Questões de Literatura - Literatura brasileira
INSTRUÇÃO: Leia atentamente o trecho crítico a seguir, que aproxima características de duas obras da literatura brasileira, Vidas secas, de Graciliano Ramos, e A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.
Dois autores, duas obras e múltiplos silêncios. Livros feitos de poucas palavras, fotografias mudas de uma gente preocupada com o estômago que dói, não importando se o cenário é o sertão ou a metrópole.
Fonte: SILVA, Carlos Augusto Moraes. A poética do silêncio em Vidas Secas e A hora da estrela. Dissertação (Mestrado em Letras) – UFU, Uberlândia, 2013.
Considerando o trecho, marque a alternativa que interpreta corretamente a correlação entre as obras estabelecida pelo autor.
A partir da leitura do texto, responda a questão.
TEXT
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
ANDRADE, Oswald. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
A respeito do poema de Oswald de Andrade, enquanto representante de uma estética literária, podemos afirmar CORRETAMENTE que:
É característica comum ao Modernismo e ao Romantismo no Brasil a
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo Tupi.
Os versos acima podem ser atribuídos a uma tendência e a um escritor fundamentais para a consolidação do romantismo no Brasil.
Assinale a alternativa que correlacione corretamente esses dois aspectos:
De tudo isso, eis o saldo positivo: os simbolistas trouxeram à linguagem poética nacional maior flexibilidade, matizes mais variados, fluidez; possibilitaram-lhe fixar o imponderável, sensações profundas, novas ideias. E abriram caminhos. Mas em meados de 1910 convivem com os parnasianos, ambos desgastados e vazios, numa fase de transição para algo novo, que em breve irá explodir violentamente.
Fonte: (PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de época na literatura. São Paulo: Atica, 2001, p. 280. Grifo nosso)
A expressão "algo novo", em destaque no texto, refere-se à emergência do
Sermão da Sexagésima
E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão desenganado da pregação, como vem enganado com o pregador! Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que todo é do caso que me levou e trouxe de tão longe.
[...]
Quando Cristo mandou pregar os Apóstolos pelo Mundo, disse-lhes desta maneira: Euntes in mundum universum, praedicate omni creaturae: “Ide e pregai a toda a criatura”. Como assim, Senhor?! Os animais não são criaturas?! As árvores não são criaturas?! As pedras não são criaturas?! Pois hão os Apóstolos de pregar às pedras?! Hão-de pregar aos troncos?! Hão-de pregar aos animais?! Sim, diz S. Gregório, depois de Santo Agostinho. Porque como os Apóstolos iam pregar a todas as nações do Mundo, muitas delas bárbaras e incultas, haviam de achar os homens degenerados em todas as espécies de criaturas: haviam de achar homens homens, haviam de achar homens brutos, haviam de achar homens troncos, haviam de achar homens pedras.
VIEIRA, Padre Antônio. Sermão da Sexagésima. Disponível em: http://bocc.ubi.pt/pag/vieira-antonio-sermaosexagesima.html. Acesso em: 15 ago. 2022.
O sermão de Padre Antônio Vieira pertence à chamada Literatura de Catequese, movimento que fez parte do Quinhentismo.
Um dos objetivos desse tipo de texto é