Questões de Filosofia - Filosofia moderna - Questões Transversais
A um príncipe, portanto, não é necessário ter de fato todas as qualidades, mas é indispensável parecer tê-las. Aliás, ousarei dizer que, se as tiver e utilizar sempre, serão danosas, enquanto, se parecer tê-las, serão úteis. Assim, deves parecer clemente, fiel, humano, íntegro, religioso — e sê-lo, mas com a condição de estares com o ânimo disposto a, quando necessário, não o seres, de modo que possas e saibas como tornar-te o contrário.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 2004 (adaptado).
Segundo o autor, a conquista e a conservação do poder político exigem a
De um lado, ancorados pela prática médica europeia, por outro, pela terapêutica indígena, com seu amplo uso da flora nativa, os jesuítas foram os reais iniciadores do exercício de uma medicina híbrida que se tomou marca do Brasil colonial. Alguns religiosos vinham de Portugal já versados nas artes de curar, mas a maioria aprendeu na prática diária as funções que deveriam ser atribuídas a um físico, cirurgião, barbeiro ou boticário.
GURGEL, C. Doenças 0 cures o Brasá nos pnmeros sócios. São Payio Comento. 2010 (adaptado)
Conforme o texto, o que caracteriza a construção da prática medicinal descrita é a
Texto
Progresso: a vida sempre se renova
De acordo com o filósofo inglês John Gray, o grande paradoxo moderno é a ideia do progresso. No que toca à vertente econômica, vários teóricos já chamaram a atenção para os prejuízos — e mesmo a inviabilidade desse modelo. Por outro lado, na nossa vida, experimentamos o mesmo efeito danoso da ideia do progresso. Somos cobrados para ambicionar mais, para ter sempre mais, numa fonte permanente de desgaste e frustração.
Dessa forma, todos os dias somos desafiados a — tal como Sísifo — rolar a pedra montanha acima. Contudo, apesar de muitas vezes nos darmos conta da inutilidade da tarefa, continuamos a repeti-la porque a ideia do progresso está entranhada em nós. E os rebeldes que decidem renunciar ao trabalho infrutífero? São atormentados pela ideia da estagnação. Não há saída. Entretanto, vem ao nosso socorro, as ideias de John Gray.
Segundo ele, essa é uma preocupação desnecessária e não deveria nos atormentar. Os progressos e os retrocessos estão sempre acontecendo e não dependem de nós. Eles fazem parte do fluxo normal da história, do fluxo normal da vida.
Disponível em: https://vidasimples.co/conviver/progresso-a-vida-sempre-se-renova/. Acesso em: 12 out. 2021. Adaptado.
“De acordo com o filósofo inglês John Gray, o grande paradoxo moderno é a ideia do progresso [...]”, porque
Observe a seguinte passagem que reflete o pensamento político de Maquiavel:
“Para Maquiavel não havia um bem, por maior que fosse, que pudesse ser avaliado como um bem sem restrições. Para ele não há um bem absoluto, também o mal não é sempre um mal incontrastado. Maquiavel foi o primeiro a declarar que o bem e o mal não têm sentido na vida sociopolítica se forem abstratamente dissociados”.
Moreira, Manuel Marques. O Pensamento Político de Maquiavel in O Príncipe. Martin Claret. 2002. P.48 (adaptado).
Considerando a passagem acima e o pensamento de Nicolau Maquiavel, analise as seguintes afirmações:
I. Maquiavel foi inovador no pensamento político por analisar o contexto real dos acontecimentos de uma Itália mergulhada na instabilidade política. Ele foi o primeiro a pensar a política como ela era, na prática, e não como idealmente deveria ser.
II. O pensamento político de Maquiavel é uma ampliação da visão política medieval com a indissociável relação entre poder espiritual da igreja e poder temporal do estado. O príncipe de Maquiavel deveria se aconselhar das orientações espirituais do papado.
III. A filosofia política de Maquiavel reestruturou a relação entre ética e política. Em seu pensamento, a política passou a ser vista de forma autônoma em relação aos imperativos de ordem moral e em relação às concepções de bem e mal de origem cristã.
É correto o que se afirma em
A sociedade de uma forma geral, em cada tempo, produz conceitos ou amplia os já existentes para que possamos pensar em determinadas condições vigentes e entender determinados processos nas relações humanas vividas no momento. Um exemplo disso pode ser visto no texto abaixo sobre Kant e sua ideia relativa ao tutelamento.
Dizem os historiadores que no século XVIII para se entender certo fenômeno que ocorria na Europa, conhecido como Iluminismo, perguntaram ao Filósofo Kant o que seria esse movimento. O referido filósofo explicou que seria como um processo de esclarecimento, a partir do qual o ser humano sairia de sua menoridade graças ao uso da razão e ao exercício da liberdade de pensamento. Escreveu o filósofo em sua resposta o seguinte: “O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutela que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutela quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento, mas de falta de resolução e coragem para fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Tenha coragem para fazer uso da tua própria razão!”
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria de Helena. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2016.
Hoje, em pleno século XXI, onde há um amplo uso das redes sociais tais como Facebook, Instagram, Youtube, Whatsapp, é apropriado retomar esse conceito kantiano acima exposto, para que se possa entender a condição de tutela a que os homens se encontram.
A relação que exemplifica o conceito de tutela de Kant aplicado aos dias de hoje é o seguinte:
Leia o texto a seguir:
“Efetivamente, desde a Idade Média, a construção do Ocidente se fez sobre exclusão geográfica, cultural religiosa e étnica do Oriente. A expulsão dos árabes e do Islã do horizonte ocidental alimenta o ressentimento e a hostilidade. Filosoficamente os cristãos latinistas devem seu estatuto de ocidentais graças a sua abertura à falsafa – filosofia – do Islã ocidental'. 'A filosofia não é grega, é grega e árabe', conclui o medievalista francês Alain de Libera. Desse modo, então, um humanismo expulsa o outro”.
(RI JÚNIOR, Arno Dal; ORO, Ari Pedro (orgs.). Islamismo e Humanismo latino: diálogos e desafios. Petrópolis: Vozes, 2004, p.26. Adaptado.)
De acordo com o texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
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