras, são lendas folclóricas da Região Amazônica. Elas são ensinamentos e histórias repassados de geração a geração, de boca em boca, para transmitir valores, como respeitar a floresta e os seres que nela habitam.
Sobre o Curupira, indígenas relatam, por exemplo, que: “Ele é o guardião da floresta. Quando tem caçador mal-intencionado, ele começa a perseguir. O som que você ouve parece de tapas nas árvores, parece que ele vem com tudo pela floresta e você sente aquela força, aquela energia vindo, chegando perto”.
https://tinyurl.com/yc82rne4%20Acesso%20em:%2005.08.2023.%20Adaptado.
De acordo com o texto, os ensinamentos e as histórias dos povos da Região Amazônica são transmitidos por meio de fontes
[...] encontramos uma diversidade de objetos particulares de cada região do Império e do período em que foram confeccionados. Entre tais objetos há os relevos funerários daqueles cidadãos que propiciaram espetáculos [...] que nos apresentam representações dos diferentes tipos de gladiadores, com sua musculatura bem definida e congelada no momento de um golpe, suas expressões de vitória ou de espera do golpe final, as formas de suas armas, vestimentas ou as pinturas de parede que decoraram o podium dos anfiteatros e casas, como em Pompeia.
GARRAFFONI, Renata Senna. Técnica e destreza nas arenas romanas: uma leitura da gladiatura no apogeu do império. 2004. 232 f. Tese (Doutorado) - Curso de História, IFCH, Campinas, Unicamp, 2004. (Fragmento adaptado).
No fragmento acima, a historiadora Renata Sena Garrafoni, ao analisar a sociedade romana, descreveu as fontes que foram usadas em seu trabalho de doutorado.
Elas podem ser definidas como fontes
Observe as figuras a seguir:
Na primeira, manifestantes derrubam a estátua de Cristóvão Colombo em Barranquilla, na Colômbia; na segunda, em São Paulo, capital, manifestantes ateiam fogo na estátua de Borba Gato. Como se sabe, ambas as figuras históricas são controversas; embora conquistadores tenham tido papel importante na história das Américas.
Assinale a alternativa CORRETA.
Porque tudo que eu havia lido eram livros nos quais as personagens eram estrangeiras, eu convenci-me de que os livros, por sua própria natureza, tinham que ter estrangeiros e tinham que ser sobre coisas com as quais eu não podia me identificar. Bem, as coisas mudaram quando eu descobri os livros africanos. Não havia muitos disponíveis e eles não eram tão fáceis de encontrar quanto os livros estrangeiros, mas, devido a escritores como Chinua Achebe e Camara Laye, eu passei por uma mudança mental em minha percepção da literatura. Eu percebi que pessoas como eu, meninas com a pele da cor de chocolate, cujos cabelos crespos não poderiam formar rabos de cavalo, também podiam existir na literatura. Eu comecei a escrever sobre coisas que eu reconhecia. Bem, eu amava aqueles livros americanos e britânicos que eu lia. Eles mexiam com a minha imaginação, me abriam novos mundos. Mas a consequência inesperada foi que eu não sabia que pessoas como eu podiam existir na literatura. Então o que a descoberta dos escritores africanos fez por mim foi: salvou-me de ter uma única história sobre o que os livros são.
(...)
Histórias importam. Muitas histórias importam. Histórias têm sido usadas para expropriar e ressaltar o mal. Mas histórias podem também ser usadas para capacitar e humanizar. Histórias podem destruir a dignidade de um povo, mas histórias também podem reparar essa dignidade perdida.
Chimamanda Adichie. O perigo de uma história única. (Com adaptações).
A partir do texto anterior, julgue o item.
A presença de diferentes narrativas históricas é essencial para que pessoas de gêneros, classes e raças diferentes se identifiquem como parte da História.
Porque tudo que eu havia lido eram livros nos quais as personagens eram estrangeiras, eu convenci-me de que os livros, por sua própria natureza, tinham que ter estrangeiros e tinham que ser sobre coisas com as quais eu não podia me identificar. Bem, as coisas mudaram quando eu descobri os livros africanos. Não havia muitos disponíveis e eles não eram tão fáceis de encontrar quanto os livros estrangeiros, mas, devido a escritores como Chinua Achebe e Camara Laye, eu passei por uma mudança mental em minha percepção da literatura. Eu percebi que pessoas como eu, meninas com a pele da cor de chocolate, cujos cabelos crespos não poderiam formar rabos de cavalo, também podiam existir na literatura. Eu comecei a escrever sobre coisas que eu reconhecia. Bem, eu amava aqueles livros americanos e britânicos que eu lia. Eles mexiam com a minha imaginação, me abriam novos mundos. Mas a consequência inesperada foi que eu não sabia que pessoas como eu podiam existir na literatura. Então o que a descoberta dos escritores africanos fez por mim foi: salvou-me de ter uma única história sobre o que os livros são.
(...)
Histórias importam. Muitas histórias importam. Histórias têm sido usadas para expropriar e ressaltar o mal. Mas histórias podem também ser usadas para capacitar e humanizar. Histórias podem destruir a dignidade de um povo, mas histórias também podem reparar essa dignidade perdida.
Chimamanda Adichie. O perigo de uma história única. (Com adaptações).
A partir do texto anterior, julgue o item.
A História é isenta de posições políticas e ideológicas, pois o historiador reconstitui o passado objetivamente, sem influência do presente em que vive.
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